Jessica1248 28/12/2020Envolvente, tenso, arrepiante e maravilhoso"A gente erra, para depois acertar. É normal. Tão normal, que acontece com todo mundo. E é isso que não devemos nunca esquecer: acontece com todo mundo. Todo mundo erra. Eu sei que é difícil perdoar, mas é preciso entender que todos, têm algum motivo para ser como são. Nós nos perdoamos com muito mais facilidade do que perdoamos o outro, porque nós conhecemos nossa própria história, nossas próprias razões. Nós sabemos o que nos levou a agir errado. Já perdoar o outro é mais complicado, porque a gente não está na mente deles, a gente não sabe a história deles. Mas é preciso tentar compreender. E, compreendendo, perdoar."
"Uma sequência de pequenas crueldades, culmina sempre em uma grande."
Se o Capí pedisse o mundo, eu daria uma galáxia. De longe, na minha opinião, o melhor personagem. Até agora estou tentando entender o motivo de tudo que aconteceu nesse livro (e como comecei o 3°, posso dizer que continuo tentando entender kkkkk).
Obrigada Renata, por destruir meu psicológico e continuar fazendo isso, como se não fosse nada demais.
Esses dias vi um reels, uma escritora mostrando como ela escrevia partes maldosas em seus livros, como mortes ou "só" desgraçar a vida dos personagens mesmo. Ela dividiu em: "como os leitores imaginam", então a cena mostrava o escritor chorando copiosamente. E na outra parte "como realmente os escritores escrevem", o escritor estava rindo, gargalhando. Isso me lembrou demais a leitura, visto que eu estava numa parte "desgraçadora". E sim, imaginei a Renata assim, gargalhando (Sorry kkkkkk).
Enfim, A Comissão Chapeleira trouxe uma tensão imensa. Hugo aqui, amadureceu sim, porém ainda passo raiva com ele, o que considero normal, devido a tudo que ele vivenciou.
A história trouxe política e olha, foi escrito magistralmente. Sou suspeita, pois amo livros que trazem temáticas políticas para o enredo e nesse 2° livro, tivemos o conservadorismo e a ditadura, com o Alto Comissário (Mefisto Bofronte). Que personagem, não tenho ódio dele, na verdade, tenho uma curiosidade imensa de conhecer mais a fundo sobre o mesmo.
Mas deixemos de lado as coisas ruins, pois temos coisas boas também. Renata trouxe uma aventura do Hugo, lá na escola dos Caramurus, na Bahia. Eita mais que lugarzinho mais gostoso, que galerinha mais do bem. Amei tudo que ela trouxe, sobre a escola dos bruxinhos. E a curiosidade que estou, de saber quem seria meu orixá?
Já estou louca para saber mais sobre as outras escolas.
Ahhh, outra coisa, quando pensei que não poderia me conectar mais ainda com os personagens, a escritora trouxe mais profundidade e humanidade para cada um.
Mas gente, estava esquecendo de mencionar um tal Peteca, o saci endiabrado.
Bom, é um livro muito intenso, pesado e causa as mais variadas emoções no leitor, indico novamente, essa série nacional que está fantástica.