spoiler visualizarLorena831 23/01/2024
"Oi. Eu sou o Daniel."
"Oi," eu respondo. Eu sou a June."
Não sei nem o que falar sobre esse livro, além de que ele foi um ótimo encerramento para a trilogia. A autora continua escrevendo uma história muito interessante, que prende e nos deixa curiosos sobre o seu desfecho.
Quando terminei de ler Progidy fiquei com impressão que a parte sobre a guerra entre a República e as Colônias havia se encerrado e que não havia mais o que desenvolver sobre isso, mas eu não podia estar mais enganada... a história de Champion se desenvolve de uma forma que o novo desdobramento faz muito sentido. Entretanto, fiquei um pouco confusa sobre a "mistura" entre o vírus que infectou o Éden e o vírus que infectou a June, mas faz sentido a June estar ligada a isso, porque quando ela ficou doente em Prodigy não parecia só um resfriado, só acho que a explicação sobre a praga poderia ser melhor. Ainda sobre a praga, não entendi como ela se espalha, porque parece que ela só é contagiosa quando conveniente para a dramatização da história, por exemplo: a Tess pegou a praga e não podia entrar em contato com ninguém, mas quando o Éden estava doente, ou até mesmo a June, ninguém do círculo de convivência foi infectado, além disso não explicaram como/porque esses três personagens ficaram doentes. Outra situação médica que ficou meio jogada foi a doença do Day, talvez eu estivesse viajando, mas não vi ele reclamando de dor de cabeça por uma quantidade de tempo/vezes que fosse alarmante, então achei o plot da doença dele meio forçado. Fora isso o livro é perfeito.
Eu gostei muito do desenvolvimento da June nesse livro e da forma como ela foi descobrindo sua verdadeira vocação e sobre o Anden, bom, ele é uma boa segunda opção pra ela kkkkk (mas o fato deles terminarem chocou um total de 0 pessoas, né?). Outra coisa que eu gostei bastante foi o Éden aparecer mais, o relacionamento dele com o Day é muito fofo. Também gostei muito que a Tess voltou a ser só amiga do Day... assim é muito melhor. E outro personagem que eu não poderia deixar de mencionar é o Pascao, gostei muito que ele apareceu mais nesse livro, já que ele é um personagem muito divertido.
Mas é claro que eu não poderia deixar de falar sobre o final. Eu passei muita raiva porque por um momento achei que o Day ia morrer e eu acho ridículo matar o personagem principal no último livro, mas ele não morreu, ficou em coma por meses. Aí ele acorda e não dá nem tempo de ficar feliz direito que a autora já joga a bomba que ele perdeu a memória ;-; aí você pensa a June vai ajudar ele a se lembrar e ela decide que vai embora para não machucá-lo com lembranças, é sério??????? Só que aí, depois de ter surtado um pouco, eu percebi dentro do contexto que faz sentido ela ir embora porque as lembranças dele sobre o que aconteceu com a família ficam mais forte quando ela está perto, pelo menos agora que é recente, mas isso não que dizer que não seja triste kkkkkkrying. Então a parte em que eles se reencontram no final é muito boa, eu ameei, esse casal é perfeito e eu achei que foi um final "feliz", mas não feliz demais a ponto de ser irrealista. Imagino que no conto a autora vai trabalhar mais como eles vão fazer o relacionamento deles funcionar apesar de toda a bagagem. Além disso, a cena em que a June olha a foto do Metias e fala que tem a idade dele agora e que a partir só próximo aniversário ela será a irmã mais velha, me destruiu, mas eu achei que ela conseguiu "superar" a morte dele, ou pelo menos conviver melhor com ela.
Enfim, eu amei a trilogia e acho que vale muito a pena ler.