Origens do totalitarismo

Origens do totalitarismo Hannah Arendt




Resenhas - Origens do Totalitarismo


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Suzanie 02/07/2020

Dificil descrever
Sem palavras para descrever esse livro. Impactante e desafiante para a nossa compreensão. Acima de tudo, indispensável.
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@PinkLemonade 17/06/2020

Leitura valiosíssima para a compreensão dos nossos
ARENDT se propõe a explicar, na visão de alguém que vivenciou em primeira mão, as razões dos movimentos totalitários que marcaram o séc XX.

A autora nos ensina as diferenças entre movimentos totalitários e os ditatoriais, frequentemente confundidos.
A leitura demonstra ainda as últimas consequências do pensamento utilitarista, que desencadeou em uma massa atomizada preparada tanto para atos de assassínio quanto para ser as vítimas de grandes expurgos e genocídios.
Leitura extremamente interessante e profunda.
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Gabinas 18/05/2020

Uma leitura relevante
Confesso que ler Hannah não é fácil, não porque sua narrativa seja complexa, pelo contrário, mas por todo contexto histórico, social e filosófico que sua leitura implica. A clareza de suas colocações e percepção da humanidade são de emocionar. Um livro que te faz buscar mais conhecimentos, que desperta sua curiosidade sobre a história e a mente humana.
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RALPH 14/04/2020

Hannah nunca é uma leitura fácil, porém prazerosa
Hannanh a grande filosofa do século XX, traz nesse volume com riqueza de detalhes os principais tópicos sobre o antissemítismo, imperialismo e totalitarismo, discorre com precisão sobre os temas com farta bibliografia para corroborar suas teses. Em especial o capitulo III, não se prende ao totalitarismo alemão e discorre sobre o totalitarismo russo, excelente livro.
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fabio.ribas.7 17/12/2019

Hannah Arendt
Há muitos filmes tratando do tema do Holocausto. Há uns filmes que eu detesto, como, por exemplo, “A vida é bela”. A justificativa do filme não me convenceu. Não gosto de nada que me coloque fora da realidade, mesmo que sob a desculpa de uma certa ludicidade do universo infantil. Não gosto de filmes que turvam a realidade ao mesmo tempo que tratam da própria realidade. Valeria a pena, como exercício didático do que estou dizendo aqui, assistir ao genial “Trem da vida”, que transborda todas as qualidades que faltam ao filminho do italiano Roberto Benigni. Aliás, dizem que o filme do italiano é um plágio descarado, um verdadeiro roubo de roteiro adaptado desse fascinante filme francês “O trem da vida”.

Polêmicas à parte, ou melhor, talvez insistindo nelas, devo confessar que, embora veja muitas qualidades no filme de Spielberg - A Lista de Schindler – este também não me agradou por recorrer ao lugar-comum do “vilão alemão enlouquecido”. O tema do alemão louco que teria posto em prática o assassinato de mais de 6 milhões de judeus é uma imagem que já está impregnada em nossa psique pela recorrente utilização dessa caricatura em tantos filmes, séries, comédias, etc. Todavia, ao ler o impressionante “Origens do Totalitarismo” e o revelador “Eichmann em Jerusalém”, ambos da filósofa judia Hannah Arendt, precisamos certamente desconstruir os mitos que a propaganda mundial fez-nos crer.

A ousada tese de Arendt nos dois livros é: “O fato de ter sido ou estar sendo vítima da injustiça e da crueldade não elimina a sua co-responsabilidade”. É! É isso mesmo o que você vai encontrar nos dois livros – a responsabilidade da vítima (no caso, o judeu) naquilo que fizeram contra ela. A crença do judeu num “anti-semitismo eterno” é um dos argumentos que Arendt expõe e que era compartilhado pelos judeus ao lado dos seus próprios algozes. O anti-semitismo foi encarnado como um destino inevitável pelo judeu, defende Arendt. Para ela, o próprio judeu dirigiu-se aos campos de concentração sob a forma de um cordeiro seguindo ao matadouro, porque acreditava nesse seu destino eterno. É a teoria do bode expiatório que, segundo a filósofa judia, “acentua a absoluta inocência das vítimas do terror moderno”. Por que os judeus e não outros? Tudo será justificado sobre as bases do anti-semitismo eterno. Este é o argumento usado tanto pelos algozes como pelos próprios judeus.

Em “Eichmann em Jerusalém”, além da denúncia de que os próprios judeus entregaram seus pares ao Holocausto e que eles, assumindo o papel histórico de bode expiatório, não se revoltaram contra os poucos guardas que empurravam milhares aos trens de carga, Hannah Arendt desmistifica também o mito do “alemão louco”, aquele ensandecido e fora de sua razão, o monstro germânico que engendrou o Holocausto para saciar o seu sadismo e mesquinhes. Esta imagem cai por terra. A filósofa judia olha para dois pontos fundamentais: primeiro, o homem que participou da máquina assassina que levou todo um povo à morte é um ser-humano normal, um simples operário do Estado, alguém que estava cumprindo ordens, um funcionário público – alguém que lançou sobre o Estado a sua responsabilidade pessoal de refletir e de sentir: a moral humana foi trocada pela moral do Estado. Aqui, quero explicitar a lição que aprendi ao deparar-me com isso que ela chama de a banalidade do mal: há uma esfera da existência humana em que Deus não permitiu – e nem permite – que nos “refugiemos” nEle – a esfera de nossa própria responsabilidade! Segundo ponto observado por Arendt em seu livro, desmitifica outra estupidez geral perpetrada pela mídia e livros de história: o Holocausto vendido como simplesmente um crime alemão! A observação de Hannah por todo o processo de julgamento de Eichmann expõe a verdade que levou ao veredito óbvio, populista, cheio de irregularidades e que findou por esconder os verdadeiros criminosos: o Holocausto foi um crime Europeu. Ninguém defendeu os judeus – nem a esquerda europeia! Todos os países da Europa “fecharam seus olhos” e enviaram à Alemanha e a outros campos criados pelos nazistas os seus próprios judeus. Todos participaram. Todos assassinaram. O criminoso “alemão louco” não ajuda em nada a causa judaica, apenas esconde o mal que habita dentro de toda raça humana. O “alemão louco” é uma caricatura, um mito, o vilão criado para que eu não tenha que assumir a minha culpa neste processo, mas fica o alerta: “cada crime precisa de um criminoso de carne e osso, do contrário negamos a responsabilidade humana”!

Enfim, são muitos temas surpreendentes levantados por Hannah em seus dois livros, contudo um tema também me instigou por revelar o que há por trás de “nossas boas ações”: os nazistas estavam sendo julgados porque assassinaram seres humanos ou porque destruíram uma cultura? Ora, os ciganos também foram devastados, mas não vemos tamanha comoção em relação a este grupo. Esta lógica macabra é a mesma que preserva culturas indígenas que assassinam crianças recém-nascidas em nome de alguma crença cultural e é também a mesma lógica que rege o aborto – a cultura feminista acima da dignidade da vida humana. Quando o ser humano é sacrificado no altar da cultura, então estamos diante de uma nova religião, de um novo deus e de uma terrível idolatria. Para Hannah Arendt, a comoção mundial ao Holocausto judeu se deve ao fato de terem destruído uma cultura milenar e não pala razão de terem assassinado seres humanos!

Cheguei até aqui apenas com a intenção de sugerir um filme sobre o Holocausto. Um filme sem caricaturas de alemães sádicos, mas com gente de carne e osso, assassinos de carne e osso, pessoas que entram no Estado e se veem como uma peça do sistema burocrático amoral. O filme é “O menino do pijama listrado” - um filme poético e assombroso. Aqui, ao contrário de "A vida é bela" a inocência da infância não é perdoada diante do peso da realidade engendrada pelo mundo dos adultos.


site: https://www.facebook.com/fabio.ribas.7 https://kiestoulendo.blogspot.com/
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Inalda 28/11/2019

Origens dototalitarismo.
A contradição entre o" realismo" como era cinicamente enalterado pelos movimentos totalitarios.
A questao judaica e o antissemitismo, devido a perseguição dos judeus e ao holocausto . etc.
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Lucas.Bogoni 15/11/2019

Breve comentário
Não me atrevo a fazer uma resenha deste livro que daria uma tese... Vou fazer apenas alguns comentários sobre minha experiência de leitura.
Sempre me perguntei como estes povos concordaram e fizeram as atrocidades que fizeram. Este livro sanou muitas de minhas dúvidas. Li ele ao mesmo tempo que o "1984", o que me ajudou muito, principalmente no último capítulo do livro.
Abaixo vou somente comentar brevemente alguns aspectos dos capítulos.
No capítulo do antissemitismo, Hannah faz uma análise do antissemitismo europeu como um todo, mostrando as várias facetas que deram origem a este sentimento de ódio aos judeus explorado pelos nazistas tanto para implantar o sistema totalitário quanto para mantê-lo..
O imperialismo, Segundo Hannah, fortalece os estados-nação e acirra as questões raciais européias, gerando uma leva de apátridas e povos sem nação. Esse questão amplia o racismo e o ódio, por ninguém saber o que fazer com essas pessoas que estão em um estado mas não fazem parte daquela nação.
Na parte do totalitarismo destaco a questão do uso do terror para destruir o indivíduo, a objetificação do ser humano que se torna descartável e invisível.
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setantarpgs 07/09/2019

Incrível capacidade de articulação de ideias!
Depois de ler Eichmann em Jerusalém, decidi ler Origens do Totalitarismo. Foi uma ideia feliz, porque pude entender com muito mais profundidade a história de alguns países - França, África do Sul, Alemanha e Rússia. Além disso, compreendi melhor o processo de instauração do nazismo alemão e do bolchevismo russo, pelo fato da autora fazer um comparativo entre o que aconteceu na Alemanha e na Rússia, pontuando as semelhanças e divergências entre os dois movimentos. Esse livro me ajudou a compreender melhor as motivações e a natureza humana e, em muitos momentos, consegui fazer uma associação entre o que a História nos revela nos séculos XX e XIX e o momento atual do Brasil. Tornou-se um dos meus prediletos. Quero ler tudo da Hannah Arendt,
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Eliseu 09/02/2019

As origens do Totalitarismo
O Totalitarismo construiu uma narrativa explicativa do mundo baseada no medo e no terror (potencialmente aumentado devido aos fatores envolvidos), impondo a violência extrema dos campos de concentração contra o "outro",um personagem potencializado como o grande mal da sociedade, que precisa ser purificada para ser salva. Essa purificação isolou e exterminou milhões de pessoas. O Totalitarismo chancelava o bizarro e disforme. Hitler estava apenas seguindo "as leis da natureza" e Stalin "as leis da História". Uma das questões que chama a atenção é de como as pessoas puderam consentir com tamanha monstruosidade. Hannah Arendt explica que regimes totalitários se desenvolvem em ambientes de extrema ausência de compaixão causada por algum trauma geopolítico. Segundo ela, nesse cenário, as pessoas se desfazem da sua individualidade em nome da nação, é a "sociedade atomizada" onde o domínio total passa pelo condicionamento do comportamento de todos.
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Isotilia 06/03/2017

Esse livro é incrível!
Esse livro é incrível. Não dá para falar tudo num espaço tão pequeno.
Confira três posts no blog.

site: http://500livros.blogspot.com/2017/03/reinaldo-de-azevedo-nao-e-hannah-arendt.html
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Rafael 14/06/2015

Brilhantismo
De partida, é preciso sinalizar a cabal desonestidade intelectual à pretensão de elaborar uma resenha-resumo de um livro de pomposa magnitude no que tange aos acontecimentos do século XIX e o XX, em especial ao último, sob a perspectiva histórico-filosofia da sociedade e do Estado. Hannah Arendt, nesta incrível obra, faz uma retomada do antissemitismo enquanto movimento político, suas implicações para o povo judeu e seus lamentáveis desdobramentos que desembocaram na "solução final" nazista; apresenta-nos os elementos essenciais do imperialismo e destrincha os movimentos e regimes totalitários (stalinismo e nazismo) como ninguém tinha feito ou, quiçá, será capaz de fazer com tão maestria algum dia. Um livro que - por sua densidade psicológica, filosófica, política e histórica - exige do leitor paciência, intensa atenção e conhecimentos prévios a respeito dos assuntos abordados. Há que ser dito também, assim como muitas outras coisas deste livro, que a obra não estanca no espaço/tempo em que foi elaborada. A facilidade de trazer o pensamento de Hannah aos nossos tempos é característica imanente da leitura de Origens do Totalitarismo. Mergulhamos definitivamente, através desta obra, naquilo que foi a realização da fantasia judaico-cristã (o inferno) na Terra: o Nazismo e Bolchevismo. Hannah cientificamente nos mostra o devastador rumo que a Europa Ocidental, Central e Oriental tomou ao ter sucumbido às duas grandes mentiras do século XX (os regimes totalitários) que, por pouco, teriam levado a humanidade à extinção. Não é obra comestível e nem de leitura corrente, mas inteligivelmente lida por aqueles que apreciam o árduo, aprofundado e inteligente trabalho de um clássico da literatura.
Danilo Belo 09/05/2017minha estante
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Julio Alessio 23/01/2018minha estante
Zero estrelas?




Cris Lasaitis 15/03/2014

As Origens do Totalitarismo: Antissemitismo, Imperialismo, Totalitarismo
Resolvi atravessar as Origens do Totalitarismo só em razão de chegar nos últimos capítulos, que tratam do clímax do nazismo, quando acontece esse fenômeno que me faz sacar a caneta a todo momento no meio do metrô para sublinhar partes.
O que vejo de mais surpreendente é que a análise da Hannah escancara o poder que as realidades totalitárias têm de atropelar a ficção. Não apenas isso, ela disserta como as ideologias dos sistemas totalitários criam, fundamentam-se e sobrevivem a partir de uma ficção de Estado persistente e permanentemente instável, tão absurda que beira o inverossímil.

A própria ficção esbarra nesse limite: a verossimilhança. Uma história inventada, para ser convincente, não pode se inclinar tantos graus na direção do absurdo.

Não aprendi tanto lendo 1984, Animal Farm, Admirável Mundo Novo, The Handmaids Tale, Farenheit 451 ou nenhuma das distopias que adoro. Não vou dizer que essa constatação mata um pouco da autora dentro de mim, mas esse livro da Hannah Arendt é mais uma das coisas que me levam a perguntar como escrever ficção com esta realidade?

site: http://cristinalasaitis.wordpress.com/2013/12/29/retrospectiva-literaria-2013/
Caique 12/07/2016minha estante
Imperdível !


Luan.Jose 29/03/2018minha estante
Já quero ???


Yasmin 17/10/2022minha estante
Lindíssima resenha, muito obrigada. ??




Arsenio Meira 12/02/2013

"As Origens do Totalitarismo" é a obra-prima de Hannah Arendt. Lançado em 1951 (com edição nova na praça em 2013), é a suprema história do povo judeu, analisada século após século, com o desfecho do trágico destino deste povo sob o julgo do Nazismo.

É um autêntico show de erudição. Ao mesmo tempo, Arendt defende o individualismo, em linhas que só a Alta Cltura permite despontar.

Como um triste prenúncio, Arendt enxergou na sociedade massificada, a receita certa para o caldo peçonhento do totalitarismo, em suas vertentes mais cruéis: a Direita, vivificada por Hitler e a Esquerda, protagonizada por Stálin, irmão de Hitler em matéria de matança direcionada à etnias, opções sexuais e políticas e crenças diversas.
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