Música Ao Longe

Música Ao Longe Erico Verissimo




Resenhas - Música Ao Longe


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Renata CCS 01/02/2013

"O amor que ainda não se definiu é como uma melodia de desenho incerto. Deixa o coração a um tempo alegre e perturbado e tem o encanto fugídio e misterioso de uma música ao longe..." Erico Verissimo
MÚSICA AO LONGE é construída do ponto de vista da jovem professora Clarissa que vive com a família que, de origem rica, está em declínio. Em meio à monotonia de uma cidadezinha pacata do interior gaúcho, Jacareacanga, e da tristeza pela decadência econômica e moral de sua família, a jovem sonha com um acontecimento extraordinário e com seu príncipe encantado. Isto se dará através de sua aproximação crescente com o rebelde e selvagem primo Vasco, que a desperta para o amor. É um livro com toques poéticos, onde o amor da moça nasce e cresce de maneira delicada e vai se tornando mais forte à medida que ela e Vasco se aproximam. Os personagens são únicos e inesquecíveis. O que vemos nesta obra é a vida duma cidade do interior do Rio Grande desfilar em câmera lenta, onde há uma “tristeza indefinida”, que se apodera da protagonista e dos demais membros da antiga e nobre família. A linguagem de Érico Veríssimo é simples e doce, há romantismo e beleza no estilo singelo com que o autor retrata a sociedade decadente e o nascimento da nova sociedade simbolizada por Clarissa e Vasco: mais alegre e mais colorida. Um romance perfeito!
Bárbara 28/05/2013minha estante
Faz muito tempo que li esse livro, mas me lembro que o amei tanto, que por muito tempo estive decidida, de que quando tivesse um filho, lhe daria o nome de ?Vasco?. :D


Ana Maria 07/10/2013minha estante
Senti falta da Clarissa menina, das cores da pensão, de Amaro... em dois anos ficou tudo tão diferente!


sonia 28/10/2013minha estante
Clarice é muito bobinha, não me convence. Prefiro outros livros do autor.




Edmar.Candeia 11/01/2022

Clássico
Tendo lido na sequência que me foi indicada a estória fez sentido. Como os demais livros de Érico Veríssimo percebo uma narrativa com toques de crítica social, sem ficar chato. O texto é muito bom e apaixonante, dá para sentir a agonia da personagem principal, e a decadência de uma família "tradicional", que possivelmente todos nós já assistimos ou tivemos notícias.
Aline Sulzbach 27/07/2023minha estante
Edmar, li na sequência e ficou esse sentimento. Clarissa indo a Porto Alegre estudar magistério (3 anos) e o retorno da sua cidade. As mudanças na estrutura da família e nas finanças. Ela em busca de entender o motivo das mudanças de cada um.




Craotchky 14/11/2016

Verissimo, Clarissa e eu
"De repente Clarissa começa a sentir uma saudade esquisita, saudade duma terra muito bonita que ela nunca viu, que ela não sabe onde fica mas que tem a certeza de que existe."

Não sei onde exatamente foi que vi esta questão, mas sei que em algum lugar achei a seguinte pergunta: Qual livro você gostaria de ter escrito? Eu hoje não saberia dizer um livro, deveras difícil saber algum dia, porém acho que gostaria de escrever como Erico Verissimo (uma pitada de Zafón não faria mal). Adoro o jeito que ele escreve. Em dois adjetivos: Simplicidade e Beleza. É disso que é feita esta obra e espero que sejam assim todas as outras.

Cheguei a este romance com certo receio pois sabia que reencontraria Clarissa - personagem do livro que leva seu nome, o outro de Verissimo que li, favorito e resenhado por aqui. Meu medo era acompanhar outra parte da vida dela, outra Clarissa, e assim mudar, manchar, apagar, a imagem que tive da menina de 14 anos que tanto me encantou na sua primeira história.

Em Música ao longe ingressei mais uma vez na vida de Clarissa, agora com dezesseis anos, professora, mas não muito diferente daquela pela qual me apaixonei. Ainda conserva certa ingenuidade, mantém aquele encanto sem nome que me cativou no nosso primeiro encontro, e também um diário aonde ela conversa consigo mesma e indiretamente conosco; deixa transparecer todas suas impressões sobre a vida adulta que lhe bate à porta.

Ah, que grata surpresa, este livro não feriu àquele, Verissimo não me magoou.

Mais uma vez não vemos grande enredo, surpreendentes acontecimentos, reviravoltas mirabolantes, nem nada disso. A virtude da escrita do autor está novamente na simplicidade, na beleza, na sutileza com que compõe sua história, na sua magnífica prosa poética. Como gosto do jeito que ele escreve, das suas descrições, de como usa as palavras! Me faz pensar: Ah, como é bom ser leitor, como é divino ler! Outra vez saio encantado. Bem, acho que agora tenho um autor nacional favorito.

"Ler é muito bom. Se não fosse a leitura eu era muito infeliz."
Bruno D W 14/11/2016minha estante
Sua resenha é incrível; a forma como suas palavras se expressam realmente evidenciam o qnt gosta do autor e de fato, a perspectiva de reencontrar um personagem que amamos pode ser mesmo um pouco assustadora. Enfim, ainda não li Verissimo, embora esteja há alguns meses com um livro dele na estante. Com certeza agora tenho um motivo...


Craotchky 14/11/2016minha estante
Obrigado. Evidentemente que cada um tem seu gosto mas espero que goste quando o ler. Clarissa e eu já temos mais um encontro marcado em Um lugar ao sol. E estou curioso: Qual livro dele está aí na sua estante?


Bruno D W 15/11/2016minha estante
"Olhai os lírios do campo". Uma professora me falou dele uma vez na escola; ela me disse q se sentiu encantada com a história, deu a entender que era algo triste; enfim, há pouco tempo eu encontrei ele num sebo, me lembrei e resolvi comprar.


Craotchky 15/11/2016minha estante
Hum, deve ser excelente, o nome já é bonito. Algumas obras dele são interligadas mas acho que este não é. Boa leitura.


Samara 16/11/2016minha estante
Bela resenha, e se não fosse a leitura eu também seria infeliz


Jess 04/01/2017minha estante
Queria tanto ler algo dele e você me deixou com mais vontade ainda!




Taryne 29/04/2010

Simplesmente doce
"Música ao longe" é parecido com o título: Doce, sutil e absolutamente encantador. Clarissa, do livro homônimo de Erico, agora tem 16 anos e é professora. Ela têm sonhos que não cabem no tédio em que vive, dúvidas que a confundem e uma ânsia profunda de algo que não sabe bem o que é. Escreve em seu diário todos os seus pensamentos; já que não têm muitos amigos, gosta de conversar consigo mesma. A relação dela com Vasco, o Gato do Mato, o primo que lhe desperta sentimentos estranhos, é belíssima. O livro possui trechos que enchem os olhos, sempre com as descrições ímpares que Verissimo faz da natureza, como se esta fosse personagem da obra. Nem dá pra acreditar que foi escrito em apenas vinte dias. Erico é mesmo meu escritor brasileiro favorito. Autor-amor na minha vida. Fortemente recomendado!
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Anienne 22/08/2020

Música ao Longe
Terceiro romance do Érico Veríssimo e, com toda a certeza, não me decepcionou. A cada obra que leio, mais me apaixono por esse Escritor Genial!

Essa é mais uma história pautada na simplicidade do cotidiano e gira em torno das perdas e agruras dos Albuquerques, família tradicional de Jacarecanga, cidade fictícia do interior do Rio Grande do Sul, ambientada na década de trinta, sob os olhos de Clarissa, uma adolescente e personagem principal.

Os personagens são muito reais e humanizados. Como sempre, Érico apela aos sentidos do leitor, conseguindo aguçar a visão, o olfato, o paladar, o tato e a audição, que já é sentida através do título.

As transformações e expressões sociais da época também são um ponto alto na história, o que traz reflexões incríveis e discussões riquíssimas se houver possibilidade de uma leitura coletiva. Veríssimo traz ainda um forte contraste entre o passado e o novo que está a surgir.

Um livro muito lindo! Eu amei demais!
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Elu 17/01/2009

O segundo livro de uma série do Érico Veríssimo que começa com Clarissa. Conta a história da Clarissa, desta vez vivendo com os pais, formada, e entendendo as dificuldades de uma vida adulta. A família passa por dificuldades para se ajustar aos novos tempos, enquanto ela aprende coisas novas sobre a vida, felicidade e principalmente o amor.
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Marlo R. R. López 30/12/2009

O que achei interessante foi a construção do livro e o seu estilo de escrita: ambos muito simples, de uma simplicidade que dá gosto à leitura. Música ao Longe é uma história muito terna e espontânea, o que também chama a atenção de quem lê; no entanto, apesar da sua ternura, nada de finais felizes, e sim uma série de perguntas interessantes que ficam por responder no final.

Resenha completa em: www.artigosefemeros.blogspot.com
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Babi 05/02/2011minha estante
my favorite! eu achei lindo ficar subtendido desejos, sonhos, anseios futuros, Vasco abrindo os horizontes pra prima




Cida Zientarski 24/03/2022

Música ao Longe, de Erico Verissimo
Descrito pelo ângulo da personagem, a jovem Clarissa caminha para a maturidade. Ela, antes uma menina, agora é uma jovem professora primária em sua cidadezinha do interior e lá retrata sua vida, olhada com seus olhos ingênuos, mas muitas vezes críticos.

As páginas do diário de Clarissa revelam seu mundo interior, muitas vezes inquieto, principalmente pelo amor que seu primo, Vasco, desperta nela e que ela muitas vezes não entende. Nas palavras de seu poeta preferido, Clarissa assim define seu amor por Vasco:
“O amor que ainda não se definiu é como uma melodia de desenho incerto. Deixa o coração a um tempo alegre e perturbado e tem o encanto fugido e misterioso de uma música ao longe”.

Vasco é um rapaz arredio, agressivo e misterioso, que não concorda com muitas coisas que acontecem com sua família e se rebela contra eles.
A história retrata também a decadência da tradicional oligarquia Albuquerque, como um relato da decadências das antigas oligarquias que dominaram o país e que se viam em uma situação de falência com o novo estado econômico que o Brasil se encontrava na década de 30.
Mesmo focado na ingenuidade da personagem, Érico não deixa de criticar a realidade da sociedade brasileira em franca mudança com o governo estabelecido por Vargas.

Também tem outros personagens: João de Deus, estancieiro arruinado; Jovino e Amâncio, ambos em dificuldades financeiras, dominados pelo vício; D. Zezé, uma velhinha que vive voltada para o passado; Cleonice e Pio, noivos há doze anos; Seu Leocádio, o velhote dos mistérios, dono do único telescópio que existe em Jacarecanga, charadista, poeta, músico e entendido em almanaques.

O que vemos nessas páginas é a vida duma cidade do interior do Rio Grande desfilar em câmera lenta diante de nossos olhos. A história é escrita com simplicidade de linguagem e de construção.
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Zuca 18/04/2009

Ao lado de Machado de Assis, grande prosador. Uma história melhor que a outra. Perfeito na forma e conteúdo.
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Sabrina 04/06/2021

Simples, porém...
Música ao Longe faz você acompanhar a vida tediosa de Clarissa. Com um olhar simples e inocente, ela observa a decadência de sua família que não admite seus infortúnios e tentam ainda viver sob a glória de seus antepassados. É um livro com uma escrita simples e belíssima que faz com que você sinta as dores e angústias da personagem principal sem te forçar a nada. Por ser o primeiro livro do Érico Veríssimo que eu li, não tenho muito o que falar sobre o autor em si, mas com certeza foi uma história que aguçou minha vontade de ler mais coisas desse escritor.
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Nanna 11/06/2020

"O amor que ainda não se definiu é como uma melodia do deserto incerto[...] tem o encanto fugidio e misterioso de uma música ao longe." Erico Verissimo.

Conta sobre Clarissa, uma jovem de família rica em decadência. Ela é sonhadora, ingênua... vê que a família sofre problemas mas acho que não se liga tanto a realidade ate começar uma amizade com o primo Vasco, que é considerado a ovelha negra da família.
Nessas conversas, muitas delas breves, ela começa a entender sobre coisas que ela sempre via, mas de certa forma achava errado pensar sobre. Digamos que ele abre os olhos dela e ela percebe que tem um aliado, assim não se sente tão só.
Gostei desse livro. Trata sobre segregação racial, injustiça do mundo, ingenuidade, orgulho, sonhos e romance. Tudo isso em um livro só.

Apaixonante.
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Lú Ribeiro 17/09/2020

Me surpreendi
1° contato com esse Autor, extremamente sensível e claro na sua forma de expressar.
Uma delicadeza ao falar de coisas difíceis e tão comuns a nós, humanos.
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Babi 15/04/2013

a música de fundo desse livro é a serenata de schubert.*
favoritado no coração quando eu tinha 9 anos. cheio de grifos emocionados.
da biblioteca da tia. lido muitas vezes em períodos distintos/impressões diferentes e tudo mais que vem com isso.

"seu leocádio faz um sinal. tia zezé começa. o som do piano parece que nasce do fundo do tempo, que vem dum outro mundo. os dedos magros batem nas teclas. leocádio marca o compasso com o pé. e começa a soprar a flauta.
serenata de schubert."
"o amor que ainda não se definiu é como uma melodia do desenho incerto. deixa um coração a um tempo alegre e perturbado e tem o encanto fugidio e misterioso de uma música ao longe."
- do livro

e eu acho que é esse o alcance:
“certa ocasião ouvi um cliente habitual da livraria de meu pai comentar que poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho ao seu coração. as primeiras imagens, o eco dessas palavras que pensamos ter deixado para trás, nos acompanham por toda a vida e esculpem um palácio em nossa memória ao qual mais cedo ou mais tarde ─ não importa os livros que leiamos, os mundos que descubramos, o quanto aprendamos ou nos esqueçamos ─ iremos retornar”.
─ carlos ruiz zafón in a sombra do vento

*eu senti. eu sinto. risos.
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larissa dowdney 10/03/2011

Gostaria muito de ter lido esse livro na minha infância. Ia fazer tanta diferença...
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Paloma 28/12/2013

O que eu precisava naquele momento.
É lindo! Fico imaginando se o Erico passava pelas coisas que a Clarissa escreve no diário.. porque o que eu mais amo desse livro são os pensamentos dela, não parava e anotar frases num papel ou dobrar as páginas pra marcar.. virou um dos meus livros preferidos desde as primeiras páginas. Me identifiquei com a forma como ela descreve a mudança que vê nas pessoas conforme vai crescendo, principalmente em seu pai - ao notar que o herói dela também tinha fraquezas. Ainda não li os outros dois da série, mas não vi problema em começar por esse. É bem sensível e vale a pena ser lido em qualquer idade.
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