Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin

Thiago 08/11/2023

Um retrato bastante vívido
Confesso que até à metade do livro a história não me prendeu. Acho que um pouco por conta da história ser contada através de cartas, o que me pareceu um pouco monótono no começo.

No entanto, na segunda metade do livro, com o personagem principal ficando mais velho, foi possível apreciar melhor o início do livro. Como leitor, me senti mais preso ao livro nessa segunda parte. É tudo mais impactante e pertubador.

O retrato da tragédia (já citada desde o início do livro) é assustadoramente realista. Os questionamentos do tipo "Por quê?" e "O que leva alguém a fazer algo assim?" não podem ser respondidos, mas faz eco em nossa alma o desespero e desamparo daqueles foram atingidos. Acredito que nada se compare à dor de perder um filho, mas a dor e o trauma psicológico se estende muito além: os sobreviventes, os colegas, professores, e o que dizer da mãe do assassino. São dores diferentes. Mas são dores profundas de todos os lados.

gabeborgez 06/11/2023

Pensa num livro bom. Aterrorizante. Denso. Achei que eu nunca fosse acabar, pensei em abandonar, mas muito bom ?

liliana 03/11/2023

Levei exatos 3 meses para finalizar esse livro, precisei parar e retomar a leitura porque, surpreendentemente, foi um conteúdo pesado para mim, e eu não esperava por isso.
Quando finalmente li a última página, precisei ficar uns bons minutos parada, olhando para o nada. Precisamos falar sobre o Kevin é um tiro no peito (ou uma flechada, para quem leu). Dói porque, por mais que não seja uma história real, cada palavra expressada pela autora através de Eva é verdadeira.
Não pude deixar de refletir sobre a maternidade e a paternidade, sobre a natureza humana e sobre o amor, mas é um livro tão completo que precisei refletir até sobre o consumismo, o patriotismo, a hipocrisia e sobre as formas de viver em diferentes ângulos sociais.
Achei interessante como em momento algum da narrativa, a mãe é colocada abertamente como culpada por um filho adolescente assassino, mas àqueles que leem com interpretação minimamente sensível, e costuram o desenvolvimento de Kevin por um viés psicológico da relação mãe-bebê, fica clara a explicação do comportamento do filho do início ao fim.
Apenas um ponto me pareceu insólito e me impediu de dar 5 estrelas. O movimento final da relação entre Kevin e Eva, aconteceu bruscamente e, na minha percepção, não fez muito sentido, embora mesmo assim eu tenha gostado muito da forma como acabou.

Luciana.Fauler 02/11/2023

Ótimo
Terminei a muito custo, mas não porque a qualidade do livro é baixa, mas o inverso. O terror ao qual fui exposta foi demais, estava prestes a abandonar por medo de prosseguir, mas felizmente terminei e adorei.

Alex.Santos 01/11/2023

Vi o filme, gostei muito e decidi ler o livro. O livro desde o começo tem aquele ar de mistério, a fatídica quinta feira já é citada desde o começo do livro. O livro é sobre maternidade, Eva sendo uma mãe e tendo que lidar com uma maternidade indesejada e de certa forma "forçada"; relata a convivência com seu filho psicopata. Sim, Kevin é hostil, manipulador, assassino, apático, incapaz de sentir e demonstrar remorso, culpa e afeto; sem empatia, vingativo, debochado, mentiroso, irresponsavel etc.

Confesso que essa forma de escrever cartas a seu marido Franklin tornou algumas boas partes bem maçantes, como se tivesse enchendo linguiça, tipo "poxa, isso é mesmo importante", mas serviu pra alimentar mais a ansiedade para descobrir mais sobre as maldades e manipulações de Kevin. Eva de certa forma erra em alguns aspectos de mãe, mas longe de ser uma péssima mãe como a mesma se autodenomina, é claro que há sim uma rejeição ao filho, principalmente em seu nascimento, mas ao decorrer do livro, da pra ver o esforço e investida ao tentar ser uma mãe melhor e sim, apesar dos pesares Eva amava Kevin. Foda é o marido Franklin, ali é difícil. O Livro é bom, tenso e emocionante, super recomendo.

Tai Ramalho 31/10/2023

Um livro denso, li em 30 dias com pausas para respirar e para muitas reflexões. A trama se desenrola de forma lenta e tudo começa a se encaixar até q no final a riqueza de detalhes nos deixa ansioso bem como os últimos diálogos das personagens. Vale a leitura

chishiyasbae 30/10/2023

"fiquei orgulhoso de você" ele ronronou.
Simplesmente um dos melhores livros que eu já li.
Durante a minha leitura, senti tudo o que a Eva sentiu, e não pude não chorar com o final.
Definição de motherhood

trizisreading 29/10/2023

Precisamos falar sobre esse livro
Eu já havia assistido o filme e, por isso, não dava nada por esse livro, porém foram tantos elogios ao livro que decidi dar uma chance e foi assim que esse se tornou um dos melhores livros que eu já li.

Nesse livro, uma mãe relembra momentos de sua vida, desde antes do nascimento de seu primogênito, até o momento em que ele se torna um assassino. O grande diferencial do livro, é que nele é possível perceber as reais intenções de Eva, a mãe de Kevin. Ficando assim, evidente que ela busca entender em que momento ela errou e se, errou, se a culpa de tudo aquilo foi dela ou não. Até porque normalmente, o fato de um filho se tornar assassino acaba gerando uma repercursão em que pessoas de fora criam seus próprios julgamentos (confesso que eu mesma fazia isso) e atribuía a culpa à pais negligenciadores ou algo do tipo.

É um livro lento que não poupa detalhes, mas são esses detalhes que o enriquecem, que o tornam tão necessário. A cada capítulo fui levada a compartilhar dos pensamentos de Eva, me questionando sobre os pontos que ela trazia em cada uma das cartas (o livro é escrito em formato de cartas enviadas à Franklin, seu marido). Foram diversas as vezes em que acabei convensando com algum conhecido sobre essas questões que ela falava, já que eu não podia falar com ela própria.

Outro ponto do livro que me prendeu tanto a ele, foi o modo como Eva falava de Kevin, desde o momento em que ele nasceu, ela diz que já sentia que ele não queria estar ali, e com "ali" se referindo a estar no mundo, vivo. No decorrer da história, é perceptível que o comportamento dele é o de alguém que, incomumente, não se sente atraído por nada no mundo. E por conta disso, muitas vezes me perguntei se o que ele queria é punir sua mãe por tê-lo trazido ao mundo (obs: isso não é spoiler, apenas devaneios meus).

Por fim, acho importante saber que este é um livro 'cru' que trazem diversos relatos de situações muito desconfortáveis. Eu mesma tinha que parar de ler algumas vezes porque ficava angustiada.

E não posso finalizar essa resenha sem dizer que, por pior que pareça, o personagem por quem mais nutri antipatia nesse livro não foi Kevin, mas sim, Franklin.

Jamily.Goettems 27/10/2023

Precisamos Falar Sobre o Kevin
?Precisamos Falar Sobre o Kevin? é um livro impactante que aborda de forma intensa e perturbadora questões de maternidade, responsabilidade e violência. A história nos leva a refletir sobre os limites do amor maternal e as consequências de nossas escolhas. O personagem central, Kevin, é retratado como um jovem perturbador e manipulador desde a infância, que mostra traços de psicopatia. Sua mãe, Eva, questiona seu papel na criação dele diante de seu comportamento preocupante. A maternidade/paternidade de Kevin é explorada intensamente, mostrando os desafios de Eva em criar um filho problemático e distante. O pai, Franklin, tenta manter uma aparência de normalidade, mas também enfrenta dificuldades em entender e lidar com o comportamento do seu filho Kevin. A relação entre os pais e Kevin é marcada por tensões, culpas e questionamentos sobre a responsabilidade. Eva expressa sentimentos de arrependimento e questiona se foi um erro ter tido Kevin, lidando com a culpa e questionando sua capacidade de ser uma boa mãe. No entanto, a experiência dos pais em relação ao arrependimento pode variar ao longo da história. O planejamento e execução do massacre por Kevin resultam na morte de várias pessoas, deixando uma marca profunda na família e na comunidade. Isso levanta questões sobre responsabilidade, a criação e a capacidade humana de cometer atos horríveis. Eva tenta confrontar os comportamentos perturbadores do seu filho Kevin, enquanto Franklin a minimiza ou ignora os sinais de alerta. Apesar dos esforços da Eva para interagir e entender o Kevin, ela enfrenta dificuldades em encontrar uma solução para suas atitudes violentas. A dinâmica familiar reflete a luta dos pais para lidar com o comportamento perturbador de seu filho.

amanda 26/10/2023

Me identifiquei demais com a Eva no começo do livro, quando ela falava dos medos e dúvidas de ter um filho e preferir viajar o mundo rs.
Digamos que depois de terminar, meus medos tenham só aumentado k.
É muito comum a romantização de um filho, de colocar expectativas e planejar um futuro incrível e esquecer que, na verdade, ele vai ser um ser humano que você não sabe nada sobre e tem pouquíssimo controle do que ele possa ser. E nem sempre vem coisa boa, como se pode ver no caso do Kevin rs.

Gostei muito, pq quando alguém me perguntar pq não quero ter filho, agora eu posso só dizer pra pessoa ler esse livro. É um modo de pensar muito pessimista? Sim, mas nada me garante que não possa acontecer.

Cinara... 26/10/2023

Mãe que não queria um filho e um filho que não queria a mãe.
"No entanto, se não existe razão para viver sem ter um filho, como poderia haver razão para viver tendo um? Responder uma vida com uma vida sucessiva é apenas transferir o ônus do propósito para a geração seguinte: esse deslocamento nada mais é que um atraso covarde e potencialmente infinito. A resposta dos seus filhos, presume-se, será procriar também, e, ao fazê-lo, empurrar a própria falta de propósito para prole seguinte."

Cheguei até aqui por causa do filme que vi anos atrás, foi um dos filmes que mais impactou minha vida de uma forma realista, crua e triste, o livro não foge a regra. Assustador e incrível.

Littlefox 25/10/2023

Livro muito bom
Não tenho palavras para expressar o quão bom esse livro é, senti um nó na garganta muito forte enquanto lia. Ficava tensa por querer adivinhar o que o Kevin tentaria fazer, pois desde o nascimento ele já apresentava uma maldade nele. Me dava muita agonia quando o Frank nunca acreditava na Eva.
O final foi muito bom mesmo. Só não dou 5 estrelas pq tinha partes no livro que ficava massante e sentia que podia não ter, e me encomodava eles falando sobre o país quase o tempo todo

nasc_ester 22/10/2023

Um soco no estômago, mas a leitura vale a pena demais, me prendeu do início ao fim, recomendo muito

@daafcampioto 13/10/2023

Livro - 63
Assisti ao filme antes de terminar o livro, e mesmo achando o Ezra perfeito para o papel de Kevin, me decepcionei muito com o enredo cinematográfico em torno do livro. Não fizeram jus ao que de fato foi relatado.

Toda a história começa com uma mulher que decide ser mãe por pressão do parceiro, homem esse que quando ela começa a relatar as coisas que ela vê e que são verdadeiras sobre o tão sonhado primogênito ele descarta tudo como se ela fosse louca.

Daí ela decide tentar de novo, porque não admite que não possa ser mãe, e que o relacionamento difícil com o Kevin tenha outra explicação. Célia chega para alegrar a mãe e condenar o pai a uma sensação de desordem emocional por não achar correto ela ter nascido, mas a ama mesmo assim.

E o Kevin, desde muito cedo muito auto suficiente, ele sabia que não poderia depender dos outros e de uma forma toda torta se concentrou em si mesmo, e pior, construiu uma imagem tão velada que apenas a mãe sabia quem ele era realmente e por isso, por se mostrar a ela, sei que ele a amava. A foto ao lado da cama, na cela dele deixa isso claro.

No fim, não acho que ele a deixou viva para castigar como ela mesma pressupõe em algumas de suas cartas, acho que ele a deixou viva porque simplesmente não poderia viver sem ela. Tanto que fez coisas que a mantiveram o visitando todos os sábados disponíveis.

Precisamos falar sobre Kevin me abalou profundamente e não sei quando vou conseguir sair desse estado de torpor.

Nayara 12/10/2023

Precisamos falar é sobre Franklin
Depois de uma certa quinta-feira, Eva passa a escrever cartas para o marido se perguntando o porquê de seu filho mais velho ter decidido se tornar um assassino.