Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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Noemy 02/02/2024

Cruel
Precisamos falar sobre o Kevin, livro impactante, que mexe no nosso âmago principalmente no de quem tem filhos. O livro já causa incômodo peli menos para mim desde a capa.

Esse livro mexeu tanto comigo que li em formato físico e logo em seguida eu o escutei em audiobook. Precisava reviver a experiência e tentar organizar meus sentimentos.

O livro é em forma de cartas escrita por Eva, mãe de Kevin, ao seu marido Franklin, após a fatídica quinta-feira, onde Kevin assassinou no colégio onde estudava uma professora, colegas de turma e alguns parentes. Tudo de maneira calculada, cruel e bem planejada.

O livro descreve a crueza de sentimentos de Kevin desde a infância, a falta de empatia, a ruindade a perversidade que o acompanham desde muito cedo. Temos também a visão da mãe em relação ao comportamento do filho escrita de maneira ácida, real, sem enfeitar o que é horroroso, e por outro lado temos um pai que sempre procurou justificar as atitudes do filho por mais injustificáveis que fossem.

Apesar de ser uma ficção, sabemos que casos como o de Kevin já foram notícias notórias pelo mundo. Os últimos capítulos são de uma crueldade tão angustiante que é impossível descrever os sentimentos que provoca em nós leitores.

É um livro que trás o pior da psique humana, o pior é mais cruel dos comportamentos, uma psicopatia, uma ausência de sentimentos de Kevin que é impossível o leitor passar incólume à algum sentimento.

Apesar da história ser cruel e degradante esse livro entrou com certeza na lista dos meus favoritos. Foi uma grande lição de que nós como pais não podemos fechar os olhos para os defeitos de nossos filhos e aceitar como normal atitudes bizarras. É uma ficção mas poderia ter sido muito bem uma história real. Temos nos noticiários mundo afora muitos Kevins soltos por aí.
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Radu 01/02/2024

Melhor que anticoncepcional
Antes de ler esse livro, ouvia rodar por aí a proposta de que um lado teria de ser escolhido ao fim da exposição de todos os fatos. Eu escolhi o meu. Odeio todos os personagens na seguinte ordem decrescente: Kevin, Franklin, Eva.
Esse livro tem uma escrita lenta e prolixa, mas de maneira nenhuma pedante demais. A autora quer chegar a algum ponto ou fazer uma analogia durante a história e dá voltas e mais voltas para fazê-lo. Essas voltas são gostosas de acompanhar na maioriadas vezes, observar coisas que de início parecem desconexas até tudo fazer sentido.
Essa história abrange muitos dos aspectos da maternidade, indo desde o questionamento sobre ter filhos até a consolidação disso. Ela vem para desmistificar a maternidade como uma "experiência mágica e inigualável" e trazer realidade para a falácia que é pintada na mídia e no senso comum sobre o que é ter um filho. A maternidade não é demonizada aqui, ela só é esclarecida. Nesse livro é mostrado os diferentes processos de gestação e de relação entre pais e filhos, esclarecendo a múltipla existência deles como algo normal e aceitável. Não existe apenas um jeito.
Os personagens são pessoas com defeitos (muitos, vale ressaltar), e são ainda mais interessantes por causa deles. As personalidades fortes causam embates que são sempre interessantes de ver, sobretudo os que acontecem entre a Eva e o Franklin. Mas a interação que mais me chamou atenção durante toda a narrativa foi a que ocorreu entre o Kevin e a Eva. Os dois brilhavam em cena. São personagens inteligentes, perspicazes e muito observadores. São muito parecidos um com o outro mesmo que não percebam e optem por focar nas divergências.
A Eva não é uma protagonista dócil que está aí para agradar todos. Ela tem seus defeitos, suas opiniões controvérsias e um certo ar de superioridade. Ela rende alguns momentos em que falas (que envelheceram mal) são desferidas e isso me gerou um certo desconforto. Mas, ao mesmo tempo, isso me faz ENXERGAR quem ela é, e o quão real ela pode parecer.
O Franklin é pintado como um homem dos sonhos, que desperta desejos e o melhor da Eva. Mas em mim ele só conseguiu despertar raiva com as suas atitudes estúpidas e a sua previsibilidade. Ele é muitas coisa, menos irreal. Infelizmente posso dizer que cruzei com alguns Franklins por aí.
O personagem com quem definitivamente não cruzei por aí foi o Kevin. Inteligente, manipulador, cruel e vazio. A construção da personalidade dele me despertou irritabilidade e medo. Irritabilidade pelo seu lado infantil e pela sua falta de interesse no mundo. Medo pelo homem que ele foi se tornando, e pela possibilidade de existir pessoas como ele e de não ser impossível encontrar com alguém assim.
Essa é provavelmente uma história que não vou reler. Porque ela é pesada e bem detalhada demais para ser esquecida e também por sua densidade que torna a leitura lenta. Mas foi uma experiência única.
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Leticiasoaresu 31/01/2024

"Se eu chegasse a resposta certa, você viria pra casa?" ?
Era 96% da leitura, eu lendo na esteira da academia e uma quase queda devido a um forte impacto emocional.

Eu comecei o livro me identificando totalmente com Eva, e suas questões sobre a maternidade(e continuo me identificando). O desenvolvimento da história é muito interessante, mas achei meio lento. Porém o fim me pegou de jeito, eu não vi o tempo passar, totalmente imersa, e quando me dei conta havia passado 1h e eu tinha caminhado a 5.2km/h durante 5km (como atleta uma ótima leitura).

Ta aí uma combinação perfeita: esteira e Kindle

Concluindo: o livro só não é um nota 5 porque o desenvolvimento da história é um pouco lento, o que não torna o livro menos incrível em conceitos psicológicos. Esse belíssimo atentado à maternidade deve ser um prato cheio para psicólogos.
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fabianasouzaon 31/01/2024

Perfeito? Mas como?!
Quero vomitar! Aqui com os meus frágeis botões? como isso é possível? Tudo levou para esse fim, sem fim. Que final reiniciado foi esse? ???

O que significou?
Queima, queima, arde, dói e nunca deixa de queimar. Não cicatriza porque COÇA! e, rasga, sangra e queimaaa? a coceira gera um prazer incompreendido e o recomeço é um final inaceitável e bem-vindo!
O que há de tão temível com o fogo, afinal?
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Gabriela1809 31/01/2024

Demorei pra terminar porque o começo era muito maçante, mas do meio pro final eu nem conseguia dormir direito, tamanha a ansiedade pra ler o próximo capítulo.

Eva (mãe de Kevin) é uma mulher elegante, séria, um pouco arrogante e lógica. Franklin (pai do Kevin) era o estereótipo de homem patriota estúpido que tentou ser um bom pai, mas falhou miseravelmente. E o Kevin era o Kevin, inteligente demais, afiado demais, porém, ainda existia uma criança solitária e vulnerável dentro de si, e do qual ele não soube como trabalhar.

Eu me identifiquei muito com a Eva, e ela, até certo ponto, se identificava com o Kevin. Os dois eram orgulhosos e tinham opiniões muito fortes sobre como viam o mundo. Eva tentou provar, por meio de cartas que escrevia para seu marido, que Kevin era patologicamente mau. Kevin tentava provar, por meio do seu corpo, que a Eva também tinha maldade dentro de si, então ele sempre achava um jeito de fazer a Eva externalizar a raiva dela, até que ambos ultrapassassem um limite só deles.

A história é, sem dúvidas, complexa e sensível. Além disso, autora nos lembra que, para a maioria, uma notícia no jornal é apenas uma notícia, distante da realidade destes seres antipáticos e indiferentes; mas para quem viveu o ocorrido, a memória, a dor e a solidão do luto estão profundamente arraigados na carne, pele e ossos. Como diria a minha professora, "os dados sangram".
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kkkaliana 30/01/2024

O livro mais difícil que já li
Antes, ressalto: é um livro denso, difícil de digerir, escrita complicada e exige TEMPO. Mas sim, vale a pena.

Para quem ainda não conhece o livro:

Eva conta sua vida através de cartas escritas para seu ex marido, Franklin. Eles são os pais do Kevin, garoto que aos 15 anos assassinou 9 pessoas na escola em que estudava.

Ela será responsável por nos apresentar aquela família, relatando como tudo começou e tentando entender o que levou até aquele ponto. Cabe a nós decidir se é confiável ou não.

Eva engravidou aos 35 anos, sem estar certa de que essa realmente era uma decisão dela, afinal, sabia que para ser mãe teria que abrir mão da sua carreira. O filho era o sonho do Franklin, e adivinha? A partir do nascimento de Kevin, Franklin só esteve disponível nas horas boas, fazendo papel de “paizão”.

O que eu absorvi? Eva NUNCA teve apoio, identificava comportamentos errados no Kevin e não tinha voz para repreender. E não estou dizendo que ela é vítima das circunstâncias e também não errou, ela foi intransigente com o filho em diversos momentos e, além disso, era completamente preconceituosa e com uma mania de grandeza insuportável.

A pessoa que mais me fez sentir ódio nesse livro, foi sim o Franklin e a necessidade que ele tinha de fingir ter um filho perfeito, de passar a mão na cabeça não importa o que tivesse acontecido.

Penso que a Eva sempre precisou de ajuda profissional para entender seus sentimentos e também como expressar eles, mas em meados dos anos 80/90 isso ainda era fora de cogitação, especialmente na realidade de conservadores.

Franklin nunca quis enxergar que nem tudo pode ser justificado com “é só uma criança”, preferia culpar a esposa. A Eva ainda estava tentando e NUNCA virou as costas para aquele filho - nem mesmo enquanto ele cumpria pena.

Esse não é um livro sobre um jovem perseguido pela sociedade e maltratado em casa que acaba descontando tudo nos colegas. É muito mais do que isso, é sobre maternidade, sobre machismo, os julgamentos de uma sociedade que nunca acolheu a mãe. O comportamento do Kevin NÃO É romantizado nesse livro.
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Glenda.Sady 30/01/2024

Eu ja havia tentado ler o livro antes e abandonei. Novamente tentei e consegui finalizar a leitura, mas o motivo pelo qual eu o havia abandonado permaneceu: CHATO.
A historia do livro é, de fato, interessante. Os personagens são muito complexos e bem trabalhados. A sensação de angústia ao lobgo do livro é real. Mas com uma descrição extremamente detalhada e capítulos muito grandes, a leitura se torna muito cansativa, tanto é que quando me deparava com parágrafos que ocupavam quase a página inteira e que só serviam para expressar pensamentos redundantes da protagonista me sentia como se meu cérebro fosse um analfabeto funcional.
Além disso, a linha do tempo não fez muito sentido na minha concepção. Acho que se a historia se passasse em um grande relato, seguido de capítulos do tempo atual, assim como no livro ?um lugar bem londe daqui?, a leitura seria menos cansativa e mais interessante.
De qualquer modo, o conceito reflexivo e psicológico da obra é muito interessante e vale a pena.
OBS: achei que faltou uma análise mais complexa do Kevin: afinal, ele é ou não é psicopata/sociopata?
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Vivian24 30/01/2024

Eu já havia assistido ao filme algumas vezes, porém a experiência de ler o livro (por mais que o filme seja em grande parte bem fiel) foi muito mais impactante. Confesso que algumas partes foram um pouco cansativas pela demasia de detalhes que, em minha opinião, nem sempre precisavam estar lá. Mesmo assim é uma obra muito bem escrita. Se eu já detestava o Franklin no filme, no livro ele é muito mais insuportável e babaca.
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SArgio87 28/01/2024

?Em poucas palavras ?Precisamos falar sobre o Kevin?, foi a forma mais barata dela ter feito terapia?

- minha última anotação logo após ter terminado o livro
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Zemgabs 27/01/2024

Me decepcionei
Fui com expectativas bem neutras, uma vez que não entre no meu gênero favorito, mas mesmo assim me decepcionei ... Sinceramente não gostei da forma que essa história foi escrita, não gostei do desfecho e nem da "romantização" da situação principal nesse final.
Previ o "plot" logo de início (se é que era pra ser plot mesmo), além de ter achado muito enrolado tudo, e entendo que a intenção era ser mais lento, mas as discussões que pegavam mais de 20 paginas eram, em minha opinião, totalmente fora do contexto que rodeia o tema principal. Em resumo: infelizmente não gostei do livro
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luiza2938 27/01/2024

Definitivamente um dos livros ja escritos
agr falando sério, acho q é impossível nao ficar arrepiada com pelo menos uma das páginas. justamente por ser um terror tão cru e pela maior vítima ser a única que ainda está viva
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fransand 27/01/2024

Pisicopata ou falta de amor?
Muitas emoções no decorrer do livro e a principal é raiva.
Quando você se depara com Franklin não acreditando e não ficando do lado de Eva, quando essa testemunhava e compartilhava as travessuras e CRUELDADES de Kevin, o único sentimento é raiva.
Talvez se tivesse procurado um psiquiatra no primeiro evento de frieza dele, não teria acontecido tudo isso..
Para quem é mãe acho que esse livro pode despertar varios gatilhos.
paolapw 27/01/2024minha estante
sempre quis ler mas não tenho coragem. deve ser agonizante ler esse livro e saber de toda a história real.




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haruurane 18/01/2024

Pela primeira vez, não deixei o início de um livro atrapalhar minha nota final.
embora o começo tenha sido maçante, entendo que seja pela casualidade e pela progressão entre as conversas (se é que podemos chamar assim) de eva e franklin.
quanto ao resto, só posso dizer que é impecável, eu amo como a forma que a eva enxerga a situação(sendo uma mulher com uma possível depressão pós-parto) transforma cenas cotidianas na vida de uma criança em coisas monstruosas. o final do livro é sem dúvidas impecável, não traz aquela clássica moral de mudança total ou reconstrução de família perfeita, mas sim na aceitação, na correção dos erros e na mudança de perspectiva. sensacional, recomendo a leitura.
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