Clarice na cabeceira

Clarice na cabeceira Clarice Lispector




Resenhas - Clarice na Cabeceira


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Léia Viana 20/09/2019

“O que eu quero é muito mais áspero e mais difícil: quero o terreno.”
Primeiros textos escritos por Clarice e publicados na imprensa e podemos notar como a sociedade mudou e como a mulher evoluiu de 1940 para cá. Não somente na maneira de se expressar, mas também em atitudes. Além disso, a subjetividade é de fato a marca de Clarice, acho que até esse presente momento, nunca li uma escritora tão subjetiva como ela.

“... o pior de mentir é que cria uma falsa verdade. (Não, não é tão óbvio como parece, não é truísmo; sei que estou dizendo uma coisa, e que apenas não sei dizê-la do modo certo, aliás o que me irrita é que tudo tem de ser “do modo certo”, imposição muito limitadora.) O que é mesmo que eu estava tentando pensar? Talvez isso: se a mentira fosse apenas a negação da verdade, então este seria um dos modos (negativos) de dizer a verdade. Mas o pior da mentira é que a mentira é “criadora.”

Este livro fala muito nas entrelinhas do ofício de escrever, de se comunicar para o outro, para o leitor. Adorei o texto “traduzir procurando não trair”, da importância que Clarice dá ao trabalho de tradução, de se manter fiel ao texto original, respeitando também o entendimento do leitor. Achei de uma dignidade tremenda.

“Quem, diz Virginia Woolf, “poderá calcular o calor e a violência de um coração de poeta quando preso no corpo de uma mulher?”

Gostei muito das entrevistas, achei Clarice puritana como repórter e também achei que ela deu um pouco de si nessas entrevistas, tinha Clarice nas respostas dos entrevistados. Achei bonita a definição de Deus que Alzira Vargas do Amaral Peixoto deu a Clarice.

Clarice é sempre uma leitura recomendada!
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Cris 28/08/2016

Uma feliz reunião de contos
Um excelente livro que traz os melhores contos de Clsrice. Você ri, se emociona e se surpreende com a leitura desse livro. Simplesmente maravilhoso.
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Gabrielle 09/08/2014

Um livro sensacional!
O livro mostra os primeiros textos de Clarice Lispector na sua carreira jornalística, iniciada nos anos de 1940, antes de a escritora se consagrar como ficcionista.

Em Clarice na cabeceira - jornalismo, encontram-se crônicas, entrevistas e alguns contos publicados na imprensa brasileira, revelando uma outra face da escritora, mas já prenunciando que seu estilo pouco mudaria ao longo da carreira de escritora e em quase quarenta anos de jornalismo.

O ponto alto são as entrevistas, nas quais Clarice prima pela fidelidade à maneira como o entrevistado se apresenta a ela, além de temperar as perguntas com comentários lúcidos e cheios de sensibilidade.

A leitura é saborosa!
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Mo' 19/09/2013

Tem autor que a gente ouve falar a vida inteira, vê todo mundo citar na internet, mas ler, ler mesmo... Esse mês li meu primeiro Clarice Lispector: "Jornalismo" é uma coletânea de textos da época jornalista da Clarice, da coleção Clarice na cabeceira.
É muito estranho ler textos jornalísticos antigos, porque o jornalismo daquela época não tem nada a ver com o que a gente aprende na faculdade hoje. Assim, é difícil julgar, dizer se ela era uma boa jornalista ou não... dizer se gostei de ler Clarice ou não...
Na minha opinião, e acho que é algo que ela mesmo diria, Clarice não nasceu pra ser jornalista - nasceu pra ser romancista. Mesmo nos textos de tema mais sério, os mais factuais, você encontra algo de literário ali. Gostei muito de algumas crônicas, menos de outras, decepcionei-me levemente com suas páginas femininas. Nada que me faça desistir de ler Clarice - pelo contrário; preciso ler, no mínimo, mais um Clarice, antes de formar minha opinião.
De repente a primeira impressão não é a que fica...

site: www.bloggerdamo.blogspot.com
Júlia 12/12/2016minha estante
Eu comprei esse livro hoje e lerei em breve, mas já li 4 livros da Clarice e a acho sensacional. Poucos autores me afetam da forma que ela faz, fico impressionada com o quão fundo ela foi no ser humano. Se já não tiver lido, leia A Hora da Estrela, o último que ela fez e de uma profundidade sem tamanho. É bom para entender melhor das características dela.




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