O Detetive de Florianópolis

O Detetive de Florianópolis Jair Francisco Hamms




Resenhas - O Detetive de Florianópolis


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Paulo Silas 07/01/2024

"O Detetive de Florianópolis" é um livro que reúne diversos contos do autor - em que pese a capa categorize o gênero como crônicas" -, tratando-se assim de uma espécie de antologia. Com uma escrita que é possível, aos poucos, ir identificando a existência de um estilo próprio (que preza muito - talvez um pouco exageradamente inclusive - pelos diálogos), Jair Francisco Hamms apresenta aqui uma série de histórias divertidas que evidenciam um bom humor particular do autor, deixando a leitura bastante leve tanto pelas tramas quanto pela forma com a qual escreve.

O título do livro dá nome ao personagem principal das histórias (nomeia mesmo, já que o nome do personagem é D. T. Tive), ocupando metade da obra. Nessa primeira parte, protagonizada pelo detetive, os contos seguem uma ordem cronológica abrangendo a vida do personagem desde quando resolveu virar detetive e passou a investigar os seus primeiros casos até quando de seu casamento com a secretária. Na segunda parte, contos com histórias diversas e sem relação entre si preenchem as páginas com o mesmo tom bem humorado do autor.

O humor presente nas histórias é bastante afiado, ambientalizado de certa forma no período em que foi escrito - década de 80 -, agindo os personagens conforme a época. No prefácio assinado por José Matusalém Comelli, é dito que "o autor trafega com exuberância de linguagem por caminhos que vão do mais cáustico humor ao mais puro lirismo, numa reafirmação jamais assaz repetida de que para ser bom escritor não basta escrever bem (o que Jair faz como poucos), mas é preciso, sobretudo, ter talento, criatividade e imaginação" - e isso, de fato, está presente nas histórias dessa obra.
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Rafa 03/07/2023

Muito divertido com muita cultura
O detetive de Florianópolis é uma coletânea de crônicas do autor Jair Francisco Hamms extremamente divertida, deixando muito clara a cultura do manezinho e o talento do escritor.
Achei o título por acaso na biblioteca do meu colégio e peguei emprestado hoje mesmo, e terminei tudo hoje. Uma leitura muito gostosa com diálogos impagáveis e personagens loucos demais.
Um dos livros com que eu mais gargalhei alto e fiquei muito feliz por conhecer os lugares e imaginar as histórias, preservação e retratação de cultura com certeza é importante.
As minhas crônicas favoritas foram as do detetive, mas várias outras tiveram seu encanto com narrativas absurdas demais.
Recomendo muito, cinco estrelas, literatura nacional com a cultura do estado impecáveis. Além do português lindo com as conjugações que mais amo, as do tu.
Tu vais ler, né? Não perde tempo, tás tolo, tás?
Jaque233 08/07/2023minha estante
Muito bom!!!!




Marcio Garcia 09/12/2021

Um detetive "manezinho" e outras crônicas
Livro de crônicas bem interessante.

As situações de passam nas décadas de 70 e 80 do século XX e, na primeira metade do livro, acompanham Domingos Tertuliano Tive, o mais famoso e único detetive de Florianópolis, em seus casos peculiares, desde o início de sua carreira, sem nem endereço para atendimento, passando pela estruturação e chegando ao sucesso, em sua sala alugada próxima a ponte Hercílio Luz, com secretária e tudo mais. Afinal, sempre cobrou em dólares!

D.T. Tive é um personagem com várias características que, mescladas, o tornam único, como uma certa malandragem, a preocupação com a aparência e um charme que o faz parecer um James Bond "manezinho". Estas características, associadas com uma lógica apurada e uma discrição necessária à sua profissão, nos proporcionam momentos hilariantes em cada caso resolvido.

Na segunda parte do livro, as crônicas são genéricas do dia a dia, mas quase sempre com alguma associação à Santa Catarina.

Uma boa leitura, que nos mostra como nosso país é grande e rico, considerando nossa cultura regional
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Priscila.Pieper 25/03/2020

O DETETIVE DE FLORIANÓPOLIS
Originalmente publicados no jornal O Estado, o livro que teve sua primeira edição em 1983, conta com a reunião de 31 contos e crônicas que tratam da vida de Tive, o primeiro D. T. Tive particular de Florianópolis, como é conhecido.

Indo totalmente na contramão do estilo policial clássico, em que os crimes são apresentados em primeiro plano, O Detetive De Florianópolis utiliza as investigações e crimes apenas como pretexto. O enredo principal fica por conta da história de Domingos, um típico manezinho que, encontrando as dificuldades, monta seus esquemas para sobreviver. “Desempregado, endividado, nervoso, aporrinhado à beça, Domingos Tertuliano Tive abriu a janela de sua quitinete e escarrou em Florianópolis” (P.11)

Escrito de forma maestral e com alguns traços realistas, o autor nos faz lidar com uma mente turbulenta, incessante e por diversas vezes, bem confusa. A priori, o personagem nos remete à Macunaíma, o famoso herói sem caráter de Mário de Andrade, no entanto, com o passar do tempo, vamos conhecendo Tive mais profundamente e nos afeiçoamos de tal forma que, é impossível terminar a leitura e não o chamar de herói da ilha.

Investigando os crimes mais bizarros, inimagináveis e excêntricos, como a morte do lebréu russo, a morte do lobisomem de Saco Grande e os dólares de Chapecó, acompanhamos, com muitas risadas e humor negro, o desenvolvimento do personagem, que de desempregado passa a um ganhador de fortunas.

O Detetive De Florianópolis é daquelas leituras bem humoradas e afiadas que nos faz perder as horas, mas que infelizmente, é pouco conhecida. Um pouco aquém do esperado pelo título, é um livro ideal para quem gosta de leveza e fantasia, já que ela lida com muitas crendices locais.

site: https://www.instagram.com/vestidadeletras/
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Emanuel.Silva 07/01/2020

Um Sherlock Holmes Manézinho
A Ilha da Magia, retratada a anos atrás, quando apenas a velha ponte Hercílio Luz (Reaberta nesta virada de 2019 para 2020) era a unica ligação entre as terras continentais e Florianópolis. É neste cenário encantador que acompanhamos Domingos Tertuliano Tive, sujeito desempregado, endividado, nervoso e aporrinhado até o pescoço com as intempéries da vida adulta se tornar o primeiro detetive de Florianópolis. Neste livro temos 10 contos desta personagem extremamente carismático, após isso o livro é completado por contos do autor porém com outras personagens e temas diferentes. Entretanto, todos os contos são cercados por cenas humoradas, alguns realmente engraçados que chegam a parecer uma piada de revista (não é um comentário pejorativo kkkk).
Os contos do detetive são cômicos também, porém é interessante como de longe, um camada fina de um clássico noir percorre a escrita, temos as negociações com ricaços, os mistérios clássicos dos filmes de detetives e também uma femme fatale.
O Detetive de Florianópolis é um livro e tanto! De encher o peito e abrir o sorriso de qualquer um, principalmente daqueles que como eu, respiram e amam amar a cidade de Florianópolis.
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Gustavo Simas 18/03/2018

Um Detetive de Desterro
Seria Domingos Tertualiano Tive um Sherlock Holmes manezinho?

Não exatamente... Apesar dos trejeitos e bordões característicos do personagem, o Detetive de Florianópolis, também conhecido pelas iniciais D.T. Tive, vive aventuras simples e engraçadas, passando por bairros e cidades conhecidas da região, citando expressões regionais e parte da cultura local, mesmo com aventuras não tão memoráveis quanto às do mais famigerado S.H.

Linguagem coloquial, muitas vezes mais preenchido por falas do que descrições, vários contos/crônicas curtos compõem este livro de leitura rápida. Até a metade da obra, os contos são referentes ao Detetive de Florianópolis, a partir daí, diversas pequenas histórias de personagens aleatórios.

O problema é que há erros de gramática, e as histórias não são tão interessantes à primeira ou segunda vista, embora seja engraçadinhas... A Lição em cada uma delas não possui a força suficiente para impactar os leitores ou deixar algo de relevante.

Apesar disso, a obra tem sua relevância histórica, por apresentar (ou referenciar) aspectos da Sociedade da década de 70/80 da Grande Florianópolis.
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Laís 11/09/2013

Um livro bastante interessante, até porque gosto do gênero policial, "suspense". O livro começou bem embora sem muita graça contando sobre a vida do personagem principal, depois o livro começou a contar historias diversas, que acho que focou bem avulso com a historia do próprio livro.
Beijos.
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Larissa2729 09/09/2013

D.T. Tive
Domingos Tertuliano Tive desempregado, endividado e sem saber o que fazer da vida, em meio a uma conversa com seus botões, decide virar detetive particular. Cobrando mil dólares antecipadamente e mil dólares para encerrar o caso, consegue enrolar todos os clientes, sem se importar com a verdade.

A leitura é muito agradável e rápida, o livro me prendeu do começo ao fim. Consegui dar boas risadas. Tagarela e irônico, Tive conseguiu ganhar minha admiração. Jair Francisco Hamms é um nome que jamais esquecerei, O detetive de Florianópolis já está na minha lista de favoritos.
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Sabrine Borges 02/05/2013

O detetive de Floriánopolis?
A história começou bem, com o Tive solucionando diversos casos legais, mas desandou no final com várias histórias chatinhas.
Em um dos casos de seu Tive um homem que estava desconfiado que estava sendo traído por sua mulher, porque ela apareceu com um roxo no pescoço, era anos mais nova e saia toda noite pra jogar. O Tive foi averiguar o caso e descobriu o óbvio: a mulher traia seu marido. Porém fez um acordo com a mulher em não falar nada pro seu marido, caso ela pagasse mil dólares para ele. E o caso acabou com o homem não sabendo de nada, pois o Tive disse pra ele que ela tinha levado um soco de uma amiga quando jogava.
A maioria dos outros casos eram trote de um amigo seu, que fazia até voz de mulher. Nesse meio tempo, seu Tive casa-se com sua secretária, uma linda mulher e ainda inteligente.
Lucas 30/08/2013minha estante
Exatamente o que achei.


Amanda Karol 21/12/2013minha estante
Crônicas de cotidiano chatinhas? Vazio seu comentário.
Ivete inteligente? Conclusão muito particular, mas vai um piramidal pro sua "resenha".


Amanda Karol 12/03/2014minha estante
Quanta ofensa senhor, o site é aberto a opiniões,se "não tivéssemos que achar nada" não haveria este espaço para comentários, e caso não tenha gostado do que escrevi, peço para que não tire conclusões precipitadas a meu respeito. Não fui desrespeitosa com sua amiga e não esperaria nada desse baixo calão. Acredito que não tenhas lido este livro, pois Ivete de forma alguma era inteligente, tanto que usava a expressão "piramidal" de forma errônea.
Vazio = sem fundamentação.
Bom, se sou inteligente ou não, o senhor é a última pessoa que tem este conhecimento.




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