Apologia da História

Apologia da História Marc Bloch




Resenhas - Apologia da História


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Laura Finesso 27/05/2023

As causas não postuladas | @exlibrischalegre
Apologia da História, ou o Ofício de Historiador é um livro escrito por Marc Bloch, um dos historiadores responsáveis pela fundação da Escola dos Annales, um movimento historiográfico do século XX constituído em torno da revista Annales que pretendia questionar a historiografia tradicional e positivista, e se aprofundar nas questões estruturais e de conjuntura.
Neste livro, Bloch tem como objetivo não apenas definir a história e o ofício do historiador, mas também demonstrar o que a história deve ser e como deve trabalhar o historiador. Para ele, a história é busca e escolha, e o passado não é seu objeto de análise, e sim os homens no tempo. Portanto, o ofício do historiador é compreender o presente pelo passado e o passado pelo presente ? não só isso, mas a obrigação que o historiador tem de difundir seus conhecimentos popularmente.
Ainda que pareça muito ?prático?, esse livro contém uma complexidade além (ou talvez consonante) do seu conteúdo: é um livro inacabado.Marc Bloch militou ativamente contra a ocupação nazista na França, porém foi capturado pela Gestapo, e durante a sua prisão escreveu essa obra, porém foi morto em 16 de junho de 1944 antes de terminá-la. A última frase do livro é ?Resumindo tudo, as causas, em história como em outros domínios, não são postuladas. São buscadas.? ? Nisto, é possível ver que este livro é um fruto dos tempos sombrios em que fora escrito, mas que com uma semente de esperança que Bloch nunca perdeu.
Na dedicatória ao historiador Lucien Febvre, ele escreve ?combatemos longamente, em conjunto, por uma história maior e mais humana. A tarefa comum, no momento em que escrevo, decerto sofre ameaças.? Esse combate continua, e esse livro Marc Bloch é não só expoente dessa luta como também um grande símbolo dela.
A Apologia da História é quase um manual de metodologia para estudantes de História, uma leitura obrigatória no começo da graduação e frequente ao decorrer dela. Foi uma leitura densa e devagar, mas recomendo ela para todes que estão se graduando em História!

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Pablo Paz 27/05/2023

A história como laboratório
Nos finais do século XIX e inícios do século XX, com a ascensão das ciências do homem (antropologia, sociologia, economia, linguística etc.) e de muitos progressos no interior delas, parecia que a historiografia tradicional estava a perder espaço e prestígio na compreensão da humanidade. À época, a historiografia tradicional, marcada por um positivismo grosseiro, tinha como ofício procurar e colecionar documentos como se isto, ainda que tenha sua importância, bastasse ao ofício de historiador. É neste contexto que o livro de Marc Bloch (1886-1944), escrito na época da II Guerra Mundial (1944), aparece para defender, contra os historiadores eruditos tradicionais, uma história interdisciplinar e, principalmente, mais do que colecionar documentos, saber interrogá-los. Interrogações não só quanto a relevância que eles devem ter, mas também ao quanto de verdade eles realmente têm para entender os fenômenos históricos.
Por exemplo, para saber sobre as bruxas nos inícios da modernidade, não basta ao historiador achar e consultar algum documento produzido pela Inquisição sobre as bruxas e daí apenas reafirmar o que as autoridades eclesiásticas diziam; é preciso interrogar os documentos, procurar saber quem os produziu, por quais motivos, quais interesses e confrontá-los com o que as testemunhas disseram ou têm a dizer para compreender por que as autoridades diziam isso ou aquilo sobre as bruxas. O historiador, como o cientista da natureza no laboratório, deve saber o que procura porque documentos são mais úteis quando tratados como vestígios ao invés de monumentos. Hoje, no século XXI, isso parece uma obviedade, mas não na época em que Marc Bloch viveu, na qual a verdade dos historiadores estava mais para a do juiz, confrontar para julgar, do que para a dos cientistas, confrontar para compreender.
Se hoje isto é algo tão óbvio, devemos a ele e sua escola, conhecida como Escola dos Annales, que renovou a historiografia, dando-a a ela novas abordagens, graças a influências de outras disciplinas, especialmente o método de Poincaré, as sociologias de Durkheim e Halbwachs e a etnografia de Marcel Mauss, cujos impactos no pensamento dessa geração de historiadores são bem nítidos. Os maiores inimigos da boa historiografia, segundo Bloch, são o anacronismo, o apriorismo, a 'unicausalidade', os juízos de valor e as nomenclaturas sem fundamento, que mais oprimem do que explicam o estudo de sociedades e civilizações. Mas os porquês disso, tu vais saber quando leres este belo e pequeno livro que ele não conseguiu terminar. Foi fuzilado em junho de 1944 pelos nazistas.
JurúMontalvao 30/05/2023minha estante
?




Ronnald.Trindade 13/05/2023

O início
Aqui, podemos ver, além de críticas contra a história unicamente política, as agendas que determinaram a criação da escola de annales. Nesse sentido, a história cultural e social se tornam determinantes para o futuro dos historiadores.
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Lílian 24/04/2023

É da minha cabeceira
Não sei o que falar muito sobre o livro em si, já que ele aborda muita coisa, mas se for pra te convencer a ler, saiba que ele foi um divisor de águas pra mim.

Como futura historiadora, é como se alguém finalmente estivesse falando a minha língua e como cidadão de fora da universidade e fora do meio da história, é como se alguém tivesse abrindo seu coração sobre o que ama e suas dúvidas e (meras) certezas sobre o que estava fazendo por sua área de estudo e algumas esperanças de futuro em um mundo assolado pela 2° guerra mundial.
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BeatrizFonseca1 09/04/2023

“Citações Representativas”

“(...) encorajar historiadores a colaborar com outras disciplinas como a psicologia e a sociologia na esperança de produzir o que chamava de “psicologia histórica ou produtiva” (p.14/SIEGEL/APOUND BURKER)
“ para citar um dos exemplos favoritos de Febvre um rio pode ser tratado por uma sociedade como uma barreira , mas por outra como um meio de transporte” (p.18)
suas salas de trabalho eram contiguas e as portas permaneciam abertas” ( FEVRE/APOUND PETER, 2013, p. 19)
Pretendia exercer uma liderança intectual nos campos da história social e econômica” (BURKER, p. 23)
“O primeiro número surgiu em 15 de Janeiro de 1929”(p.23)
“O mais admirável , talvez foi a capacidade de Bloch colocar no papel suas ponderadas reflexões sobre o objeto e o método , num momento de crescente isolamento e no qual suas preocupações com seus familiares , amigos e com o país atingissem uma intensidade dolorosa e trágica. (p.27)
. “O debate que existe sobre os limites da liberdade e do determinismo é um daqueles que deveram permanecer até quando a historiografia existir” (p.37)
“Após os primeiros dez minutos, eu estava conquistado, subjugado” (CHAHAUNU, 1987, p. 71/APOUND PETER, p.39).
o inicio dos anos 30 assistiu a uma explosão de interesses pelo tema veiculada sem duvida a hiperflação alemã e ao estouro das bolsas em 1929” (p.46)
“O Surgimento de uma terceira geração tornou-se cada vez mais obvio nos anos que se seguiam a 1968” (p.56)
“Dois dos mais destacados historiadores recrutados para a história das
mentalidades, no início dos anos 60, foram os medievalistas Jacques Le Goff e Georges
Duby. Le Goff, por exemplo, publicou um famoso artigo em 1960 sobre “O tempo dos
mercadores e o tempo da Igreja na Idade Média” (p.60)
“Da minha perspectiva, a mais importante contribuição dos Annales, incluindo-se as três gerações foi expandir o campo da história dos diversas áreas”(p.89)
“A historiografia jamais será a mesma” (p.89)

Texto Crítico
A Obra “A Escola dos Annales” (1929-1989) foi escrita pelo historiador inglês Peter Burker, ele nasceu em 1937 em Stanmore, suas principais obras são A Escrita da História, A Revolução Historiográfica Francesa, O que é História Cultural? e História de Teoria Social, é casado com a historiadora brasileira Maria Lucia Garcia, estudou Doutorado na universidade de Oxford.
Ele inicia o livro criticando os historiadores, sobre o fato que eles gostavam de pesquisar e escrever apenas sobre os grandes homens e acontecimentos, como guerras , enfatiza que eles são obcecados em escrever sobre a origem dos eventos, ou o “ídolo cronológico”. Os Historiadores da escola das Annales queriam quebrar paradigmas e inovar a História, Simiand por exemplo tinha a intenção de “(...) encorajar historiadores a colaborar com outras disciplinas como a psicologia e a sociologia na esperança de produzir o que chamava de “psicologia histórica ou produtiva” (p.14/SIEGEL/APOUND BURKER) Esses historiadores queriam que a História fosse mais interdisplinar .
Em 1929 na França Lucien Frebvre e o medievalista March Bloch, embora possuíssem personalidades distintas, foram muito amigos e criaram juntos a revista dos Anneles, Febvre via o conflito de classes, de forma diferenciada da de Marx, que analisava apenas a questão econômica e a estruturação de classes e ele via o aspecto econômico, os sentimentos e ideologias dos indivíduos , ele era um apaixonado por geografia e por esse motivo, publicou um estudo intitulado “La terre etI Evolution humanie” e queria que a História se comunicasse mais com essa área. Discordou de Ratazel, ao afirmar que o determinismo geográfico, não influencia completamente nas atitudes e personalidade dos seres humanos, “ para citar um dos exemplos favoritos de Febvre um rio pode ser tratado por uma sociedade como uma barreira , mas por outra como um meio de transporte” (p.18) ou seja que os elementos da natureza, podem atrapalhar ou auxiliar o ser humano depende de onde ele mora e como ele analisa o elemento. Já Bloch sofreu influencia do sociólogo Emily Durkhein, ele se especializou em História medieval, analisava a História como problema, ou seja uma ciência que deve ser discutida, questionada e problematizada. Bloch frisava que o Historiador deve entender de leis, de paleografia, e que a disciplina deveria dialogar mais com outras ciências, ele e Febvre se conheceram na universidade de Estrasburgo, começaram a conviver diariamente e foi assim que surgiu a escola dos Annales, eles eram tão amigos, que “ suas salas de trabalho eram contiguas e as portas permaneciam abertas” ( FEBVRE/APOUND PETER, 2013, p. 19) Bloch publicou o ensaio “ Les Rois Thausmaturgs” que frisava que os camponês do século XVIII possuíam a crença de que se beijasse as mãos dos rei, seriam curados de suas enfermidades, e isso de certa forma já era uma história voltada para as minorias sociais, foi um livro que teve extrema importância porque ele escolheu uma grande linha cronológica para escrever, o que foi chamado depois de “História de longa duração” e usou da psicologia para tentar explicar porque as pessoas acreditavam que as mãos do rei tinha um poder de cura, mesmo depois de ter beijado e não ter sido curado, esse livro foi um pioneiro no que viria a ser no futuro chamada de “Escola das Mentalidades”
Eles criaram A Revista das “Annales” pois “pretendia exercer uma liderança intectual nos campos da história social e econômica” (BURKER, p. 23) “O primeiro número surgiu em 15 de Janeiro de 1929”(p.23) na França. Bloch publicou a obra “La Societe Feodalé” sobre o sistema medieval, na qual se preocupou em analisar o sistema como um todo, analisou os aspectos sociais, culturais e econômicos , salientou que o Japão no Oriente , teve um sistema feudal semelhante ao europeu em alguns elementos e distintos em outros , como o fato que no europeu o camponês poderia desafiar o seu senhor.
Entre 1930 e 1940 Febrve redigiu uma série de textos, apoiando uma nova história, e criticando historiadores conservadores e neopositivistas, entretanto em 1937, uma série de historiadores jovens começaram a adotar seus ideias e defender o que ficou conhecido como “espirito dos Annales” , salientando que a História proposta por Bloch e Febvre era a melhor alternativa de modo de se fazer historiográfica no momento, a História estava se desenvolvendo muito bem, enquanto ciência, seus métodos estavam reformados , suas teorias sendo mais discutidas e ampliando os temas analisados pela historiografia, entretanto a segunda guerra mundial, veio para enfraquecer esse movimento intelectual. March Bloch, embora já estivesse com 53 anos, resolveu se alistar para defender seu país na guerra e foi fuzilado em 1944, pelos nazistas sem ter concluído seu livro mais importante “ Apologia da História ou oficio do Historiador” , o “ admirável , talvez foi a capacidade de Bloch colocar no papel suas ponderadas reflexões sobre o objeto e o método , num momento de crescente isolamento e no qual suas preocupações com seus familiares , amigos e com o país atingissem uma intensidade dolorosa e trágica. (p.27)
Enquanto Febvre não foi para o conflito armado, porque já estava muito velho para isso, ficou editando e escrevendo a Revista, primeiramente com o nome de ambos, depois apenas com seu e escrevendo livros e artigos.
Em 1947, ele criou e se tornou diretor da Seção da Ecole Pratique das Haustes Etudes , no mesmo ano , cuidou de Braudel com se fosse seu filho e os dois começaram a desenvolver o que viria a ser no futuro a escola das mentalidades, Braudel tinha apenas 27 anos quando a escola dos Annales foi fundada, por isso recebeu muito da sua influência, ele escreveu um artigo importante sobre a presença dos espanhóis no norte da África no século XVI. Pesquisou os documentos em cidades como Florença, Veneza e Genova, entretanto parou de pesquisar porque foi contratado para lecionar na Universidade de São Paulo, no Brasil, de 1935 a 1937, período que considerou como mais feliz da sua vida.
Quando retornou conheceu Febrve, começou a escrever o livro “O Mediterrâneo”, que é dividido em três partes, a primeira onde explica a relação do homem com o ambiente, a segunda as questões econômicas, e sociais e politicas e como isso interfere nas relações humanas. Braudel foi muito criticado por ser muito determinista e analisar que o ser humano está “preso” por seu ambiente físico e suas estruturas mentais. “O debate que existe sobre os limites da liberdade e do determinismo é um daqueles que deveram permanecer até quando a historiografia existir” (p.37) entretanto ele foi eficaz a escrever uma historiografia de um período cronológico de longa duração , com uma relação forte entre economia, sociedade, politica e cultura. Braudel exerceu uma forte influencia no meio acadêmico e foi um dos mais importantes historiadores franceses, que influenciou outros jovens profissionais da área, Chaunuru por exemplo ao assistir uma palestra dele sobre a América Latina salientou que “Após os primeiros dez minutos, eu estava conquistado, subjugado” (CHAHAUNU, 1987, p. 71/APOUND PETER).
Negava que apenas o sistema capitalista influencia nas origens dos fatos, como o marxismo de Marx analisa, e que outros fatores influenciam como o cultural e o social, foi ele um dos primeiros a usar gráficos e tabelas para realizar seus estudos, dando inicio a uma História quantitativa. Os pesquisadores começaram cada vez mais a usar tabelas e gráficos, para analisar questões populacionais ou econômicas, “ o inicio dos anos 30 assistiu a uma explosão de interesses pelo tema veiculada sem duvida a hiperflação alemã e ao estouro das bolsas em 1929” (p.46) esses fatores fizeram com que a história quantitativa fosse usada com mais frequência e tivesse maior importância no meio historiográfico. .
Foi nesse período que se começou a dar maior importância a Historia Regional e serial, Georges Dubby foi um dos primeiros que escreveu uma monografia, voltada para esse assunto, “O Surgimento de uma terceira geração tornou-se cada vez mais obvio nos anos que se seguiam a 1968” (p.56) deste a primeira geração até a terceira ocorreram mudanças significativas na forma de se escrever a historiografia , porque os tempos mudaram, as pessoas mudaram , as mulheres começaram a escrever história nesse período e Michèle Perrot, que pesquisou e ortografou sobre a história do trabalho , em uma perspectiva feminina , foi uma das que mais se destacou nesse período. Philippe Ariès foi um historiador que rejeitou a história quantitativa, escreveu muito a respeito da infância e da morte, o seu livro “A História da Morte no Ocidente” foi um dos mais importantes na história das mentalidades, que analisa o comportamento humano diante do momento mais triste e complexo da vida humana.
“Dois dos mais destacados historiadores recrutados para a história das mentalidades, no início dos anos 60, foram os medievalistas Jacques Le Goff e Georges Duby. Le Goff, por exemplo, publicou um famoso artigo em 1960 sobre “O tempo dos mercadores e o tempo da Igreja na Idade Média” (p.60)
A história politica, que era negligenciada e pouco usada pela dos Annales voltou a ser escrita. Le Golf observou que a história politica, é mais uma espia dorsal que sustenta a História, por isso deve ser estudada. “Da minha perspectiva, a mais importante contribuição dos Annales, incluindo-se as três gerações foi expandir o campo da história dos diversas áreas”(p.89) “ a historiografia jamais será mesma”(p.89) porque antes desse movimento a História era fechada em si mesma, não permitia ou não conseguia ter um dialogo com outras áreas, por essas e outras mudanças já salientadas ao decorrer do texto .
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Lu_Augusto 05/04/2023

Um livro obrigatório para qualquer historiador ou quem se interessa pela área.
Todos os ensinamentos que vemos na faculdade, principalmente na matéria de Introdução aos Estudos Históricos, está aqui, mas explicado de modo magistral por esse gênio.
Embora o número de páginas seja pouco, há uma grande variedade de temas: fontes, recortes, narrativas, abordagens críticas e muito mais.
Simplesmente fantástico.
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Gean.Vilar 30/03/2023

O oficio do historiador
Marczinho sou se fã, fazer esse livro tão importante para o estudo da história mesmo diante de um cenário tao caotico, tem q ser muito fodao
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Adiel.Guimaraes 15/03/2023

!!!!
Ora, por muito tempo o historiador passou por uma espécie de juiz dos Infernos, encarregado de distribuir o elogio ou o vitupério aos heróis mortos. Acreditamos que essa atitude corresponda a um instinto poderosamente enraizado. Pois todos os professores que tiveram de corrigir trabalhos de estudantes sabem o quão pouco esses jovens se deixam dissuadir de brincar, do alto de suas carteiras, de Minos ou Osíris. São, mais que nunca, as palavras de Pascal: ?Todo mundo age como deus ao julgar: isto é bom ou ruim.?
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Kaio52 27/01/2023

Um carta póstuma de um homem de ofício
Não sei o quanto posso falar de Apologia da História. É par sim historiador o que Darwin é para um biólogo: incontornável. Seja para concordar com Bloch ( o que fiz por todo o livro ou para apontar seus limites, uma graduação de história necessita este trabalho seminal.
É, em todos os sentidos, um livro de ofício, abordando os principais temas da ciência histórica. Discutisse a história como ciência, seu significado, suas fontes, seus métodos e sua importância. O texto é denso e curto, o que enseja releituras cuidadosas. Passei pelo livro todo e sinto que não esgotei nem 1/3 do seu conteúdo.
A verdade é que já devia ter lido a obra de March Bloch no primeiro ano da graduação. Fico feliz de ter lido ela agora, e com certeza voltarei a ela no fim dessa jornada. Quem sabe aí eu tenha me tornado um homem de ofício também.
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Rocier 17/01/2023

História: ciência dos homens no tempo
Autor e obras indicados por um professor na faculdade. Livro curto, mas demorei um pouco devido a outros motivo. Leitura fluída, é bem explicativo quanto ao que propõe. As notas de rodapé auxiliam muito na leitura, principalmente por pelo contexto que foi escrito e a história de sua publicação.
Expõe pontos interessantes sobre qual deve ser e qual é o papel do homem na história, e qual o papel da história na sociedade. A filosofia que pode ser entendida quando ele fala sobre unir o mundo dos mortos com o dos vivos, visto que a história é a ciência dos homens no tempo, levantando a questão do tempo como destaque para a compreensão da história, esta, que por sua vez, por estar no tempo, nunca é completa, estando como ele explica “em obras”.
Gostei muito do livro, vale a pena a leitura.
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thexanny 18/09/2022

Ler esse livro agora, não foi uma boa ideia...
Esse livro desafiou meu entendimento sobre a história. Por ser um livro relativamente curto, achei que a leitura seria fluida, eu estava enganada. Eu procurava um livro que me apresentasse os pontos básicos da história sem se aprofundar muito. Eu não queria me aprofundar nos estudos de história e nessas partes técnicas, eu apenas queria um pequeno vislumbre do que era história e sua importância. Não acho que a leitura desse livro foi perdida para mim, mas sei que ela poderia ter sido muito mais aproveitada se eu tivesse uma base ou um grande interesse por historiografia. Aprofundei-me em aspectos da historia que eu nem sabia que existiam.

Não acho que esse é um livro recomendado para leigos, eu tive dificuldade em entender os exemplos que o autor dava e o que ele queria dizer. Acredito que um dos motivos que levou a isso, é por eu não estar acostumado com livros técnicos e nem a fazer leituras analíticas, pelo menos não com as técnicas e dicas do Mortimer Adler.

O livro é ótimo para quem quer ser historiador ou se interessa por esse oficio, é um livro que com certeza irei reler. Mas não era o livro com o conteúdo que eu procurava neste momento, obviamente isso é culpa minha. Não pesquisei o suficiente e acabei escolhendo um livro que não atendia minhas necessidades.
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Gabriel.Cruz 18/09/2022

como ponto de partida, Marc Bloch aproveita a interrogação de um filho que lhe pergunta para que serve a história, e esse livro em cinco capítulos contém de certa forma a reflexão me resposta dessa pergunta.
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marcelinho 26/07/2022

Marc Bloch é muito paradigmático na historiografia, no modo de interpretar a história.

Ele destrona o positivismo, e coloca uma interpretação com várias perspectivas, levando em consideração que o historiador vai interpretar os fatos históricos.
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Vitoria141 24/06/2022

Muita informação em poucas páginas. Fui surpreendia por isso e tive muita dificuldade de ler, mas no final acabei gostando muito
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