Resenhas - O Carteiro e o Poeta

anabia 01/04/2023

O Carteiro e o Poeta.
Livro curtinho e leve. Gostei bastante, li rapidinho.
Uma leitura realmente interessante, emocionante, engraçado e apaixonante.

Layla.Ribeiro 21/08/2021

Leitura leve e rápida que mistura ficção e vida real, história de uma amizade muito bonita além de classes, de bônus você conhece sobre a política do Chile de Allende à Pinochet. É uma leitura agradável porém a narrativa poética e metafórica não me agradou muito, porém quem não se incomoda com isso irá amar.

alexandra165 25/02/2023

Mediano, mas confortável
Tive que ler esse livro para um concurso e achei bem agradável.
talvez se eu estivesse familiarizada com pablo neruda, gostaria um pouco mais... mas ainda assim foi bom.
a trama não sabe bem para onde ir e a escrita (inicialmente) parece um conjunto de palavras difíceis de entender. é como se o escritor quisesse parecer o mais inteligente possível com as suas metáforas que no fundo não significam nada.
ainda assim, gostei do final entreaberto (embora eu acredite que seja trágico) e da paixão súbita de mario. acho que o mais me cativa nas histórias antigas é essa facilidade dos personagens desenvolverem sentimentos rapidamente e não terem medo algum de os mostrar. para os olhos de hoje, é um pouco irreal, porém como eu sei que antigamente isso era comum, ajuda-me a imergir na trama.
já agora, a ambientação é bem acolhedora, e os diálogos que envolvem o poeta além de sábios são cômicos!
recomendo.

Tathi (@Doidosporserieselivros) 01/07/2023

Olá queridos amigos leitores! A primeira dica de leitura desse mês de Julho foi um presente da @editorarecord que no primeiro capítulo já teve um plot twist, o poeta do título é Pablo Neruda.

O livro de 1985 repaginado e publicado esse ano pela editora nos traz Mario um homem que não gosta de trabalhar, mas que vê na vaga de carteiro uma chance de o pai parar de ralhar com ele para que comece a se mexer.
Por sorte ele consegue a vaga, e terá que entregar cartas para um único cliente do correio.
Um homem que recebe um grande número de cartas que fez os últimos carteiros desistirem, seu nome é Pablo Neruda.
Nos primeiros contatos com o poeta, Mario vai mudando, aprendendo sobre metáforas, e até deixando Neruda encucado. Com a proximidade, Mario acha uma boa ideia pedir ajuda com as palavras para conquistar sua amada Beatriz.

?A poesia não é de quem escreve, mas de quem usa?

Com uma escrita com pitadas de humor, somos cativados pelas conversas entre poeta e carteiro, no melhor estilo pequeno príncipe com dose de questionamentos mais adultos.

Também somos apresentados a política chilena, pois o livro levanta questões relevantes de esquerda e direita no governo da época, e também o envolvimento do próprio Neruda com cargos políticos, chegando a quase se candidatar a presidência.

Além disso, a narrativa nos fala de amizade, de uma sociedade ainda mais machista e patriarcal do que a que temos hoje, e faz diversas referências a artistas e políticos chilenos.

A edição está muito caprichada, com uma letra confortável para a leitura, que torna bem fácil devorar o livro em algumas horas de leitura.

O Carteiro e o Poeta está disponível em formato físico e digital, e foi adaptado para a Netflix com o título de Ardente Paciência.

#ocarteiroeopoeta #ardentepaciencia #ardientepaciencia #pabloneruda #antonioskarmeta

Carol 19/10/2020

Impressões da Carol
Livro: O carteiro e o poeta {1985}
Autor: Antonio Skármeta {Chile, 1940-}
Tradução: Beatriz Sidou
Editora: Bestbolso
126p.

"- Porra, gostaria tanto de ser poeta!??
- Rapaz! Todos são poetas no Chile. É mais original que você continue sendo carteiro.??
(...)??
- É que se eu fosse poeta podia dizer o que quero.??
- E o que é que você quer dizer???
- Bom, justamente o problema é este. Como não sou poeta, não posso dizer." p. 21.

Tendo por pano de fundo, social e político, o Chile dos anos de 1969 a 1973, "O carteiro e o poeta" é uma história sobre a força transformadora da amizade entre dois homens e, sobretudo, uma ode à poesia e à liberdade.

Mario Jiménez é um jovem de 17 anos, filho de pescadores e morador de Ilha Negra, sem muitas pretensões na vida a não ser o desejo de viver uma paixão, como as representadas na tela do cinema.

Instado a conseguir um emprego, Mario começa a trabalhar como carteiro. Numa ilha em que poucos leem, seu único cliente é Pablo Neruda. É a partir desse encontro com o poeta e sua poesia, que Mario desperta seu olhar para a realidade que o cerca e conhece Beatriz Gonzáles.

Aqui, um parênteses: se posso apontar algo que me desagradou na narrativa é a grande carga erótica a que o autor recorre para descrever a relação entre Mario e Beatriz. Desnecessária e só poderia ter sido escrita por homem.

Ignorando os hormônios de Mario, o livro é belíssimo. Antonio Skármeta foi muito feliz em espelhar o amadurecimento de Mario à situação política chilena: a eleição de Salvador Allende, primeiro marxista eleito democraticamente no Ocidente; o apoio de Neruda e sua grande influência política; e, por fim, o golpe perpetrado pelo ditador Augusto Pinochet, em 1973, com o assassinato de Allende.

Triste sina esta da América Latina, que vive a torcer para que os EUA não apoiem um golpe "em favor da democracia" em seu território.

Muito feliz, outrossim, na mensagem que deixa ao leitor: nunca se é tarde para aprender algo ou para modificar a postura diante da vida. E que poesia não se explica, sente-se. É no que ela nos provoca que reside sua perpetuidade, apesar dos pesares.

Matheus656 11/07/2023

Em 11 de setembro de 1973, o chile, que até então era uma das democracias mais estáveis ??da américa latina, entrou em uma ditadura militar que durou até 1990, após o golpe liderado por pinochet contra o governo democrático de salvador allende. nesse período, foram cometidas violações sistemáticas dos direitos humanos, a liberdade de expressão foi limitada, os partidos políticos foram suprimidos e o congresso nacional foi dissolvido. dito isso, e dentro desse contexto histórico, temos ?o carteiro e o poeta?, um romance (como o título sugere) no qual um carteiro se torna amigo íntimo do poeta pablo neruda.

o livro é delicioso. skármeta desenvolve uma linda narrativa entre aprendiz e professor, abordando temas como amor, paixão, política, ditadura e mudanças. existem alguns eventos reais integrados na história que deram, na minha opinião, uma credibilidade enorme ao enredo, já que cria-se o questionamento durante toda a leitura se os fatos narrados de fato aconteceram ou não. um truque bastante eficaz e que enche de emoção - principalmente ao lermos o final da obra.

o texto é dividido em duas fases: a primeira, baseada na admiração, desejo e paixão entre os protagonistas, e a segunda, que chega a ser excepcionalmente mais emocionante do que a anterior, gira em torno do exílio, da vida e, em contrapartida, também da morte. uma ode à poesia, ao amor e à amizade.

a obra tem diálogos deliciosos - adjetivo que se repete nessa resenha, já que não há outro que possa caracterizar essa leitura - e espirituosos, personagens encantadores e algumas reflexões evocativas. pequeno e poderoso.

?o carteiro e o poeta?, de fato, é uma delícia de se ler, porque todos precisamos de um pouco de poesia nas nossas vidas. indico demais a leitura.

Fabio Shiva 08/10/2017

Ardente Paciência
Por uma dessas estranhas inibições, até hoje não vi o filme inspirado nesse livro, que emocionou tanta gente. É que, por isso mesmo, foi tanta gente me dizendo que eu precisava ver o filme, que por algum secreto mecanismo de reação contrária fui sempre deixando para depois, e acabei deixando para lá.

Ao ser presenteado com não apenas um, mas dois exemplares do célebre livro de Antonio Skármeta (que antes do filme era intitulado “Ardente Paciência”, a partir de um verso de Rimbaud), percebi a Sincronicidade sinalizando que era hora de lê-lo.

A história do carteiro Mário Jimenez é contada de forma singela e tocante, combinando muito bem lirismo e humor. Em uma página você pode estar enxugando uma lágrima de emoção, e na página seguinte pode estar soltando uma gostosa gargalhada. Em seus melhores momentos, a prosa evoca um pouco a de García Márquez em seus melhores momentos – o que não é pouca coisa!!!

Como pano de fundo, trechos biográficos do grande poeta chileno Pablo Neruda e também um pouco da história do Chile durante a transição do governo de Salvador Allende para a ditadura de Augusto Pinochet conferem profundidade e peso dramático à narrativa.

Mas o mérito maior de “O Carteiro e o Poeta” é abrir, com a chave encantada da metáfora, um portal para o reino mágico da Poesia. Não tem como não se sentir ao menos um pouco poeta ao ler esse livro. Afinal, como disse o Poeta, só é possível ler poesia tornando-se poeta. E enxergar o mundo com olhos de Poesia é uma das curas mais lindas para boa parte dos sinistros problemas que tanto nos afligem nos dias de hoje. Viva a Poesia!

http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2017/10/o-carteiro-e-o-poeta-antonio-skarmeta.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio

Giuliana 01/03/2024

O carteiro e o poeta
Mario Jimenez decidiu ser carteiro para não ser pescador igual ao pai, tinha um único cliente que era Pablo Neruda, o poeta. Assim nasce a amizade entre o carteiro e o poeta. Ao conhecê-lo pediu para falar de seus poemas e metáforas, afim de conquistar Beatriz, o seu amor.
Amizade, amor e um contexto histórico no Chile é o que retrata esse lindo livro.

milton_rocha 27/10/2023

Deliciosa história
O livro é leve, cativante e possui uma história deliciosa de se ler. Na contra capa é possível ler a seguinte frase "Tempestuoso, engraçado e apaixonante, conta a história de um amor platônico de um carteiro simples por uma bela garçonete, incendiado pela poesia de Pablo Neruda". De fato trata-se de um amor platônico em sua mais pura demonstração, pois mostra um amor puro, profundo e belo, um amor de qualidade inconfundível de Mario (carteiro).

A demonstração da construção do amor com mais palavras no contato do carteiro e de Neruda é algo emocionante de se ler e ver (no caso do filme). Uma beleza recitada em formato de descrição pseudo-jornalística que vale a pena se ler. A simplicidade do carteiro em conjunto com a profundidade do que passa o personagem de Neruda, com pequenas pérolas de poesia no meio é um combo muito interessante.

O carteiro descobre a possibilidade real de se tornar um poeta, e a evolução da história mostra que ele consegue, mesmo que não note e coloque um peso relevante na presença do Poeta (Neruda), a sua existência já traz um novo poeta e uma nova visão para o seu mundo.

"É muito antigo e afiado o punhal definitivo, rapaz".

Camille 08/09/2023

O sr acha que o mundo inteiro é a metáfora de alguma coisa?
Já conhecia o autor por outra obra - o dia que a poesia derrotou um ditador - que é um dos meus livros favoritos, então pode imaginar que minhas expectativas pra esse estavam super altas! e ele conseguiu superar todas!
eu amo a escrita do skármeta. é fluida, rápida e ao mesmo tempo avassaladora e metafórica a ponto de te fazer ficar pensando e pensando e pensando?
sou grande fã da literatura chilena, como pode escreverem só livros bons? preciso conhecer esse país imediatamente!!!!!
enfim, eu amei esse livro! leitura maravilhosa pra madrugada de um feriado. :)

jhullia 06/12/2022

eu volto ao mar envolto pelo céu, o silêncio entre uma e outra onda estabelece um suspense perigoso: morre a vida, se aquieta o sangue até que rompe o novo movimento e ressoa a voz do infinito

mariana113 21/01/2023

O Carteiro e o Poeta. (e o chile, o comunismo, e beatriz)
Gostei muito do outro livro do Antonio, por isso decidi ler esse. Confesso que não consigo pensar em uma resenha muito legal pra esse livro, já que li tão rápido.
Achei que, por conta do outro livro, a escrita seria mais simples, mesmo que não seja tão difícil. Em algumas partes cheguei a apenas passar o olho pela página e continuar a ?cena? na minha cabeça da parte que eu entendi por último.
Ainda assim, gostei muito do livro, e em poucas páginas cheguei a me apegar tanto aos personagens que sofri com suas dores. É uma leitura rápida, mas não leve.

DIRCE 01/08/2009

BIS
Um livro singelo que aborda a amizade, por isso, para mim, tem um misto de Bis (do branco), pois eu o ganhei de presente de uma querida amiga (gauchinha) e, ele, veio acompanhado de uma cartinha (uma verdadeira delícia) e pelas mãos de um carteiro.
A amizade, abordada no livro, seria entre o jovem Mário (filho de um pescador de uma Ilha Chilena )e o poeta Pablo Neruda, por quem Mário nutria uma grande admiração.
Na verdade, essa amizade foi possível devido a obstinação de Mário em angariar a simpatia de Neruda, a quem pediu auxílio para conquistar a jovem Beatriz por quem se enamorara.
Mas não importa o que desencadeou essa amizade e, sim, que essa amizade “criou raízes” e o “adubo” foram as palavras - o elo entre Mário e Neruda - e, essa amizade, sobreviveu à distância e ao tempo.
O livro tem passagens tocantes, e uma delas, é quando Neruda pede a Mário para gravar os sons da Ilha para amenizar a saudade que, dela, sentia durante sua permanência na França.
O Carteiro e o Poeta é um livro que desperta emoções e nos mostra que a poesia pode ser encontrada em todos os lugares.

Lima Neto 01/12/2009

o livro é escrito com uma delicadeza impressionante, com uma história que cativa o leitor desde o início.
possui alguns tons de sensualidade, característica de muitos escritores hispano-americanos, mas que não são em momento algum vulgar. também possui passagens de um humor sutil e inteligente.

meetferrão 15/06/2021

Me incomodou um pouco, mas amei
Amei o livro. É curtinho de ler e bem gostosinho.
No começo eu já percebia umas problemáticas no livro, mas relevei. Infelkzmente, com o avanço da leitura já me sentia um pouxo incomodado com algumas passagens, por conta do Mario sexualizar muito a Beatriz, especialmente no começo do relacionamento de ambos. Entendo que é um livro antiga que se passa numa época mais antiga ainda, mas isso não anula o fato de algumas falas, pensamentos e atitudes de Mario - e até a descrição de certos momentos do narrador - me deixaram desconfortável.
Uma coisa que eu recomendo avisar antes de começar a leitura é que se passa na época da Ditadura Chilena, e quando eu comecei não percebi a mesma e ficava um pouco confuso com a questão política do livro.
Deve-se lembrar também que é um livro antigo então o vocabulário é mais culto e já caiu em desuso.
Enfim, o livro é incrivel e é ótimo para dar uma aliviada de livros mais tensos/tristes. Só tome cuidado com o final que ele é bem triste também, então se preparem se forem le-lo.