Minha Velha Estante 16/04/2014 E assim fui apresentada ao livro O Peão, da Companhia Editora Nacional.
O Peão, como já foi dito, é o primeiro livro de uma série de cinco livros já lançados, mas com previsão de mais dois, onde cada um tem como título o nome de uma peça de xadrez. Motivo suficiente para despertar o meu interesse. Mas o livro vai muito, muito mais além.
A série de espionagem Arquivos Bowers, de Steven James, teve os dois primeiros livros: O Peão e A Torre, lançados este mês no Brasil, pela Companhia Editora Nacional.
Em O Peão, vamos conhecer Patrick Bowers, agente especial do FBI, homem charmoso e muito inteligente, que perdeu a esposa de câncer há alguns meses e ‘herdou’ uma enteada de 17 anos. Criminologista especializado em geolocalização, técnica que permite localizar assassinos a partir de dados geográficos, ele é chamado por seu amigo Ralph para ajudar na captura do ‘Estrangulador da Fita Amarela’, um serial killer que até então se acreditava ter matado 5 mulheres em três estados diferentes.
O livro tem uma narração eletrizante. A história é contada pelo agente Pat e por outros personagens, além de um narrador onisciente, o que possibilita que você entre na cabeça de cada personagem e consiga entender seus sentimentos e motivações. Eu disse entender, não, aceitar. Faz também com que você antecipe algumas coisas que o Pat ainda não descobriu, mas nada que tire o suspense da história. Aliás, ponto para o autor Steven James, ele consegue manter o clima da história sempre em alta, e ai você não quer largar enquanto não acabar.
"Ele leu mais um parágrafo asinino que dizia que o Estrangulador da Fita Amarela provavelmente provocava incêndios, urinava na cama e torturava pequenos animais quando criança.
Bem, um acerto em três tentativas não era tão ruim."
Mais um ponto para a descrição fantástica dos personagens, principalmente do(s) assassino(s) (???). A história te leva a uma viagem por dentro da mente de um psicopata inteligentíssimo, de uma psicóloga que será o braço direito de Pat e lhe ensinará a traçar perfis psicológicos de assassinos, e pela mente do atormentado agente Patrick que, em muitos momentos me fez lembrar o Robert Langdon, do Dan Brown.
Como se o suspense não fosse suficiente para prender o leitor, o autor nos presenteia com o lado sentimental do agente do FBI durão, que prende assassinos cruéis e sanguinários. Pat terá que superar a morte de sua amada esposa que ainda o machuca, terá que aprender a viver com a enteada que tanto ama, mas com que tem uma relação difícil e terá a oportunidade viver um pequeno romance.
"Lembre-se, nossas escolhas decidem quem somos, mas nossos amores definem quem vamos nos tornar."
Continua...
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