Maíra

Maíra Darcy Ribeiro
Darcy Ribeiro




Resenhas - Maíra


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Gustota 10/06/2014

O melhor romance menos lido da literatura brasileira
Maíra é um clássico, mas você certamente não irá ler ele na escola pelos seus excessos gozosos, nada recomendáveis para o ambiente séptico escolar. Essa obra é um desrespeito ritual à cultura racional européia.

Darcy Ribeiro trata sempre de duplas, pares de relação de oposição; as aldeias divididas entre homens e mulheres; deuses e homens; homens-peixes e humanos disputando o mundo; brancos e índios; e Maíra e Micura, o sol e a lua, o princípio ativo e o passivo da tribo dos Mairuns. Não por acaso, o romance começa como um boletim policial, com uma mulher branca morta ao parir gêmeos natimortos numa aldeia indígena.

Temos aí várias narrativas sobrepostas que nos revelam nossos dois princípios encarnados no mundo humano: o apolíneo Avá/Isaías, índio catequizado que morou em Roma, padre confuso, índio entre os brancos e branco entre os índios e Alma, a dionisíaca freira ex-militante, ex-umbandista e futura sacerdotisa indígena do sexo. Passado e presente se confundem numa investigação policial. Tradição e modernidade se confundem com o personagem Juca, mestiço que deseja entregar sua tribo para a exploração dos brancos. Realidade e mito se confundem com a história da criação do mundo Mairum e a disputa entre Deus contra Maíra e Micura, que se confunde com os personagens reais. Como se não bastasse, ainda há um capítulo central, Egosun, onde o próprio autor entra como personagem na história para falar algumas questões filosóficas do exílio de onde se encontra.

Os dois personagens são os corpos pelos quais os deuses Maíra e Micura irão brincar de gente, ora incorporando-se neles, ora guiando-os para confrontá-los com os Mairuns. A jornada do retorno de Isaías à tribo e a descoberta pessoal de Alma é marcada por um ritual indígena/católico, o adeus funerário ao antigo cacique da tribo. Os protagonistas do romance, longe de nossa perspectiva para finais amarrados, seguem o ritual indígena rumo ao êxtase e a agonia fúnebre.

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Maíra 03/06/2009

Foi dele que sai meu Nome.
Ainda não decidi se gosto ou não de ser uma divindade indígena.
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Goldenlion85 04/02/2009

Um livro bem escrito,os personagens são bem estruturados e o final é surpreendente!!!
O autor descreve os cenários de uma maneira otima, apesar da estória não ser feliz,mas é muito bom.
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