Uma Mulher Vestida de Sol

Uma Mulher Vestida de Sol Ariano Suassuna




Resenhas - Uma Mulher Vestida de Sol


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Carol M. 12/09/2023

Nunca seria esse livro por livre e espontânea vontade
Eu comecei esse livro por conta da escola e sendo muito sincera, nunca olharia pra ele e pensaria "quero muito ler, parece interessante". Só que depois que você começa a ler acaba achando muito interessante.
O livro é escrito em forma de peça, ou seja, em diálogo. Isso faz com que seja uma leitura mais leve, com uma linguagem bem clara e palavras simples.
Se você nunca leu algum livro do autor acredito que essa obra seja um bom ponto de partida (já que foi o do Ariano também) .

Resumo da peça:

A história gira em torno de uma briga por terras entre Antônio e o cunhado Joaquim. O gado de Joaquim avançou pra terra de Antônio, então ele fez uma cerca e em resposta Antônio constrói uma casa bem na frente da cerca. Criando uma tenção, pela possível derrubada da cerca ou avanço das terras. Por isso eles acabam por ter seus cabras pra vigiar: Manoel e Gavião, ao lado de Joaquim e Caitano e Manoel no de Antônio.
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Renata Rocha 30/07/2023

Muito bom !! Eu tenho uma grande admiração pelo Ariano Suassuna, sou fã do filme Auto da Compadecida e este foi o primeiro livro que li do autor, foi interessante ter um livro em formato de peça de teatro, se já tive esta experiência não me recordava, o autor tem a sua marca, é possível perceber semelhanças em suas obras, é impressionante como ele retrata a cultura nordestina e eu adoro a sensação de assistir ou ler uma obra que se passa em uma cultura diferente da minha, a trama é construída de forma muito boa e vai se desenrolando com uma fluidez, por fim, o final condiz com a magnitude da obra
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Lorena 26/06/2023

A primeira peça de Suassuna
Esta foi a primeira peça de teatro escrita por Suassuna, quando ele tinha 20 anos, revisada e reescrita por ele aos 30 anos.

É uma tragédia bem teatral mesmo, trazendo questões que sempre existiram na vida sertaneja no nordeste: a seca, a fome, a briga pela terra, a guerra de poder, a morte... mas também a honra, a palavra, a fé e o amor.

Enxergo como um retrato da dureza do sertão, dessa vez sem o viés cômico genial de Suassuna, e ,acima de tudo, uma crítica social ao modo de vida "coronelesco".

Palavras escritas na imaturidade como escritor, mas nem por isso menos valiosas como representantes da cultura nordestina.
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Renally Couto 18/02/2023

Drama e honra
A honra e a palavra lançada, são valores muito fortes no interior da Paraíba, que às vezes levam à virtude, e às vezes à tragédia. As obras de Ariano são sempre fascinantes!
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Ailton 13/01/2023

Uma mulher vestida de sol
A primeira peça de Ariano, produzida no nordeste. Como de costume conseguimos enxergar e estar presente no nordeste através de Suassuna, com a descrição da terra e dos costumes, é possível ler cada palavra e estar presente nelas com o sotaque do nordeste. No mais é sempre redundância falar de Ariano Suassuna.
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Lurdes 27/12/2022

Esta foi a primeira peça teatral escrita por Suassuna, em 1947 e reescrita em 1958 e já nasceu sendo premiada e antevendo o futuro brilhante de seu autor. É considerada a primeira grande tragédia escrita no Nordeste.

A intolerância e a violência são abordadas em situações diversas.
A disputa de terras;
O machismo exacerbado;
Autoridade x submissão;
Amor proibido;
Desigualdades sociais;
Omissão do poder público (retratados no delegado e no juiz)
e...
A força da palavra de honra e da honestidade ou os danos que sua ausência pode causar.

Joaquim e Antônio são cunhados e estão no meio de uma disputa por terras. Uma cerca foi construida separando as duas casas e, vigiando esta cerca, quatro pistoleiros, dois de cada lado.
Quem ousar invadir o espaço do outro pode ser recebido à bala.
Joaquim, o mais violento, é viúvo e vive com sua filha Rosa e sua ex sogra Donana.
Antônio vive com a esposa Inocência, irmã de Joaquim. Eles tem um filho, Francisco, que foi embora de casa a alguns anos, após um desentendimento mas que está prestes a retornar.

Uma estória muito triste, em que a ganância e o desejo de posse (sobre a terra e sobre as pessoas) se coloca acima de tudo, inclusive do amor e respeito pela própria família.
A eterna luta do bem contra o mal vai atingir o jovem casal apaixonado que, tal qual Romeu e Julieta vive um amor impossível, devido à inimizade das duas famílias.

Uma estória que se repete, de diferentes formas, ainda hoje.
Ariano sempre foi muito sensível à injustiça nas relações de poder e aqui não foi diferente.

Recomendo muito. E esta capa linda integra a reedição dos textos de Suassuna formando uma coleção incrivel.
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Ssauros 26/11/2022

A tragédia perfeita
Esse livro é tipo Romeu e Julieta versão nordestina. Sou fã do Ariano Suassuna e de Shakespeare então eu gosto de uma tragédia bem escrita. A história gira em torno de uma disputa de terras de duas famílias. Os filhos dos fazendeiros rivais acabam se apaixonando e
Esse livro é tipo um Romeu e Julieta nordestino. Temos duas famílias que são rivais por causa de uma disputa de terras. Essas terras são separadas por uma cerca protegida por homens armados dos dois lados e eles tem o seguinte combinado: se um integrante da família rival passar a cerca os vigias tem o direito de matar essa pessoa. Os filhos dos fazendeiros Rosa e Francisco se apaixonam porém eles sabiam que a única forma de ficarem juntos era fugindo. Rosa não queria fugir sem casar então eles improvisam um casamento ao pé da cerca e Rosa passa para o outro lado como esposa de Francisco. O pai de Rosa bravo por ter sido tapeado arquiteta um plano para tirar Rosa da casa de Francisco e mata-lo. Ele consegue executar seu plano porém de uma forma suja e mentirosa. Rosa, sem conseguir suportar a ideia de que seu marido foi morto por seu pai e que podia carregar um filho do falecido comete suicídio algum tempo depois. Essa é uma tragédia muito bem escrita que além de ser envolvente causa identificação ao leitor por trazer personagens comuns na cultura nordestina. O bom de ler livros nacionais é que você se sente mais pertencente a literatura.
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M. K. Nascimento 10/10/2022

Tragédia clássica Rom&Julie
Minha primeira leitura do tipo, pra variar um pouco. Mas não pretendo ler algo parecido.

Muito previsível, não sei se faz parte do gênero.
Ambientação limitada a um pedaço de terra, tudo ocorre ali.

As motivações dos personagens são simples, algumas piadas da época, sem tanto efeito nos tempos atuais.

Depois da metade, é que o livro te prende um pouco, só pela curiosidade, mas sem despertar surpresas.

Mas valeu a experiência! Recomendo começar com outro título, se estiver a fim de conhecer a obra de Suassuna.
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sabren 02/06/2022

ariano suassuna é gigante. uma história sobre conflitos familiares por terra, que apesar dos pesares tem um tom de humor muito grande mas um final extremamente trágico.
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Jessi 16/02/2022

O final é bem diferente dos outros, quero ler mais dele, impressionante como só fui ter acesso a ele, a seus livros agora, mesmo nascendo no mesmo estado que ariano!!
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Iury 21/10/2021

Um excelente drama com a marca de um sertão nordestino do século passado que apenas Ariano Suassuna consegue desenvolver de forma tão brilhante.
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Laércio Damião 18/10/2021

?Viu-se um grande sinal no céu, uma mulher vestida de sol, que tinha a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça; e, estando prenha, clamava com dores de parto, e sofria tormentos por parir.? Como eu amo um livro nordestino. ??
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Flávio 30/06/2020

A realidade é seca
Personagens principais: a morte e a palavra.
Outros personagens: as cantorias, os retirantes, a seca, a brutalidade, as intrigas, o ciúme, o desespero, a honra, a "lei", a ambição, a angústia, a inveja, o medo, a revolta, a pobreza, a fé e por fim, o amor.

Na obra, grandes pesares das famílias sertanejas, seja com a existência de alguém que por um falso poder provido do dinheiro, sobrevivem da desgraça alheia e/ou seja a servidão a uma falsa honra que subsiste apenas no seu âmago egoísta e pobre; seja a pobreza em si e/ou seja simplesmente, gigantemente, obra natureza - destinos, fatalidades.

Ariano, grande joia desse nosso nordeste enorme em cultura nos apresenta em sua primeira obra muitos ícones conhecidos por todos; alguns, infelizmente, conhecemos na pele. Ele nos mostra um pouco mais sobre as desventuras e rixas que - mesmo tendo escrito a peça em 1947 e a editado 10 anos depois - ainda hoje existem em nossa região.
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