Helô 08/06/2024
Você está pronto (a) para se sentir infinito (a) ?
Após alguns dias desde minha leitura, não consigo tirar a obra da minha cabeça. Lê-la, é acessar todos os sentimentos e anseios de Cherlie, o que para um livro adolescente é magnífico, haja vista que, não é raso como geralmente compõe as obra para este público.
Minhas ressalvas quanto a ele é, a infantilização em boa parte da primeira parte da obra, na qual por vezes me fez esquecer que o protagonista tinha 15 anos. Ademais, acho que o turbilhão de sentimentos decorridos das questões mentais dele deveriam ser mais explorados, pois abre margem para N possibilidades e tendo em vista o público, seria mais seguro ter direções claras.
Para além disso, algo que me incomodou MUITO foi tudo o que envolve a tia Helen, pois tudo que a envolve resulta no estado do Charlie que é o enredo principal da trama, e isso não é explorado, a situação, para aqueles (a) que leram e sabem do que estou falando, é simplesmente jogada nas últimas páginas e ponto final, não é desenvolvido nas consultas, na família ou em fleshback. Sinto que é um livro fora da curva para o público que se dirige mas ao mesmo tempo superficial nos assuntos delicados que traz.
Por fim, a leitura é muito válida, acredito que todos nós temos um pouco de Charlie em nosso interior, e isso nos faz se identificar e ficar com a história tão vívida na mente, além do que, o livro ser disposto em cartas dá uma fluidez para o mesmo, não sendo enfadonho. Fico feliz, de ter livros como as vantagens de ser invisível para o público jovem, pois neste período da vida passamos por muitas coisas, carregamos situações do nosso ao mesmo tempo que estamos tentando nos encontrar no mundo.
Ps: o título em inglês tem mais sentido, apesar de eu ter um apego pelo o mesmo em português.