Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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Christiane.Leite 22/05/2023

Terminei o livro me sentindo impactada e desatei a chorar, como quem leva um soco no estômago e cai ao chão, numa mistura de falta de fôlego e muita dor. Esse livro paralisa o leitor. Definitivamente, não tem como finalizar a leitura dessa obra prima e continuar a rotina da vida. É o tipo de livro que exige um tempo de recuperação.
Kevin é o filhote de elefante no canto da sala. A gente enxerga ele ali. Ele incomoda. Ele é pesado. Ele é selvagem. Mas a gente prefere fingir que o filhote de elefante não está no canto da sala -e continuamos a viver a vida normal, no pedaço de sala que nos resta. Mas é inevitável: O filhote de elefante vai crescer. Vai ocupar cada vez mais espaço. Vai nos tirar da sala. Em algum momento, vai ficar maior que a casa. E a casa vai desabar, acabando com nossas construções e soterrando a gente junto.
É um livro riquíssimo em construções psicológicas e em percepções. É absurdamente imersivo e envolvente. É um livro que agride, arrebata. E é necessário. Cada vez mais necessário.
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Sophia.Ferraz 20/05/2023

Uau
Triste, pesado, doloroso e com uma personagem que talvez seja a mais real que já vi até hoje. não tenho palavras para descrever meus sentimentos.
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Fabio 19/05/2023minha estante
Concordo o que disse sobre o tempo Eduarda!!! Hoje em dia o que nos falta é tempo!
Adorei a resenha, parabéns!




skuser02844 11/05/2023

Perfeito
Confesso que quase parei de ler, e ainda bem que não larguei a leitura, a história é incrível, muito bizarra haha, não sei dizer mais que isso, não tenho palavras, acho que quem leu vai entender, é realmente difícil explicar.
Só indico.
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vanthaismascarenhas 10/05/2023

Diferente
Esse livro nos trás umas visão diferenciada, realística e ao mesmo tempo tão profunda. Gostei muito.
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eeama_ 10/05/2023

Extremamente cru e verdadeiro!
A forma como esse livro perpassa pelas minucias de uma mãe digerindo seu luto, seu ódio e seu amor é emocionante! me revoltei e me compadeci das questões da protagonista exageradamente sincera, que dissecou uma relação disfuncional e esmagadora com o filho desde seu nascimento até a sua maturidade de maneira exímia.

há também de se elogiar o ótimo desempenho dela em elaborar as próprias questões pessoais e familiares como uma verdadeira psicanalista em crise! as sua revolta e paixão pelo marido, e a sua precária devoção pela filha me fizeram adorar ainda mais as suas palavras. excelente leitura!
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OssosDePapel - Instagram 09/05/2023

Mãe narcisista e filho psicopata... Qual é a culpa de cada um deles?

Na dúvida, não tenha filhos.
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Janavisi 07/05/2023

Leitura necessária
Uma jornada instigante, dolorosa, eletrizante e totalmente necessária. Um mix de emoções que nos levam a refletir sobre a maternidade e paternidade. Por vezes chega a embrulhar o estômago de tão sombrio. O final? ah, o final é digno de aplausos e tão recompensador pra quem embarcou nessa história ímpar. Resumidamente sobre uma mulher que não queria ser mãe, um homem que sonhava em ser pai e a geração de um filho. No qual, intrinsicamente somos jogados nesse penhasco de reflexões.
Excelente!
Agora, bora ver se a adaptação faz jus ao livro.
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laura2367 04/05/2023

?Precisamos Falar sobre Kevin?, romance de ficção publicado em 2003 e escrito por Lionel Shriver, é um livro que aborda a história de Kevin, um garoto que cometeu em 1999 um massacre escolar. A história toda é contada a partir da perspectiva da mãe de Kevin, Eva Katchadourian - uma armênia e até então uma bem sucedida escritora de livros turísticos. Por meio de cartas para o seu marido e pai de Kevin, ela desabafa sobre o presente e relembra o passado em busca de obter respostas para a atual situação em que tudo se encontra, se questionando sobre aquilo que o seu filho se tornou.

No começo, a leitura é bem lenta, torna-se quase como se fosse um diário pessoal do passado de Eva. Entretanto, tais relatos dela, que voltam antes mesmo do nascimento de Kevin, se mostram essenciais para entender todo o contexto da formação da família deles. A mãe, uma mulher que, após anos desfrutando de viagens e do estado de não ter compromissos maternais, resolve (influenciada pelo seu marido - um típico americano conservador - e acompanhada por diversos conflitos internos sobre ser mãe) enfrentar a gravidez tardia como uma nova página de sua vida.

Desde que a decisão da maternidade foi afirmada, os sentimentos antagônicos foram se intensificando em Eva, e basicamente ao longo do crescimento de Kevin, o relacionamento deles sempre se demonstrou um enigma. Ele era, desde recém nascido, inclusive, um serzinho difícil, que rejeitou o leite materno e gritava anormalmente para um bebê. Na ótica de Eva, ele demonstrava uma aversão à mãe. Ela pressentia que ele notasse seus embates sobre o primogênito e é como se ele falasse ?é recíproco? ou ?eu vejo o como você se sente sobre mim". Entretanto Eva nunca foi má com o filho, ela era sim uma mãe mais fria, desconfiada e que tentava tanto lidar com todas as dificuldades de ter uma criança com comportamentos destoantes, como lidar com seu próprio papel, como ela influenciava na vida de Kevin - discussão em que muitos momentos ela reflete sobre sua culpa no cenário infeliz.
O pai de Kevin, Franklin, apresentava uma visão diferente da de Eva, ele sempre quis ser pai e a história muito se marca com os conflitos e discussões perante ao comportamento e personalidade do filho. Ao longo das ações do garoto - muitas atípicas -, enquanto a mãe enxergava a maldade que crescera em seu filho, Franklin na maior parte não via nada demais, sempre tratava como se Eva estivesse exagerando, fosse implicância, como se o emblema fosse ela desde o início.

O que instiga o leitor a refletir, e não se limitar apenas às influências parentais (o que muitos se limitam a fazer quando julgam os casos de massacres nas escolas) é o fato do autor inserir diversos aspectos na abordagem desse tema. Todo o contexto do culto às armas nos EUA, o destaque a violência, a glamourização midiática com jovens autores de massacres, a educação que não consegue amenizar as ocorrências, questão penitenciária de menores, os distúrbios mentais na sociedade, a influência de outros casos e de grupos extremistas. Além de apresentar um olhar para toda a situação que a mãe passa após os crimes do filho, não somente o sofrimento como ?Por que meu filho fez isso?? mas como a angústia diante das famílias das vítimas, uma sociedade que te cobra respostas que nem você mesma - como mãe - é capaz de responder e como se é sempre procurado alguém para culpar. Pois, apesar de Eva considerar diversos fatores, ela ?conhecia? o filho, via sempre o seu tom afrontador, manipulador, cínico, um distúrbio muito forte de conduta, ela via a maldade dentro dele ao longo da vida, e tinha consciência que não eram apenas fruto dos fatores externos.
Há um trecho muito interessante no livro que ela escreve: ?De modo que qualquer um que tentasse retratá-lo como a vítima negligenciada de um casamento em que ambos os pais só pensavam em suas carreiras teria uma batalha insana, e, independentemente do que ele houvesse intuído, nós não éramos divorciados: até aí, nada de cópia. Ele não era membro de nenhum culto satânico; a maioria de seus amigos também não frequentava a igreja, o que tornava improvável que a falta de religiosidade despontasse como um tema cautelar. Ele não era alvo de caçoadas ? tinha seus amigos insípidos e seus contemporâneos faziam o impossível para deixá-lo em paz ?, de modo que a história do pobre desajustado perseguido, ou do ?temos que fazer alguma coisa para acabar com a intimidação nas escolas?, não iria muito longe. Ao contrário dos incontinentes mentais por quem ele sentia tamanho desprezo, aqueles que passavam bilhetinhos virulentos na aula e faziam promessas extravagantes a seus confidentes, Kevin mantivera a boca fechada; não havia criado um site homicida na Internet nem escrito redações sobre explodir a escola, e o mais criativo dos comentaristas sociais teria muita dificuldade para exibir uma sátira sobre as picapes esportivas como um daqueles imperdíveis ?sinais de advertência? que, hoje em dia, destinam-se a levar pais e professores vigilantes a telefonar para linhas diretas confidenciais. Mas o melhor de tudo era que, se ele conseguisse levar a cabo toda a sua proeza com uma simples balestra, a mãe dele e todos os amigos sentimentalóides que a cercavam não poderiam exibi-lo diante do Congresso como mais um caso clássico em defesa do controle das armas de fogo. Em suma, a escolha que ele fez da arma teve a intenção de garantir, da melhor maneira possível, que a quinta-feira não significasse absolutamente nada."

Outro fator interessante na história é com a entrada de Celia, quando Eva ainda decide tentar ter um outro filho e a garotinha se demonstra com personalidade totalmente antagônica a de Kevin.

É uma leitura que te envolve, traz emoções e conflitualidades, que te coloca a analisar toda a situação e te faz questionar sobre um assunto tão intrigante. Particularmente, apesar do teor de suspense/dramático, achei tudo mais enigmático do que amedrontador, afinal, apesar da figura totalmente destoante de Kevin, é uma problemática que tem se tornado, infelizmente, muito presente nos dias atuais e o livro ajuda a ampliar o tema, a analisar mais facetas da problemática. O livro, inclusive, se conecta e cita muitos massacres e figuras do mundo não-ficcional, como por exemplo o mais conhecido, o de Columbine, e diversas ocorrências dos anos 90.

Ademais, o final da história, a parte clímax, é angustiante e impactante (e mais conflitante ainda nas páginas finais), mas não de forma muito solta, ela é construída, sendo também o resultado de todo o desenvolvimento. Ou seja, para quem estiver com receio (que nem eu estava) de ficar muito assustada com o livro, fique tranquilo, como experiência pessoal posso dizer que só mais na parte final que fica bem mais apreensivo com a desvenda das tragédias.

Na minha opinião também é um livro sobre crise existencial e busca pelo sentido da vida, mesmo que entrelinhas, é possível notar isso nos comportamentos de Kevin. E Eva enxergava isso, um vazio no filho, via através das camadas de ações deturpadas de Kevin. E, apesar do muito desconforto da relação deles, é inegável que eles tinham uma ligação. De certa forma pude compadecer em vários aspectos da história.

Com certeza é uma leitura que recomendo.

Curiosidades: O livro também foi adaptado para filme em 2011, tendo como protagonistas a Tilda Swinton (Eva) e Ezra Miller (Kevin).

- Trechos marcantes:
"A verdade é que, se eu decidisse que era inocente, ou decidisse que era culpada, que diferença faria? Se eu chegasse à resposta certa, você viria para casa?"

?Mas Celia cometeu o erro mais comum das pessoas de bom coração: presumiu que todos os demais eram iguais a ela.?

?De certa maneira, Mary parecia confusa sobre a natureza do problema. O problema não era quem seria punido pelo quê. O problema é que a filha dela estava morta.?

?O segredo. Como sempre, o segredo é que não existe segredo algum."
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Luiz.Felipe 01/05/2023

Livro muito bom.
Achei o começo um pouco confuso, mas foi porque eu esperava que o livro narasse os acontecimentos apenas do Kevin, além da escrita ser um pouco diferente com que estou acostumado.
Mas logo comecei a entender a história e me acostumei com a escrita, com isso a leitura passou a ser mais fácil e a fluir.
A Eva é o personagem mais real que já li.
A história é muito pesada e em praticamente todo capítulo há algo para ser refletido.
A Eva não torna tudo lindo, maravilhoso e romântico, mas sim real e sincero, por mais que em alguns momentos lhe cause um sentimento de absurdo.
Vale muito a pena ler este livro. Cada capítulo que passa, você fica ansioso para o próximo.
É uma das histórias mais tristes que li.
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littleheaven 24/04/2023

...
Eu estou pensando muito, cuidadosamente, no que irei relatar nessa minha experiência com o livro...
Logo que o comprei, fiquei bem animada com a leitura por ser um tópico e um dos gêneros que eu gosto muito; porém, quando o iniciei, fiquei um tanto que desapontada. A história é boa, a trama é incrível, o que me desapontou (visto minha experiência pessoal) foi a forma que o livro foi escrito, senti que foi muito maçante, detalhes exageradamente extensos, certas coisas que não eram necessárias e muita enrolação. Não considero isso exclusivamente um ponto negativo no livro.
Ao decorrer da história, é possível sentir um misto de emoções, certas partes senti vergonha, raiva e tristeza pela Eva, assim como senti por Kevin, Franklin e até mesmo Celia; o livro nos faz ver a situação toda do ponto de vista de uma 'vitima', de uma mãe, nos faz refletir sobre questões da maternidade e o peso que isso tem perante a sociedade.
É uma leitura forte, um tanto complicada, tem uma boa desenvoltura dos personagens e vai se tornando cada vez mais sombria com o decorrer dos capítulos. Pensei em desistir de ler diversas vezes por achar os capítulos extensos e a escrita um pouco chata, mas vale a pena ler até o fim.
É possível criar mil e um palpites do início até o final do livro, muitas questões são feitas no meio, e, nos últimos capítulos, tudo se encaixa. Vi muitas pessoas falando que o final tem um plot legal, surreal, e de fato, o plot twist é surpreendente.
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Letícia 23/04/2023

Escrita maravilhosa, leva muito bem o suspense até o final do livro e, mesmo já revelando a história principal logo no início, consegue deixar alguns mistérios a serem revelados no final.
O início é um pouco arrastado e é demorado de se acostumar com a escrita um pouco caótica, a narradora fala o que pensa e divaga bastante, mas logo que começa a falar sobre Kevin esse formato de escrita se mostra muito útil para uma imersão na história. Tudo parece muito real.
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