Leonardo.Santos 20/01/2021
Há de ser o que a Roda tecer
O segundo livro de A Roda do Tempo foi minha primeira leitura da 2021, e não poderia ter escolhido melhor forma de começar o ano. A série que começou com uma releitura da clássica jornada do herói, com claras influências Tolkianas, começa a mostrar sua própria identidade, expandindo o mundo com maestria.
O foco do livro é a jornada de Rand, Mat, Perrin e seus companheiros de Shienar, em busca da Trombeta de Valere. Paralelo a isso, Egwene e Nynaeve vão a Tar Valor para treinar com as Aves Sedai.
As longas viagens dão bastante espaço para interação entre as personagens, que tem grandes saltos em seu desenvolvimento. Jordan captura perfeitamente os conflitos internos de cada um, de forma que eles parecem reais.
A ação, no entanto, fica um pouco em segundo plano na primeira metade do livro. Algumas situações e encontros tensos ainda estão presentes, mas os maiores conflitos acontecem na mente dos personagens. Isso muda bastante ao fim do livro, com cenas que grudaram meus olhos nas páginas de um jeito que poucos livros conseguem.
Não vejo a hora de continuar essa história e mergulhar ainda mais no mundo incrível que Robert Jordan construiu.