Resenhas - Entre O Agora e O Nunca

Ju Amaral 24/06/2021

A masculinidade tóxica e o autoconhecimento
Terminei de ler este livro hoje! E o que posso dizer para vcs?!
Pontos positivos:
1. Foi minha primeira experiência lendo um livro que possui indicação de trilha sonora junto. Acho que isso foi legal e deu uma maior imersão na história, ao ler e ouvir as músicas citadas ao mesmo tempo.
2. Uma história de amor (com alguns problemas? sim!).
3. Viagem e autoconhecimento.

Mas quero discorrer um pouco sobre outros assuntos e temáticas que correm durante o livro.
De início, e isso pode ser um problema,para algumas pessoas, vemos uma protagonista extremamente triste, em luto, e na minha nada opinião de especialista, com indícios de depressão ou tristeza extrema. Foi interesse partilhar um pouco do luto da protagonista. Porém, me irritou um pouco o fato dessa temática ter ficado inexistente a partir de um novo romance. Acho meio esquisito isso dos autores acharem que para superar um momento difícil basta se apaixonar (Não que isso seja ruim, mas há outras formas, e talvez mais saudáveis de superação).
Além disso, vamos para o título da resenha, me indigna muito o fato de ainda romantizarmos a masculinidade tóxica. Só um exemplo: o outro protagonista, homem, em vários momentos demonstra episódios de agressividade, e também homofobico. Porém a interpretação é de que ele está somente protegendo e sendo cuidadoso. Até a forma como ele entende a relação amorosa se mostra como uma propriedade. Ah momentos que essa masculinidade consegue ser quebrada ou interrompida, mas é perceptível que não é uma tentativa própria de ruptura ou consciência.
E outro ponto é que, mais uma vez (e quem já leu 50 tons de cinza, acha similiar), o autoconhecimento de uma mulher se dá pelo intermédio de um homem,e não por outra mulher, pelo auto conhecimento ou terapia (e sabemos que isso é possível!)
E por último: Porque as pessoas continuam transando com estranhos sem camisinha? Ainda não aprenderam sobre gravidez e doença sexualmente transmissível?

No final o livro é bom para entrar numa história de amor, e ele ti faz até chorar (acredite!), mas certas coisas devem ser relevadas para adentrar a história!

Grace0 05/03/2022

O pior livro que eu já li..
Eu entendo que esse livro é antigo e tal,mas pelo amor de deus,tem gente que lê ele hoje em dia e gosta.O livro é cheio de problematização,machismo,coisas estranhas e a escrita é muito pesada.Enfim,foi o pior livro que eu já li.

LuanaAraujo0 01/06/2013

Camryn Bennett desistiu do amor. Após a perda do namorado de adolescência e grande amor da sua vida, Cam sofre uma série interminável de decepções e mágoas que a deixam anestesiada para as alegrias da vida. Seus pais se divorciaram de maneira traumática, seu irmão mais velho está preso por ter matado um homem ao dirigir bêbado e como se não fosse suficiente o namorado de sua melhor amiga se declara para ela, colocando entre as duas um obstáculo difícil de ser superado. Sem saber o que fazer e tendo perdido todas as conexões que a sustentavam, Camryn vai para rodoviária e pega o primeiro ônibus interestadual, sem se importar com o destino. Mas nessa viagem rumo a lugar nenhum, ela não esperava conhecer Andrew Parrish e ter sua vida completamente transformada.

Essa é a premissa básica de Entre o Agora e o Nunca sucesso que figurou a lista do The New York Times dos mais vendidos do ano de 2012 e fenômeno do gênero new adult publicado no Brasil pela editora Suma de Letras. Confesso de cara para vocês, que vai ser difícil transmitir nessa resenha todos os sentimentos que me acometeram durante a leitura. Mas o importante é tentar, certo?

Em Entre o Agora e o Nunca somos apresentados a Cam e Andrew, dois jovens que se conhecem de forma incomum - em uma viagem de ônibus. Quando ela em um impulso resolve fugir dos problemas que a prendem em sua pequena cidade do interior da Carolina do Norte e ele precisa visitar o pai que está morrendo de câncer, e o que tinha começado como um simples gesto de proteção acaba revelando uma conexão entre os dois difícil de ser negada. Antes de mais nada vocês devem ser apresentados a um elemento - eu diria até mesmo uma personagem - vital nesse romance, a estrada. A estrada une e interliga a essência dessas duas personalidades como se fosse a mão do tireteiro manipulando suas marionetes.

J.A. Redmerski foi primorosa ao dar o tom da road trip durante toda a narrativa. Em dados momentos eu me sentia louca de vontade de pegar um carro e viajar por aí sem lenço e sem documento com Carry on Wayward Son tocando no último volume.

E Cam que nos primeiros capítulos se mostrava triste e depressiva, vai reaprendendo a viver durante seus dias na estrada ao lado de Andrew, e GENTE o que ser Andrew Parrish? Atencioso, gentil, sarcástico, boca-suja, olhos verdes, que parece o Kellan Lutz e simplesmente apaixonante. A tensão sexual entre os dois [abana] é uma das mais bem construidas que eu já li, as fagulhas pululavam das páginas me deixando histérica com frases do tipo: SE AGARREM LOGO EM NOME DA MINHA SANIDADE, passando pela cabeça. A relação dos personagens é erigida sem pressa, e vai nos deixando cada vez mais encantados.

O livro é narrado em alternância entre os dois, e diferente de outras obras, ao termos o ponto de vista masculino, essa voz realmente convence como sendo a de um rapaz. Sim, muitos palavrões são proferidos, e os mais sensíveis talvez se incomodem, mas sinceramente isso só tornou tudo mais real e verossímil para essa leitora que vos fala. Minha única ressalva foi quanto ao desenvolvimento do final, a autora correu um pouco nas últimas 50 páginas. Não ficou ruim, longe disso, mas ela poderia ter trabalhado mais os acontecimentos que fecharam essa viagem inesquecível, mas apesar disso minhas lágrimas não foram poupadas, tive que parar e respirar boas três vezes antes de conseguir chegar ao epilogo.

Uma dica, leiam esse livro com o celular/mp3/ipod ou wherever do lado, vocês irão querer ouvir as canções que são citadas, e isso só torna toda a experiência mais rica e completa. (Nunca mais ouvirei Dust In The Wind da mesma forma).

Apesar de ser uma história que se fecha no primeiro volume, J.A. Redmerski planejou The Edge of Always - segundo e último livro - com lançamento em formato eletrônico agendado para novembro desse ano, e a versão impressa para janeiro de 2014. Roendo as unhas de ansiedade até novembro (do jeito que eu amei esses dois sou capaz de nem esperar pela Suma e ler em inglês mesmo).

Conchego das Letras 20/04/2016

Resenha Completa
Olá pessoal, hoje trago para você um livro que me irritou bastante, mas que geral amou. Então aqui vai meu primeiro conselho: não deixe de ler o livro por causa dessa minha resenha pois "eu sou a exceção no que se refere a essa obra". É claro que isso não quer dizer que o que falarei aqui não é uma realidade.

Geral enxerga nesse livro uma linda história de amor e desenvolvimento da confiança, além de superação. Eu vejo um amontoado de cenas de irresponsabilidade, conceitos absurdos e... Bem... Vocês vão entender na minha resenha.

No livro Entre o Agora e o Nunca conheceremos a história de Camryn Bennett, uma jovem de 20 anos completamente irresponsável que abandona o emprego do nada, sem dar aviso prévio (porque emprego é mole de conseguir e dinheiro nasce em árvore), porque ela resolve que "está na hora de mudar" e vai para rodoviária, onde compra uma passagem para o primeiro ônibus que fosse sair, sem se importar com o destino dele.

Ok, ok... O namorado dela havia morrido em um acidente de carro um ano antes e ela andava para baixo desde então, tendo como único consolo a amiga, Natalie, e o namorado da amiga resolveu dizer para ela que estava afim dela... Mas mesmo assim... Nem para os pais ela fala nada, simplesmente no lugar de ir para o trabalho vai para a rodoviária. E isso é posto no livro como "se aventurar", tipo, ótimo para ensinar senso de responsabilidade a um adolescente, não?

Na viagem de ônibus ela conhece Andrew, um rapaz lindo, que ela nunca tinha visto antes na vida até aquela tarde no ônibus, e então ela resolve que ele é confiável o suficiente para que os dois façam uma viagem de carro, sozinhos, pelo interior de Estados que ela não conhece, porque ele a salvou de um estupro no banheiro da rodoviária em uma das paradas.

Sim, porque isso vai super de acordo com o que todos os pais ensinam "confie em estranhos bonitos que demonstram UM ÚNICO ATO DE DESCÊNCIA e vá para lugares desconhecidos completamente sozinha com ele, é seguro!". Se fosse no Rio de Janeiro, ela não chegaria viva ao dia seguinte, provavelmente seria encontrada em uma vala, morta, depois de ter sido estuprada pelo "gatinho confiável". Mas continuemos...

Como se nada disso bastasse, na história também tem a célebre frase usada no filme (hoje em dia considerado antigo) Uma linda Mulher. "Sexo pode, mas beijo na boca não, é íntimo demais". Acho que aqui vale lembrar que quem falou essa frase no filme foi uma prostituta que vendia sexo e só podia mesmo decidir entre beijar ou não o cliente, mas no livro isso é pregado como uma máxima da pureza. Tipo, HEIN???

Resumindo a parte romântica da coisa... Eles vão se conhecendo ao longo da viagem, apaixonando-se, mas sem querer assumir, claro. E o carinha tem um segredo... Óbvio que ele tem um segredo! E uma tatuagem, e um corpo de matar de inveja muito homem por aí. Ah... E ele também sabe exatamente o que ela quer na cama levando-a ao clímax sem grande esforço.

Acho que é isso, gente. Entendo que muitas vão ODIAR a minha resenha, mas... Eu avisei lá no início que eu era a exceção. Além do mais, nenhuma de vocês tem como realmente dizer que falei alguma mentira aqui, tem? =)

Até a próxima!

RESENHA FEITA POR MARIANA RAMOS.

site: http://conchegodasletras.blogspot.com.br/2016/04/resenha-entre-o-agora-e-o-nunca.html#more

Cinai Machado 04/06/2013

Casal caliente
Tenho a impressão que lá nos EUA, pode se fazer o que o casal desse romance fez sem muito din din, sim.

Adorei, pegar a estrada, viajar, sair conhecendo sem rumo, sem destino certo, lugares...
Já me pegou por isso, queria mesmo no meu íntimo poder fazer isso viajar por esse mundão de Deus...

Bem os protagonistas são jovens, 25 e 20 anos de idade. Como tal estão com os hormônios a flor da pele. Jovens, perfeitos, lindos...

Cam, com seus 20 anos de idade, já passou umas poucas e boas na vida, conhece Andrew num ônibus viajando sem destino.
Andrew também tem lá seus problemas nada simples. Um salvou o outro podemos dizer assim.
Logo que eles engatam o namoro o sexo entre eles é do bom, como dizem...

O livro cumpriu a função de divertir, um new adult, como deve ser, preocupações, indecisões, futuro dos mesmos...

Impressionou-me as descrições feitas das fisionomias do casal e mensagem corporal, via eles na minha frente.

Recomendo, como disse uma amiga minha que também leu: "apaixonante, visceral"!!

Jana Diglio 12/07/2020

Apaixonante!
Chega um dia que você deixa de saber lidar com seus problemas, aliás... você já nem quer mais saber deles, não aguenta mais nada!
Então, você resolve pegar o primeiro ônibus.. E nele tem alguém que podia fazer qualquer coisa, inclusive viajar de avião, mas resolve ir de ônibus pra poder pensar... uma música alta de acorda... E nesse instante TUDO MUDA!!!
Não existe o acaso, não existe coincidência... Existe o DESTINO!

Uma história sexy.. Sem ser vulgar!!
Tem umas cenas quentes, mas delicadas como o livre pede.

@mandinhas_angelo 02/07/2020

O livro é incrível!
A narrativa no começo falta algo que prenda mais o leitor, pelo menos nós primeiros 15%, mas depois disso é tão cativante, tão encantador e emocionante que não dá mais vontade de parar! Os últimos capítulos então, são muitas emoções em sequência que fica até difícil superar todas de uma vez.
É impossível não se apaixonar por Camryn e Andrew

Samira.Alice 16/06/2021

MEU DEUS!
Esse livro é sensacional, quase tive um infarto com esse final. Aí Cam é corajosa e o Andrew é perfeito .

Tai 25/06/2016

Chato
Bora lá!
Li várias resenhas sobre esse livro, e depois que terminei de ler o dito cujo fiquei com dúvidas cruéis.
Que cronologia é aquela?
De onde surgiu essa personagem? De uma assembleia de pessoas sem; carisma, senso de humor, graça, sal, propósito.
E esse mocinho, é filho de Jó? Ele é muito legal e tem muita paciência para aturar a mocinha, não merece um Karma desse ! #sóacho
Será que eu pulei a parte que eles fumaram maconha? Porque pqp, é muito "rir, sorrir, rindo, gargalhando", acho que todos o sinônimos foram usados, o que me fez lembrar do guri daquele filme "Esposa de mentirinha" em que ele fala: "Por que nós sempre estamos rindo, nós somos retardados?".
E como a pessoa consegue rir perto dela? É o caso de rir para não chorar?
Resumindo, a mocinha é chata, o mocinho surreal, os diálogos são fracos e a história não convenceu. Só dei as duas estrelas, porque li a série "Na Companhia de Assassinos" da mesma autora e gostei muito, fora isso o livro ganhou o selo de qualidade 'devolva meu tempo'.

Sabrine Borges 12/07/2013

Entre o Agora e o Nunca - PERFEITO!
O que eu posso dizer desse livro? Acho que PERFEITO define bem! É simplesmente maravilhoso, eu amei demais!!

Camryn Bennett desistiu do amor depois que seu namorado Ian morreu. Os problemas começam a piorar quando ela se sente traída pela melhor amiga Natalie que não acreditou quando ela disse que seu namorado queria ficar com ela, e ainda por cima com seu irmão na cadeia por ter dirigido bêbado, então ela decide fazer uma viagem para fugir dos problemas. Mas algo inesperado acontece nessa viagem: ela conhece o encantador Andrew que está a caminho do hospital para visitar seu pai com câncer. Eles se aproximam e é inegável a atração entre os dois.
Camryn tenta ao máximo evitar esse sentimento, mas é inevitável, ela começa a se apaixonar por Andrew. Ele também tenta evitar por motivos pessoais que só são revelados no final do livro (e que motivos hein!). Entre naraçoes alternadas entre Camryn e Andrew, o livro faz a gente viajar juntos com os dois e se emocionar com as experiências deles.

Lana.Francielly 25/10/2020

Aquele clichê que a gente gosta
Um livro bem gostosinho de ler. Fala sobre superação e sobre se arriscar para realizar nossos sonhos. O final me fez quase ter uma parada cardíaca, emocionante, embora tenha sido muito corrido.

Não dei mais estrelas também pois me incomodei com algumas situações nessa relação dos dois, acho que perde um pouco da essência da história meio.

Marcela 14/10/2020

Bom galera, esse livro me conquistou todinhaaaaaa. A personagem principal feminina é muito forte e corajosa. Eu não teria coragem de largar tudo e partir sem rumo. Gosto da forma como ela pensa e entende as coisas.

O nosso mocinho... que HOMEM. É um personagem divertido, carismático. Aquele tipo de pessoa que sabe que é encantadora, mas continua sendo fofa sabe? Digo isso pq na maioria das vezes o cara é arrogante e metido logo que conhece a mocinha,e os poucos vai se abrindo e desmanchando a "casca" que envolve os sentimentos e mostra quem realmente ele é. Aqui não, apesar dele ter seus problemas e bagagens, ele é leve! E essa leveza dele trás um ar diferente pra história e pra narrativa. Amo como ele é protetor.

Amo os dois juntos, amo como ela consegue ser leve assim como ele. Amo a cumplicidade dos dois. É pedir demais um Andrew pra mim?

Boa leitura, beijinhos!

Lorrayne104 05/08/2020

Amei. Super indico para quem ama um clichê. É fofo, envolvente e é incrível acompanhar o crescimento da protagonista. Simplesmente perfeito.

Jessiliades 26/12/2020

Interessante
ENTRE O AGORA E O NUNCA é um dos livros mais fracos que eu já li da autora, mas ao mesmo tempo ainda é bom.

A obra tem um início meio lento e os personagens não são apaixonantes logo de início (com exceção do Andrew), mas tem uma trama de fundo interessante o que da uma carga emocional que é bem trabalhada e explorada. No entanto, em alguns pontos, a obra saiu dos trilhos ficando mais parecida com uma fanfic adolescente.

No geral, o livro é divertido e aborda temas como recomeço, aceitação, perdas, despedidas e reencontros.

A história poderia acabar aqui, mas a autora fez uma continuação que sem ler (e julgando algumas resenhas que li), provam que o segundo livro é desnecessário.

Então se você quer ler essa história, leia apenas esse, que tem um final mais real e bem finalizado.

cbarbugiani 24/04/2022

Inicialmente um começo maçante e repetitivo até o momento em que o leitor é abocanhado por sua narrativa constantemente questionadora. ? Será que uma vida adulta plena é aquela em que você faz um papel de figurante apenas seguindo os caminhos preestabelecidos pela sociedade, ou a felicidade está no desconhecido, nas escolhas que desafiam as expectativas alheias? Camryn Bennett não sabe o que quer e muito menos onde encontrar tal resposta, mas cansada de esperar por um futuro que não vem, ela toma a decisão de partir em busca do desconhecido e com ela, mergulhamos em uma narrativa vibrante que, para todo jovem que já adentrou na vida adulta, é um lembrete de onde estamos e de onde realmente queremos chegar.

De uma forma totalmente pessoal a busca de Cam por seu futuro tornou-se também a minha busca. Ela perdeu o namorado em um acidente fatal e se não bastasse, assistiu sua família desmoronar em mentiras. Presa em uma dor sem lágrimas ela vive uma vida que não é dela, uma vida pela qual ela não lutou ou muito menos escolheu viver. Depressão, escuridão, solidão, são infinitos termos que poderiam definir sua situação, contudo, não é a dor dessa personagem que dá ânimo a sua história, mas a decisão repentina de optar por viver, a escolha inesperada de sair em uma viagem sem rumo, não com a intenção de fugir dos seus problemas (ou pelo menos não apenas com esse objetivo), mas de solucioná-los com respostas para perguntas que ela nem mesmo foi capaz de formular. Nessa viagem a jovem desnuda o seu coração e finalmente permite sentir algo mais do que a dor da perda, mesmo que para isso precise contar com as artimanhas do destino.

E falando em destino, eis que aparece a figura de Andrew ? bonito, misterioso, livre e bem humorado ? a aparição dele no livro é certa (e óbvia) como um raio em um temporal, entretanto o papel dele na história vai além do que supomos e ler sobre isso é reconfortante, hipnotizante, apaixonante? Esse jovem também está viajando sem rumo. Apesar de saber para onde vai, ele não sabe o que encontrará, e como Cam, não quer fugir, mas pensar, respirar, se encontrar. Viajando juntos, territorialmente e emocionalmente, eles compartilham segredos, medos, paixões e seus mais profundos desejos. Somos envolvidos então em uma mistura de aventura libertadora, com muito rock clássico, desejo físico e um relacionamento de compreensão e auxílio mútuo palpável o suficiente para emocionar e incendiar o leitor. Aqui temos a realidade de ser um adulto, a verdade em ter medo do que ser e fazer do futuro, e ainda, a insegurança em seguir os chamados do coração diante dos conselhos da razão.

Acredito que é a direção tomada por Cam que une a história do leitor com a trama descrita. É fácil se apegar, se envolver, se emocionar e principalmente, sentir as pequenas doses de liberdade que são inseridas na vida de Cam. Imagine, ela vivia o reflexo de uma vida predeterminada pelos erros ou escolhas de outras pessoas e de repente, passa a experimentar dias livres de pré determinações sociais, dias pelos quais ela era a única responsável por ditar qual direção tomar. Essa sensação é tão forte que durante a leitura sentimos o frenesi vivenciado pela personagem e assim como ela, passamos a ser assaltados por um desejo de experimentar a vida, como uma vontade de tomar banho de chuva ou até mesmo de pegar um ônibus sem destino.

Além da intensa carga emocional, seja para o drama, seja para o amadurecimento e superação desses personagens, o livro tem um leve mistério que acabou com as minhas forças (fazia tempo que não me emocionava assim com um livro, ? leia-se chorava como uma boba) e claro, uma paixão arrebatadora. O enlace amoroso foi mais um dos fatores que me surpreendeu na trama, ele é forte e dominador de uma forma completamente compreensível; aqui finalmente temos o que esperamos de um ?bad romance? da vida real. Fora isso tem a escrita da autora: jovem, sentimental, envolvente, e uma narrativa bem explorada que varia sob o ponto de vista de Cam e de Andrew, de forma que cada um deles conta uma parte da história. E de quebra ainda temos infinitas menções musicais, cada uma delas fazendo parte da história de uma maneira tão contagiante que é impossível não se deixar levar.

Para concluir digo que o livro, até agora, é um dos meus favoritos do ano, que com ele refleti sobre minha vida e meus sonhos, que me deixei guiar e sonhar com os personagens e que, me emocionei tanto, que não vou ser capaz de esquecer essa obra tão cedo ? e muito menos o quero. Para os amantes de romance, eis uma obra que vale a pena ler e reler, são tantas emoções, conflitos e lições, que é impossível não indicar esse livro.