1Q84

1Q84 Haruki Murakami




Resenhas - 1Q84


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Leonardo 26/03/2013

Que venha o livro 3!!!!!
Disponível em http://catalisecritica.wordpress.com/


Quem quiser saber mais sobre 1Q84 e sobre Haruki Murakami, leia meu post anterior aqui, sobre o livro 1.
Como é de se esperar, no livro 2 a história avança bastante e começamos a vislumbrar quão insano é o universo criado por Murakami. Aprendemos mais sobre o porquê das duas luas, conhecemos o fascinante líder, aprendemos também sobre o povo pequenino e sobre a relação entre Aomame e Tengo.
A impressão que tive é que o ritmo deu uma arrefecida. Nem de longe quero dizer que o livro 2 é inferior ao livro 1. Pelo contrário, uma vez que já conhecemos os personagens, Murakami vai aprofundando seus backgrounds, esclarecendo alguns mistérios e, principalmente, fazendo-nos perceber que, no final das contas, 1Q84 é uma história de amor.
Sem entregar a trama do livro, para mim é especialmente bem trabalhado um assassinato que Aomame tem que cometer. Ao invés de partir imediatamente para a ação, Murakami investe tempo para deixar toda a situação bem esclarecida e, principalmente, criar tensão. E isso ocorreu de tal forma que eu queria interromper meu trabalho para continuar a leitura e descobrir como ia terminar aquela história. A única frustração ao terminar a leitura desse livro 2 (por sinal eu o li bem mais rapidamente que o livro 1) foi constatar que demorará uns seis meses para eu saber como termina essa história.
Voltando às comparações, Murakami continua impecável:
Tengo observa um homem bastante estranho que veio conversar com ele:
“Os dentes eram desalinhados, e a coluna arqueada num ângulo esquisito. O alto da cabeça era grande, estranhamento achatado e calvo, com as pontas dos cabelos recurvas. Lembrava um heliporto militar construído estrategicamente no alto de uma colina. Tengo vira um desses num documentário sobre a guerra do Vietnã. Os poucos cabelos pretos, de fios grossos e crespos, que ainda se agarravam ao redor da calvície estavam tão compridos que, em desalinho, cobriam as orelhas. De cem pessoas, noventa e oito certamente associariam aqueles cabelos a pelos pubianos. Quanto às outras duas, Tengo não tinha ideia do que poderiam pensar.”
“O terno cinza que ele vestia, de tão amarrotado, lembrava uma terra devastada pela passagem de uma geleira.”
Aomame num hotel antigo:
“O saguão do hotel Ôkura era amplo, de pé-direito alto, e a luminosidade reduzida o assemelhava a uma colossal caverna sofisticada. As vozes indistintas daqueles que conversavam sentados nos sofás ecoavam pelo salão como suspiros de animais estripados. O carpete espesso e macio lembrava musgos pré-históricos de alguma ilha do extremo norte, absorvendo o som dos passos ao longo dos séculos. As pessoas que caminhavam pelo salão eram como um grupo de fantasmas que, desde tempos imemoriais, era mantido preso àquele lugar, repetindo ininterruptamente as mesmas funções impostas por um feitiço.”
E uma das mais fetichistas descrições de uma orelha:
“Porém ela parecia bem diferente de quando ele a vira naquela manhã. Era porque – Tengo levou tempo para perceber – ela estava com o cabelo preso, com as orelhas e o pescoço à mostra. O par de pequenas orelhas rosadas parecia ter acabado de ser feito e, para finalizar, uma escova de cerdas macias havia deixado a pele lisa, sem marcas. Pareciam ter uma finalidade puramente estética, e não a função objetiva de ouvir sons. Pelo menos era assim que Tengo as via. O pescoço elegante, fino e longo, resplandecia como o brilho das verduras que crescem sob os auspícios da abundante luz solar. Um pescoço imaculado, que combinava com o orvalho da manhã e as joaninhas. Apesar de ser a primeira vez que Tengo a via de cabelo preso, aquela imagem lhe transmitia beleza e uma sensação de milagrosa intimidade.
Tengo havia fechado a porta atrás de si, mas se mantinha parado na entrada. As orelhas e o pescoço dela o deixaram confuso e encabulado, como se estivesse diante de uma mulher totalmente nua. Como um explorador que acabou de descobrir uma fonte secreta na nascente do Nilo, permaneceu mudo, os olhos fixos em Fukaeri. Suas mãos continuavam segurando a maçaneta.”
Que venha o livro 3!!!!
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Claire 07/11/2013

A estória definitivamente não segue uma linearidade e não possui os elementos convencionais que marcam um personagem ou uma trama. Não tem como se esperar o que vai acontecer no capítulo seguinte, que pode variar entre uma sequencia de páginas sem fim de diálogos não encaixados com o todo ou em cenas que te fazem parar de ler por um momento para digerir o novo contexto.
Apesar de totalmente não convencional, eu gostei. De alguma forma a leitura me cativou e vou esperar o terceiro ser traduzido para o português.
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Valério 24/08/2015

A continuação
No segundo volume, a trama se desenvolve um pouco modorrenta.
Não surpreende como o primeiro volume (até por não haver mais a apresentação dos personagens e os principais eventos desencadeadores da trama).
Também não temos desfechos significativos.
Há uma sensação de que o que deveria ter sido um livro foi transformado em trilogia, eis que a história toda poderia ter sido contada em um volume único - e com significativa redução do número de páginas.
Assim como no primeiro volume, há excesso de repetições. Alguns trechos são quase cópias fiéis de trechos anteriores.
Em resumo, a trilogia é boa. Mas não acho que valha 3 livros, principalmente quando sabemos que poderia ter sido escrita com um só livro.
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Carol 27/12/2015

Chato!
Se o primeiro livro já foi arrastado, esse então se superou! Mais um livro de trilogia sem final definido, mais um livro extremamente detalhista sem necessidade. Muita viagem.
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joabe.lins 22/01/2016

Impressionado com a imaginação desse escritor, recomendo muito
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Juliana 07/02/2016

Viagem literária
Gostei do livro 1, me deixou curiosa. Este livro superou expectativas, me deixou presa no suspense do mundo de 1Q84, onde, aos poucos se compreende o poder do Povo Pequenino e o papel de Aomame e Tengo, em meio a muito mistério e suspense. "Não havia dúvidas: eram duas luas."
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Gabriella 07/06/2024

Um bom autor e alguém que infelizmente sabe escrever
Demorei um ano para ler o segundo livro porque eu realmente fiquei pensando o tempo todo se valia a pena, a resposta? sim, mas até que ponto?

A maior parte foi para tirar minhas duvidas em relação ao primeiro livro, pois mesmo odiando metade do livro eu não conseguia esquecer, não conseguia não me perguntar como acabava o mundo de 1Q84.
E grande parte delas se relacionava com o Povo Pequenino, que apareceram mas ainda deixou muitas perguntas sobre quem, como, onde e por quê?

Falando sobre o livro, ele é mais bem desenvolvido apesar de ainda ocorrer muitas falhas, Murakami não consegue esconder seu fetiche estranho e nojento em relação a pedofilia, sexualização e em como ele é misógino. Digo com clareza que nesses três livros você conseguiria juntar todas as conotações sexuais que ele faz e formar um novo livro. Eu li digital, e quando acabei pesquisei no livro as palavras "p3ito" "p3nis" "s3xo" "s3xual" é inacreditável o quanto ele sente a necessidade de falar sobre, e na maioria das vezes não tendo necessidade alguma.

O autor força muito uma garota de 17 anos a se relacionar com um cara de 30 anos e faz parecer normal ele comentar sobre o corpo dela como se fizesse isso sempre, isso sem citar a INCRIVEL ideia dele da Fukaeri fazer uma purificação nele, e como ele quis fazer isso que não vou entrar em detalhes porque quem leu sabe, e como se não bastasse isso, a memória em relação a mãe, pensando que não podia piorar, Tengo conta como ele com 30 anos não parava de pensar em Aomame com 10 anos e como ela segurou sua mão por menos de 1 minuto e de repente ela é a única mulher que ele amou sendo que foi a única interação deles? e mesmo tendo se passado 20 anos ele se masturba com a memoria de uma criança de 10 anos.
Não tem conexão e ele faz um romance a partir de um único toque que eles deram a vinte anos atrás. O personagem do Tengo é extremamente ridículo, não sei se Murakami pensou nisso antes de escrever, cogitei pensar em ser uma critica tudo de problemático mas não tem como ser!

Aomame deixou a desejar do primeiro livro para esse, apesar de as narrações dela ainda serem muito melhores que a do outro cujo, quando ela começa a falar de Tengo decai todo pensamento positivo que tinha sobre a mesma, e até porque para o autor ela é só um par de seios que fala sobre isso sempre que vê qualquer abertura.

E também quando o autor vai falar sobre o líder grupo Sakigake parece que a todo momento ele tenta achar uma lógica da cabeça dele para o líder ter relações com crianças e não parecer problemático, em minha opinião ele quer entrar na nossa cabeça e querer que os leitores achem normal, e consegue viu, a escrita acaba sendo viciante e perturbadora.

Agora porque depois de tudo isso eu dou 3,5 para o livro e não 1?
Porque infelizmente Murakami escreve como ninguém.
Sua escrita é detalhada, te prende, intriga e você odeia mas adora, e se você tirar tudo de ruim, se torna uma história incrível porque o mundo 1Q84 é fascinante.
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/12/2019

1Q84 é um mundo real, mas as coisas não são exatamente como antes. Para começar, duas luas agora pairam no céu; uma grande, cinzenta, e outra menor, irregular, de tom levemente esverdeado. E há também o chamado Povo Pequenino, cujas intenções permanecem ocultas. Nesse mundo, paralelo a 1984, o destino de duas pessoas, Tengo e Aomame, está intimamente ligado.
Cada um, à sua maneira, está fazendo algo perigoso, que pode colocar sua vida - e a de outras pessoas - em risco. E, aparentemente, não há como fugir desta realidade nem é possível que ambos sejam salvos; apenas um será o escolhido.
No segundo livro de sua saga magistral, Murakami leva o leitor a um mundo extraordinário, onde só o amor entre Tengo e Aomame poderá reverter a marcha implacável dos acontecimentos.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788579622052
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Rafael.Montoito 19/04/2020

Avança, mas não desvela
Nesta segunda parte da trilogia, Murakami começa a mexer com as peças que posicionou no livro 1. Pouco a pouco, a história vai revelando quem é o Povo Pequenino, o sentido do romance "Crisálida de ar" e a relação entre Tengo e Aomami.
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A narrativa, cheia de citações da cultura pop, apresenta melhor ao leitor o mundo de 1Q84, o qual estaria correndo em paralelo com o de 1984, pela necessidade de estes dois personagens se encontrarem e, mesmo com suas vidas em constante risco, tentarem salvá-lo.
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A surrealidade dá o tom, muitas vezes, de modo que o leitor ainda tem que esperar o terceiro volume para compreender todas as nuances desta ficção bastante original. A narrativa avança, se comparada ao primeiro volume, mas deixa ainda bastante coisa para ser desvelada no terceiro e último volume.
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Lari 21/11/2021

1Q84, livro 2 - Haruki Murakami
Esse livro tem o dom de te deixar confuso(a) e fascinado(a), entediado(a) e viciado(a), incomodado(a) e encantado(a)? tudo ao mesmo tempo.
Talvez não seja o seu tipo de história, definitivamente não é o meu.. mas Murakami te deixa tão intrigado(a) com a história que você tem que ler mais e mais.
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Well 24/12/2021

Cumpre seu papel de continuação...
O segundo volume dessa trilogia segue a jornada de Tengo e Aomame, contadas em capítulos alternados e, como era de se esperar, apresenta mais detalhes desse estranho mundo fictício criado por Murakami.

O começo parte exatamente de onde parou a primeira obra, que serviu mais como uma introdução daquele mundo de 1Q84, e aqui esclarecem-se os maiores enigmas deixados no primeiro.
Aomame segue em um de suas missões mais importantes e é surpreendida ao se deparar com algo que ela não imaginaria e que mexerá com seus sentimentos, e os do leitor também. Afinal, nos é mostrado mais sobre o povo pequenino, sobre esse ano com uma letra no meio e a história contida no romance dentro do romance "Crisalida de Ar".
Tengo, por sua vez, terá de encarar seu passado e lidar com o desalento deixado pelas pessoas ao seu redor, mas termina o romance muito mais forte e decidido do que começou.

No geral, o romance cumpre bem seu papel de continuação, mostrando mais detalhes sobre este universo e dando mais profundidade aos personagens - inclusive aos "coadjuvantes", sendo que um deles morre inesperadamente.
Contudo, esse volume sofre com os mesmos problemas do primeiro: narrativa instigante, porém lenta, muitas vezes (muitas vezes mesmo!) chegando a ser prolixo e repetitivo, como fosse pra ser lido bem devagar e em dias alternados, pois o autor não te deixa esquecer de nada.
Uma coisa chata na escrita de Haruki é sua necessidade de fazer seu narrador dizer o que o personagem pensa para na linha seguinte, o próprio personagem dizer exatamente as mesmas palavras do narrado. Aja paciência.

Este volume pareceu-me melhor que o primeiro pelos motivos óbvios de dar continuidade a história, mas, com as mesmas características negativas. No entanto, é uma história que mostra seu tema muito mais voltado ao amor, um amor puro, do que sobre um mundo ficcional mirabolante. É muito aprazível acompanhar os dois personagens, que são as melhores coisas do romance, e o tempo inteiro, ainda mais depois desse volume, ficamos torcendo com todas nossas forças pelo encontro dos dois.
E que venha o terceiro volume.
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Yuka 01/04/2022

1Q84 volume 2 ( Haruki Murakami)

Tengo, 30 anos, vive agora ou sempre viveu com a lembrança de Aomame na escola primária, quando ela segurou sua mão e depois ela saiu da escola e ele nunca mais a viu, mas sempre se arrepende de não ter dito algo mais ou talvez de procurá-la de verdade.  
Depois de concluir o livro de Fukaeri, por segurança ela se mantém escondida, enquanto isso, Tengo passa por situações inesperadas. Ele recebe uma oferta de 3 milhões de ienes de ajuda para sua escrita de uma associação que nunca ouviu falar e sua namorada mais velha desapareceu. 
Por sua vez, Aomame recebe uma missão de risco e se sobreviver, terá que mudar de nome, rosto e lugar sem deixar rastros. Caso contrário, se algo de errado acontecer, ela pode tirar a própria vida, já que não se imagina sendo torturada a ponto de revelar nomes.
Mas, quando finalmente chega o grande dia, Aomame conhece o grande líder religioso e sua missão é matá-lo. Mas ela não consegue fazer isso pois foi descoberta, pois o líder sabia o tempo todo de suas intenções. E ele sabe tudo sobre ela, até de Tengo, alguém que ela sequer disse seu nome em voz alta e para protegê-lo, faz um acordo com o Líder.
Tengo recebe Fukaeri em sua casa, já que ela não quer ficar escondida sozinha. Ela pressente algo perigoso chegando e prefere ficar com ele. Tengo rejeita a oferta de ajuda de 3 milhões e recebe um aviso que mais parece uma ameaça. 
Com Fukaeri ali, Tengo passa por experiências que não consegue entender e ao mesmo tempo descobre similaridades com seu mundo e o do livro de Fukaeri, Crisálida de ar e entende que agora precisa encontrar Aomame.
Aomame por sua vez, conclui sua missão mas descobre coisas sobre o líder e o Povo pequenino que não pode contar a ninguém, principalmente porque ninguém acreditaria. Então, ela toma uma decisão depois de ver Tengo e não conseguir falar com ele...

Não me recordo de detalhes do primeiro volume, mas achei esse meio repetitivo. Não digo na história, mas nas falas dos personagens. Ficou meio cansativo de ler. Parece quando estamos ensinando uma criança a falar  quando fica repetindo as falas.
A história macabra do Líder de repente se torna algo mais brando? Como se ele não fosse uma má pessoa? Então, quem seria ou o quê seria o mal realmente? E a punição dele nem existiu, porque de uma certa forma foi um alívio para ele.
Tengo e Aomame passaram suas vidas pensando um no outro sem jamais se verem novamente. Isso cheira a um final feliz? Parece que não. Achei muito triste os dois no mesmo lugar mas a tonta da Amaome ficar na dúvida e quando resolve agir, ser tarde demais.
E Fukaeri? Se entendi bem o que ela pode vir a ser, ainda assim o que aconteceu entre ela e Tengo é meio... perturbador...
Ou seja, a história foi para caminhos que pra variar, jamais imaginei que seria assim... não sei descrever meus sentimentos para esse volume, ficou mais perguntas do que respostas e espero que o volume final possa respondê-las. E espero que aquele não seja o final da Aomame, caso contrário vou odiar essa trilogia hahaha
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