Resenhas - Criando Paisagens

Anderson Souza 08/03/2024

Um livro criativo e subjetivo
Se você assim como eu fica cansado com os livros cheios de normas, padrões e receitas de bolos que são a maioria dos livros de arquitetura. Este livro vai total contramão disso, não que ele não seja um livro com informações técnicas, pelo contrário, mas o autor também se propõe a falar da psicologia, das sensações, ao se entra num jardim, e consegui fazer isso sem infantilizar ou diminuir esse processo, sem propondo um visão lúdica caminhando junto uma visão racional e técnica, simplesmente delicioso o livro.

JAlia.Compan 24/02/2024

Inspirador!
Livro maravilhoso para início de carreira na área de paisagismo e jardinagem. Benedito Abbud é um grande nome do paisagismo atual. O livro traz noções da arquitetura da paisagem (a vegetação como elemento: teto, parede e piso), composição, público alvo e tudo feito de uma forma bem poética. Recomendei para os meus alunos!

Obika 02/04/2023

Panorama
O texto se propõem a explicar o projeto de paisagismo em suas etapas e componentes, por vezes se demorando em demasiado em detalhes dos quais não se espressa dominio, tornando assim a leitura um tanto tediosa, ilustraçoes bonitas mas que não detém uma coesão de traço ou com o próprio texto.

Ademais é uma introdução interessante, mas pouco proveitosa.

Raul 27/09/2021

O Cerne do Paisagismo
A atividade profissional do Arquiteto Urbanista sempre permeia na área do pausagismo e, quando não se tem muito conhecimento prático na área, as propostas de projeto carecem de respostas funcionais para as área permeáveis. Benedito Abbud trata de forma lúdica as etapas do trabalho em paisagismo, mostrando que o trabalho não é apenas o conhecimento acerca dos espécimes de vegetação local ou ornamentais, mas também estudo de efeito e causa. Fantástico e dinâmico trabalho e excelente leitura para profissionais que, assim como eu, se aventuram na soluções projetuais.

Fernanda 23/09/2019

Essência do espaço:
"[...] no jardim sempre deve ter em mente que as formas espaciais são fluidas, livres e instáveis [...]". 18-19

O projeto de paisagismo deve fazer uso do jogo de dissimular e mostrar certos elementos fazendo com que os percursos sejam marcados por prazerosas descobertas. 20

Espaço Psicológico
É interessante evitar que o piso encontre diretamente o muro, fazendo que entre eles sempre haja um canteiro, mesmo que minúsculo, de modo que esses dois planos fiquem independentes e pareçam mais leves.

Estética e história
Para se criar qualquer forma, é preciso saber o que existiu antes, conhecer os diversos repertórios plásticos que foram inventados pelo homem ao longo do tempo.
Esses repertórios podem ser reaproveitados ou transgredidos na imaginação de novas formas. 33-34

Pensando nas crianças
O sucesso do projeto de paisagismo está diretamente relacionado ao atendimento dos desejos e necessidades das pessoas, especialmente no que se refere aos equipamentos e locais para atividades. 37

Equipamentos para todos
É sempre conveniente posicionar uma praça de estar ao lado de quadras esportivas. 42
Ao redor de piscinas deve haver área pavimentada para banho de sol, espreguiçadeiras e mesas, pergolados e sombras, bancos para hidromassagens, nas costas, hidromassagem vertical para todo o corpo, jatos de água para massagear os ombros e aliviar as tensões. 43

Espécies frutíferas
Compor árvores frutíferas com as demais plantas. Espalhar diferentes texturas

Fontes de inspiração
Devem ser observados: clima, insolação, tipos de solos, canteiros sobre lajes, ventos intensos, jardins internos.
O ideal é buscar esse repertório vegetal nas macrounidades naturais para caracterizar partes ou a totalidade do jardim. Observar o tipo de solo e suas condições e adequar com a escolha do tipo de vegetação.

No meio urbano, os estratos vegetais podem ser pensados para dialogar com os volumes edificados, fazendo com que as ruas se ampliem ou se tornem acolhedoras, se forem largas ou extensas demais. 56

O conjunto de árvores com as copas entrelaçando-se “diluem a visão da arte superior dos edifícios, o que torna a paisagem mais harmônica. São bons antídotos a problemas frequentes nas cidades brasileiras, como a mistura desenfreado de estilos e formas dos prédios, o grande emaranhado de postes fiação aérea, cartazes, placas e poluição visual das pichações”. 77
As plantas também tem sido usadas para enfeitar os espaços públicos em muitas cidades brasileiras. São plantadas em canteiros ou dispostas em cachepôs em áreas centrais e de grandes movimentos. 98

As trepadeiras que se agarram sozinhas são menos exigentes, dispensando cuidados de manutenção com direcionamento constante. Podem cobrir elementos construídos, como muros muretas, paredes. Desde que não estejam pintados com cal virgem, que agride as gavinhas e os elementos de fixação das plantas. 103

O projeto de paisagismo pode dispor de diferenciados atrativos florais em momentos diferentes. 111

Educando as crianças
Hoje, as espécies com frutas comestíveis vêm sendo muito utilizadas nos jardins residenciais e condominiais, até mesmo naqueles sobre lajes. É uma forma de educar as crianças, fazendo-as perceber que os frutos não surgem empacotados para serem vendidos diretamente no mercado, como algumas delas acreditam. 120

Para não correr o risco é melhor buscar uma cerâmica que tenha as seguintes características: ser fosca, antiderrapante e com PI 4, no mínimo.

Constatando essas questões, é bom acalmá-lo (o cliente) logo, mostrando que o projeto terá varias fases, exatamente para fazer ajustes e chegar ao melhor produto, com custo compatível. Comente que o procedimento profissional é enviar, após esse encontro, uma proposta de honorários e estimativa de custos da execução do jardim. Mas avise também que poderá haver variações de custos no decorrer do processo, considerando que o orçamento inicial será feito dobre o estudo preliminar, que não tem todas as informações, e o orçamento final, sobre uma base mais completa – os projetos de execução e plantio. 164

“Os parques atraem gente de pontos bem mais distantes da cidade, especialmente nos fins de semana, demandando a previsão de estacionamentos, serviços de apoio (informações, primeiros socorros, segurança), bares, restaurantes e sanitários. Se for o caso, outras atividades também podem ser contempladas: áreas de piquenique, locais para apresentações musicais e peças de teatro, vestiários próximos as áreas de esportes, etc.
Tanto no caso de parques como no das praças, o mais importante é a participação do usuário ou de seus representantes na elaboração do programa, existem técnicas de workshops e brainstorms que podem ser usadas para estimular a participação dos moradores, visando aferir em que tipo de solicitações o projeto deve trabalhar. Isso é importante para que a população se identifique posteriormente com os resultados, que sinta orgulho desse espaço, cuide dele, protegendo-o e não o depredando”. 184