Memórias da Emília

Memórias da Emília Monteiro Lobato




Resenhas - Memórias da Emília


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Duda 29/07/2020

Emília é e sempre vai ser a melhor personagem do Sítio, suas histórias são as melhores
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ale 16/04/2020

Extremamente racista. Nunca deixaria meus filhos lerem isso.
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z..... 01/03/2017

Memórias da Emília (1936)
Parece um sonho maluco, onde realidade e ficção se misturam. Pudera, a construção é onírica, enfatizando o imaginário infantil com aspectos do contexto de época. Lobato era antenado nessas questões, por isso é um livro moderno em sua proposta. Acredito que muita gente achava estranho, por serem apegadas a uma estética tradicionalista, mas as crianças deviam curtir, reconhecendo coisas que as instigavam.
A proposta tem suas virtudes, mas também teve pontos negativos, não por reproduzir o contexto de época (em coisas impactantes hoje), mas por Lobato posicionar-se de forma ultraconservadora em umas, enquanto que em outras era progressista e inovador. Se estritamente valorizasse um apelo educacional, como se propunha, o Sítio teria importância muito maior, com ares revolucionários (se é que essa palavra caiba aqui, não me veio outra) na literatura nacional. Ele, porém, deixou certos aspectos sem um contraponto.

Falando no surreal, maluco mesmo é a voz de Reny de Oliveira soar na minha mente em cada fala da Emília. Sério. Se há uma Dona Benta eternizada no vídeo, a Emília da Reny é a que ficou gravada em minhas memórias como a mais representativa e preferida. Ah, deixa esse negócio de memórias para a Emília, que no livro fala mais ou menos assim:

Lobato valorizava os livros e isso é notório (tem até aquela famosa frase que os sabidos de plantão lembram), então não é surpresa que isso se reproduzisse em suas personagens. Dona Benta, Visconde, Dona Carochinha... Agora é a vez desse apego se reproduzir na Emília, sua mais representativa personagem e ícone infantil. A pequena inventou de escrever suas memórias, instigando uma gostosa brincadeira, onde a invenção literalmente se faz presente. Com ajuda do Visconde, mãos à obra...

A história tem três momentos, que trazem a percepção de mundo da boneca. Evidentemente, com pontos legais na percepção infantil, mas também bizarros em outros, principalmente por Lobato calar sua objetividade educadora em alguns deles. Estou falando da caracterização relacionada à Tia Nastácia, que é o que "mais pega" na série. Qual é?! Ele deixou em suspenso o mesmo conceito do "Negrinha". Mas ali a situação, embora provocativa, era didática pela mensagem sensibilizada. Aqui, porém, estava falando com crianças, que vem apenas o imediatismo e precisam de alguma forma de orientação. Oras! Se o Visconde e a Dona Benta contrapõe e influenciam no saber das crianças, com suas informações, caberia também no trato com a personagem um contraponto, uma orientação. Lobato escreveu coisas que em certos momentos são muito agressivas e extremamente ofensivas, como neste livro, em que a Emília leva a Tia Nastácia às lágrimas e a gente nota que fica por aí, com os termos ofensivos presentes na fala de personagens e, o que é pior, no texto do narrador. Fala-se muito que ele reproduz apenas o contexto de época. Concordo, mas a minha questão é que ele não se interpôs a isso de nenhuma forma. Que se reproduzisse (apesar de que, em alguns momentos ele deu muita vitalidade nisso), mas se construisse também uma interposição, um processo educativo. Como seria fantástico e histórico a turminha nessa aprendizagem, mas ele preferiu nesse aspecto o tradicionalismo, procurando manter as coisas assim em toda a coleção.
Penso também que, se faltou ao autor essa sensatez, nas edições atuais não podem faltar, valorizando-se as obras com notas explicativas, o que até hoje não ocorreu, e se é para deixar sem elas, então sou favorável que se retire certas frases. Algumas até usam o nome de Deus para justificar a agressividade.
Sei que o povo daquele tempo ficaria escandalizado com algumas coisas dos dias atuais, mas uma não justifica outra. É o que penso.

Voltando à história, Emília começa registrando suas origens e não há nada diferente do que conhecemos. Então se inicia a história do anjinho (Flor das Alturas). A narrativa vai ficando surreal e personagens da atualidade (fictícios ou não) chegam ao Sítio para conhecer o anjo. A notícia tornara-se midiática nos jornais, rádios, telégrafos e vários líderes mundiais desejam conhecer ou enviar suas crianças. Entre eles o Fuhrer da Alemanha, o Duce da Itália e o Imperador do Japão. Reconheceu essa turma? Formariam o Eixo na Segunda Guerra, que explodiria três anos depois dessa publicação. Lobato apenas registrou líderes que estavam em evidência naquele momento, naquilo que disse de estar antenado com o mundo. O Presidente Roosevelt também foi citado.
Os personagens da ficção citados foram Popeye, Alice, Peter Pan e Capitão Gancho. O arranjo entre eles é surreal, chegando ao sítio ao embarcarem em um navio na Inglaterra que trouxera crianças. Nessa história há um duelo entre Popeye e o Capitão Gancho, e entre Pedrinho e Peter Pan contra o famoso marinheiro. Há a clara valorização nacionalista, que vilaniza o marinheiro e faz com que leve uma homérica surra, ao ser engambelado pela Emília. Acho que esse lance tem correlação com o fascínio da luta livre no contexto de época (sedutor para muitos, como às crianças, que deviam ter nisso ídolos e quem sabe eventuais brincadeiras). Achei certas partes bastante violentas, de ênfase dispensável, mas quem ditava as rédeas, nesse caso, era o oportunismo de Lobato.

No segundo momento a turminha vai para Hollywood onde encontra-se com a famosa menina prodígio Shirley Temple e juntos encenam uma peça do Dom Quixote, visando uma fita (filme) pela Paramount.
Aspectos, em uma e outra história, que fazem as crianças brincar com novidades ou projeções conhecidas no seu meio, em uma percepção inusitada e atrativa para elas.

O terceiro momento é a visão de mundo da Emília. Um texto ingênuo e bonito no início, mas também forte em certos detalhes por Lobato escolher a caduquice neles. A boneca derrama seu amor pelo Sítio e cada personagem é citada com um carinho em especial. A tia Nastácia está entre elas, mas continua também uma certa ignorância (e nenhuma interposição do autor).

Assim é o livro, o quarto que esse ano reli da coleção do Sítio. Destes, até agora foi o que teve um episódio mais agressivo, por isso citei com um pouco da opinião. Esse episódio se desenrola entre a história das crianças vindas da Inglaterra e a viagem para Hollywood.

Um parecer final. Acho também muito infeliz as considerações e percepções de Lobato direcionadas à Cristo. No início ele sugere que Cristo é mentiroso, com uma interpretação equivocada das Escrituras Sagradas, e no texto final da Emília ele também insinua que o sacrifício de Cristo é inútil e não salva ninguém. Tudo nas entrelinhas.

Cada um com a sua concepção e opinião. As minhas são assim...
Samara 06/03/2017minha estante
Se eu relesse Monteiro agora, seria até capaz de fazer que nem o personagem do filme que assistir, O lado bom da vida, jogar o livro pela janela kkk


z..... 07/03/2017minha estante
Não, que é isso! O livro tem suas virtudes e, dentro de um processo educativo, tem muito a estimular aprendizagem e apego pela leitura.




BeatrizViana0 30/05/2014

O que dizer?
Vou ser sincera: nao gosto da literatura de Monteiro Lobato,acho suas crianças muito mal educadas, mas este é um dos livros que gostei. Acho hilario quando a bonequinha de pano resolve escrever suas memorias.
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Débora Muniz 11/04/2013

Hilário!
A emília sisma de fazer suas memórias e acaba aprontando todas! Muito bom, recomendo!
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Bia 27/04/2012

Querida Emília, ou melhor, Senhorita Marquesa de Rabicó
Li suas memórias, ou melhor, as memórias do Visconde de Sabugosa, pois ele escreveu o livro quase sozinho. Você é uma boneca muito esperta, mas um tanto arrogante e mal-educada! É verdade! Como pode uma boneca que a pouco aprendeu a falar, dizer tamanhas asneiras à Tia Nastácia? Chamá-la de burrona, negra beiçuda e dizer que Deus preteja criaturas por castigo foi demais! Você merecia umas boas palmadas!!!
Também acho que você estava errada quando falou dos livros comestíveis, acho a idéia fantástica, mas que história é essa que depois de lidos os livros são inúteis? Pois eu digo que não são inúteis, bonequinha atrevida! Meu amigo Nelson Rodrigues, isso mesmo, meu amigo Nelson Rodrigues, porque quando lemos um livro, nos tornamos íntimos de seus escritores. Nelson Rodrigues diz: “deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos do que três desertos.” Eu concordo com ele, acho que a cada leitura temos uma compreensão diferente da obra, um olhar mais apurado, uma adaptação de acordo com os momentos que vivenciamos.
Você precisa parar de fazer artes e ler, reler e reler muito! Suas viagens são muito interessantes, mas você sempre apronta alguma! Rouba anjos de asas quebradas, inventa histórias sobre Hollywood.
Você é apenas uma boneca de pano, feita de um paninho ordinário, como disse Tia Nastácia e se ela soubesse que você iria se tornar essa boneca andante e falante, teria feito-a de seda, ou de retalhos daquele vestido de Dona Benta ir à missa, para ver se você ficava mais educadinha. Quisera eu que o Doutor Caramujo não tivesse lhe dados as “tais pílulas falantes” que foram roubadas, engolidas por um sapo, recuperadas e umazinha delas foi engolida e bem engolida por você.
Andei vasculhando suas histórias Dona Emília e suas artes no Livro Reinações de Narizinho.
Senhorita Marquesa, você merece muitos liscabões, ou seja, beliscões por tudo o que você apronta. Como podemos usá-la de exemplo para as nossas crianças se você apronta uma atrás da outra?
Você é muito linda, mas se não tomar jeito, vou pedir para a Tia Nastácia costurar a sua boca com fio de nylon bem apertado!!!
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Marlos 03/12/2011

Emilia e o anjinho
O livro Memórias da Emilia de Monteiro Lobato fala de um anjinho que a turminha do sítio pegou do céu e trouse para o sítio.
O livro faz parte da editora Globo.o autor cita que depois que eles pegam o anjinho os países do mundo inteiro ficam sabendo do anjinho e todos querem ir ao sítio conhecelo.
Eu achei o livro legal e é recomendado para todas as pessoas.
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gabriella souza 08/11/2011

Bonequinha aventureira
O livro memórias da Emília, fala sobre as aventuras de uma bonequinha que resolveu escrever um livro contando um pouco sobre suas aventuras.
Como era muito esperta ordenou ao Visconde de Sabugosa que cansasse suas mãos.
O livro feito por um dos maiores autores de infanto juvenil Monteiro Lobato, junto com as ilustrações de Paulo Borges.
Eu gostei bastante do livro por causa da grande inteligência de Emília, dedico este livro para quem gosta do sitio do pica pau amarelo e de grandes aventuras.
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Gláucia 27/02/2011

Memórias inventadas
Emília aqui está afiadíssima, sua torneirinha de asneiras está vazando a todo vapor. E o pobre do Visconde é obrigado a ouvir, acreditar e registrar tudo, tim tim por tim tim.
Desconfio que a maioria das memórias sejam escritas assim, com muito mais tinta do que realmente possui.
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Tate 22/12/2010

Este é o livro da minha infância.Engraçado que ele não é um simples livro para crianças. É um livro para adultos também, repleto de filosofias, devagações e mensagens nas entrelinhas…
A Emília discorre sobre a vida, verdade, filosofia de um jeito engraçado e criativo. Sempre que tenho um tempinho me desperta a vontade de reler este livro. Amo!
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Natália C. 03/09/2010

Memórias da minha infância
Emília, que é uma boneca muito da metida, resolve contar as suas memórias, ou melhor, "mentir" as suas memórias pois, afinal, ela acha que aquele que escreve sobre si próprio "tem um pé" na enganação, na mentira. Segundo ela, se a pessoa contar o que realmente aconteceu na sua vida, todos iriam perceber que a vida é igualzinha à de todo mundo. Para ajudá-la a realizar seu intento, Emília chama o Visconde de Sabugosa; ela ditaria as memórias e o Visconde as escreveria.







Este livro mostra a história completa sobre o anjinho da asa quebrada, e de como o Capitão Gancho e o marinheiro Popeye (que naqueles tempos era mais politicamente incorreto) queriam usar o anjinho para ganhar dinheiro. Emília também "contou" (ou inventou) no livro o que teria acontecido se o anjinho não tivesse ido embora: ela iria fugir com os ingleses, com o anjinho e com o Visconde; e iriam para Hollywood procurar emprego na Paramount, onde também conheceriam a atriz mirim Shirley Temple.







Afinal de contas um livro que marcou minha infância.



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Camila 07/11/2009

Grande Lobato
Lembro que quando eu estava lá pela sexta série eu li "Memórias da Emília". Depois peguei "Emília no País da Gramática" e "Aritmética da Emília". Contagiante. Naquela época talvez não percebesse, mas já admirava Monteiro Lobato.
Hoje em dia (escrevi essa resenha para um blog á cerca de um ano), com um olhar diferente, li "Peter Pan". É que peguei pra minha pequena irmã ler "Memórias da Emília", e é daqueles livros de coleção que vem mais de uma história em um só. Fiquei encantada com o talento de Monteiro Lobato de ensinar sutilmente! Entre o humor das asneiras da Emília e a paciência de Dona Benta, o autor vai passando informações relevantes sobre o mundo... entende? Conhecimento! Incrível capacidade!!! Acho que escritor infantil tem que ser assim... levar a sério algo que apenas recentemente vem sendo discutido nas escolas: toda pessoa que, de alguma forma, trabalha com criança é EDUCADORA!
Cadu 14/01/2014minha estante
?A vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem para de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos ? viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais. É, portanto, um pisca-pisca.
O Visconde ficou novamente pensativo, de olhos no teto.
Emília riu-se.
- Está vendo como é filosófica a minha ideia? O Senhor Visconde já está de olhos parados, erguidos para o forro. Quer dizer que pensa que entendeu? A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. Pisca e mama; pisca e anda; pisca e brinca; pisca e estuda; pisca e ama; pisca e cria filhos; pisca e geme os reumatismos; por fim pisca pela última vez e morre.
- E depois que morre? ? perguntou o Visconde.
- Depois que morre vira hipótese. É ou não é??
(Trecho extraído de Memórias da Emília)




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