Cisne

Cisne Eleonor Hertzog




Resenhas - Cisne


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Andrea 10/02/2014

Maravilhoso!
A família Melbourne é diferente de qualquer outra! Para começar, eles moram no Cisne, um barco. Os pais, Doris e Henry são dois biólogos marinhos importantes e reconhecidos. Depois, a família tem vários irmãos! Primeiro vem Ted e Teo, com 16 anos cada; depois Tim e Tom, com 15 anos; depois Pam e Peggy (essa foi adotada), com 14 anos; Lis, com 13; e Bobby, com 8. Uma baita família, não?

Doris e Henry estudaram em Champ-Bleux, a melhor escola avançada da Terra. Tim, um dos gêmeos, sonha em ser cientista, como os pais, e convence todos seus irmãos a prestarem os testes para entrar na renomada escola (menos Bobby, que é muito novo para prestar os exames).

O processo seletivo da escola é muito difícil - e poucos conseguem entrar: apenas 250 pessoas na Terra inteira por semestre! Não se sabe ao certo quais são os critérios para passar pela psicoaptidão (um teste que demonstra quem realmente tem aptidão para aguentar os 10 anos de curso) e também não se sabe quais foram os erros cometidos por aqueles que não passaram. Assim, a escola consegue formar os melhores cientistas do planeta - e faz com que todas as outras tentem copiar seus métodos.

Normalmente, o barco viaja apenas com a família. Dessa vez, porém, o Cisne parte viagem com alguns convidados peculiares. Jean é um repórter francês ruivo que conheceu os Melbourne durante uma reportagem e nem sonhava em acompanhá-los no Cisne. Além dele, dois cientistas tarilianos (sim, não estamos sozinhos no universo!) do intercâmbio inter planetar, juntamente com um jornalista de seu planeta.

Não que isso seja coisa boa. "Terráqueos não toleravam tarilianos. Tarilianos não toleravam terráqueos. Uma rivalidade havia surgido e parecia ter vindo para ficar. E aumentar" (p. 232). Uma agradável estadia desses cientistas extraterrestres no Cisne é essencial para evitar um conflito entre os dois planetas.

E, ao longo das 832 páginas (que passam rapidinho), ficamos cada vez mais intrigados com os mistérios que envolvem o Cisne, seus personagens, e o universo único que o livro nos introduz! E, é claro, ficamos cada vez mais curiosos para saber o que vai acontecer com cada um dos personagens!



Antes de tudo, vou fazer uma pequena crítica. Quando comecei a ler o livro, fiquei um pouco confusa com a falta de travessões. O personagem começava a falar, mas o término de sua fala não era um travessão. Mesmo assim, depois de me conectar com a história (o que não demorou muito), a falta dos travessões não me atrapalhou mais e foi super tranquilo de ler. No blog da autora, percebi que não era a única a fazer essa crítica. Ela anunciou aqui que já está modificando esse detalhe para a próxima edição que será publicada pela editora LetraImpressa.

Agora, vamos aos personagens. A que eu mais gostei foi Peggy, a filha adotada da família que está envolta em mistérios - não conhecemos direito o seu passado. Ela é uma garota alegre, inteligente, falante, que se entrosa facilmente e é de confiança de todos. Também gostei bastante de Tim - um dos personagens que é mais ligado à Peggy - e seu jeito inquieto de ser. Tim não para quieto um instante e está sempre aprontando alguma coisa. Eu adorei o personagem, mas tenho certeza que ficaria irritada se tivesse um Tim na minha vida (que nem alguns irmãos, que se irritam com ele)! O personagem, ao contrário do que eu esperava, é o que mais demonstra interesse em ser cientista - e se esforça ao máximo para conseguir alcançar seu sonho. Henry, o pai, também merece destaque. Ele é o tipo de homem que faz tudo do jeito que acredita ser certo. Ele não tem medo de ninguém e consegue se impor. Tem uma personalidade forte e consegue ser engraçado e carinhoso.

No geral, adorei a família. O modo como eles se comunicam entre si e com os outros é ótimo! Eles são super unidos, apoiam uns nos outros para as decisões que precisam tomar, se entrosam super bem em qualquer lugar, são sempre bem-vindos e se esforçam para fazer o bem para a população... Realmente é uma família de se admirar!

Também fiquei super curiosa quanto à alguns personagens que também irão para Champ-Bleux e adorei conhecê-los um pouco mais. Gostei de ter conhecido os amigos de Henry e de Doris - e de entrar um pouco em seu mundo e ver como tudo parece estar debaixo de algo bem maior do que imaginamos! Também adorei conhecer os tarilianos (principalmente Tian, que é mais sociável) e ver sua rivalidade com a Terra - mesmo que aparentemente gratuita.

Eu adorei o livro! Fiquei muito envolvida nesse universo criado pela autora, fiquei amiga dos irmãos Melbourne e também ansiosa para os testes de Champ-Bleux. E ainda estou super curiosa para descobrir os mistérios que envolvem a família e os personagens envolvidos! Agora só com a continuação, Linhagens, que foi lançado durante a Bienal do Rio de Janeiro, no último dia 1º! Recomendo para todos!


site: http://deia-galvao.blogspot.com
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Amanda Viana 09/02/2014

Resenha postada no blog Geek & Pop
~link ao final

Essa é uma resenha que foi um desafio escrevê-la. O livro da Eleonor Hertzog é um verdadeiro mundo à parte da nossa realidade, mas que ao mesmo tempo nos traz muitas reflexões sobre o desenvolvimento da humanidade ao longo dos milhões de anos na Terra, sobre história e a memória que temos dos nossos antepassados, sobre o avanço tecnológico e onde tudo isso possivelmente nos levará um dia. Na trama, podemos acompanhar diálogos e discussões que instigam o raciocínio lógico e vai muito além da fantasia.

"Era uma vez...
...Um mundo lá no cantinho da galáxia.
[...] O nome do mundo? Não podia ser mais comum.
Chamava chão, solo, pedra, areia.
Chamava Terra." (p. 7)

Tudo isso gira em torno da vida da família Melbourne, os tripulantes do Cisne, um dos mais famosos barcos científicos da Terra. Doutor Henry e doutora Doris Melbourne são para todos os efeitos biólogos marinhos (o que todos pensam) e tem uma penca de filhos como ajudantes. Teo e Ted (gêmeos) com 16 anos, Tim e Tom (gêmeos) com 15 anos, Pam que tem 14 anos, Liz com 13 anos e Peggy Saint-Mont (adotada) com 14 anos também. Eles estão todo uma pilha para saber se passaram no teste de ingresso na Escola Avançada de Champ-Bleux, uma nova forma de ensino que teve início com a intenção de formar aqueles que provassem ter aptidão para a ciência, num mundo em que esta seria a carreira dos sonhos. Tudo na história parecia que ia focar nessa situação, mas a medida que a leitura vai prosseguindo, descobrimos que vai muito além, com tramas que se entrelaçam e acabam por ser uma teia gigantesca.

"Tinha algo de sonhos, aquele veleiro... Talvez fosse a Lua, ou o marulhar leve das ondas, ou o balanço do barco... Ou talvez fosse aquela estranha família, deixando a bordo uma parte de sua magia. Magia? Sorrisos, alegria, um tapa nas costas, uma palavra amiga... Amizade da melhor qualidade." (p. 149)

Nessa outra dimensão que a autora imaginou da Terra, o homem se tornou tão capacitado em termos tecnológicos que tiveram a chance de explorar cada vez mais o espaço sideral. Um grupo de astronautas audaciosos o bastante, tiveram a ideia de contornar o Sol, numa viagem muito arriscada que ninguém acreditava poder dar certo. Mas aconteceu e acabaram descobrindo Tarilian, um mundo muito parecido com o nosso, com vida e seres como os humanos vivendo em sociedade. Eram também muito inteligentes, mas ainda não tinham chegado a explorar os céus como os terráqueos. Assim, os tarilianos começaram a aprender com os seus visitantes e logo já estavam fazendo suas primeiras viagens pelo espaço e visitando a Terra. A partir daí, ambos os mundos tomaram medidas de intercâmbios para aprenderem mais um sobre o outro. Só que os tarilianos foram se mostrando cada vez mais inteligentes que os terráqueos, com equipamentos mais avançados, aguçando a desconfiança dos seus vizinhos.

"Isto tinha acontecido dez anos antes do primeiro contato com a Terra. Quando os terráqueos chegaram, os tarilianos eram um povo unido, sólido e nada aventureiro, com a paz tão profundamente entranhada na cultura que não tinham sequer uma palavra para 'guerra' - guerra no sentido terráqueo da palavra." (p. 345-346)

A família Melbourne se vê no meio dessa disputa quando o Cisne é apontado como o barco que receberá dois estagiários tarilianos do programa de intercâmbio, junto com um jornalista arrogante, pretensioso e muito espertinho - um verdadeiro perigo em alto mar. Se o barco já é bem agitado só com os filhos dos doutores, agora sim que a confusão se torna um furacão. Henry e Doris têm muitos segredos a guardar, que envolve sua filha adotiva Peggy também. São segredos que podem colocar em xeque tudo aquilo que conhecemos sobre a humanidade. E assim fica bem difícil administrar tudo.

"Com um breve clarão verde, o Mentor de Kreganian se transportou." (p. 576)

No começo do livro eu me senti totalmente perdida. A narração é feita em terceira pessoa, mas no início o narrador fala pouquíssimas vezes, deixando apenas as falas sucessivas de cada personagem. Por isso, tive um pouco de dificuldade para entender, pois eram diálogos que não tinham uma explicação prévia ou posterior, ou quem estava falando. Não sei se estou deixando a minha ideia clara aqui pra vocês... Também me senti desconfortável em como a autora não colocava um indicativo de que a fala tinha terminado (um travessão, por exemplo). Mas depois fui me acostumando e isso aconteceu só no começo mesmo, assim como a quantidade enorme de personagens. Demorei um tempão pra conseguir lembrar quem era quem (principalmente os gêmeos).

Os pontos positivos: a forma como, de repente, a autora nos transporta de um ambiente que já nos acostumamos a outro, nos introduzindo a novos personagens e situações que de uma maneira ou outra estão todos relacionados entre si. Entre estes, me apeguei mais a Michele e Anton, o tariliano que tem medo do contato com os humanos. Nesse mesmo sentido, a autora sempre deixa uma descrição vívida dos cenários e as cenas, o que facilita o desenvolvimento da leitura.

Eu me senti verdadeiramente dentro da história, acompanhando as reviravoltas e me apegando a muitos personagens. Aliás, são tantos (eu já disse), mas todos muito bem estruturados com personalidades distintas. É um livro delicioso de se ler, em todas as suas 832 páginas, mesmo sendo grande foi uma leitura que terminou num piscar de olhos e deixou um gostinho de quero mais.

Bom, eu não quero - e nem posso - me prolongar mais. Eu poderia ficar horas aqui e ainda seria pouco, sem falar que estragaria toda a graça do livro. Basta dizer que a essência da trama - com todos os segredos - ficaram muito bem amarrados, apesar de ter deixado um gancho para sua continuação, Linhagens.

site: http://geek-pop.blogspot.com.br/2014/02/resenha-cisne-uma-geracao-todas-as.html
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Tamires 13/12/2013

Resnha publicada no meu blog Garota Indecisa
Bom o livro é imenso, eu tive um pouco de dificuldade no começo por conta da forma como a Eleonor escreve, não é ruim pleo contrario é boa, mas digamos que diferente do que eu estava acostumada.
O mais legal é que mesmo com essa pequena dificuldade, a vontade de terminar o livro é imensa, não para descobrir o final, mas para acompanhar mais os Melbournes nas suas aventuras.
Eu sou totalmente suspeita para falar, pois adoro livros do gênero de aventura, com navios, e no começo pela capa e sinopse pensei se tratar de um livro infanto-juvenil, mas me surpreendi pois mesmo as personagens sendo tão jovens, a maturidade deles, e as aventuras são incríveis.

Os Melbourne são um casal de biólogos marinhos que criam seus oito filhos no Cisne, um navio de pesquisas como um laboratório marinho, além de ser a casa deles, eu amei quando descobri isso, imaginem só morar em um navio? viajando? que aventura!
eles tem oito filhos que são Ted e Teo, os gêmeos mais velhos, Tim e Tom, mais uma dupla de gêmeos, Peggy, a filha adotiva, Pam, Lis e Bobby o filho mais novo.
Eu tive um conversa rápida com a Eleonor, e tinha dito que tinha gostado de uma personagem em especial, Tim, ele me encantou demais, com suas brincadeiras, sempre astuto e atento a tudo, e além disso tudo ele tem um papel muito importante no livro.
O livro tem muitos personagens, se perder é fácil caso você não tenha foco, felizmente o livro te prende e você não corre esse risco.
Nos deparamos com um mundo totalmente diferente, pois não temos apenas o planeta Terra, temos também Tarilian.
Os meninos assim como seus pais prestam exames para entrar na tão famosa Champ-Bleux, escola que forma vários biologos, cientistas e até astronautas! isso mesmo eles existem e é um trabalho muito comum nesse universo incrível que a Eleonor criou.
Como nem tudo são flores, todos acabam passando, para espanto de Henry e Doris, o que mais intriga é o fato de Peggy ter passado.
Peggy é adotada, porém um mistério envolvendo seu passado é guardado a sete chaves, até é claro Tim ( mey favorito

site: http://tamigarotaindecisa.blogspot.com.br/
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Rafaella 03/01/2016


Há muito tempo eu tenho vontade de ler esse livro, mas nunca comprei porque imaginava que o livro ficaria abandonado na estante, e sei lá quando eu iria ler, admito que o tamanho intimida. Quando eu fui convidada para participar do Booktour, não pensei duas vezes antes de aceitar, pois com um prazo, eu não teria como fugir da leitura. E foi uma das melhores coisas que eu fiz, porque esse é um livro incrível.

Não sei em que gênero encaixar o livro, pois ele tem traços de uma distopia, fantasia, aventura e até ficção científica. No final, esses gêneros se encaixaram tão bem que o livro se tornou algo único e extremamente especial.

Os protagonistas dessa história são os membros da família Melbourne, que moram no Cisne, um dos mais avançados biolabs do planeta, um veleiro movido a energia solar. Eu adoro livros com famílias grandes, e a família Melbourne é simplesmente incrível. Doris e Harry são os capitães desse veleiro, e seus oito filhos são a sua tripulação, e nossa, que tripulação. São personagens incríveis, bem construídos e extremamente divertidos. Entre diálogos inteligentes, piadas, pegadinhas, você se apaixona por essa família, até o momento em que desejará fazer parte dela. A lealdade, amizade, amor, carinho estão presentes em cada página. É realmente uma grande família, em todos os sentidos.

"Sacudiu a cabeça. tornando a olhar as velas espalhadas do Cisne, que refletiam luar, estrelas e nuvens. Tinha algo de sonho, aquele veleiro... Talvez fosse a Lua, ou o marulhar leve das ondas, ou o balanço do barco... Ou talvez fosse aquela estranha família, deixando a bordo uma parte de sua magia. Magia? Sorrisos, alegria, um tapa nas costas, uma palavra amiga... Amizade da melhor qualidade."






Mas se engana quem pensa que a história é apenas focada na família e a bordo do Cisne. É algo bem maior, mais complexo, mas nem por isso entediante, confuso e maçante. Ao longo da história, vamos conhecendo outros personagens e vemos a dimensão que a história adquire. Descobrimos como Tarilian, um planeta do outro lado do sol, foi descoberta e como são os habitantes de lá, e como se relacionam com os terráqueos, como a tecnologia foi sendo desenvolvida, cientistas foram formados e contribuíram para o crescimento da Terra. O livro é cheio de mistérios, nos fazemos várias perguntas, e ao longo das páginas vamos obtendo as nossas respostas. É um livro surpreendente.

Apesar das mais de 700 páginas, a narrativa é extremamente fluída, com muitos diálogos, e não dá vontade de largar. Como é narrado em terceira pessoa, termos visões dos mais variados personagens, que mesmo sendo muitos, não ficamos em momento nenhum perdidos. Cada um é bem definido, com características que os tornam únicos. A única coisa que me incomodou foi o excesso de gírias utilizados, e que as vezes eu não conseguia entender exatamente o significado, e o final que foi um pouco mais arrastado do que o restante da história, atrapalhando um pouco a finalização do livro, mas mesmo descontando meia estrela por causa disso, foi sem dúvida, um dos livros mais incríveis que li em 2015.

A história aborda temas importantes, sobre como as vezes pequenos motivos podem causar grandes guerras, sobre saber lidar com as diferenças e a respeitá-las, e sobre ter coragem de ser você mesmo, mesmo que o mundo não queira saber.

" - Não se faça de desentendida. O Cisne é uma espécie de... lugar à parte do mundo. A gente ganha coragem de ser a gente mesmo, sem máscaras, sem fingimentos, sem poses - ele se lembrou de Giles. - Claro que há exceções."









Minha resenha não fez jus ao livro, mas, acho que mesmo se eu escrevesse mil páginas, não conseguiria exprimir todas as sensações que o livro me trouxe... e é muito legal descobrir a grandiosidade que a história toma por si mesmo, e eu não quero estragar a experiência de vocês. Então, a única coisa que eu digo é: não se intimide com o tamanho do livro, embarque nesse Cisne e descubra o maravilhoso mundo guardado nessas páginas. E em breve, eu trago para vocês a resenha de Linhagens.

"Lutar pela paz! Mundo mais louco onde até pela paz tinha que se lutar!"


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Marcos Pinto 10/12/2013

Resenha: Cisne
A Terra mudou. Esqueça a ignorância e as brigas para ver quem é melhor que quem. Esqueça também essa história de jogador de futebol ganhar milhões. Nesses novos tempos, ser cientista é o ápice do sucesso humano. Porém, se ser cientista é bom, ser um profissional das ciências formado pela Escola Avançada de Champ-Bleux é ainda melhor.

Doris e Henry Melbourne são formados pela Champ-Bleux. Eles são biólogos e moram com seus filhos no barco Cisne. Filhos, ou pequena ninhada, se preferir. Eles eram numerosos, muito numerosos...

"(...)Doris e Henry Melbourne tinham sete filhos: Teo e Ted eram os gêmeos mais velhos, com dezesseis anos; depois vinha outro par de gêmeos, Tim e Tom, com quinze anos. Pam era a seguinte com quatorze, Liz tinha treze, e depois havia uma pausa de cinco anos (nos dias de tédio, os filhos se divertiam especulando o que teria acontecido naqueles anos para os pais não terem procriado o filho anual) e vinha o caçula, Bobby, de oito anos."

Além dos pouquíssimos filhos de Henry e Doris, que formavam uma tripulação e tanto, também havia Peggy Saint-Mont morando no barco. Peggy era uma filha adotada dos doutores Melbourne. Ela se junto a sua nova família logo após seus pais falecerem.

Com uma tripulação dessas, é impossível não soltar uma gargalhada atrás da outra. As páginas viram sozinhas e o sorriso se alarga cada vez mais. Tim, meu personagem favorito, e também o mais bagunceiro e inteligente, coloca fogo no navio.

"Envolveram-se na disputa da geleia e não perceberam Bobby, sorrateiro, acertando bolotas de guardanapo dentro de diversos copos. Quando os donos dos copos notaram, a guerra de bolinhas se generalizou, e Ted aproveitou para pegar a ambicionada geleia de morango, enchendo depressa sua fatia de pão com o que restava dela. E, lá do fundo do pote, veio uma coisa escura que não era morango. Era uma baratona preta.
– Essa barata de novo?! Bradou Teo. – Tim, eu mato você!"

Entretanto, o que esses jovens não sabem é que, em breve, toda essa descontração será trocada por responsabilidade. Uma guerra interplanetária pode acontecer e uma disputa diplomática entre a Terra e o planeta Tarilian é a razão. O Cisne, mesmo sem nada ter a ver com o problema, será jogado no meio da confusão. O barco ganhará novos tripulantes e o destino do mundo dependerá dessa jovem tripulação de pequenos cientistas.

"– Se Giles escreveu a metade que xingou por aqui, a coisa vai explodir como uma bomba em Tarilian, juntou Ted."

Entretanto, nem só de tripulantes do Cisne se faz o livro. Existem outros incríveis e interessantes personagens que também terão nas mãos o destino do planeta. Michele, Anton, Françoise e Joe são alguns deles. Assim como Tim e sua turma, são personagens adoráveis e que arrancam várias risadas. Principalmente Anton quando descobre que certas práticas amorosas humanas podem ser bem deliciosas e produtivas.

Não há dúvidas que a autora é muito criativa e tem um talento incrível com as palavras. Os personagens são muito cativantes, o enredo é envolvente e no fim do livro só resta uma vontade: querer ler o segundo exemplar da série. Se Linhagens for metade que o Cisne é, certamente será um sucesso.

site: http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br
Thiago 08/09/2014minha estante
toda essa ficção cientifica me interessa bastante... um mundo onde ser cientista e inteligente e cool, so pode ser um mundo bem fascinate.




Vanessa Sueroz 15/04/2013

Esta livro diferente da maioria que ando lendo, não conta a história de um único personagem, ele conta a história de uma família, Melbourne, alias, uma família enorme: Doris e Henry, são os pais que comandam a bagunça, e seus filhos: Bobby, Lis, Pam, Ted, Teo, Tim, Tom e a filha adotiva, Peggy. Ufa!! Quanta gente!
Essa família além de ser enorme e isso já faz com que sejam diferentes, eles moram em um navio cientifico chamado Cisne, isso mesmo gente, um navio! Doris e Henry são biólogos marinhos renomados e formados pela maravilhosa e brilhante escola Champ – Bleux, a melhor escola do lugar e que ninguém conhece quais são os critérios para entrar.
Fascinados pelo trabalho dos pais sete dos oito filhos resolvem se inscrever para Champ – Bleux para se tornarem cientistas também, porém os pais não acreditam que todos possam passar, já que as possibilidades de entrar na escola são quase nulas, e tem até idade para entrar que varia de 13 há 17 anos, e a última vez que alguém de 13 anos passou faz mais de 50 anos, então sem chances de todos passarem, pelo menos é o que os pais pensam, pois quando recebem os envelopes descobrem que os sete passaram, incluindo Peggy que tem alguns problemas e que não deveria passar. Tem alguma coisa errada nessa história?
Em meio de tudo isso a família Melbourne acaba também se envolvendo em conflitos entre os humanos e os Tarilianos (E.Ts que habitam um planeta próximo da Terra).

Resenha completa: http://blog.vanessasueroz.com.br/cisne/
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Nelmaliana 09/03/2016

Cisne é um veleiro de alta pesquisa tecnológica e o lar da família Melbourne. Nele moram Henry e Doris, os pais e conceituados biólogos marinhos, juntamente com seus 8 filhos, que variam de idade entre 8 a 16 anos. Esse grupo de pessoas é o único responsável por todo trabalho na embarcação, e as crianças além das obrigações com o veleiro ajudam os pais nas pesquisas sobre a vida marinha da Terra.

Henry e Doris formaram-se na Escola Avançada de Champ-Bleux, e os filhos resolveram seguir os mesmos passos. Surpreendentemente todos os filhos que se candidataram, conseguiram a vaga e enquanto aguardavam o ingresso na escola, a família é envolvida em uma questão diplomática entre a Terra e Tarilian – único planeta habitado conhecido pelos terráqueos – sendo obrigados a aceitar a bordo do Cisne dois repórteres estagiários.

Em meio a essa tensão entre os dois planetas, os Melbourne precisarão evitar que essa frágil amizade se transforme em uma guerra, e ao mesmo terão que lidar com questões envolvendo seus filhos, que são muito maiores que os problemas interplanetários.

Vamos começar assim: a história do livro é muito interessante, e teria tudo pra ser uma das minhas melhores leituras. Porém a maneira como ela é escrita, é extremamente enfadonha. Lembrando que a partir daqui é exclusivamente minha opinião, minha experiência com o livro.

Esse livro entrou pra minha lista de querências desde o primeiro momento que o vi. E cada vez que via ou ouvia alguém falar sobre ele, só aumentava o meu desejo de lê-lo. No meio do ano passado consegui comprá-lo, porém ele nunca chegou nas minhas mãos (p.s. cuidado com compras em grupos na internet). Aí fiquei sabendo do book tour, e mais que depressa me inscrevi. E qual não foi minha felicidade ao ver que havia sido um dos blogs escolhidos. Mal pude suportar a ansiedade até recebê-lo. Porém, a alegria parou por aí.

As dez primeiras páginas foram excelentes, estava mega empolgada com a leitura. Mas a partir daí, infelizmente não foi bacana. A leitura começou a se arrastar interminavelmente. A escritora usa um estilo que eu nunca havia visto, pelo menos nunca num livro tão grande. Ele é narrado quase que totalmente através de diálogos.

E isso, com o decorrer das páginas se torna maçante. Vou relatar alguns detalhes logo do início, então não tenham medo de spoiler. Cada vez que o Cisne aporta em uma cidade, a tripulação faz uma festa pras pessoas que os aguardam. Em certo momento, eles chegam a um porto e as crianças Melbourne decidem fazer um teatro pros moradores locais, bacana, porém esse teatro é narrado em sua íntegra, são páginas e mais páginas assim. Existem repetições de diálogos, como por xemplo: personagem A conta algo a personagem B. Personagem A encontra personagem C e reconta a mesma história. É novidade pro personagem C, mas nós já sabemos. E isso se estende a quantos personagens precisem saber da história.

No meio do livro eu já estava cansada, e por mais interessante que a história fosse, o livro não me atraía mais. Pra mim a leitura é uma experiência ampla, que abrange uma diversidade de coisas. E por melhor que a história seja, o fato de ter sido uma leitura maçante e arrastada fez com que essa experiência não fosse das melhores.

Outra coisa que não gostei, foi o fato de muitos personagens não serem bem desenvolvidos. Em certo ponto não conseguia diferenciar algumas delas. Por ser narrado em diálogo a maior parte do tempo, também senti necessidade de mais informações sobre os ambientes onde a história se passa.

Como disse anteriormente, a história é muito interessante, tem aventura, ação, ficção, tudo que eu amo num livro, se não fosse o estilo narrativo escolhido. Isso, realmente fez com minha experiência não fosse boa.

Porém, não "desrecomendo" o livro. Como disse, é a minha opinião sobre a minha experiência, e se você não se importa com esses detalhes, leia-o, é bem possível que você tenha uma opinião diferente da minha.

Opinião postada originalmente no blog Profissão: Leitora

site: http://profissaoleitora.blogspot.com.br/2016/03/cisne-de-eleonor-hertzog.html
Raiane96 12/01/2018minha estante
Estou lendo esse livro e concordo com você. :/




Jeniffer Viana 26/11/2013

Cisne - Resenha originalmente postada em meu blog, Doce Sabor dos Livros
Quer conferir as minhas impressões sobre esse livro?
Acesse o link abaixo! É rapidinho e você não vai se arrepender.



site: docesabordoslivros.blogspot.com.br/2013/11/resenha-cisne.html
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Raiane96 29/01/2019

Perda de tempo
Ler esse livro foi uma completa decepção e tortura. Achei que nunca iria terminar. O livro é excessivamente prolixo, daria pra cortar metade desse livro. Os personagens são todos iguais e fica difícil diferenciá-los, principalmente os filhos de Doris e Henry, Tim, Tom, Ted e etc não sei quem vocês são, até o nome parecido não ajuda em nada. Os personagens também são perfeitinhos e a autora insiste em destacar a mega inteligência deles, os moleques são bons em música, teatro e tudo o que você pode imaginar. A escrita repleta de diálogos, metade deles completamente desnecessários, torna a leitura muito cansativa e irritante. Apesar da sinopse falar da entrada da molecada na Escola Avançada de Champ-Bleux, você chega até a página 300 e nada deles entrarem na bendita escola.
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Sol Brasil 17/10/2013

{Resenha} Cisne - Uma Geração. Todas as Decisões (Eleonor Hertzog)
A narrativa se inicia apresentando os Melbourne um casal de biólogos marinhos que criam seus oito filhos no Cisne, que são Ted e Teo, os gêmeos mais velhos, Tim e Tom, mais uma dupla de gêmeos, Peggy, a filha adotiva, Pam, Lis e Bobby o filho mais novo. Herry e Doris fazem do Cisne sua casa e ao mesmo tempo seu laboratório, onde a limpeza, manutenção e outras coisas a mais são feita pela sua tripulação, ou seja, seus oito filhos.


"E, finalmente, havia os que realmente sabiam.
O nome do mundo? Não podia ser mais comum.
Chamava chão, solo, pedra, areia.
Chamava Terra."
Pág. 07


Conhecemos então Champ-Bleux a melhor escola avançada de todo planeta Terra, sim, pois existe outra "Terra" assim podemos dizer chamada de Tarilian. É muito difícil de passar nos exames e entrar em Champ-Bleux, devemos ressaltar que a escola só forma cientistas. Os filhos do Melbourne fazem os testes para entrarem nesta famosa escola, e vimos às aflições dos personagens para saberem os resultados. Para a surpresa de todos os sete filhos passam no exame, Bobby como é novinho não fez o teste.

Conhecemos também uma cidade chamada Porto Alto, onde sempre que podem a família Melbourne visita e fazem a festa. Todos dessa cidade principalmente as crianças adoram os filhos de Herry e Doris, pois são muitos espirituosos, divertidos, não tem tempo ruim para eles. Fazem teatro para as crianças e ajudam um pouco os moradores com aula de mergulho, entre outras coisas. O mais elétrico, chato e brincalhão de todos os irmãos é o Tim.

Tenho que ressaltar que a filha adotiva deles a Peggy onde perdeu os pais ainda pequena, que também eram cientistas, pode nos enganar em alguns momentos, mas ronda um mistério em volta dela. Ao decorrer da trama, vamos conhecendo personagens novos, lugares novos, mistérios, magias, culturas.


"Já é de conhecimento de todas que acompanhavam as últimas notícias que o Cisne recebeu , pouco antes do início dessa entrevista, ordens de alterar seu curso- o que prova que o Intercâmbio considera a rota perigosa, apesar da opinião contrária dos doutores Melbourne."
Pág. 414


Ao começar a leitura, tive grandes dificuldades com a escrita da Eleonor, a forma como ela escreve é diferente de tudo que li, pois, não há espaço de diálogos e narrativas, assim tornando a leitura um pouco lenta, pois em alguns momentos me perdia e tinha que voltar. Soube que na edição nova da autora ela corrigiu isso. O que achei interessante também, e que ainda não tinha visto (pode ser que eu esteja desatualizada, mas essa é a minha opinião sobre o livro) é que pouco se tinha narrativas, ou seja, só havia diálogos, e em certos momentos isso me incomodou um pouco. O excesso de personagens novamente me atrapalhou na leitura, os apelidos eram parecidos, os tipos físicos também, não havendo uma diferença de um e outro, o único que a todo o momento de quem sabia que a autora falara é o Tim, pois tem um grande destaque na trama pela sua dinâmica e o seu gênio.

Fiquei preocupada com a leitura por ser um livro grande de 832 páginas e ainda não ter me conectado e engatado a leitura, e ainda estava em semana de prova e entrega de trabalhos na faculdade, onde muitas das vezes o deixei de lado para focar um pouco nos estudos, não o dedicando plenamente. Após estas idas e vindas, consegui me conectar no mundo proposto pela Eleonor.

Devo destacar que mesmo tendo tais dificuldades, a autora conseguiu criar um mundo único, uma Terra mais avançada em tecnologia e em outras coisas, que foi bem legal ler e saber mais. Refletindo sobre o livro, a leitura, e sobre a autora, minha conclusão é que Cisne é uma obra de ficção inovadora e deve ter seu devido crédito.

Agradeço a Eleonor pela gentileza de me disponibilizar este livro para a leitura e me dar esta oportunidade de conhecer a sua escrita. Se recomendo a leitura? Se gostei do livro? A minha resposta é um grande SIM, pois a vida fica monótona quando não temos desafios a ser cumpridos.

site: http://www.loveebookss.com.br/2013/10/resenha-cisne-uma-geracao-todas-as.html
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aparecida navarro 03/02/2020

Perfeito
Um dos melhores livros que já li. Rico em detalhes. Apesar do tamanho, a leitura flui.
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Suhet 24/02/2013

Cisne
Há quem diga que nada pode ser criado, tudo apenas se transforma, que apenas podemos moldar o existente. Em partes eu concordo com essa forma de pensamento; afinal essa é a base da nossa ciência atual.


A cada ano que se passa vemos inúmeros títulos sendo lançados. Milhares de mundos e histórias chegando aos olhos dos leitores. Dessas tantas histórias podemos conceituar poucas como únicas.

Temos o que intitulamos de “base”, essas são histórias criadas e que serão referência para muitas outras. E as “outras”, também podem ser ótimas, mas não deixam de estar carregadas de macros das “bases”.


Há também aquelas que nascem como uma macro, mas que se auto intitula única. Diria que são uma espécie de “histórias mutantes”. Vem de precedentes, mas permanecem com seus “genes diferentes” das originais.


É exatamente assim que nomeei Cisne.


Hertzog não criou conceitos totalmente novos. Mas ela conseguiu deixar sua marca como única através de sua narrativa muito bem escrita e com novas transformações. A história de Cisne se passa aqui na Terra mesmo. A humanidade descobriu um novo mundo existente atrás do sol, um mundo que até então nunca tínhamos ouvido falar: Tarilian. Para tentar diminuir a discrepância tecnológica existente entre os dois mundos, a Terra se empenha em sua ciência e a partir disso, ser um cientista é o maior status que alguém pode alcançar.

Nessa Terra, o mundo mudou. Não há mais poluição, A pobreza não existe e as doenças mais sérias que o homem estaria exposto podem ser curadas e o mundo fala uma língua única o solar. Nossa história começa com a Família Melbourne, um casal de cientistas que tem oito (sim oito) filhos e que vivem em um barco de pesquisa marítima. Mas não fique apenas no superficial dos números, os meninos são altamente inteligentes e hiperativos, o que poderíamos dobrar os valores facilmente.


Hertzog nos leva em uma história extasiante, através de sua narrativa fácil e muito fluente com uma escrita impecável e inteligente. Nos primeiros dois capítulos você já traça facilmente sua obviedade, isso para apenas se frustrar futuramente, fazendo perceber que você traçou em sua mente o que se passaria em meses, e a autora nos revela o conteúdo das semanas.


Hertzog investe pesadamente em diálogos inteligentes cheios de sentidos, tece a trama como uma mulher tece um cobertor pesado para o inverno, e quando você chega ao final do livro, descobre que conheceu apenas a primeira peça do enxoval.


Astronautas, palácios submersos, Casas poderosas, Terra X Tarilian; você se vê em meio a um verdadeiro impasse diplomático que, com apenas um único espirro seja de que lado for, tudo estará perdido.

A autora explora pontos interessantes da mente de seus personagens. Peggy a filha adotiva dos doutores Melbourne se revela um dos personagens mais intrigantes e fortes da saga. Aos poucos a autora vai revelando toda a verdade sobre ela (verdade essa que nem ela própria tem conhecimento), o que nos faz querer saber mais a cada página. Garanto que quando vocês conhecer Senira através de Peggy vocês entederão do que estou falando.


Senti falta de alguns marcadores durante a leitura. Em algumas partes tive dificuldade em reconhecer quem estava falando. Perde ponto também por não explorar mais a descrição dos lugares onde ela acontece. Senti falta dessas descrições de ambiente. A Terra mudou tanto, porém não deu pra perceber quanto ela mudou. Talvez seria interessante dar pelo menos uma pincelada nesse quesito no primeiro livro, mesmo que haja uma exploração nos volumes posteriores.


Quanto à gramática, Cisne foi altamente revisado. Não sei se esse mérito deva ir para a editora ou para a autora, mas encontrei apenas UM único erro e foi um erro tonto que poderia passar facilmente despercebido. Alguns pequenos detalhes de pontos de vista como observação me tiraram um pouco a concentração mas nada que influenciou demais na leitura.

Cisne não chega a ser uma leitura Densa. A autora consegue quebrar essa "carga" com seus diálogos cheios de bom humor. Seus personagens se encarregam disso e fazem com perfeição todo o trabalho, principalmente Tim, um dos filhos dos Melbourne que se tornou meu personagem favorito.

A autora ao contar sua história, nos mostras como que nossas vidas está conectada em pontos que, muitas vezes não percebemos, e que os acontecimentos do mundo muitas vezes nos envolve muito mais do que podemos imaginar. Além disso, Hertzog nos mostra como é uma família de verdade. Os Melbourne podem ter seus segredos e intrigas, mas são uma família muito bem estruturada. Ela nos ensina como podemos e devemos confiar uns nos outros. Além de falar também dos laços que constroi a amizade. Confesso que a autora me fez analisar um pouco de meus próprios laços de amizade através de sua personagem Peggy, que não pensa duas vezes em ajudar a pessoa mais proxima que ela considera: Peter.

E assim a autora constrói sua trama. Cisne pra mim foi a melhor escolha de leitura para 2013. Considero que entrei com o pé direito no ano e ele vai para o Top 6. A não ser que haja outras 6 obras melhores que sejam lançadas até lá.

Mesmo tendo algumas falhas quanto a sua construção eu darei nota 5 para a obra Cisne, pois é um projeto que se encontra bem acima da média apresentada no meio literário. Hertzog me impressionou pela qualidade de sua escrita oferecendo uma leitura, dinâmica, inteligente e muitas vezes engraçada.




Critérios de Avaliação:


a) Arte da Capa:

A Capa de Cisne gerou uma longa conversa com a autora. A Capa é obra de Anelise Hertzog, Rafael Krás e César Oliveira. Muito bem desenhada ela nos traz cores vivas, bem diferentes, como a própria autora diz, da maioria dos livros que vemos e que possui em sua essência o fundo preto. Mas mesmo assim achei que a obra criada é muito mais que a capa possa revelar.




b) Trama:

Hertzog construiu uma trama altamente complexa. Ela lida com tantas ramificações de conceitos, fatos e conflitos que me deixou bobo por tanto controle. No entanto em algumas partes senti que precisava de algumas explicações antecipadas, até perceber que era exatamente isso que a autora queria que eu sentisse. Ela nos deixa algumas vezes às sombras, com especulações e teses possíveis, para depois no final nos revelar TUDO o que ela havia planejado. Alguns dessas explicações acredito que seriam melhor aproveitadas se fossem antecipadas, até ajudariam o leitor com a história. Outras realmente TINHA que ser deixados para o final. O Timing da leitura corre com uma rapidez extraordinária mais ou menos até a página 600, depois essa fluência decai um pouco. Mas mesmo com essas irregularidades a trama se mantêm forte,




C) Caracterização dos Personagens:

Um dos pontos mais altos do Cisne é seus personagens. São construídos como se fossem verdadeiros.Foram muito bem desenvolvidos e sua interatividade, principalmente os filhos dos Melbourne, foram muito bem elaboradas. Eles que dão toda a descontração à obra. Cada personagem em Cisne é único. Todos possui seu grau de importância para a trama e ela consegue explorar a capacidade de todos durante os acontecimentos.



D) Qualidade do Livro (Papel, Letra, erros, etc.):

A diagramação da obra é altamente adequada à leitura. Possui folhas amarelas quase sem poros. O livro foi publicado pela editora Dracaena, possui 832 páginas e já vem com o novo acordo ortográfico. A editora acertou em quase tudo, tirando a qualidade do papel da capa. Um livro grande desse jeito deveria ser oferecido uma maior atenção quanto ao seu acabamento e ganhar uma capa mais resistente. Foi um dos poucos livros que considerei a sinopse relevantemente boa, mas mesmo assim pode ser melhorada.



e) Comparação com outras obras do gênero:

A História de Cisne vai muito além do esperado. É uma história que impressiona, e que segue caminhos próprios. Mas não se torna um diferencial por ser apenas uma boa história, mas sim por ser altamente bem escrita e bem moldada. A inteligência que ela caminha é de se destacar entre as obras nacionais publicadas.

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