Deixa Ela Entrar

Deixa Ela Entrar John Ajvide Lindqvist




Resenhas - Deixa ela entrar


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Nymerias 12/11/2012

"Diga que eu posso entrar."
Depois de me apaixonar perdidamente pelo filme sueco "Låt Den Räte Komma in", quis imediatamente conferir a obra que inspirou o roteiro do filme. Com uma narrativa inigualável, que te faz transpirar e te faz teletransportar para o drama, o aprofundamento dos conflitos psicológicos dos personagens e além de um romance espreitando o sobrenatural, fazem com que você se deleite numa obra literária de qualidade.

A premissa é centrada em Oskar. Um garoto de 12 anos que sofre diariamente bullying, e alimenta uma sede de vingança incontrolável para com seus "inimigos". Ele se vê atordoado e sente um profundo desejo de revidar, porém teme as consequências se tal desejo se realizasse. Nesse contratempo, aparece Eli. Uma garota enigmática de 12 anos, que surge na cidade e se aproxima de Oskar discretamente. Após algumas páginas, descobrimos que Eli é muito mais do que um mero ser humano; ela se alimenta de sangue. A garota esforça-se à ajudar o seu amigo Oskar, dando-lhe um impulso necessário para que ele sacie a vingança. Nesse cenário, acontece casos de assassinatos pertinentes, dando-se a ideia de que exista um serial killer à solta na cidade, provocando terror garantido em toda população.

A história se aprofunda na relação estranhamente charmosa das crianças, os personagens secundários são bem explorados, e as histórias paralelas são inseridas com um propósito de serem utilizadas triunfalmente no final. O que mais me deixou encantada com o livro foi a perfeição da condução dos fatos, a originalidade em um tema clichê, a construção excelente dos personagens, dando-nos sentimentos propícios ao resultado final. Entrei em conflito após certas revelações por parte de Eli, e alguns detalhes que no filme não foram expostos. Não gostei de tais segredos revelados, mas ao mesmo tempo admirei como o autor foi ousado, transpassando a barreira do previsível. Fazendo assim com que o sentimento de surpresa seja uma constante no seu trabalho.

E sim, este é o melhor livro de romance entre um vampiro com um ser humano que já li. Um dos melhores livros que retrata o vampirismo de uma maneira surpreendente, fazendo-nos refletir sobre esse romance tão obscuro e puro.
Julio Cesar 12/12/2014minha estante
Assustadoramente assustador! Medo, muito medo. Jamais irei para a Suécia depois de ter lido este livro.?




Bryan.Caratti 25/11/2020

Um dos melhores livros sobre vampiros!
Conheci essa obra através do filme original. Vi pelo Youtube. Na época estava disponível completinho da Silva Sauro. Fiquei chocado quando descobri que tinha vampiros no filme e me apaixonei pela história. Foi um dos motivos que me fizeram mergulhar no mundo dos livros. O filme é super fiel ao livro (foi adaptado pelo próprio autor). A diferença é que o filme foca exclusivamente na relação dos dois; já o livro aborda vários núcleos e, como adorei ver o filme, achei bem interessante descobrir mais informações acerca dos personagens.
Sobre os núcleos do livro, achei bem interessantes. Não são longos e por isso não são cansativos. O autor cria algumas subtramas que se interligam no final. Claro que o núcleo principal é o melhor e mais divertido, mas os outros não deixam a desejar. Achei bem interessante o núcleo do Håkan no começo do livro. O autor conta um pouco da história dele e como eles se conhecera,. Confesso que achei que a Eli tivesse arranjado ele quando era apenas uma criança, mas não. Ele a conheceu depois de velho. Foi um alívio pois descobri que ela não estava usando o Oskar. Mas depois de um tempo a importância do Håkan é deixada de lado por motivos óbvios: a Eli está encantada com o Oskar.
Um ponto negativo do livro é a falta de surpresas. O autor joga tudo na cara. Às vezes tive a sensação de que ele estava tentando fazer mistério, o que não faria sentido pois ele não costuma guardar segredos. Joga tudo na cara. Mesmo assim ainda consegue prender a atenção, apesar de ser previsível. Outra coisinha que me incomodou foi o gênero da Eli. Não é surpresa nenhuma que ela é um garoto (Elias). O livro joga isso já no começo do livro (no filme isso não fica tão na cara). Mas o que me incomoda é que: ora a Eli é tratada no feminino; ora no masculino. Isso deixa a cabeça do leitor um pouco confusa. Não sei se isso ocorreu por causa da tradução feita para o nosso idioma. Talvez no idioma original eles tenham usado algo neutro para não dar spoiler. Enfim, isso me deixou um pouco confuso.
Pra finalizar, desde que vi o filme pela primeira vez queria saber o que eles haviam falado no final através do Código Morse: Beijo. Beijinho. Li em algum lugar que Oskar acabou se transformando em um vampiro e que foi encontrada uma foto deles visitando Paris nos anos 2000. Oskar ainda tinha a aparência de criança. Vale lembrar que a história ocorre nos anos 80. Mas ainda não consegui confirmar.
Enim, adorei o livro tanto quanto o filme. Merece 4 estrelas!
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Dayara 21/01/2021

Esse era um dos meus filmes favoritos da infância, e por mais que não seja uma leitura fluída e fácil, eu amei esse livro.
Ele é pesado e por muitas vezes visceral, do tipo que não é recomendado ler com um lanchinho do lado, mas ao mesmo tempo tem uma certa sensibilidade que torna ele bonito, com uma história bela e fofinha.
Elisa 21/01/2021minha estante
Um dos meus preferidos também. ?




BANNWART 19/05/2020

Mto bom!
O livro aborda o tema vampirismo de uma forma bem diferente e te prende na leitura. Mto bom!
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Homero 14/12/2022

Partiu ler tudo do Autor!
Disparado, melhor leitura de livro único do ano!

Cru, pesado, agoniante...

Acompanhar Oskar, um menino todo errado, conhecendo Eli, uma menina toda errada, foi incrível.
Ao redor destes protagonistas, mais um monte de gente, todas problemáticas, quebradas, genuínas em sua natureza mais profunda.

O romance é de ficção vampiresco(ounao), mas transborda sentimentos muito reais.

Uma experiência única.
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Evan 20/11/2012

Um novo clássico das histórias de vampiros
Depois que o magnífico filme do diretor sueco Tomas Alfredson me impressionou a ponto de escrever um livro baseado na história do filme. Não poderia de forma alguma deixar de ler o livro de John Ajvide Lindqvist, que deu origem a película.
"Låt den rätte komma in", título original em sueco, traduzido para o inglês como "Let the right one in" foi traduzido no Brasil como "Deixa ela entrar". Vale a pena comentar a força do título, tanto no original como em inglês, pois para o solitário e complexado Oskar o encontro com Eli, foi o encontro com a pessoa certa, the right person, the right one. A versão de Portugal, "Deixa-me entrar", traduziu o título do remake americano "Let me in". Agora, o título mais pobre e sem significado ficou com a versão japonesa, batizada tanto em livro como em filme de "Morse", uma alusão ao código morse usado pelos garotos para se comunicar entre as paredes contíguas de seus quartos.

O livro nos conta a história de Oskar, um garoto totalmente solitário e sem amigos que mora com a mãe em um subúrbio de Estocolmo e sofre bullying na escola. Não podendo com seus agressores, pratica pequenos furtos tentando se auto-afirmar e a noite ataca as árvores das redondezas com uma faca, fingindo serem seus algozes e ser ele um grande e cruel assassino. Tem também como seu passatempo preferido, colecionar recortes de notícias de assassinatos hediondos. Uma noite, muda-se para o apartamento ao lado do seu, Eli, uma estranha garota com seu pseudo pai Hakan. Assassinatos misteriosos começam a acontecer e Oskar passa a desejar que os garotos que o perseguem sejam as próximas vítimas. Eli é na verdade um vampiro que precisa de sangue para se alimentar e Hakan seu devotado protetor humano. Eli e Oskar, aproximados pelas circunstâncias, passam a se encontrar todas as noites, unidos por laços muito além dos sentimentais ou de amizade, se tornam cúmplices. No final, o livro também como no filme, nos faz refletir: O que é realmente um final feliz?

Jonh Ajvide Lindqvist, conseguiu magistralmente inovar em um tema tão conhecido. Construindo uma história perturbadora com um tom realista que se sobrepõe ao clássico fantasioso que envolve a figura típica do vampiro usado na maioria das histórias. Em seu livro, nos deparamos com a inusitada situação entre a dúvida de saber quem é vítima ou vilão e acabamos descobrindo que a realidade, às vezes, é mais assustadora que a ficção.
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Andreia Santana 06/02/2023

'O som e a fúria' de Lindqvist
Uma criança vampira vaga solitária pelo mundo, dependendo da ajuda de adultos quebrados e moralmente duvidosos para conseguir sangue, que como bem diz o conde Drácula, “é vida”. Uma criança humana solitária vaga pela escola e sua vizinhança, fugindo da violência de outras crianças que aprendem desde cedo a crueldade ensinada por osmose em lares desfeitos ou com os pais frustrados, depressivos, desgastados e desencantados com as relações, os empregos, os governos...

O ano é 1982, na Europa tensa pela Guerra Fria, as usinas nucleares e a ameaça eterna de Terceira Guerra Mundial escondida sob a rivalidade política, econômica e tecnológica entre os russos e os norte-americanos. E o cenário, a pragmática Suécia, mais especificamente os subúrbios de Estocolmo, onde vive a classe trabalhadora, em conjuntos habitacionais cinzas e tristonhos. Mais ainda no inverno. Principalmente, debaixo do manto branco da neve.

Deixa ela entrar, thriller de terror de John Ajvide Lindqvist [Globo Livros, 2012], é uma história cheia de pequenas e grandes violências, algumas tão cruas, assustadoras e escatológicas que reviram o estômago muito mais do que a carnificina de vampiros ou zumbis. É, também, uma história de amor tão triste e quase tão trágica quando Romeu e Julieta, se Shakespeare tivesse escrito o drama dos ‘amantes de Verona’ com outras possibilidades de arranjo afetivo que extrapolassem a heterossexualidade; ou com protagonistas que não se encaixam no mundo binário de homens e mulheres.

O livro de Lindqvist é um bem escrito e costurado suspense escandinavo, quase noir, com investigações policias que avançam meio desleixadas e personagens cheios de humanidade e contradições. Me lembrou a saga literária do veterano cansado de guerra Kurt Wallander, de Henning Mankell, transformada na série de quatro temporadas magistrais, com Kenneth Branagh já na casa dos 50 e poucos anos, vivendo o policial título.

Mas, Deixa ela entrar também é uma espécie de ópera do horror. Trágico, soturno, pesado, opressivo e melancólico, quase gótico em sua atmosfera poética e sinistra. A escrita de Lindqvist oscila entre o lirismo e a selvageria, um Baudelaire vestindo a pele da criatura de Frankenstein. A beleza desse livro está no quanto a criança vampiro Eli e o adolescente Oskar perambulam por um mundo perverso com uma inocência tão pueril que chega a encantar e comover o leitor, deixando-o apreensivo quanto aos seus destinos.

Vampiros e sexualidade

É importante ressaltar a tradução para o português do título original da obra, em sueco, e o quanto essa ‘escolha’ por dar a Eli um gênero oposto ao de Oskar contraria a própria história engendrada por Lindqvist.

O título do livro em sueco é Låt den rätte komma in, que em tradução literal para o português seria algo como ‘Deixe a pessoa certa entrar’, muito mais coerente com a proposta da história e com a forma como a criança vampiro Eli se define:

“Não sou menina, não sou menino...”

Quando escrevi sobre Drácula de Bram Stoker, anos atrás, lancei ao acaso uma teoria que me ocorreu enquanto lia o livro, a de que o ‘amor’ imortal do conde não seria Mina Harker, mas Jonathan. Ainda assim, haveria uma espécie de frustração pela não-vida e pela danação eternas e a sede insaciável (por sangue? amor? compreensão?) causada pelo vampirismo.

O cinema transformou Mina em reencarnação de um amor há muito perdido, por ela ser de um gênero oposto ao de Drácula, porque o cinema pressupôs que Drácula era um homem. Mas, tal qual Eli, o senhor da Transilvânia e das criaturas da noite não parece ter um gênero definido. Ele se entende muito além de apenas homem ou mulher.

Francis Ford Copolla, não sei se de propósito ou em um ‘ato falho’ joga toda a carga erótica da sua releitura barroca de Drácula, nos anos 1990, na cena da navalha suja com o sangue de Jonathan, que se corta no barbear, sendo lambida por Drácula. Mark Gatiss (ator e roteirista britânico e co-criador da série Sherlock, da BBC) foi menos sutil e transformou Jonathan em uma das ‘noivas’ do Drácula em sua adaptação da obra para a Netflix, em 2020.

Lindqvist também não aposta em sutilezas: Eli e Oskar se beijam algumas vezes e dormem de conchinha, mesmo quando Oskar descobre que Eli não é menina e nem menino. Se ninguém estudou ainda na academia a questão da sexualidade e da identidade de gênero dos vampiros, deixo aqui a provocação e, quem sabe, um estímulo.

Versões para o cinema

Deixe a pessoa certa entrar [e agora opto por usar o nome correto do livro] já foi adaptado para o cinema duas vezes e também virou uma série, recentemente. Assisti ao filme sueco, de 2008, primeiro, e esse se transformou em um dos meus filmes preferidos de suspense/terror/thriller. No Brasil, recebeu o mesmo título do livro por aqui, Deixa ela entrar. Depois, junto com o meu filho, assisti a versão norte-americana, de 2010 [Hollywood sempre faz versão em inglês de filmes de outros países porque o público de lá rejeita dublagem, legendagem e atores falando outros idiomas]. A versão americana, no Brasil, se chama ‘Deixe-me entrar’. É boa, mas a sueca é muito mais fiel à história original, embora peque nessa questão do gênero e da sexualidade de Eli.

Infelizmente, não posso dar outros detalhes do passado da criança vampiro, que são melhor elucidados no livro, inclusive com a questão da identidade de gênero, sob o risco de dar spoiler a quem não leu ainda. Mas advirto aos leitores mais sensíveis e propensos a gatilhos que há cenas fortes de abuso.

A série, que estreou em 2022 no Paramount+, é uma nova adaptação do livro de Lindqvist, mas bem aquém da história original. É basicamente outro argumento que pega carona no fato do livro ter uma legião de fãs mundo afora. Pela sinopse divulgada no ano passado pela emissora, Eli é uma menina que contraiu um vírus que a transforma em vampira e seu pai faz de tudo para encontrar a cura enquanto também precisa arrumar sangue para ela. A relação de pai e filha está no centro da trama da série e não a relação da criança vampira com Oskar. É quase uma realidade paralela com personagens de nomes semelhantes.

O exemplar que eu li:

É a versão em e-book da edição de 2012 da Globo Livros. O livro digital faz parte da minha estante do Skeelo, serviço de assinatura mensal que disponibiliza um livro por mês para os associados. Algumas operadoras de TV por assinatura e telefonia móvel têm convênio com o Skeelo, que é acessado via aplicativo disponível para os sistemas Android e IOs. O serviço tem livros gratuitos, mas os melhores estão nos planos pagos ou via convênios.

Ficha Técnica:

Deixa Ela entrar
Autor: John Ajvide Lindqvist
Tradução: Marisol Santos Moreira
Editora: Globo Livros
Ano de Publicação: 2008 (Suécia) e 2012 (Brasil)
508 páginas
*R$ 32,90 (Kindle) ou disponível para assinantes do Skeelo
*Pesquisado em 06/02/22

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
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Victor 25/02/2021

Deixa ela entrar... É por sua conta e risco. Foi avisado.
Se Você busca um livro de terror de qualidade, Deixa ela entrar é perfeito para você, o autor desenvolve um ótimo enredo, exatamente como um bom livro de terror deve ser, ir ambientando e apresentando os personagens vagarosamente, mas sem se tornar massante, a medida que aprofunda os personagens e faz a trama andar, sempre dando pequenas pitadas de terror.

Em uma sinopse bem superficial(pois acredito que contar demais pode estragar parte da experiência da leitura), a obra conta a história de Oskar um jovem de doze anos que é aficionado por histórias de serial-killers, livros de terror e que vive sofrendo bullying e violência por parte de seus colegas de classe, certo dia no parquinho de seu apartamento, ele conhece Eli, uma misteriosa menina que carrega muitos segredos e pode ser mais do que aparenta.

Deixa ela entrar é uma leitura mais que recomendada aos fãs do terror, com um texto visceral e pesado, o autor não se amedronta em nada ao colocar exatamente o que quer nas páginas, com a obra apenas pecando um pouco com um final um tanto apressado, mas nada que retire os méritos da obra. O livro possui também uma adaptação cinematográfica muito bem elogiado, ao qual ainda não tive a oportunidade de assistir, mas ao fim da leitura certamente farei.

Deixar ela entrar é por sua conta e risco, apenas não diga que não avisei.
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Literatura 11/11/2012

Entre o onírico e o profano
Como leitor assíduo (na verdade, acho que só tenho consciência de mim como pessoa com um livro na mão) e cinéfilo inveterado, sempre tive a oportunidade de comparar os filmes que me chamam a atenção com as obras que deram origem a elas. E, infelizmente, todos sabemos que palavras geniais quando são convertidas ao visual, perdem grande parte de sua magia.

Isso porque, como poucas pessoas sabem, as palavras têm um poder muito mais transformador que imagens que desfilam desenfreadamente diante dos nossos olhos. Elas são absorvidas, degustadas, entram em nossa cabeça e ali repousam, encontrando uma morada em nossa inteligência. Sacia nossa fome de saber de tal forma que, ao terminarmos uma grande obra, nos largamos no sofá, como gatos saciados pela genialidade.

Mas, independente de qualquer coisa, temos as suas vantagens. Porque as pessoas que veem um filme ficam com curiosidade para conhecer o seu livro, isto é fato... Principalmente quando ele dá origem a dois filmes extremamente bem feitos em menos de dois anos, um na Suécia, outro nos EUA, conseguindo oferecer cenas fantásticas que me prenderam em frente à tela...

Este é o caso de Deixa ela entrar de John Ajvide Lindqvist (Globo Livros, 504 páginas), que me prendeu entre o medo e o fascínio desde o seu recente lançamento aqui no país. Perdido entre o sonho e a realidade, ficava a me indagar se a obra original ainda teria algo a me mostrar que não tivesse visto. Se as palavras, prazerosas e poderosas que poderia encontrar na obra, me libertariam em novos sentidos e interpretações à trama.

Veja resenha completa no Literatura:
http://www.literaturadecabeca.com.br/2012/11/resenha-entre-o-onirico-e-o-profano.html
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Paloma 21/01/2014

"Depois só havia estrelas"
"Depois só havia estrelas." - Deixa ela entrar. Pág 310.

Foi assim que me senti quando terminei a leitura de "Deixa ela entrar", depois só havia estrelas, CINCO ESTRELAS!

O livro é fantástico, mas não é leve. Na verdade, é aquela feijoada feita pela sua avó, que você gostaria de comer um tonel de vez, mas não consegue.
Ele fez com que eu me sentisse primeiro cavando um buraco, e depois ir entrando nele até ficar espremida, lá no fundo. Foi assim que terminei a leitura, espremidíssma na minha própria mente, junto com Eli, Oskar e Hakan.
É denso, maluco. Não recomendaria nunca para minha amiga fofinha, a não ser que ela virasse minha inimiga. rsrs

Já amava os dois filmes, "Deixa ela entrar" e "Deixe-me entrar". Nem sabia que tinha o livro, achei numa estante da Saraiva, perdido. Amei a capa que parece veludo, gostozinha de passar a mão. Comprei o livro com um vale-presente que ganhei do meu irmão, foi um dos melhores presentes que ganhei.

Mas bem, vamos a história...
Oskar é solitário, aprendeu a ser assim quando entrou no 6° ano, e ele sofre muito bullyng pesado. Ele tem incontinência urinária e sangra pelo nariz quando começa a sentir medo ou ansiedade. Oskar vive com a mãe em Blackeberg, na Suécia. O pai mora longe e poucas vezes ele vai visitá-lo pois o pai é alcoólatra.
Oskar é muito sozinho, para se distrair ele rouba coisas de estabelecimentos e fica num mundo só dele. Com seus gibis, seus livros. Ele é conformado com sua situação. Claro, como todo adolescente de 13 anos, ele esconde muitas coisas da mãe. Eli é uma delas.
Eli é uma vampira, mas não é esse tipo de vampiro que estamos acostumados a ver. Eli é um vampiro de verdade, um vampiro de 12 anos que foi transformado há mais de 200 anos atrás. Eli também está sozinho, e quando Oskar e Eli se conhecem, eles começam a criar um laço muito bonito e também muito bizarro.
No decorrer do livro conhecemos muitas coisas, e outras questões são deixadas em aberto.
Eli tem um segredo, Oskar tem um segredo, todos portam um segredo diferente... Será que as pessoas são todas assim? É, acho que sim..
O livro é muito bem escrito, mas as vezes chega a ser repulsivo, nojento. Principalmente nas partes de Hakan. Amei e odiei Hakan, mas deixarei que vocês tirem suas conclusões depois de ler o livro.

Hakan é o companheiro de Eli, ele é um pedófilo maluco. E bom, depois, que não vou contar quando nem porquê, ele fica pior ainda. A mente de Hakan é perturbada, as vezes eu ficava pensando "Será que o escritor John é pedófilo?", sério, ele escreve muito bem. Quando terminei de ler, foi como exalar uma explosão e ficar dormente por algumas horas. Nem acreditava em tudo, a história é muito... horrorshow!


Além dos três, que considero os mais importantes da história, temos Virginia, Lacke, Jocke, Gosta e outros personagens que são importantes, pois eles ligam um fato ao outro. Ou relatam o mesmo dia de várias expectativas e ângulos diferentes.

O livro é divido em cinco partes, e não tem capítulos.
A narrativa muda de um personagem para outro sem aviso, e se você não estiver 100% ali, acontece de se perder um pouquinho no começo, mas depois você se acostuma e começa a gostar disso. Você pode parecer um pouco cansado depois de ler algumas páginas, eu me senti assim, é uma história para digerir devagarzinho. O livro é denso, como disse no começo, não recomendo para qualquer um. Mas é muito bom.



No final, na nota de agradecimento do autor eu fiquei confusa, na verdade, FOI ALI QUE ELE EXPLODIU MINHA MENTE! POW!
Mas não posso contar a minha conclusão final da história, a não ser que você me pergunte privadamente rsrsrs
O que eu concluí da história foi totalmente diferente de como a história acabou, e creio que, foi o que John Ajvide queria que eu fizesse.

Valeu John, to contigo! hahahaha.

E ai, você vai deixar ela entrar?

Jacy Coelho 21/01/2014minha estante
adorei sua resenha, os filmes são muitos bons. Prefiro o sueco (é sueco né?) aquela menininha que faz a vampira é muito show.

Eu li coisas sobre esse livro e fiquei meio :O e li que o diretor do primeiro filme decidiu cortar várias coisas...

Muito boa sua resenha.


Flávia 21/01/2014minha estante
Oxe!!!! Sua resenha foi empolgante!!!! Não conhecia esse licro, não conheço os filmes. # mesentindoporfora


Heidi Gisele Borges 22/01/2014minha estante
Ah, não curti essa história. Gosto muito pouco de histórias com vampiros, salvo os clássicos.

Estava indo bem, a ideia parecia interessante até descobrir que há vampiros... Parece que ficou meio deslocado na história, não sei se só tive essa sensação porque não li nada sobre esse livro antes, sua resenha é a primeira informação que tenho sobre ele.

Apesar de sua resenha estar muito boa, esse livro por enquanto eu passo... =)


Michelle Gimene 23/01/2014minha estante
Oi, Paloma!
Eu adoro os filmes e acho muito bacana a forma como a solidão une Oskar e Eli. Ainda estou com o livro aqui para ler, e agora fique com mais vontade. Só não acho que Hakan seja pedófilo, afinal Eli tem mais de 200 anos. Embora o corpo seja de criança, é uma alma antiga. Bom, mas estou falando isso com base no que eu me lembro dos filmes. Talvez o livro explore melhor essa questão, né? Veremos. Obrigada por me lembrar de ler logo essa história! ;)




Gabii 08/02/2013

Sangrento e encantador, “Deixa ela entrar” oscila entre o onírico e o brutal, ao nos levar pelos subúrbios de Estocolmo e nos apresentar um universo cruel, egoísta e opressivo.
A história gira em torno principalmente de Oskar, um garoto solitário, triste, que sofre com problemas de incontinência urinaria, e com as agressões de um grupo de garotinhos estúpidos e loucos para demonstrarem sua masculinidade – lembrando que toda babaquice tem uma história por trás que apesar de tudo não justifica as ações das pessoas – que acaba encontrando uma garota estranha e que cheira mal, que se torna sua amiga e amor. Se a história parasse por ai seria um romance bem comum, mas, e se Oskar fosse um tanto “sombrio” em suas esquisitices? E se a garota tivesse hábitos estranhos e morasse com um cara mais estranho ainda? E se houvesse um psicopata a solta?
O livro, como eu já disse é encantador, um pouco confuso no inicio – teve um detalhe que quase me fez entrar em contato com a Editora Globo – mas as duvidas são esclarecidas e explicadas durante a história. Eu indico principalmente para quem realmente quer variar de nicho literário, pois ele é um terror romântico – não piegas, romântico – um romance perverso, e um drama divertido, ou seja: bem diferente!!
Esse livro foi adaptado para as telonas duas vezes: a primeira adaptação é sueca, dirigida por Tomas Alfredson e lançada em novembro de 2009 – eu ainda não assisti – e a segunda adaptação, que é britânica/norte-americana, e que foi dirigida por Matt Reeves e lançada em janeiro de 2011 – essa eu assisti.
Visitem:
http://embuscadelivrosperdidos.blogspot.com
Curtam também:
https://www.facebook.com/EmBuscaDeLivrosPerdidos
Rafael 18/02/2013minha estante
Teve um detalhe que me intrigou no começo também, achei que era erro de tradução, mas depois foi explicado. Deve ser o mesmo.




June 31/08/2021

Tenho doze anos. Mas faz tempo que estou com essa idade.
Primeiro eu assisti o filme sueco em 2009, e me apaixonei. Depois eu li o livro, assim que lançou pela Editora Globo, em 2012, e definitivamente essa obra entrou na minha lista de favoritos. Após reler em 2021, continuo considerando esse livro um dos melhores do gênero de terror e vampiros. E por isso ele não sai da minha estante.
Esse livro deu origem a dois filmes, um sueco e outro americano, este segundo feito para aproveitar o sucesso do primeiro, no que falha terrivelmente, já que o primeiro é bastante superior e, inclusive, faz frente ao livro. Sim, esse é um caso em que o filme (o sueco) honra o livro.
Eu gosto de como o título do livro foi traduzido, pois remete à lenda vampiresca e à formação da amizade entre Eli e Oskar, mito e tema centrais da obra, respectivamente. Some a isso temas atemporais como bullying e descoberta da sexualidade mais investigação policial, diálogos orgânicos e realistas, e pronto, temos os ingredientes básicos para horas de leitura envolvente.
Destaco os vampiros suecos, que não são nada parecidos com galãs e divas, mas humanos em toda sua complexidade. Eles não são máquinas de matar, nem seres bonzinhos, mas seres humanos em toda sua complexidade com habilidades de um moderno Nosferatu. E embora tudo queira nos sugerir que Eli, nossa vampira de 12 anos, embora ela diga que não, seja nosso personagem central, ela não o é. Este papel cabe a Oskar, a quem o convite do título é feito.
Livro e filme possuem tons sombrios, com forte pegada gótica, e especialmente pesados ao inserirem crianças de 12 anos em um universo de vampiros, assassinato, pedofilia, violência, bullying, abuso infantil e um certo descaso social. Lembrando que os suecos tendem a deixar as coisas cruas. O livro é mais profundo na construção dos personagens, mas meio anticlimático no final, e em alguns outros momentos. A emblemática cena da piscina ficou melhor desenvolvida no filme, onde a sensibilidade das telas e cortes estratégicos, dá um ritmo mais moderno e envolvente, mas também mais superficial.

site: https://medium.com/@junealves/deixe-ela-entrar-john-ajvide-lindqvist-d7fe64b73c12
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MF (Blog Terminei de Ler) 11/06/2020

Uma olhada na literatura de terror da Suécia
Nota inicial: resenha com vários spoilers (leia o livro antes de ler esta resenha).

Livro “Deixa ela entrar”, ficção de terror do escritor sueco John Ajvide Lindqvist, best-seller publicado originalmente em 2004. Quatro anos depois, a história foi adaptada para o cinema pelo igualmente sueco Tomas Alfredson, tendo o filme independente obtido vários prêmios, sendo exibido em mais de 40 festivais pelo mundo. Posteriormente, em meados de 2010, a película recebeu uma refilmagem feita por Hollywood, mantendo a mesma essência, ainda que com menos inspiração.

ESTILO (SLASHER E VAMPIRISMO) / TRAMA (BULLYING E PEDOFILIA)

Na história, conhecemos Oskar, garoto tímido que vive com a mãe em um subúrbio da capital sueca, Estocolmo, em meados da década de 1980. Vítima constante de violentos ataques de bullying, Oskar passa seus dias lendo e colecionando notícias sobre serial killers, alimentando um desejo reprimido de vingança. O cotidiano dele muda completamente quando ele conhece sua vizinha Eli, uma garota de doze anos. Em paralelo, a vizinhança é acometida por uma série de assassinatos misteriosos.

A trama envolve dois subgêneros de terror: o slasher, que são as histórias que envolvem um serial killer e a consequente investigação policial dos homicídios, bem como o vampirismo. Inicialmente, tais subgêneros se desenvolvem separadamente dentro do livro. Com o passar das páginas, há o encontro gradual por meio da interação entre o assassino e Eli. Percebemos que a garota é uma vampira e descobrimos, adiante, que ela vive junto com o autor dos crimes. A relação entre ambos é estranha. Eli precisa do assassino para ter um teto e, dada a natureza de sua morfologia, que ele consiga sangue humano, sua única fonte de alimentação (outros alimentos são intragáveis para a garota). Por sua vez, o assassino, nutre desejos sexuais nunca correspondidos por Eli. Ele é, obviamente, um pedófilo.

RITMO E FOCO / RESPEITO À MITOLOGIA

O livro, com suas mais de quinhentas páginas, possui um ritmo lento, várias vezes enfadonho, com momentos interessantes e mais dinâmicos intercalando longas explanações com foco equivocado. Há uma fixação do autor em desenvolver personagens que não agregam absolutamente nada à trama. Seria perfeitamente possível contar toda a história do livro com metade das páginas, sem perda alguma da qualidade literária, diminuindo-se o espaço desses personagens secundários. Com isso, perde-se um tempo absurdo, irritando e cansando o leitor, que poderia ter sido dedicado nas cenas envolvendo os crimes (há uma influência slasher, né?) e, principalmente, nas cenas envolvendo Oskar e Eli. Estão nessas cenas, envolvendo os dois, o ponto mais positivo do livro, fazendo com que o leitor anseie por essas cenas assim que elas terminam.

Por ser tímido e inseguro, devido ao assédio sofrido quase que diariamente, é interessante e tocante ver como Oskar se afeiçoa à Eli. Ela, por sua vez, com seus segredos, se mostra uma personagem instigante. Eli também é uma personagem interessante por respeitar a mitologia do vampiro, como o próprio título do livro sugere (um vampiro só pode entrar em uma casa se for convidado), por exemplo. Sua natureza pode ser dócil ou violenta, conforme a situação (e a fome) se manifeste. Eli, assim como os demais vampiros, pode viver por décadas, séculos.

ALGUNS DETALHES NAS ENTRELINHAS

Vampiros, dentro de sua mitologia, são criaturas naturalmente sedutoras. Isso coloca uma situação provocativa pois, embora seja uma criança de 12 anos (se manteve nessa forma devido à contaminação ter ocorrido nessa faixa etária, Eli vive há décadas, talvez séculos. Ela possui corpo de criança, mas sua mente é de uma criança?

Percebendo que seu protetor (assassino) está ficando velho e descuidado (ele comete erros em alguns assassinatos), Eli pode ter visto em Oskar a chance de substituir o sujeito.

Androginia e homossexualidade são outros dois contextos assuntos que aparecem nas entrelinhas. Em vários momentos, Eli indaga Oskar se ele a aceitaria, se soubesse que ela é um menino. E, constantemente, ela diz que é um menino. Em determinado momento, Eli precisa tomar um banho e, numa cena (melhor adaptada no filme de 2008), ela aparenta não ter um pênis, numa figura andrógina. Seria isso uma caraterística causada pela doença do vampirismo? Seria uma forma de não se envolver sexualmente com o respectivo protetor, visto que, no fundo, Eli é uma criança e/ou está abalada por abusos de pedófilo(s)? Não é possível saber.

A própria questão da pedofilia é tratada de forma pouco aprofundada, servindo mais como o fator motivador que levou o assassino a se aproximar de Eli. Não há análise sobre a origem desse desejo repulsivo no assassino, tão pouco das consequências de investidas e possíveis abusos em Eli.

O aprofundamento nessas questões, assim como na própria questão do bullying, que serve como eixo condutor durante boa parte da trama, fica negligenciado. O autor não desenvolve esses assuntos difíceis que ele adiciona à história, mas, em compensação, gasta uma quantidade grande de páginas para desenvolver tramas desinteressantes de personagens secundários (sobra espaço até para o desenvolvimento do relacionamento de um casal de personagens periféricos). Escolhas equivocadas.

CONCLUSÃO

Provavelmente, Lindqvist quis provocar nos dizendo que o horror não está na vampira faminta ou no assassino em série. Às vezes, no próprio cotidiano, ao qual todos nós estamos envolvidos, é que reside aquilo que apavora. Contudo, esse aprofundamento, que seria enriquecido com temas que o autor teve a ousadia de trazer (bullying, pedofilia, homossexualidade) não ocorre, ficando na superfície.

Entretanto, o autor consegue criar uma obra com boas premissas e os personagens principais (Oskar e Eli) são cativantes e interessantes, salvando a história. O antagonista oscila entre a falta de aprofundamento, o caricato e o gore. As cenas de ação, típicas da literatura de terror, são bem conduzidas.

Em tempos de vampiros com mitologia deturpada, como em “Crepúsculo” (Twilight, 2005), histórias como “Deixa ela entrar” revigoram a temática. Analisando friamente, embora a experiência literária não tenha sido de todo ruim, entre o livro e o filme, prefira a obra cinematográfica de Tomas Alfredson, que foi fiel ao material fonte, e corrigiu, em parte, o problema da perda de foco. Portanto, é um bom livro, mas que tinha potencial para ter sido muito melhor. Prefira o ótimo filme de 2008.

P.S.: Caso tenha gostado do que escrevi, visite https://mftermineideler.wordpress.com/
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Ronaldo.Dalbianco 14/06/2020

Um clássico do terror.
DEIXA ELA ENTRAR, do autor sueco John Ajvide Lindqvist, conta um história arrepiante. Oskar, um adolescente solitário, um pouco problemático e vítima de um radical bullying na escola, é um dos personagens principais. Ele mora com a mãe em uma pequena vila em Blackeberg e em certo dia, na ala de brinquedos no pátio da vila, encontra Eli, uma garota que surge misteriosamente e, depois, puxa conversa com ele. A partir dali, bem aos poucos, uma amizade vai sendo construída. Porém, cheia de mistérios.
Por vezes ela aparentava desgastada e envelhecida, ora outra aparecia, de súbito, jovial e animada.
Ela guardava um segredo. Era uma vampira.
Com o tempo, assassinatos começam a ocorrer na cidade, o que coincide com o momento da chegada dela na vila. Eli vivia com um senhor que a alimentava. Era um pedófilo que se encarregava de nutri-la com o sangue que retirava das vítimas em troca de companhia e carícias. Quando ele não fazia isso, ela saía para caçar e matar suas vítimas, para evitar que elas também se transformassem em vampiros. Mas nem sempre conseguia concluir a missão até o fim.
Porém, os segredos e angústias de toda essa história estão apenas começando.
Eli se torna o grande amor de Oskar e passa a protegê-lo. Ela tem uma agilidade e força incomensuráveis.
E através de diversos personagens coadjuvantes, a história ganha ainda mais peso.
Um clássico do terror adaptado originalmente para o cinema sueco (que eu prefiro), depois com um remake americano com o nome ?Deixe-me Entrar?.
Um romance bonito e aterrorizante, que agradará a qualquer um que curta o gênero.
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