Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin

Sil 05/08/2023

"Os grandes feitos são uma porção de feitos pequenos, um atrás do outro."
Kevin foi uma criança difícil e um garoto rebelde. Aos 15 anos ele assassinou onze pessoas.
O livro é contado pela mãe (Eva), que escreve cartas ao marido (Franklin) ausente. Eva retrata desde os momentos felizes do casal, passando por todas as dificuldades com o filho e tudo que vivenciou depois do massacre.
O início do livro é arrastado, mas o final é instigante.

Alan kleber 05/08/2023

Impactante.
A história contada nesse livro vai ficar em sua mente durante dias

Sabe quando você lê um livro e ele fica lá, cutucando sua mente? Pois é, esse aqui é assim, daqueles que dá um nó no cérebro e você fica pensando por dias.
A autora nos presenteia com um enredo hábil que nos imerge na mente atormentada de Eva, uma mãe que busca compreender os eventos trágicos protagonizados por seu próprio filho, Kevin. O livro é como um quebra-cabeça intricado, com Shriver revelando detalhes fragmentados, criando uma narrativa instigante que exige a nossa atenção.

A genialidade do livro é que ele não te dá todas as respostas de bandeja. Você vai desvendando a história aos poucos, tentando encaixar as peças do quebra-cabeça, e olha, isso é de dar nó na mente. O Kevin, o filho enigmático, é o centro disso tudo, e você vai se pegar revirando os pensamentos dele, tentando entender o que passa na cabeça desse ser.
E o que dizer da relação entre mãe e filho que Shriver pinta aqui? É tipo um soco emocional, porque ela não esconde as partes feias, os momentos complicados, as frustrações. Você vai sentir a Eva lutando com seus sentimentos, a culpa, a tentativa de entender onde ela errou. E vai te fazer questionar suas próprias noções sobre maternidade, responsabilidade e até onde o destino é traçado.
A escrita de Shriver é sofisticada, mas não é daqueles livros chatos de ler, não. É como se ele estivesse conversando com você num bar, jogando as cartas na mesa, de um jeito sincero e direto. A atmosfera que ela cria é de tensão constante, é como se você tivesse um frio na espinha o tempo todo, esperando o próximo soco na trama.
E aí, minha gente, se você tá a fim de mergulhar numa leitura que vai te tirar da zona de conforto, que vai te fazer refletir sobre o lado obscuro da vida, 'Precisamos Falar sobre o Kevin' é o que você tá procurando. Prepara a mente, porque você vai sair desse livro meio atordoado, mas com um respeito gigante pela capacidade da autora de mexer com suas emoções e sua cabeça."

I

Beatriz3345 03/08/2023

O terror das mães?
Hoje conhecendo o sentimento genuíno de mãe eu não sei o que faria se minha filha não tivesse amor por mim e nutrisse um ódio sem motivo aparente. Essa é a proposta do livro.
O livro é uma perspectiva diferente do filme, eu li o livro e depois assisti e pelo menos eu, consigo ver de forma diferente.. o livro é mais humano e olha pelo lado da Eva a forma como ela vê é lida com toda essa situação.
Eu entendo perfeitamente a Eva na questão de não querer ser mãe e ainda mais solo.. E não a julgo por nenhuma atitude tomada durante a trama ainda a achei muito forte com toda situação.
O livro nos faz refletir e perceber que somos seres únicos e o nosso trabalho como mãe e criar da melhor forma para ser uma pessoa boa e mesmo com todo cuido e ensino ainda assim se corre o risco de fugir da curva de alguma forma.
Eu demorei para ler esse livro pois queria tirar partes importantes para guardar e analisar depois.
O livro é lento e muito detalhado (conta até quantas uvas tem num cacho rs) porém é muito reflexivo, de uma forma que não de irrita (autoajuda) vale a leitura.

Leonardo1263 30/07/2023

O que fazer quando seu próprio filho a rejeita?
O que pensar quando uma criança que saiu de você, que deveria te amar, possui um ódio intrínseco sem pretexto?

Basicamente isso que a escritora Lionel Shriver nos mostra em Precisamos falar sobre o Kevin. Um filho, uma rejeição pela própria vida e uma tragédia que mudou a tudo.

No livro conhecemos o casal Eva e Franklin, um casal muito bem estruturado financeiramente, que se amam e se respeitam mesmo com tantas diversidades. Mesmo com suas vidas satisfatórias, falta algo que Franklin julga ser o primordial a uma família... Faltam filhos!

Eva uma mulher independente dona de sua própria empresa de viagens, nem cogita a possibilidade de ser mãe, o que desencadeia uma série de discussões entre o casal sobre o futuro de seu relacionamento. Tempos depois mesmo com tantas divergências sobre o tema, eis que chega a representação do amor de todo casal que se ama, o tão sonhado (ou não) filho.

Um dos maiores problemas apresentados no livro mesmo que sutilmente, é o fato de uma mulher escolher ser mãe por pressão familiar, ou por outros fatores como idade e cenário social que pintam a família padrão, e determinam o tempo de escolha de cada pessoa. Temas como influência do pai na criação de um filho, a rejeição precoce da criança e desenvolvimento de caráter e personalidade desde cedo.

A tragédia que conduz todo o livro é algo surreal, mas Lionel vai construindo ao longo da estória, todo o cenário, pavimentando os tantos porquês. Com uma narrativa vezes monótona, e linear, ela prende o leitor por saber muito bem como conduzir a ansiedade. São histórias construídas envolta em acontecimentos já declarados e que nos prende por querer saber como que tudo isso foi acontecer.

Um livro forte, tenso, que merece ser lido para abrir mentes em relação a escolhas e atitudes. Com mais de 400 páginas, variando em acontecimentos rápidos e uma ótima construção de personagens.

Obs: Há uma adaptação para os cinemas com o mesmo nome, com um bom elenco até (Tilda Swinton e Ezra Miller)... Mas não chega aos pés do livro.

gimoura_ 29/07/2023

Dor.
Meu deus.
não esperava que terminasse assim, apesar de saber que era muito possível, n queria acreditar k
esse livro é difícil e doloroso de ler em alguns pontos, e sei q é exatamente esse o propósito, te fazer repensar nos pontos impostos na maternidade como obrigação e etc

eu me sensibilizei pelo Kevin por algum motivo, mas quando soube da morte do Franklin e da Célia tb fiquei DESOLADA pela Eva.. e quando Kevin disse pra ela que ?se você vai fazer um show, não se mata a plateia?, doeu. pq fez mt sentido. mas de qualquer forma ela era a única que não merecia ser a plateia, pq de certa forma ela já tinha entendido o show.
a sensação é que ela lidou com a realidade dos fatos sozinha desde o começo, pq o Franklin tinha essa cegueira imposta na paternidade de que você deve amar seu filho independente de tudo, e que se você fizer tudo certinho vai tudo dar certo.

mas nem sempre dá, e não deu, mas a que mais que pagou de fato por isso foi a Eva, na minha visão. pq é isso que a maternidade é, solitária, pesada e, normalmente, principalmente se você é a mãe..
e o livro quer passar justamente essa ideia, e ele consegue. o tempo todo eu me sentia PESADA de ver como a Eva estava lidando com tudo sozinha, e como não tinha pesar nenhum pro Franklin a realidade dos fatos.

o livro é impecável no que propõe. e dói mesmo, é pra doer.

Lucas.Gomes 29/07/2023

Um excelente anticoncepcional
Um ótimo livro que retratra o desafio de ser mãe numa cidade patriarcal onde coloca o peso da maternidade toda em cima da mulher

Milena331 27/07/2023

Não sei como explicar o que senti nesse livro, mas comecei por pura curiosidade e em um determinado ponto eu simplesmente não conseguia mais parar.

A autora revela o que aconteceu na quinta-feira (e seus detalhes) apenas nas últimas páginas do livro, mas durante toda a leitura você vai tendo pistas até chegar a um ponto que você entende tudo o que rolou, mas ainda assim continua pois quer entender o porquê.

O modo como foi escrito é muito instigante e fez com que uma leitora não tão assídua como eu devorasse o livro do começo ao fim.

Bruna2299 26/07/2023

Kevin, o apocalíptico!
Nada te prepara para o final deste livro! Misericórdia, fiquei muito chocada.
Gostei muito da proposta do livro, mas a história se arrasta em alguns momentos, tem que fazer um esforcinho para continuar? O que prende é a curiosidade em saber como (exatamente) o Kevin realizou o massacre e em como a história termina.
Na verdade, para mim, peguei gosto pelo livro a partir do momento em que Kevin nasce. O garoto já era apocalíptico desde que nasceu e isso vai tornando a história muito intrigante. Recomendo a leitura!

HAgata2 26/07/2023

Achei genial...
No começo dessa leitura imaginei que iria abandonar, mas caramba esse livro essa escrita foi surpreendente. A questão da maternidade foi relatada de uma forma crua e poxa o peso dessa maternidade para a mãe do Kevin foi um desafio do início ao fim. Esse livro deixa a gente pensando poxa isso tudo rolou mesmo?! E forte, intenso e poxa quem não ficou com raiva do Franklin nesse livro por ser tão omisso?. Enfim, FAVORITADASSO!

DEU RUIM 20/07/2023

As coisas mudam, né?
15 horas, meu Deus.
Que leitura lenta, até os 50% eu me arrastava para continuar, o tempo todo tive vontade de dropar, era chato d+++.
Mas como mágica a história começou a despertar curiosidade em mim e, quanto percebi, estava tenso com a história, triste pela Eva, apreensivo com a celia e furioso com o Franklin, resumindo, o livro 100% chato se tornou em um baita livro brabo.
Por incrível que pareça, o final não foi decepcionante como é com a maioria, e não precisou de um segundo livro para concluir a história. Foi simplesmente um bom livro.

Steph.Lopes 20/07/2023

Eu já tinha assistido o filme mas o livro me impactou bem mais pela quantidade de detalhes.
A leitura é bem fluída depois da primeira metade, eu acho.

Joao 18/07/2023

Um livro muito bem escrito, porém não é para todos.
Dedico essa resenha a minha querida grande amiga Regis, uma das pessoas que mais me incentiva com a leitura e uma entusiasta das
minhas resenhas no skoob.

A princípio eu adicionei este livro a lista de leitura por achar a capa bem interessante e gostar da sinopse. Imaginava um livro de "terror" (inclusive quando decidi ler este livro eu vinha de uma sequência de leituras de terror gótico e Stephen king). Porém, me "decepcionei" pois o livro não é um livro de terror. Se aguarda ler um livro nesse gênero, nem perca tempo lembro este livro. Porém, não significa que o livro não te trás uma profunda angústia (até mesmo maior que muitos livros de terror). "Precisamos falar sobre Kevin trás uma perspectiva diferente de um psicopata, pois o personagem principal não é o psicopata em si, mas sim a sua mãe.
O livro constrói todo o cenário desde a sua base (sob a perspectiva da mãe de Kevin)
A angustia do livro está mais na perspectiva da mãe do psicopata do que no "grande acontecimento" em si. Um livro um pouco arrastado, pois toda sua escrita é feita através de cartas, não é um livro de muita ação, mas um livro de mergulho na psique de uma mãe que tem um filho totalmente indiferente com tudo e todos. Por isso não é um livro para todos, pois é um livro de quase 500 páginas e bem arrastado. Porém, ele cumpre o que propõem, e cumpre muito bem!!! "Precisamos falar sobre Kevin" é pra ser arrastado, e não vejo outra forma desse livro ter sido escrito.

A leitura para mim teve um 'Q' a mais, pois sou estudante de psicologia, e ter essa perspectiva sobre o psicopata de um olhar materno foi bastante enriquecedor. Índico bastante este livro para aqueles que tem paciência para ler livros arrastados.

Nicole.Lewandowski 14/07/2023

Sem palavras. Simplesmente incrível.
Que livro. Foi o livro que reacendeu minha vontade de ler. Os detalhes, o ritmo, os personagens, a desenvoltura da Lionel, tudo? Essa história me deixou alguns dias pensativa e com pesar, pois mesmo sendo ficção é um retrato real de mães que já passaram por isso. Infelizmente o filme não entregou 10% da complexidade e profundidade do livro (salvo Ezra Miller que entregou o Kevin perfeito). Enfim, leia. Não irá se arrepender.

Helena433 10/07/2023

No meio de uma ressaca literária?
Sinto que podia ter aproveitado mais esse livro, mas por conta do diacho de ressaca literária em que me enfiei, demorei horrores pra terminar.

O livro em si é muito bom, cheio de metáforas (o que contribuiu para tanta demora) e relações com o cotidiano que realmente fazem pensar. O livro é CHEIO de detalhes que não são mostrados no filme e de certo modo quase achei que eram protagonistas diferentes tamanha diferença com que a mãe de Kevin é representada no livro.

A história é narrada em ordem cronológica mostrando desde o início do romance de Franklin e Eva e a ideia de iniciar uma família junto com cada conflito que passaram com a criação do filho, até o evento que destruiu tudo e apenas confirmou a suspeita que Eva tinha desde o início sobre quem seu filho poderia ser.

Fiquei nervosa lendo as últimas páginas porque a coisa toda é tratada de forma tão real que me perco pensando em como deve ser a vida de uma família que vive dessa maneira. Não consigo me decidir se sinto ou não pena de Eva, mas com certeza não dá pra dizer que ela odiava seu filho.