Quando ela acordou

Quando ela acordou Hillary Jordan




Resenhas - Quando Ela Acordou


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Literatura 27/09/2013

Poder e polêmica
Se você é como eu, que os olhos brilham cada vez que um livro novo aparece na sua frente, sabe o quanto os autores tentam copiar e / ou reinventar os clássicos. Surgem algumas ideias escabrosas, quebras de gêneros, cópias mal feitas e disfarçadas e umas ou outras boas sugestões. Mas poucas são verdadeiramente poderosas... E Quando ela acordou de Hillary Jordan é um desses casos.

Seguindo a premissa do grandioso A letra escarlate, a autora escreveu uma distopia real e incomparável. Hannah Payne mora em uma América comandada pela Igreja e Estado, de uma forma quase ditatorial. Ela vive em função da família e igreja, mas vive uma paixão escondida com Aidan, um célebre ministro e um dos ícones da religião vigente e dominadora. Eis que Hannah engravida e, devido às circunstâncias e preceitos impostos por aqueles que os comandam, aborta. E paga caro por isso...

Hannah acaba por ser descoberta e condenada por assassinato - afinal havia matado uma criança, fruto de um homem casado. Firme e forte, disposta a não delatar o seu amante, é condenada a ser cromada. Isso mesmo! Nesse universo tenebroso as pessoas tem a pele "pintada" de acordo com o crime cometido. Assim, ela passa a ser uma Vermelha, pária, mal vista pela mãe que a rejeita e a sociedade que renega a todos os marcados. Nesse mundo intransigente é onde a nossa heroína tenta descobrir o caminho para sua própria vida - e liberdade.


Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/09/resenha-quando-ela-acordou-poder-e.html
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Letícia 04/05/2019

Quando ela acordou.
O livro é uma distopia, onde a punição de qualquer pessoa que cometa um crime seja ter a cor de sua pele alterada de acordo com seu crime. Nossa protagonista é Hannah, uma vermelha, que enfrenta as dificuldades não apenas de viver como uma Cromo, mas também está no meio de uma crise espiritual conflitante e angustiante.
A forma como o livro trabalha todos os seus aspectos é fantastica: o conflito de Hannah em relação a si mesma, a sua religião, a vida que levava e a vida que levará a partir de agora.
Escrita que flui muito bem e te prende.
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Samanta 20/07/2019

Parte do livro fiquei com a sensação de Thelma e Louise, porém passando em Gilead ( pequena parte, mas nesmo assim). As circunstâncias da Hannah não poderiam ser piores, mas a narrativa conseguiu me deixar feliz muitas vezes. Muito além de uma história sobre machismo e sobre o sadismo de quem se diz uma boa pessoa, o ponto aqui é a fé, não no sentindo religioso, por mais que possa parecer em alguns momentos. A fé em si, a fé no próprio caminho, a fé na própria história, na própria evolução, no futuro. A fé na salvação, e a fé naquele final feliz que ninguém te contou, que você não viu em lugar nenhum, aquele que final feliz que de vez em quando vai doer, mas ainda sim, o final feliz.
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Nay 09/10/2019

Hipocrisia
Hipocrisia é o que domina este livro.

Hipocrisia de pessoas que cometem erros e fazem escolhas mas estão sempre buscando culpados ou justificativas.

Hipocrisia de uma sociedade que se julga justa mas excluiu e maltrata.

Hipocrisia de pessoas que se intitulam "boas" pra cometer atos repugnantes.

A leitura pode ser fluida mas cansa em alguns momentos que se repetem demais. A protagonista não me cativou. Achei ela um pouco sem carisma e sem energia, apática.

Sua evolução e busca pela identidade própria é válida, mas em VÁRIOS momentos ela me pareceu só uma garotinha mimada e arrogante disfarçada de boa moça.

Enfim, não é uma leitura ruim e nos da um tapa na cara apontando como somos hipócritas, mas está longe de ser um excelente livro.
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Gabriel 15/01/2020

Apesar de possuir - em sua maioria - críticas positivas e de ter sido considerado como um dos grandes clássicos do século XXI, Quando Ela Acordou, escrito por Hillary Jordan não chegou a se tornar uma febre mundial e, aqui no Brasil, o livro vendeu uma quantidade tímida de cópias. Quando comparamos com o gigante O Conto da Aia que tem se tornado cada vez mais popular graças a sua adaptação televisiva pelo serviço de streaming Hulu, devo começar essa resenha dizendo que Quando Ela Acordou merecia o mesmo hype que a distopia escrita por Atwood. Lançado em 2013 e trazido para terras nacionais pela editora Bertrand Brasil, o livro possui uma excelente história com muita identidade em que nada se assemelha a obras do gênero, mas que trazem reflexões importantíssimas e cada vez mais próximas sobre o futuro de nossa sociedade, o que muito nos preocupa.

Na narrativa criada por Jordan, o estado não é mais laico e nos deparamos com uma América totalmente teocrática em que os criminosos não são julgados e mantidos em cárcere privado de acordo com a gravidade de seus crimes; Agora passam por um processo de modificação genético chamado de Cromagem em que sua pele é pigmentada de acordo com seu delito e novamente liberados para assim receberem o julgamento em que a população acredita ser o mais adequado, geralmente a morte. Denominados como Cromos, os condenados por furto e roubo recebem o pigmento amarelo, para os pedófilos e estupradores, a cor azul, enquanto que para os assassinos - a categoria mais grave - recebem o pigmento vermelho em suas peles. Após o procedimento, todos os Cromos passam por um período de 30 dias em que ficam trancafiados em uma cela e todas suas ações são gravadas e transmitidas em uma espécie de reality show para toda a população. Decorridos os 30 dias, os Cromos são novamente inseridos na sociedade e irão se manter com os pigmentos coloridos durante o período determinado no momento de seus julgamentos, vivendo sob fortes restrições em que não podem sair das cidades e precisam se apresentar aos centros de cromagem em períodos determinados para a renovação dos pigmentos. Os Cromos então tornam-se alvos de uma sociedade conservadora e autoritária e em meio a esse cenário altamente segregatório, a taxa de morte dos Cromos é altíssima e muitos deles não conseguem chegar aos finais de suas penas, sendo perseguidos por grupos de extermínio ou fanáticos religiosos. Hannah Payne acorda numa cela fria e escura, como uma Vermelha. Após seu julgamento, ela foi acusada a assassinato por abortar seu filho, fruto de um relacionamento extraconjugal com um poderoso líder religioso. Hannah opta por proteger a identidade do homem, já que nutre uma forte paixão por ele e uma revelação como essa, iria por fim a sua carreira meteórica e o casamento feliz em que se encontra. Ela então é condenada a se tornar uma Vermelha e precisa lidar com a rejeição de sua família e, principalmente de sua mãe, além de se encontrar sob julgamento de uma sociedade que acredita que o aborto é a pior afronta contra as vontades de Deus.



Após o período em que é confinada e exibida como um animal para todo mundo assistir, Hannah é liberada e não possui qualquer perspectiva de futuro: Os Cromos são tratados como a parte mais suja da sociedade e não conseguem encontrar trabalhos formais, moradias ou possuir qualquer outra condição minimamente aceitável de vida. Muitos Cromos procuram os centros de reabilitação em que são torturados e obrigados a reviverem seus traumas enquanto buscam a redenção perante a Deus. Sem saber muito para onde ir e com medo de encontrar membros do Punho de Cristo - um grupo extremista que caça e mata Cromos pela rua - Hannah dá entrada a um desses centros de redenção e lá começa seu verdadeiro inferno particular. É impossível descrever em palavras o quão mal me senti nesse momento da leitura, principalmente por tudo que a protagonista precisou enfrentar para que Deus a perdoasse por ter assassinado uma alma inocente, como é repetido incansavelmente para ela. A leitura é muito repulsiva e eu me via com um forte sentimento de revolta e asco, no entanto, esse havia sido a única maneira encontrada por Hannah para a redenção, visto que muitas Cromos, quando não eram mortas, eram sequestradas e serviam como escravas sexuais, levadas a exaustão e abusadas de todas as formas, até sua morte.



A partir desse ponto, não posso dizer muito mais a respeito da trajetória de Hannah em busca de salvação. Acredito que seriam muitos spoilers e esse é um livro em que se é necessário ser sentido e lido. Quando Ela Acordou, assim como todas as grandes distopias, trazem muitos pontos de reflexão acerca da sociedade. No caso de Hannah, a autora explora muito sobre como a sociedade patriarcal em que ela vive - e que, convenhamos, não é tão diferente assim da nossa própria - exerce total controle sobre seu corpo e suas decisões. Os conflitos religiosos envolvendo aborto e traição também são amplamente explorados e debatidos e a maneira com que Jordan consegue incluir esses temas em meio a essa narrativa tão densa é louvável. Ao contrário das inúmeras distopias, Hannah não se torna o rosto da revolução e irá encontrar uma maneira para a destruição desse sistema opressor e injusto. Muito pelo contrário: O livro apresenta uma jornada pessoal e particular por aceitação e, principalmente, perdão próprio. A narrativa de Hillary é muito impressionante e ainda que o livro possua uma temática difícil de ser engolida, foi incrível a rapidez com que fiz a leitura.
No meio de tantos pontos positivos, eu realmente não curti o final, aberto e interpretativo. Eu entendo que muitas obras são relativas e que cada leitor consegue interpretar o final a sua própria maneira de acordo com suas vivências e experiências, mas não curti a maneira com que ela finaliza a história e muito menos a maneira com que Hannah se mantém tão fiel a um homem que só prejudicou sua vida. Foi uma pequena falha - particularmente falando - mas que ainda sim irei indicá-lo para todos os meus amigos pois acredito ser uma leitura muito importante e atual, ainda que num primeiro momento, ela pode soar esquisita e distante da nossa realidade.

site: www.startes.com.br
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leiturasdaursula 14/03/2020

Premissa boa porém mal trabalhada
Acho que a história em si é boa, a distopia muito interessante mas ficaram muitos buracos e a personagem principal me irritou em muitos momentos. Mas a autora escreve bem e não consegui parar de ler até chegar ao fim!
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spoiler visualizar
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Cleiton.Allves 15/10/2020

...Estava vermelha.
A recomendação partiu de um amigo do insta e eu precisava desse livro com a máxima urgência. Tanto que só larguei quando terminei.
Eu gostei bastante, foi uma história polêmica, interessante e original, pelo menos pra mim, nunca havia lido nada sobre esse tema. Mas, eu senti falta de profundidade dos personagens e não gostei de ver alguns serem deixados de lado, queria tanto saber mais deles. Leiam vale a pena!
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Andressa S. 10/12/2020

Vamos para mais uma distopia sobre restrição dos direitos femininos e religião... Mas não se enganem, essa vai deixar você vermelho de nervoso!

A primeira coisa que você precisa ter em mente é que comparações não são válidas para esse livro, não chega nem próximo ao ?O Conto da Aia?, apesar das similaridades e do contexto restritivo ?Quando ela acordou? tem um impacto menor e mais sonífero em relação aos outros livros do gênero.

Com um suspense daqueles estimulantes, Hillary Jordan incentiva os leitores a imaginarem um mundo onde o colorido é sinal de vergonha e discriminação. Com uma distopia sólida e bem construída somos alavancados a uma sociedade onde o Aborto é um tabu criminoso, onde religião baseia política e onde um vírus dá cor aos Cromus, até aí nada muito novo.

A grande diferença desse livro é a maneira como ele trata Religião e Fé, deixando claro que as duas coisas não são semelhantes e na prática funcionam de maneira bem controversa. Com um romance chato e destrutivo, a personagem principal é chata e sem noção, passei grande parte do livro torcendo por ela e por sua redenção, mas seu amor destrutivo e sua personalidade egoísta e egocentrista me incomodaram. Não me venham falar que houve empatia porque não houve. Ela só existiu quando havia conveniência.

?Quando ela acordou? é bem engajado em temas feministas e em armar nossas capacidades de questionamento sobre temas polêmicos como aborto, religião e a interferência política no livre arbítrio.

O livro tem um final corrido mas bem escrito. Não considero uma obra prima do gênero como são ?O conto da Aia? e ?Vox?, mas como eu disse comparações não são o caso desse livro, ele carrega por si só a capacidade de prender e estimular o leitor a ter uma opinião própria.

Se você gosta de leituras polêmicas e de distopias que incomodam esse livro é pra você!
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