Raposo 03/03/2024
Um início empolgante
Tenho uma relação bem curiosa com "A Torre Negra", pois tentei iniciar a leitura em idos de 2013 e, por n fatores, não cheguei na metade da saga épica que o Stephen King escreveu, porém me lembro bem dos dois primeiros livros (que foram os únicos que li na época).
Anos depois - mais precisamente, quase 11 anos -, estou com os primeiros fios brancos nascendo na barba e pegando nos cabelos; eis que decidi reiniciar a jornada rumo à torre. Decidi que era o momento propício para seguir por este caminho e, sendo bem honesto, o primeiro livro me surpreendeu positivamente por demais.
Aqui temos toda uma apresentação do universo que nos cerca enquanto acompanhamos Roland, o último pistoleiro vivo, em sua busca pelo homem de preto. Ao longo dessa perseguição somos presenteados com uma trama que sabe segurar seu ritmo e nos entrega algo que vai muito além do que aparenta.
Cabe mencionar que esse livro tem diversos momentos que, sim, podemos chamar de barriga e muito disso se deve ao fato do King ter elaborado esse começo em uma época onde era muito novo - ele mesmo diz que começou a saga aos 19, além de fazer um monólogo bem interessante sobre a idade. Então, dá pra se relevar muitos pontos assim em uma segunda olhada; todavia não dá pra negar que, em primeiro momento, torna a trama cansativa, pois acaba explicando demais.
Ao longo das páginas entendemos melhor o universo que nos cerca, os dilemas de nosso protagonista e os porquês dele ansiar tanto alcançar o homem de preto (mesmo sabendo que isso o faz cair em todas as armadilhas do seu alvo). É um livro que sabe criar bons pontos de virada e sabe entregar a tensão nos momentos certo.
Além disso, é o tipo de livro que começa bem uma saga que quer trabalhar com um mundo de proporções imensas, inclusive em sua parte final; que é onde entendemos a questão do mundo seguir adiante.
No mais, é um livro que possui seus pontos meio cansativos, porém entrega um início bem empolgante para uma série que almeja trabalhar uma jornada entre mundos e realidades. Inclusive, é um livro que indico para quem deseja conhecer uma faceta do King diferente, afinal aqui é mais clima de aventura épica do que horror/terror.