Hosanna 18/11/2013
Inexplicável.
Esse título descreve o que Convergente me passou.
Não tentar não dar spoilers, fiquem tranquilos.
Como fã incondicional de Divergente, talvez você possa não levar esse elogio tão a sério, mas é a pura verdade: Veronica Roth foi ousada. Com cada revelação, cada morte (primeiros capítulos e você já recebe a morte de pelo menos 2 personagens importantes, já antigos conhecidos nossos), e acima de tudo, a principal revelação, aquela mais aguardada por todos nós, simplesmente tira o fôlego (me tirou o chão, confesso).
Uma trama bem amarrada, e a todos os instantes você se pega pensando "MEU DEUS, NÃO... TIPO, É SÉRIO ISSO?"
Mas sim, é sério, é bem sério.
É de verdade.
Eu sei que com a liberação daquele PDF, a maioria provavelmente já deve ter lido uma boa cambada de spoilers, pode ter se chateado com algumas revelações, mas não desista.
LEIA.
Mesmo sabendo de algumas coisas que iriam acontecer eu li. E passei pela montanha de variadas emoções lendo o livro. Tudo é imprevisível, improvável, surreal, louco e as vezes absurdo! Aquela sensação recorrente de que algo está prestes a explodir é quase tangível. A narrativa alternada foi uma boa opção que a Veronica nos ofereceu para que conseguíssemos sentir Tris e Tobias em seus momentos pessoais.
Talvez você chore como eu, ou ria como eu, ou quando terminar o livro se pergunte "porque?" como eu, mas você vai acabar entendendo tudo. É chocante a maneira de como isso /leia 'isso' como se estivesse em itálico\ acontece, principalmente o porquê (ou seria por quem?). O amadurecimento da Tris é visivel e é gratificante saber que uma personagem é tão humana como ela. Erra, sente, ri, chora, se confunde (e como!) mas continua com um ideal fixo.
Tudo é gratificante ao experimentar Convergente, principalmente o foco da trilogia: Divergente não é nada mais do que uma forte demonstração do comportamento humano, em seus aspectos mais cruéis e muitas vezes puros; e, em Convergente você vê isso tudo se reafirmar. Tudo é assustador, mas nos leva a consciência de que, nós seres humanos, não importa onde estejamos ou no que cremos, sempre teremos a sensação de querer controlar, ter poder sobre tudo. Somente nossas escolhas em meio a estas situações nos dão forças para mudar isso.
Estou grata a Veronica. Por mostrar que assim como na vida, nem tudo sai bem, mas alguns sacrifícios simplesmente valem a pena.
Perdão pela resenha enorme, eu precisava vir aqui falar tudo que (ainda) estou sentindo.
"I'll say it one last time: BE BRAVE."