O Código Élfico

O Código Élfico Leonel Caldela




Resenhas - O Código Élfico


50 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


neo 05/01/2014

Eu estava meio que com um pé atrás com esse livro. Depois de algumas experiências ruins com literatura fantástica brasileira, todo livro desse estilo originário daqui me deixa hesitante, e olha que é o meu gênero favorito (mesmo que tecnicamente O Código Élfico seja uma espécie de Science Fantasy, embora haja gente dizendo que é New Weird??? Eu sei lá). Já tinha O Código Élfico aqui desde 1500 a.C., mas continuava empurrando outros livros na frente com medo de acabar me decepcionando durante a leitura. Minha cisma foi tão tensa que mesmo depois de tê-lo iniciado enrolei por quase um mês para chegar na última página.

Ficar sem internet por dois dias foi a solução. Para minha surpresa (e para a das minhas amigas, que acompanhavam meus comentários durante a leitura), eu gostei.

Há várias coisas que me agradaram nesse livro. A primeira é a escrita do Leonel Caldela, que me lembrou um pouco a do Justin Cronin em A Passagem, ganhando assim minha aprovação em um piscar de olhos. O tom do livro é bem diferente dos outros que estão no mercado, e mesmo toda a mistura me deixando meio de testa franzida (elfos + ciência + fantasia + conspirações = ???, ou foi o que eu pensei), o modo como tudo foi apresentado me agradou bastante. O ritmo do livro é ótimo, tendo capítulos mais curtos quando necessário e sem aquela velha enrolação que enche o saco em livros não tão finos (O Código Élfico tem mais de 500 páginas).

Quanto aos personagens, eu gostei da maioria. Nicole, a protagonista, é legal, e o Astarte também é, mas não caí de amores por nenhum dos dois. O romance entre eles passou por mim impassível, mas não foi ruim. De um modo geral, me agradou, e os personagens secundários roubaram a cena várias vezes.

Há defeitos no livro, claro. As estripulias de Nicole e Astarte me irritaram além da conta. Sim, eu saquei que eles podem dar um duplo salto mortal de costas, mas a coisa me pareceu tão forçada que eu passava direto pra não me aborrecer ainda mais. Os ferimentos graves (e mortais) que permitiam que todo mundo continuasse fazendo mil coisas também me frustraram profundamente. Foi, sinceramente, o ponto baixo do livro (no final então…), mas acho que tirando isso não há nada mais a ser dito de modo negativo não. Os diálogos foram bons e sim, isso é uma grande coisa quando se trata de livros brasileiros para jovens (não vou citar nomes, mas).

Para finalizar, gostaria de deixar meu protesto para os escritores de fantasia brasileiros: parem de matar os personagens legais. Por favorzinho. A coisa está saindo de controle. Primeiro foi o André Vianco em Os Sete (até hoje não li Sétimo, e por quê? Meu personagem preferido morreu, muito obrigada), depois o Eduardo Spohr (Anjos da Morte está mofando aqui porque uma certa pessoa morreu no final de Herdeiros de Atlântida, para minha frustração) e agora o Leonel Caldela, mas esse não corre risco de eu não ler o próximo livro dele, já que O Código Élfico é volume único. Mas enfim. Parem.

É isso. 4 estrelas para O Código Élfico.

site: http://apicedepandora.blogspot.com.br/
Victor Silva 24/02/2014minha estante
Morreu nada...


Victor Silva 24/02/2014minha estante
pelo menos não o que você pensa no Anjo da morte, muito pelo contrario...


Victor Silva 24/02/2014minha estante
Anjos da morte*


Bianca 02/01/2015minha estante
Não desista de Anjos da Morte, o livro promete muitas coisas dessa certa pessoa que morreu em Herdeiros de Atlântida.




PH 31/05/2013

Resenha: O Código Élfico, de Leonel Caldela
Conheço Leonel Caldela há pouco. Admito que ser comparado a Bernard Cornwell me atrai e me afasta ao mesmo tempo. É um imã com os polos sendo girados. Quem me atraiu mesmo foram suas palavras, suas entrevistas, suas respostas. Por isso, fui ler O Caçador de Apóstolos, seu quarto livro. Sim, guardada medidas proporções, é válido compará-lo a Cornwell. Tem meu aval. Agora Caldela chega com O Código Élfico, lançado pela Fantasy – Casa da Palavra. Difícil não começar essa leitura em alta após ter lido dois livros do autor (o outro foi o Deus Máquina).

Até metade do livro, Leonel parecia conter uma necessidade de soltar algo gigante, enorme… como se tivesse algo encravado, incompleto. Leonel é cru, é íntimo, é nojento às vezes. Aqui em O Código Élfico, eu não via mais tanto o autor de O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina. Na verdade, o Leonel de Deus Máquina também nem era mais o mesmo do Caçador. Chamo isso de maturidade. O Leonel de O Código Élfico é o mais maduro dos três leoneis que já li. É um Leonel universal. Com limites, mas adorável em conseguir causar nojo e ser cru na medida correta.

Não existem mais diálogos simples em O Código Élfico. Outra evolução do autor. Existem diálogos cirúrgicos responsáveis por segurar uma gama de personagens não muito grande. Trabalho árduo, creio eu. Como não gostar de Felix e Astarte, por exemplo? No delegado da cidade, vejo meu pai. E Nicole? Nicole é a personagem mais forte dos três livros que li. Pela primeira vez vejo o autor colocar uma profundidade que mistura o mundano e o mágico precisamente como gosto. Antes seus personagens eram levados ao extremo. Em Nicole a dosagem dos dois lados é perfeita. Personagem mulher já nasce forte, é fato, pois os conflitos são óbvios. Aqui, entretanto, Nicole foi levada a uma outra camada de profundidade. Nem magnanima demais, pois é apenas uma humana, nem mundano demais, pois ela é especial. O tempero precisamente medido. A fusão correta.

"Nicole surgiu nas alturas, sentada sobre a montaria aérea sem segurar-se, sem tentar manter o equilibrio. Não fazia a menor ideia de como cavalgar aquele animal, então agia como o arqueiro cego: deixava algo cavalgar por ela, entrava em comunhão com a vontade do mundo, que era sua vontade e a da fera." (O Código Élfico, Leonel Caldela)

Nicole era isso e o não isso ao mesmo tempo. Ela usava um grifo, mas nem sabia direito o que fazia. Ela era humana e humanos não foram feitos para grifos, mas ela era especial e, por isso, os grifos foram feitos para Nicole.

Sobre a besta contida por todo o livro, não foi preciso soltá-la. Em outras fantasias de Caldela, a estrutura de escrita do autor parece um marcapasso e não erra entre momentos de tensão e calmarias. Dessa vez a escalada é retilínea. A besta da qual falei, segura o leitor por toda a trama. Sim, ele precisava soltá-la. E não foi em banhos de sangue de rituais tensos e nocivos às cabeças mais fracas, foi em um final literalmente fantástico. Morte, dor, muito sangue, batalhas homéricas e viradas de trama. Quem era eu para ter julgado que a besta-fera presa não iria ser solta? Ela foi e aconteceu da melhor maneira possível. De um modo simples e nada exagerado. Afinal, a beleza do existir está na simples leveza do respirar. Para que pedir mais do que isso?

Suas quase 600 páginas podem espantar leitores menos experientes, entretanto o autor não é conhecido por escrever pouco. Existem sempre motivos para Leonel escrever muito e aqui não foi diferente. Por conhecer bem de estrutura literária, há em O Código a dosagem necessária entre calmaria e tensão para te prender ao longo de tantas palavras. Não se espante. Estranho vai ser Leonel entregar um livro com 200 páginas.

A primeira vez que vi o autor falar sobre esse livro foi na Bienal do Livro do Ceará. Aquele foi um ponto importante, pois o nome fora anunciado com a chancela de Raphael Draccon, seu editor, que o assistia da platéia. Assim que ouvi o nome do livro, me perguntei: “Como raios ele vai me fazer ler uma história sobre elfos?“. Li, fui lendo, algumas coisas fui relendo. Não era sobre elfos, nem humanos, nem magia, nem mundo. É sobre local. Nosso local. Santo Ossário é qualquer cidade do interior do Ceará, do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso… Santo Ossário é nossa terrinha, nossa homeland. Sabe quando você volta e passa uns tempos no local ou na casa onde nasceu e momentaneamente cresceu? Te acham mais gordo, te acham mais esperto, te acham o orgulho daquele pedaço de local onde nada muda e dificilmente mudará. Pra mim, ler O Código Élfico não foi ler sobre seres, mas sim sobre origem e como devemos respeitá-la, defendê-la e reerguê-la, quando necessário for. Costumamos esquecer disso, mas o “onde”, na maioria das vezes, é mais importante do que o “quem”.

Não comparo mais Leonel a Cornwell. Acabou! Depois de O Código Élfico, as paredes de escudo pertencem a outra fase do autor, tão boa quanto essa, mas que não se encaixa nesse momento. Somente os grandes autores conseguem sair do seu lugar comum; do seu conforto. Somente os grandes autores conseguem sobreviver a tamanha comparação. Cornwell?! Eu jamais gostaria de ter isso pra mim. Somente os grandes autores conseguem ser profundos e corretos baseados na simplicidade. Somente os grandes conseguem cravar seu sobrenome. Leonel Caldela é grande. Ora, não é preciso parede de escudos quando se tem o glorioso metal élfico.

"O quarto helicóptero já estava voltando para Astarte. Disparou dois mísseis, que vieram certeiros na direção do príncipe. Astarte respondeu o arco — acertou uma flecha, depois outra, e os dois mísseis explodiram no ar. Avançou pela bola de fogo e fumaça, de repente surgindo muito perto do helicóptero, sacou uma das espadas, arremessou-a. O metal élfico quebrou o vidro blindado e girou, decapitando o piloto." (O Código Élfico, Leonel Caldela)

O Código Élfico é a mistura correta do que é fantástico e do que é real. A trama não nos deixa esquecer que a fantasia não existe somente em seu meio. A fantasia é tudo, e nada ao mesmo tempo. Pertence a um “tempo que não é tempo, a um mundo que não é mundo“. Pertence a cada um de nós e nosso poder de criar, de imaginar, de viajar sem precisar sair do lugar. A fantasia é nossa e de ninguém ao mesmo tempo. É de Nicole, uma “humana”, é de Astarte um “não humano”.
Fernanda 10/07/2013minha estante
não sei se me arrependo ou não de ter lido sua resenha. fiquei com mais vontade de ler esse livro, mesmo sendo difícil de encontrar aqui na minha cidade. parabéns pela resenha!


Leandro 25/08/2013minha estante
Eu li vários comentários elogiando o livro e resolvi comprá-lo no início desse mês. Sem zoeira, não achei nem metade do que as críticas falavam. É um livro ruim? Não! Mas também não é para tanto.

Gostei da escrita do autor, mas senti que a história era muito forçada em vários pontos. Como se estivesse exagerando de propósito para tentar fazer a história ficar boa. Por exemplo, colocar uma empresa com vários cientistas top no Brasil, ou então colocar o presidente do EUA abaixando a cabeça para o Emanuel. Só porque é fantasia não significa que pode-se fazer qualquer coisa. Ainda mais que ele quis envolver o mundo real nessa história.

Outro ponto que eu achei muito fraco foi toda essa conversa da força de vontade, se desejarmos vencer iremos vencer. Papo bem poético, mas tão legal quanto um vampiro que brilha. Lutas não são decididas por força de vontade, lutas são decididas por habilidade. Astarte e Nicole foram derrotados por Emanuel, mas depois que suas "vontades" superam a dele simplesmente vencem? Beleza! Se não fosse esse aspecto as lutas teriam sido ótimas.

Enfim, para mim é um livro regular.




spoiler visualizar
Art 02/09/2017minha estante
Enfim uma resenha que diz exatamente o que senti. O livro tem uma ótimo proposta, mas se perde no meio do caminho e perde pelo exceção. Além de que me pareceu um tanto quanto preguiçoso as habilidades sendo adquiridas de forms milagrosa e toda aquela viagem chata de força da vontade. Poderia ter sido melhor elaborado, além de bem mais curto.




Marcelo 25/05/2014

Longo demais
Uma idéia interessante mais fantasiosa em demasia. O livro é longo e se torna cansativo. Do meio para o fim só queria conseguir acabar, pois não gosto de abandonar uma leitura, mas foi complicado.
16/12/2015minha estante
Olá gostaria de trocar o seu código elfico por qualquer um da minha estante? Aguardando sua resposta




Vitor_Murano 05/05/2014

Muito fraco.
Não gostei. Parei no meio porque a história nunca engatava em um enredo que me agradasse. Além disso, a roteirização é fraca, com problemas pouco interessantes que não me traziam nada.

Desculpe, mas enquanto eu tiver livros mais interessantes como os do Eduardo Spohr, O Código Élfico vai ficar acumulando poeira na minha estante.
Vinicius.Villela 30/12/2019minha estante
Estou me forçando a ler esse livro... não sei porque estou me torturando, mas agora que comecei...




RoFolDo 13/06/2013

Um épico de fantasia urbana com toques de medievalismo!
Confira a resenha no blog Elhanor!

http://elhanor.blogspot.com.br/2013/06/resenha-o-codigo-elfico-de-leonel.html
comentários(0)comente



criscat 15/06/2013

Rumo a Santo Ossário
Resenha no blog: http://www.cafeinaliteraria.com.br/2013/06/01/o-codigo-elfico/
comentários(0)comente



Fernanda 12/07/2013

Resenha: O Código Élfico
Resenha: “O Código Élfico” é uma verdadeira conspiração de gêneros fantásticos, realísticos e magia frequente, envolto por muitos mistérios, lendas e segredos surpreendentes. É, portanto, um livro encantador e irremediavelmente belo, tanto pela capa enigmática e por vezes sommbria, e pela história sublime. Durante a leitura tive a sensação de estar num sonho recheado de seres místicos revolucionários e ares glorificados justamente pela narrativa dinâmica e ousada ao qual Leonel Caldela remete o leitor.

“Se ela lembrasse do Dragão, da espada e da máscara de ouro, poderia estar preparada. Se recordasse a razão do treinamento que ainda não acontecera, saberia que a deusa se aproximava, e que tudo que ela procurava deixar para trás estava voltando, pior do que nunca.” Pg.16

Santo Ossário é a cidade fictícia intrigante, onde acontecem os maiores enigmas e conflitos possíveis, e é nesse ambiente onde a trama é conduzida com maestria e cumplicidade junto aos personagens. Na verdade, acredito que a real protagonista de toda a trama foi a própria cidade, que revelava um segredo maior a cada página virada. O ambiente conservador e unido, era considerado perfeito para tais domínios e diante de tanta cumplicidade é possível declarar uma atmosfera ínfima, perdida e nebulosa. Assim como o espaço descrito se torna envolvente, todos os personagens carregavam uma mistura complexa de sentimentos causais e poderes inestimáveis, itens fundamentais para perceber as verdadeiras intenções de cada ser.

“Sincronicidade é um estranho fazer seu doce preferido no dia em que você chega, Alice. Sincronicidade é não estarmos procurando um ao outro, mas nossos propósitos na vida nos juntarem.” Pg.24

Astarte é o príncipe dos elfos, e sempre imaginou que seu futuro lhe reservaria muitos triunfos e sucesso. No estágio em que se encontrava, ele se achava preparado para todas as adversidades que viessem a surgir, pelo motivo de ter sido treinado por mestres qualificados em diferentes métodos élficos. Ele vive em Arcádia, mas logo vai se ver frente a uma nova realidade. Um desafio surgirá de uma forma inesperada e certeira, fazendo com que novos fatos lhe sejam apresentados para fortalecer ainda mais os seus caminhos. Já Nicole é humana e também é uma das personagens centrais, e chama a atenção justamente pelo fato de interpretar alguém forte, corajosa, guerreira e ao mesmo tempo delicada e bondosa. Impossível não nutrir um carisma especial por ela, proveniente dos seus atos tempestuosos e as vezes irregulares. Parecia que tudo estava destinado a acontecer com ela e perto dela, devido a sua história de vida ser um pouco tenebrosa, as coisas pareciam que nunca iam se acalmar e a moça acabava ficando com um jeito estranho de ser vista pelas pessoas ao seu redor. O mais interessante é que as histórias de Artarte e Nicole se interligam de modo estratégico a conduzir os caminhos a uma única interpretação. Ou seja, formam o tipo de casal que parece não ter nenhum tipo de união, porém ao longo dos acontecimentos se unem para defender objetivos maiores.

“Nada era mais importante e solene que a relação entre mestre e discípulo. Justamente por isso, nada era mais intimo. O discípulo avançado não desafiava o mestre, mas sabia o que falar e quando falar.” Pg.39

O livro se divide em três partes sob o ponto de vista de Astarte e Nicole, e essas divisões fizeram com que ficasse mais perceptível a jornada de cada um dos envolvidos no enredo, assim como o próprio desenvolvimento das cenas, dos combates transcritos, dos personagens heroicos e dos relacionamentos concretizados. O destaque da trama segue pela maneira como o autor juntou peças de ação, horror, apreensão e romance num só conteúdo. Esta é realmente uma aventura elaborada e épica, digna de comentários positivos diante de um texto bem estruturado e expressivo.

“Astarte era o maior dos enigmas, e não abriria uma pequena passagem. Abriria a passagem definitiva. A beleza podia estar em tudo.” Pg.44


site: http://www.segredosemlivros.com/2013/07/resenha-o-codigo-elfico-leonelcaldela.html
comentários(0)comente



Mari 01/09/2013

Tempo fora do tempo; Mundo fora do mundo
A minha relação com o livro O Código Élfico, do brasileiro Leonel Caldela, foi, desde o primeiro capítulo, um misto de amor e ódio que se estende até agora. Não pela incapacidade do autor na criação da trama ou na linguagem utilizada, mas pela infinidade de detalhes que um leitor desavisado pode ter dificuldade de engolir.

Leia a resenha completa no blog Chá de Prosa.

site: http://chadeprosa.wordpress.com/2013/08/31/tempo-fora-do-tempo-mundo-fora-do-mundo/
comentários(0)comente



Sheila 08/09/2013

Resenha: "O Código Élfico" (Leonel Caldela)
Por Sheila: Oi Pessoas! Resenha de autor brasileiro na área ... e de literatura fantástica, um gênero que vem ganhando cada vez mais autores, atenção e crescimento nos últimos anos. Apesar de que iremos encontrar no universo descritivo criado por Leonel um misto de literatura fantástica, aventura, ficção científica, onde a realidade, o mito e a fantasia se misturam em um só.

A maior parte da trama ambienta-se na cidade de Santo Ossário, fictícia, mas que se encontra em uma região remota do Brasil, famosa por duas questões: uma é pelo seu festival de cinema; outra, mais peculiar, são os eventos bizarros ocorridos na cidade, muitos anos antes do momento em que a narração da estória começa.

Num primeiro momento seremos apresentados - ainda que separadamente - aos dois personagens principais da trama: Nicole, uma das sobreviventes aos acontecimentos noticiados em todo o país acontecidos há muito em Santo Ossário, conhecida como a "Rainha das conspirações"; e Astarte, príncipe dos elfos de Arcádia, isolado dos seus até terminar por completo seu treinamento de guerreiro.

"Era a última vez que o chamava de mestre, Astarte o havia igualado.
O mentor não demonstrava qualquer satisfação; não demonstrava nada. Era pura serenidade, rosto sem expressão, sentado sobre os calcanhares na relva úmida de carvalho ...
- Vossa Alteza é Astarte. Filho de Sua Majestade, Titânia, a Rainha da Beleza. Principe dos elfos. A Primeira Flecha de Arcádia.
Prostrou-se em respeito. Astarte se ergueu.
- Então agora poderei obter respostas Harallad? Conhecerei o palácio? Conhecerei minha mãe?
- Em breve, Alteza, conhecerá seu verdadeiro destino."

"Era só mais uma abdução. Assim como tantas outras, como talvez havia sido a perda de memória em plena universidade, meses antes. Era uma droga, mas quase rotina para a pessoa mais abduzida do mundo. A filha do Estripador das Hortências, a musa das lendas urbanas, garota da capa de tablóides sensacionalistas, celebrada nos principais sites sobre assassinatos ritualísticos.
Nicole Manzini, a Princesa das Cnspirações."

As histórias dos dois mundos são contadas em paralelo, sendo-nos dado sinais sobre pontos de interseção entre os dois, sendo que o mistério por detrás da infância de Nicole e do isolamento de Astarte dos outros de sua espécie vão sendo progressivamente desvendados.

"Voltando a emudecer a televisão, Félix reuniu os outros materiais que pesquisara: os discos, as palavras cruzadas, as demais fitas de vídeo,
- Todos tem algo em comum Nicole. Fazem alusão a essa mulher. Muitos chamam-na de deusa, como seu pai, mas outros usam o termo "Rainha". falam da Rainha e do Dragão.
- Você acha que meu pai era ...
- Não sei. Mas o dragão parece ser um tipo de servo ou campeão favorito. Tudo isto - fez um gesto para o porão inteiro - é culto à Rainha."

Até o momento em que os dois, Nicole e Astarte, nosso universo e o de Arcádia, se tocam e se encontram. Agora os dois, juntamente com Félix, um ex militar em busca de respostas que ele nunca imaginaria serem respondidas por um elfo, irão enfrentar uma das maiores conspirações do planeta, para tentar salvar a terra de uma dominação arquitetada há milênios.

A ideia de sincronicidade perpassa toda a trama do livro, que é dividido em três partes: uma focada na história de Astarte, outra na de Nicole e, por fim, da jornada conjunta rumo a uma batalha épica pelo controle da vida no planeta como é conhecida, batalha ambientada na aparentemente pacata, mas sombria e perversa cidade de Santo Ossário.

Os personagens de Leonel Caldela são profundos e complexos, e a jornada que empreendem é muito mais interior do que física. Vi algumas resenhas que ressaltavam de uma maneira negativa o prólogo confuso e o uso excessivo de descrição. Eu, particularmente, fui instigada pelo prólogo, que não explica nada até mais da metade do livro, e na narrativa de Caldela é como se cada descrição e diálogo servissem para aprofundar mais as relações complexas existentes entre os dois mundos que buscam se fundir - sendo a destruição de um deles a consequência.

Um livro, na minha opinião, muito bem escrito, reunindo aventura, ação, romance, cenas descritas de forma crua, relatando o horror, o mal presente dentro do ser humano, aliadas a uma descrição com toda a sutileza necessária para descrever a transcendência existente na forma como todos os acontecimentos se confundem e complementam para chegar ao desfecho final - uma batalha épica e eletrizante.

Leonel Caldela, virei fã. Recomendadíssimo.

site: http://www.dear-book.net/2013/09/resenha-o-codigo-elfico-leonel-caldela.html
comentários(0)comente



Patcha 18/03/2024

O MELHOR livro nacional, me convença do contrário
Se eu visse o nome ou a capa desse livro numa livraria, provavelmente pensaria ser uma fantasia genérica aos moldes de Senhor dos Anéis. Mas eu já tinha lido excelentes obras do autor, e sabia que sua escrita era única o bastante para quebrar qualquer julgamento que a capa pudesse proporcionar. Também sabia que uma cena em específico desse livro fez o andar inteiro da Jambô passar mal. Dito isso, você já sabe o que esperar, não é mesmo?

Agora imagine comigo: e se os elfos, aquelas criaturas ?perfeitas e imortais, que nos enxergam como moscas?, não forem tão bonzinhos assim? E se estiverem mais próximos dos deuses lovecraftianos do que de guerreiros e artistas pomposos e idealizados? E se esses elfos lovecraftianos quisessem escravizar a Terra? E se tudo ao nosso redor fosse, de alguma forma, inspirado por eles, numa busca por servos fiéis, que os ajudassem a vir para a Terra?

É nesse clima que o livro começa. Vemos cultistas, organizações secretas e uma enorme teoria da conspiração, que conecta praticamente toda lenda urbana brasileira. Dos discos da Xuxa ao bebê diabo do ABC, de abduções a rituais de serial killers, tudo está de alguma forma conectado. Se quer descobrir como, terá que ler o livro. Pois o autor consegue não só encher a trama de elementos que já estamos acostumados a ouvir falar, como os costura magistralmente, criando um universo único.

Os personagens são muito bem construídos, com protagonistas nada idealizados. Você os vê tomarem atitudes mesquinhas ao longo de toda a trama, enquanto discutem temas poderosos como destino e escolhas de vida. Não posso prometer que irá se apaixonar por eles, como numa fantasia qualquer. Mas posso te garantir que todos serão muito reais.

E falando em coisas reais, precisamos falar sobre a cidade em que a história se passa: Santo Ossário. É uma cidade fictícia no interior do Brasil. Mas sua história é tão bem construída, desde a fundação da cidade até o presente do livro, que é impossível não acreditar que as ruas cobertas de hortênsias não podem ser visitadas por um viajante.

Não dá para classificar esse livro como um gênero só. Ele tem fantasia, tem drama, tem comédia, tem ação e tem terror. Tudo na medida certa para conduzir um clima realista e conciso. E quando digo ?realista?, não me refiro aos acontecimentos em si, pois alguns beiram o surrealismo. Mas você acredita em todos eles, pois todo o resto é real demais para ser mentira.

A mitologia pode soar bagunçada no início, principalmente por serem elementos muito diferentes. Quer dizer, você verá de monges dobradores de ar lutando contra zumbis à canibais caçando caipiras. E isso não é nem um décimo dos elementos diferentes dessa história. A questão é que, aos poucos, tudo vai fazendo sentido, tomando seu devido lugar nesse universo. Facilmente poderia ser uma saga de cinco ou seis livros, nas mãos de um escritor menos competente. Mas o Leonel te entrega só o suficiente, pois ele sabe que você sabe. E se não sabe, assim como nossos protagonistas, pode seguir o fluxo do mundo e deixar que algo te leve até onde precisa estar.

Ah, e sobre a famigerada cena que fez a editora passar mal? Infelizmente (ou felizmente) ela foi removida do livro. Mas o autor te deixa algo muito pior: a possibilidade de imaginar o que acontecia ali.
comentários(0)comente



Newton Nitro 19/09/2013

Uma obra de peso de fantasia e horror!
Leonel Caldeia é fantástico. Pronto. Minha resenha acabou, pegue e leia o Código Élfico. Se você curte escrever, e sonha em algum dia virar escritor profissional, leia o Código Élfico.

Mas eu tenho que falar alguma coisa do livro, não? Vamos lá.

O “Código Élfico” é uma obra de peso, daquelas que o escritor encara uma tarefa épica de criar um mundo do nada, complexo e interessante, chamar o leitor para dentro dele em uma jornada. É uma obra impressionante em seu escopo, um exemplar do New Weird, ou a Nova Literatura Estranha ou Fantástica, autores que a partir da segunda metade dos anos 90 começaram a mistura gêneros literários como a ficção científica, a fantasia e o terror em uma nova roupagem. Em “Código Élfico” a mistura é da fantasia clássica de inspiração tolkeana, os elfos da história, com o gênero de horror contemporâneo.

O Código Élfico é muito bem escrito, o texto mostra o profissionalismo e a habilidade de Leonel Caldela, e recomendaria para quem quer escrever literatura de fantasia contemporânea. Li algumas resenhas que acharam partes do texto difícil, eu discordo delas, achei muito acessível e profundo. Os personagens são bem construídos e interessantes, com diversas camadas. A jornada interior dos personagens acontece em paralelo com os eventos épicos exteriores.

A trama é complexa e mistura de vários elementos fantásticos, conspirações, horror, magia, etc. Só para ter uma idéia, olha a sinopse oficial do livro:

A pequena cidade de Santo Ossário esconde muitos segredos. Entre os habitantes, Nicole, uma jovem corajosa, descobre estar ligada aos mistérios da cidade, o que a leva a uma investigação sobre o próprio passado. Seu pai foi um famoso assassino que pertencia à ordem de seguidores de uma deusa oculta, sacrificando inocentes em rituais. Em Arcádia, um mundo paralelo governado pela deusa, vivem os elfos. Criaturas perfeitas que há milênios sonham em recuperar o poder sobre os humanos. Finalmente veem a esperança no novo guerreiro Astarte, treinado em arquearia, que deve abrir o portal que liga os dois mundos e exercer o domínio da Rainha sobre a Terra. Astarte, no entanto, é o único que desconhece o seu destino, até o momento de cumprir com a sua sina. Avesso aos interesses do seu povo, o elfo resolve juntar-se aos mortais em Santo Ossário. Agora, Nicole e Astarte estão ligados a um mesmo propósito: reunir os habitantes da pacata cidade e derrotar os seres místicos que ameaçam dominar o mundo.

Nerd véio como eu, depois de uma sinopse dessas, eu tinha que ler esse livro.

Um dos pontos fortes de Leonel são suas cenas de ação. São cinematográficas e emocionantes, unindo as emoções internas dos personagens com o que acontece na cena. E o mais importante, Leonel usa grande parte da narrativa para conhecermos os protagonistas Nicole e Astarte, o que faz com que, quando chegam as cenas de ação, eu estava emocionalmente investido nos personagens. Gostei muito do personagem Felix, principalmente pelo elemento de humor que ele introduziu na trama.

Mas o que mais me chamou atenção foi a cidade de Santo Ossário, uma cidadezinha do Ceará, bem brasileira. Eu leio trocentos livros de fantasia gringos por ano, e ver uma cidade bem brasileira, com personagens bem brasileiros é muito bom! O livro também aborda questões filosóficas interessantes a respeito da força de vontade humana, dando uma profundidade interessante na história.

Fica a recomendação.
comentários(0)comente



Beatriz B. 13/10/2013

A premissa do livro é incrível e os personagens são envolventes, mas desapontou no início. A história demora para prender, se resume em mesmice por páginas a fio e quando "andava" um pouco, o excesso de detalhes sobre a nova situação entediava.
A Trama: Depois de um prólogo confuso, o livro começa alternando entre o cotidiano dos protagonistas, Nicole e Astarte. Ambos vivem em mundos bem diferentes... literalmente. Nicole achava que cursando uma faculdade no exterior estaria bem longe de seu passado e da cidade natal, até receber uma carta do banco dizendo que perderia o apartamento e a bolsa de estudos e teria que sair do país com dívidas. Sem alternativa, volta para o único lugar que conhece, Santo Ossário, uma cidade fictícia mais envolvida com magia do que seus cidadãos imaginam. Enquanto deixa sua antiga casa habitável (pois quando tinha quatro anos de idade um sinistro incidente destruiu a mansão), Nicole conhece Felix, um mercenário que parece ser a única opção de amigo disponível. As poucas empresas existentes na cidade pertencem à família Strauss, tratados como realeza pelos cidadãos. O que ninguém suspeita é de seu envolvimento com culto à Rainha Titânia, citada como "A Rainha da Beleza", uma elfa sanguinária e cruel que se alimenta de sacrifícios. Porém seus planos não têm funcionado. Seu filho, Astarte, ao invés de unir-se a ela para matar os humanos, decide salvar a raça inferior, começando por ajudar Nicole.
Enquanto isso, a narrativa também acompanha o elfo Astarte. Ele treina a "arte élfica", com direito a muita filosofia profunda, em Arcádia, um mundo bem diferente da Terra. Entretanto, há um segredo importantíssimo em volta dele e algumas coisas começam a fazem sentido depois dessa revelação.
A trama é repleta de mistérios até o desastroso encontro dos protagonistas e para mim o clímax começou a partir desse ponto. Porém, depois da metade do livro, senti o ritmo ficar corrido, como se o autor quisesse se apressar, gerando furos na trama que dão um ar irreal, e não de fantasia. Quando tudo se acalma, volta o excesso de informações. Para compensar, as cenas de combate são sangrentas e pude visualizar bem as descrições, mesmo que o resultado de narrar muitas batalhas ao mesmo tempo tenha sido falho.

*Nota: Durante a narrativa, o autor explica um pouco sobre o que é a arte élfica e como tudo é movido por algo. É um conceito complicado e boa parte do livro foi de explicações sobre isso. A língua dos elfos em O Código Élfico é a mesma criada por Tolkien, o Quenya, mas Leonel transcrevia apenas a tradução direta.*

Os Protagonistas: Nicole foi ideal. Ela não desejava ser a heroína, assim como não queria ser o símbolo das conspirações, então ao invés de ficar lamentando, simplesmente seguia em frente. O autor entendeu que há um abismo entre "opinião formada" e "cabeça dura e teimosa". Nicole tem medos e recaídas, assim como pontos fortes, algo bem diferente de "coragem heroica e cega". Ao longo do livro, ela passa por uma jornada de autoconhecimento, amadurece, aprende a se importar com as pessoas e a enxergar o potencial por trás do rótulo de “Princesa das Lendas Urbanas”.
A primeira imagem que tive com a descrição do elfo Astarte foi Legolas de Senhor dos Anéis, mas isso me ajudou a imaginar os outros elfos citados, já que não há descrição da aparência deles e mesmo que seja óbvio, eu espera isso de um livro onde o autor faz questão detalhar quase tudo. Enfim, Astarte sabe muito bem qual sua "missão" e não dá uma de Sou a última esperança do mundo por causa disso. Achei interessante descobrir seu passado, totalmente diferente do que esperava. A escolha que ele toma, para a infelicidade de Arcádia e sorte dos humanos pode parecer spoiler, mas o maior divertimento do livro é o que ela acarreta.
Eu gostei de o autor não fazer da paixão dos dois protagonistas o ponto principal e sim só mais um detalhe, porém a forma como tudo é “criado”, instantâneo e óbvio, não me convenceu. Em suma, ambos os protagonistas contaram pontos positivos, pois mesmo perdidos e conturbados, se dedicaram em descobrir os planos dos cultistas ao invés de desperdiçar tempo com conflitos internos que não levariam a lugar nenhum.

Os Personagens Secundários: São tantos personagens que se eu fosse citá-los a lista seria infinita, mas são três os mais importantes.
Félix deu mais humor à trama. No começo, ele parecia apenas mais um fã obcecado por Nicole, mas depois conhecemos melhor seu passado, qual sua visão do mundo e motivos para buscar vingança, me fazendo vê-lo de uma maneira mais tangível e classificá-lo como importantíssimo no livro.
Agora os vilões! No começo, Emanuel Montague era apenas um dos muitos personagens “ocupando espaço”, mas ele foi subindo de cargo e o meu nível de compreensão da sua vilania também. Emanuel desde pequeno é tão manipulador que fez uma cidade inteira o ver como exemplo e com admiração. Entretanto, por trás de todo esse carisma, Emanuel brinca com a mente das pessoas, como se todos fossem peças de jogo, além de ser responsável pelas cenas de luta mais agonizantes!
Já Salomão Manzisi foi considerado o último Dragão na época em que sua filha Nicole era pequena, porém o resultado da derrota acabou com sua vida, mas não com sua fama ou espírito assassino. Salomão acreditava que a Rainha falava com ele através de detalhes aleatórios, portanto sempre caçou mensagens subliminares em tudo e novas vítimas para praticar sacrifícios e cultos à Rainha na própria casa.

Capa, Diagramação e Escrita: As cores mórbidas da capa e seu interior
combinam com a história, estranha e anormal, no melhor sentido. Não me atrairia numa livraria, mas seu tamanho contorna isso. A diagramação está muito boa, as letras são maiores que o habitual e ocupam boa parte da página. Um arco e flecha é a divisão na mudança de foco na narrativa. No geral, Leonel faz várias comparações com uma trama de horror clássico hollywoodiano, talvez porque seu livro se assemelha a uma em vários aspectos e ele quis fazer um humor por cima disso. Não nego que foi uma leitura difícil, mas quando conseguiu me prender, analisei melhor a escrita do autor e falo com sinceridade que Caldela escreve muito bem quando não exagera na minuciosidade das descrições e merece palmas por fazer bons personagens. O que mais me fixou na leitura foram os seus diálogos, pois percebi diferenças no modo de falar dos personagens.

Concluindo: Gostei da inovação da mitologia sobre os elfos, pois geralmente são serem pacíficos, mas neste livro eles usam sua artilharia para um propósito cruel e sanguinário. Eu não achei o final satisfatório. Depois de encarar um tijolo desses, o livro tinha de ter um final, mesmo havendo possibilidades de uma continuação, porém o autor encerra o volume sem definir nada, não é exatamente um gancho, eu achei que ficou muito vago. O livro tinha potencial, mas apenas perto do fim me envolvi realmente e esse foi o maior ponto fraco: os detalhes se estendem demais, muitos deles são desnecessários e alguns não convenceram.
comentários(0)comente



Rangel 02/01/2014

Um bom livro!
No início, confesso que não consegui me habituar com o ponto de vista que o autor descreve a narrativa, no desenvolvimento da história, ele alterna os pontos de vista entre os personagens principais (inicialmente Nicole e Astarte, depois Emanuel/Abel/felix) sem se importar muito com uma ordem cronológica. Mas, quando você se acostuma, fica fácil identificar o tempo e isso acaba se tornando um atrativo a mais para a obra. Os personagens são cativantes, Astarte, Príncipe dos elfos nascido em dois mundos, aprende a amar a imperfeição humana e vê nos olhos da Princesa das conspirações, a pessoa mais abduzida da terra(Nicole Manzini) um sentido na vida, algo em que/para que lutar.
Nicole, uma menina que perdeu a fé na raça humana devido aos devaneios de seu pai (Salomão Manzini) aprende com astarte a apostar novamente nos seres humanos, juntos, os dois desafiam os poderes da rainha da beleza, e de seu campeão na terra (Emanuel Montague) trilhando uma árdua batalha com cultistas, serial killers, e outros seres místicos e ritualísticos. Fico muito contente vendo autores brasileiros como Leonel Caldela se aventurarem nessa forma literária,magia, romance, momentos cômicos e muita aventura, formulas que foram usadas pelo autor para criar uma obra magnífica e inteligente, o código élfico e uma boa opção, para que deseja "viajar" sem sair do lugar.
comentários(0)comente



Alan 17/01/2014

Santo Ossário, a Silent Hill brasileira.
Juntando o nome “élfico” na capa do romance mais o fato da personagem principal ser uma mulher, meu preconceito julgou que esse livro trazia uma história de fantasia teen tipo um Crepúsculo da vida. Não podia estar mais errado. O Código Élfico traz uma aventura com toques de terror e fantasia em uma cidade do interior fictícia chamada Santo Ossário. O tom macabro no decorrer da trama me fez enxergar a cidade como uma Silent Hill brasileira. Inclusive usando todos os cenários típicos de histórias de mistério que se passam em cidades do interior como manicômios, porões cheios de segredos, açougues macabros, casarões antigos e cultistas. O maior diferencial é que aqui há elfos, duendes e grifos no lugar de fantasmas e demônios. Mas não se engane. Mesmo apresentando criaturas mais relacionadas a contos de fadas há passagens bem assustadoras. O livro conseguiu me deixar apreensivo em certas partes mesmo falando sobre elfos. Algo que nunca havia me acontecido antes.

site: http://www.almhpg.com/tolkienmetal/?p=1951
comentários(0)comente



50 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR