A Escrava Isaura

A Escrava Isaura Bernardo Guimarães




Resenhas - A escrava Isaura


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Daniela551 23/12/2022

Resumidamente um livro que pode ter sido considerado revolucionário para a época em que foi escrito, mas hoje em dia é no mínimo problemático, racista e machista.
Isaura só tem algum valor por ter pele clara, é abusada por diversos homens, e ainda tem frases como: como pode uma moça bonita ser escrava ?
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mpettrus 16/12/2022

?Perfídia Senhorial?
??A Escrava Isaura? é uma obra de ficção popular e sentimentalista, publicada em 1883, que ganhou vida pelas mãos de Bernardo Guimarães, estudante da Academia de Direito de São Paulo, romancista e poeta do Romantismo brasileiro, cuja origem mineira é marcada com veemência em sua obra.

? Esse romance é uma obra freqüentemente rotulada como abolicionista, a despeito do teor de sua trama não propor uma extinção nacional ? e datada ? para o fim da escravidão. Ao contrário, no romance é defendida uma solução senhorial ? através da concessão de alforrias ? para se extinguir o regime servil. Eis aqui minha principal crítica a essa obra: o exagero em afirmar que houve certa coragem ao criticar a escravidão em pleno 1875.

Considero sim que essa obra tem um caráter político caracterizado como abolicionista, entretanto, afirmar que esse romance trouxe grande contribuição para a extinção do regime servil é desproporcional ao que ele realmente de fato contribuiu para o fim do sistema escravista.

?A obra também passa uma ideia de que a luta pela abolição do sistema escravista foi tarefa de indivíduos ?brancos?, ?cultos? e liberais ? representado na figura do personagem Álvaro - em detrimento dos escravizados que de diversas maneiras manifestaram seus descontentamento com a escravidão.

Outro ponto muito interessante que notei é sobre a composição das personagens femininas: Rosa, a escrava, portanto, negra, é a maldade em forma de gente, enquanto as personagens femininas ?brancas? são todas moldadas no amor e na caridade.

?E essa caracterização tem seu maior modelo na própria protagonista, que é um exemplo de pureza, ainda que escrava, porém, branca. Ela é talvez o nosso maior exemplo de uma ?alpinista racial? e, neste sentido, personifica a questão da mestiçagem no Brasil, um tema ainda não resolvido no nosso imaginário. O escarvo branco, que oficialmente não existia, era uma realidade que o governo e os escravocratas tentavam esconder, justamente porque no sistema escravista do Brasil o cativeiro se legalizava pela discriminação racial.

?O narrador bernardino nos mostra senhores terríveis representado nas personagens Leôncio e o comendador Almeida, este, estuprou Juliana, a mãe de Isaura. Aquele é a figura máxima de uma personagem senhorial que foi criada para ser obedecida em todos os seus desejos. Elemento que se acentua em seu obstinado e irracional desejo de possuir a escrava branca, ou seja, a representação de um senhor demasiadamente apegado à escravidão e extremamente irracional. No decorrer da narrativa podemos perceber que a perfídia senhorial ia para além de torturas físicas contra os escravizados, havia algo tão pior quanto: a tortura psicológica.

? Tortura psicológica, por exemplo, mostrado na perspectiva do olhar de Sinhá Malvina, que duvidou da ?pureza? da escrava branca, acatando a decisão de seu marido, de casá-la com o Srº Belchior, o Corcunda da história. Também saliento a tortura psicológica da própria protagonista quando fugiu com seu pai, o Capitão Miguel, mas vivia atormentada com medo de ser capturada pelo ?seu Senhor?.

?Sei que o autor fui uma voz ativa na defesa da dignidade dos escravizados, uma luz na escuridão apregoando discursos contra o sistema escravista brasileiro. Reconheço esses méritos. Mas também entendo que ele produziu um discurso favorável à perspectiva senhorial, um discurso essencialmente conservador, quase a nos dizer que ?senhor? e ?escravo? são vítimas, sendo aquele quem mais sensivelmente sofreu as consequências desse sistema injusto. E para corroborar mais enfaticamente essa minha afirmação, Guimarães popularizou uma protagonista romântica, porém, essencialmente branca. E não uma mulher negra, que efetivamente, sofreu com escravidão.

? Enfim, neste romance temos uma conhecida fórmula romântica cujos enredos envolvem um herói e uma heroína, brancos, cultos e ?civilizados? (protagonistas), pelos quais os leitores deveriam se comover e se identificar, e de outro lado um vilão (um ser repulsivo que deveria ser detestado, que sofre uma ruína moral e econômica), que antagoniza uma história de amor marcada por um obstáculo ? a escravidão ? que adia para os últimos momentos a união entre os enamorados. Tem seu valor, mas tenho a impressão de que essa obra envelheceu mal ficando excessivamente datada.
Regis 17/12/2022minha estante
Disse tudo, mpettrus. ????????


jessika59 17/12/2022minha estante
Já li esse,e achei um pouco confusa e arrastada a estória mas gostei


mpettrus 17/12/2022minha estante
Obrigado, Regis ????


mpettrus 17/12/2022minha estante
Acho que confusa porquê os fatos vão acontecendo e não percebemos a marcação dos acontecimentos. E acabamos se confundindo com a temporalidade. Mas Óh, eu achei até que a história foi bem rápida e sucinta, Jé.




Shiva.Sanka 15/12/2022

Escrava Isaura
O livro e bom mais, achei Eli um pouco pesado mais e a realidade daquela época .
O livro e bem diferente da série em si.
Mais e bom
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Jane.FAlix 12/12/2022

A escrava Isaura
Se Isaura que era branca sofreu imagina as escravas pretas!

Leitura muito boa, mas muito focada no lado romântico da história de amor entre Isaura e Álvaro, não que seja ruim, mas o autor poderia ter enriquecido o livro falando sobre a realidade dos escravos na grandes fazendas. Entendo que talvez pela época em que foi escrito isso não tenha acontecido.

Mas é uma excelente leitura!
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Mariana 07/12/2022

Necessário
Basicamente li por obrigação, queria conhecer os clássicos, e não me arrependo.
Não é nada inovador ou revolucionário, mas uma leitura calma e deliciosamente evolutiva.
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Ranielle Cristina 06/12/2022

A Escrava Isaura, escrita em 1875, tem como cenário o Brasil escravocrata do século XIX. No decorrer da trama é possível perceber como era a relação entre senhores e escravos, como aconteciam os castigos e o quanto a liberdade era almejava por todos eles. Dentro desse contexto, nasce Isaura, filha de uma escrava e de um feitor, portanto, considerada também escrava. Ela foi criada como uma verdadeira dama pela esposa do dono da fazenda em que nasceu. Isaura é gentil, tem gestos delicados, sabe tocar piano... Ela é a representação do ideal romântico de mulher, a virgem branca angelical. Mas, com a morte de seus senhores, passa a "pertencer" ao filho destes, Leôncio. Por sua índole, Isaura recusa-se a dar vazão aos desejos que o cruel Leôncio nutre por ela. É em função desse desejo desenfreados e da contínua repulsa da jovem escrava que o enredo se desenvolve. Mas, para salvar Isaura, surge Álvaro, um jovem com ideias abolicionistas que se apaixona por ela e se dispõe a enfrentar Leôncio por esse amor. Assim a luta por um amor verdadeiro e, principalmente, pela liberdade compõe este romance de Bernardo Guimarães, considerado por muitos, a obra-prima do autor.

Sobre o autor:

* Bernardo Guimarães nasceu no dia 15 de agosto de 1825 na cidade de Ouro Preto, em MG.
* Aos 22 anos, matriculou-se na Faculdade de Direito em SP.
* No ano de 1852 publicou sua considerada obra-prima "Cantos da Solidão" e concluiu o curso de direito.
* Estudou Crítica Literária e Jornalismo no RJ.
* Em 1866 foi nomeado professor Retórica e Poética no Liceu Mineiro, em Ouro Preto - MG.
* Sua obra mais importantes foi A Escrava Isaura, publicada em 1875 causando grande furor na sociedade da época por apresentar sua posição perante a campanha abolicionista.
* Em 1881 recebeu uma homenagem do imperador Dom Pedro II, durante uma visita que este fez a MG.
* Publicou mais um romance tem 1883, "Rosaura" e faleceu em 10 de março de 1884.
* Poltrono da cadeira número cinco da Academia Brasileira de Letras, Bernardo Guimarães escreveu poesias, romances, novelas e contos.

Apesar de esta obra ter sido escrita no século XIX, é possível traçar um paralelo com os dias atuais. A lei que aboliu a escravatura no Brasil foi assinada em 1888, pela princesa Isabel. Mas foi de fato executada?? Atualmente, ainda existem pessoas que são escravizadas.
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Livros e Chocolate Quente 05/12/2022

Chato chato chato
Talvez eu "não entenda a magnitude da obra" atualmente, mas entre todos os clássicos que ei já li esse foi com certeza o mais chato e entediante.

Nada acontece e não é nem um pouco interessante, tão cansativo que quase me lançou em uma ressaca literária.
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Vinnylit 04/12/2022

"O coração é livre; ninguém pode escravizá-lo, nem o próprio dono."
Isaura é uma escrava "branca", de uma beleza atroz. Tão bela que disputa um espaço nos desejos de seu senhorio Leôncio, mas Isaura não sente o mesmo, pois tem respeito a sua senhora e a tudo que ela lhe faz.
Com o seu amor não correspondido, Leôncio faz da vida da escrava um inferno. No entanto, o pai de Isaura tem um plano, fugir e se esconder em Recife, lá Isaura se apaixonará por um rapaz garboso e ele, por ela.
Como nem tudo são flores, Leôncio decide ir atrás de sua propriedade.

Um clássico romancista que nos envolve do início ao fim.
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Lufana 29/11/2022

Vontade de enfiar minha cabeça embaixo da terra
Misericórdia que livro enrolado e chato, eu sei que é assim mesmo, mas eu não suportava mais eu já estava enrolando toda a história.
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Larissa 28/11/2022

Delicado e envolvente ?
Foi a melhor experiência que eu já tive com um clássico nacional até agora. Foi uma leitura muito tranquila e fluida, principalmente nos últimos capítulos. Eu amei a personagem principal, mesmo ela sendo tão paparicada e tão "água com açúcar" não me gerou ranço nem nada do tipo, eu criei um carinho fofinho por ela, o final foi bem impactante, eu não esperava mesmo! Amei o final. ?
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JoYulli 20/11/2022

Final diferente do que pensei
Mais um áudio book que terminei, uma história curta e que se passa no tempo colonial. Que todos nós sabemos pode com seu pai se apaixona por Álvaro, seu algoz Leôncio a persegue e a leva de volta bom gostei muito do áudio book pois é necessariamente possível ouvir enquanto se dirige ou fazemos outro outras coisas, gostei mais por ser uma história um pouco mais curta do que quando li o Último desejo. A narrativa do livro é bem clássica pois é um livro clássico mas para quem assistiu a novela São muito parecidos.
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Jenn 18/11/2022

Foi dureza
Não é um livro ruim, os personagens que são meio fracos e tals. E para um livro que se propõe como abolicionista, tem falas bem problemáticas por parte dos "mocinhos". Bom, acho que não gostei muito também pq detesto um pouco os clássicos, são sempre um desafio, acho que só amo o Machadinho mesmo.
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Luana.Sgarbi 15/11/2022

é um um livro fácil de ler (apesar da linguagem), a história é realmente em partes emocionante, mas a história não me prendeu muito (só consegui terminar de ler porque era para um trabalho)
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