Quando ela acordou

Quando ela acordou Hillary Jordan




Resenhas - Quando Ela Acordou


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Ceecii 17/04/2023

Uma distopia semelhante ao Conto de Aia
"O que é uma mulher? Um sistema vivo de apoio para uma boceta."

Essa é a frase mais machista que eu já li e pertence à realidade deste livro que traz uma sensação de desconforto terrível. Pobre Hanna, que se apaixonou pela pessoa errada e que sofreu consequências preocupantes.

Poderia ser uma distopia mais reconhecida por conta de sua similaridade com o Conto de Aia: machismo, totalitarismo, castigo com as mulheres, entre outros. Curti bastante a ideia da pigmentação. Na minha imaginação ficou um pouco engraçado, mesmo que não fosse nada assim. Livro polêmico, interessante e bom.

Recomendo.
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Let 24/12/2016

Simplesmente o melhor livro que li neste ano.
Bom, não sou muito de fazer resenha. Mas, esse livro me conquistou de uma tal forma, que eu não poderia deixar de dar minha opinião sobre ele.
Comprei este livro há algum tempo, não lembro exatamente se fui atraída pela capa ou pela sinopse, mas o abandonei na estante. Sempre que ia escolher o próximo livro, quase o escolhia, mas sempre dava preferência a algum outro.
Então, quando finalmente peguei este livro para ler, já tinha esquecido a sinopse e o que tinha me atraído a ele. Comecei a ler sem grandes expectativas, e talvez, por isso, eu tenha me surpreendido tanto.
Esse livro não é um livro que vá agradar todo mundo, pois, lida com vários temas tabu, tais como religião, Deus, feminismo e aborto, tudo isso ambientado num futuro distópico. Mas as tecnologias são apenas acessórios na história. Pelo menos, para mim, o mais importante nesse livro é reflexão que ele causa.
"-Se Deus é o Criador, se Deus engloba todas as coisas isoladas do universo, então Deus é tudo e tudo é Deus. Deus é a Terra e o céu, e a árvore plantada debaixo do céu, e o pássaro na árvore, e o verme no bico do pássaro, e a sujeira no estômago do verme. Deus é Ele e Ela, hétero e gay, preto, branco e vermelho... sim até isso - disse Simone enfaticamente, em resposta ao olhar cético de Hannah -, e verde e azul e todos o resto. E então, desprezar-me por amar as mulheres, ou por você ser uma Vermelha que fez amor com uma mulher, seria desprezar não apenas Suas próprias criações, mas também odiar a Si mesmo. Meu Deus não É tão estúpido assim."

Após terminar de ler esse livro, primeiramente, me amaldiçoei por não tê-lo lido antes. Agora, acho que não fui eu que o abandonei e o deixei largado na estante, acho que todas às vezes em que eu desejei ler ele antes e não consegui, talvez no fim não tenha sido uma escolha minha. Era o livro que estava esperando o momento certo para apresentar esta história tão cheia de nuances, questionamentos e contradições para mim.
O ano ainda não acabou, mas duvido que outro livro vá roubar a vaga deste do meu coração de melhor livro que li em 2016.
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Gabriel 15/01/2020

Apesar de possuir - em sua maioria - críticas positivas e de ter sido considerado como um dos grandes clássicos do século XXI, Quando Ela Acordou, escrito por Hillary Jordan não chegou a se tornar uma febre mundial e, aqui no Brasil, o livro vendeu uma quantidade tímida de cópias. Quando comparamos com o gigante O Conto da Aia que tem se tornado cada vez mais popular graças a sua adaptação televisiva pelo serviço de streaming Hulu, devo começar essa resenha dizendo que Quando Ela Acordou merecia o mesmo hype que a distopia escrita por Atwood. Lançado em 2013 e trazido para terras nacionais pela editora Bertrand Brasil, o livro possui uma excelente história com muita identidade em que nada se assemelha a obras do gênero, mas que trazem reflexões importantíssimas e cada vez mais próximas sobre o futuro de nossa sociedade, o que muito nos preocupa.

Na narrativa criada por Jordan, o estado não é mais laico e nos deparamos com uma América totalmente teocrática em que os criminosos não são julgados e mantidos em cárcere privado de acordo com a gravidade de seus crimes; Agora passam por um processo de modificação genético chamado de Cromagem em que sua pele é pigmentada de acordo com seu delito e novamente liberados para assim receberem o julgamento em que a população acredita ser o mais adequado, geralmente a morte. Denominados como Cromos, os condenados por furto e roubo recebem o pigmento amarelo, para os pedófilos e estupradores, a cor azul, enquanto que para os assassinos - a categoria mais grave - recebem o pigmento vermelho em suas peles. Após o procedimento, todos os Cromos passam por um período de 30 dias em que ficam trancafiados em uma cela e todas suas ações são gravadas e transmitidas em uma espécie de reality show para toda a população. Decorridos os 30 dias, os Cromos são novamente inseridos na sociedade e irão se manter com os pigmentos coloridos durante o período determinado no momento de seus julgamentos, vivendo sob fortes restrições em que não podem sair das cidades e precisam se apresentar aos centros de cromagem em períodos determinados para a renovação dos pigmentos. Os Cromos então tornam-se alvos de uma sociedade conservadora e autoritária e em meio a esse cenário altamente segregatório, a taxa de morte dos Cromos é altíssima e muitos deles não conseguem chegar aos finais de suas penas, sendo perseguidos por grupos de extermínio ou fanáticos religiosos. Hannah Payne acorda numa cela fria e escura, como uma Vermelha. Após seu julgamento, ela foi acusada a assassinato por abortar seu filho, fruto de um relacionamento extraconjugal com um poderoso líder religioso. Hannah opta por proteger a identidade do homem, já que nutre uma forte paixão por ele e uma revelação como essa, iria por fim a sua carreira meteórica e o casamento feliz em que se encontra. Ela então é condenada a se tornar uma Vermelha e precisa lidar com a rejeição de sua família e, principalmente de sua mãe, além de se encontrar sob julgamento de uma sociedade que acredita que o aborto é a pior afronta contra as vontades de Deus.



Após o período em que é confinada e exibida como um animal para todo mundo assistir, Hannah é liberada e não possui qualquer perspectiva de futuro: Os Cromos são tratados como a parte mais suja da sociedade e não conseguem encontrar trabalhos formais, moradias ou possuir qualquer outra condição minimamente aceitável de vida. Muitos Cromos procuram os centros de reabilitação em que são torturados e obrigados a reviverem seus traumas enquanto buscam a redenção perante a Deus. Sem saber muito para onde ir e com medo de encontrar membros do Punho de Cristo - um grupo extremista que caça e mata Cromos pela rua - Hannah dá entrada a um desses centros de redenção e lá começa seu verdadeiro inferno particular. É impossível descrever em palavras o quão mal me senti nesse momento da leitura, principalmente por tudo que a protagonista precisou enfrentar para que Deus a perdoasse por ter assassinado uma alma inocente, como é repetido incansavelmente para ela. A leitura é muito repulsiva e eu me via com um forte sentimento de revolta e asco, no entanto, esse havia sido a única maneira encontrada por Hannah para a redenção, visto que muitas Cromos, quando não eram mortas, eram sequestradas e serviam como escravas sexuais, levadas a exaustão e abusadas de todas as formas, até sua morte.



A partir desse ponto, não posso dizer muito mais a respeito da trajetória de Hannah em busca de salvação. Acredito que seriam muitos spoilers e esse é um livro em que se é necessário ser sentido e lido. Quando Ela Acordou, assim como todas as grandes distopias, trazem muitos pontos de reflexão acerca da sociedade. No caso de Hannah, a autora explora muito sobre como a sociedade patriarcal em que ela vive - e que, convenhamos, não é tão diferente assim da nossa própria - exerce total controle sobre seu corpo e suas decisões. Os conflitos religiosos envolvendo aborto e traição também são amplamente explorados e debatidos e a maneira com que Jordan consegue incluir esses temas em meio a essa narrativa tão densa é louvável. Ao contrário das inúmeras distopias, Hannah não se torna o rosto da revolução e irá encontrar uma maneira para a destruição desse sistema opressor e injusto. Muito pelo contrário: O livro apresenta uma jornada pessoal e particular por aceitação e, principalmente, perdão próprio. A narrativa de Hillary é muito impressionante e ainda que o livro possua uma temática difícil de ser engolida, foi incrível a rapidez com que fiz a leitura.
No meio de tantos pontos positivos, eu realmente não curti o final, aberto e interpretativo. Eu entendo que muitas obras são relativas e que cada leitor consegue interpretar o final a sua própria maneira de acordo com suas vivências e experiências, mas não curti a maneira com que ela finaliza a história e muito menos a maneira com que Hannah se mantém tão fiel a um homem que só prejudicou sua vida. Foi uma pequena falha - particularmente falando - mas que ainda sim irei indicá-lo para todos os meus amigos pois acredito ser uma leitura muito importante e atual, ainda que num primeiro momento, ela pode soar esquisita e distante da nossa realidade.

site: www.startes.com.br
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Kátia 06/11/2022

A ideia é boa, só falta história...
Em "Quando ela acorda" Hannah foi julgada pela sua cidade, no Texas como assassina em segundo grau, pois fez um aborto e não quer contar quem fez e nem o nome do pai. É sentenciada a 16 anos de prisão! Nesta distopia, os condenados recebem uma aplicação que faz alterar o tom de sua pele, Hannah cometeu um crime e deve ser uma 'cromo vermelha'. A cada 6 meses deve se apresentar à uma clínica para receber a aplicação, caso contrário um vírus irá fazer o seu corpo definhar, até ela morrer.

Tomaram essa decisão para que não tenham mais cadeias super lotadas. O racismo agora é com pessoas de pele colorida. As pessoas com melacromagem amarela cometeram crimes leves e são mais aceitos, os laranja quase não se veem. A maioria é vermelha (não violentas). Os mais perigosos são os verdes e os roxos.

A comunidade se vigia e se tornou muito religiosa. Se agrupam em igrejas e seguem o que os reverendos dizem. Uma comunidade que pensa igual não teme os seus. Mas e se o mal estiver nas pessoas que não foram julgadas? E se a religião não for a salvação? Deus que está em toda parte deixaria uma de suas filhas ser condenada em nome do amor?

Esse livro fala de pessoas que seguem uma religião e entendem isso como fé, sem questionar. Nas últimas semanas a fé de algumas pessoas foi misturada com motivos políticos nas eleições no BR, assim como neste livro. Independente da fé, todos devem questionar o que chamam de 'verdade' e seguir o bem.

"a Reverenda Easter continuou: — Um católico lhe diria que questionar Deus é seu primeiro erro, que a fé deve ser cega e absoluta, do contrário não é absolutamente fé. (...) Não importa a Deus como chamamos a nós mesmos, ou até como o chamamos. Somos os únicos que nos preocupamos com isso. Mas, sendo da igreja episcopal e não evangélica — disse ela, com um olhar para Hannah —, responderei à sua pergunta com outra, ou melhor, com uma porção de perguntas, que agora é como tendemos a fazer as coisas. De que outra maneira você explicaria o milagre do seu coração batendo, a compaixão de estranhos, a existência de Mozart, Rilke e Michelangelo? Como você explica sequoias e beija-flores, orquídeas e nebulosas? Como pode tanta beleza existir sem Deus?
— Você não precisa parar de pensar e fazer perguntas, para acreditar em Deus, criança. Se ele desejasse um rebanho de oito bilhões de ovelhas, não nos teria dado polegares que podem opor-se e nos daria muito menos livre-arbítrio."

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Samanta 20/07/2019

Parte do livro fiquei com a sensação de Thelma e Louise, porém passando em Gilead ( pequena parte, mas nesmo assim). As circunstâncias da Hannah não poderiam ser piores, mas a narrativa conseguiu me deixar feliz muitas vezes. Muito além de uma história sobre machismo e sobre o sadismo de quem se diz uma boa pessoa, o ponto aqui é a fé, não no sentindo religioso, por mais que possa parecer em alguns momentos. A fé em si, a fé no próprio caminho, a fé na própria história, na própria evolução, no futuro. A fé na salvação, e a fé naquele final feliz que ninguém te contou, que você não viu em lugar nenhum, aquele que final feliz que de vez em quando vai doer, mas ainda sim, o final feliz.
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A_Sarah_Soares 15/11/2023

É pessoal
Hanna é acusada por assassinato ao fazer um aborto em uma sociedade onde a pena por este delito é a pigmentação da pele na cor vermelha.

O livro traz pontos interessantes sobre o tema e reflete várias situações onde o aborto é uma violação grave a vida independente da situação.

Refleti muito sobre como é fácil tornar uma ideia, seja ela verdadeira ou não, em uma verdade absoluta, a opinião das massas se torna algo fácil de aceitar, principalmente quando estamos vivendo em uma caixa sem enxergar outras realidades além da nossa.
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Mari 27/07/2014

Imaginar uma sociedade que julga as pessoas pela cor da pele não é muito difícil, já que temos casos atrozes e verídicos na história da humanidade que mostram isso. Mas imagine marcar uma pessoa com uma cor para que todos saibam qual delito ela cometeu.

É isso que acontece com Hannah Payne que é condenada a viver como uma vermelha por 16 anos, por ter feito um aborto.

Pode-se dizer que “Quando ela acordou” é uma versão moderna de “A letra escarlate”, de Nathaniel Hawthorne, ao começar pela semelhança no nome das protagonistas: Hannah Payne (Hester Prynne), um ambiente conservador e religioso (a história de Hawthorne se passa em Salem, no século XVII, colonizada por puritanos vindos da Inglaterra) e o amor por um reverendo que acaba gerando uma criança. Assim como Hester (a diferença é que ela teve a criança), Hannah não entrega o nome do pai de sua filha ao ser julgada, e como punição pelo “crime”, ela tem seu corpo todo pigmentado de vermelho (Hester tem que carregar a letra escarlate “A” bordada em seu peito).

A obra de Jordan mostra não só as dificuldades após a cadeia e a transformação física de Hannah, como também todas as suas crenças, que até então eram inabaláveis, começam a ser questionadas ao encontrar outras pessoas e diferentes visões pelo caminho.

A transformação de Hannah é tamanha que ela se permite viver coisas as quais teria sido censurada e punida em sua antiga vida. E embora o desfecho não seja surpreendente, a trajetória da protagonista é tão transformadora em vários sentidos, que no final, é isso que importa, né?

“Não importa o caminho, e sim o destino”, já dizia algum sábio...
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Katia Mel 25/02/2023

Você se surpreenderá
Você começa com uma capa, uma sinopse promissora e um pré julgamento. Mas percebe que a cada página vai mudando tudo o que imaginava, troca seus conceitos e considera absurdo cada acontecimento. Envolvente e fascinante.
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Nicole Longhi 24/04/2018

De tirar o folego
Essa é uma leitura que não estava nos meus planos, mas como queria sair um pouco da minha zona de conforto resolvi arriscar e não me arrependi.
O livro trata-se de uma distopia onde podemos ver um futuro em que a tecnologia evoluiu de uma forma em que podemos facilmente localizar as pessoas com ajuda de um chip, mas ao mesmo retrocedeu nas questões sociais. Hannah sempre foi dedicada a igreja e a família e vê tudo mudar quando é condenada por assassinato ao ser flagrada realizando um aborto e se negando a revelar a identidade do pai da bebê. Ela agora faz parte dos criminosos cromados e é uma vermelha, sozinha se encontra em um novo corpo tingido do qual irá ter que conviver por 16 anos até sua pena ser cumprida.

Eu adorei a escrita da autora, ela soube como criar uma trama polêmica com assuntos bem pesados em um mundo distópico incrível! O livro tem como inspiração " A letra escarlate", e Hillary foi brilhante em saber juntar tudo isso em um mundo que acaba não sendo tão distante do que estamos. A forma de como a cromagem acaba dividindo os criminosos em cores de acordo com o delito cometido foi uma sacada super legal, onde amarelo são para roubos e crimes mais "levianos" e vermelho para assassinatos fazendo relação com a cor do sangue derramado.
Hannah é uma jovem que sempre se dedicou a família e a igreja, com um carinho em especial pela sua irmã já que seus pais vivem de acordo com os mandamentos impostos pela igreja e são extremamente rígidos. Ela acaba vivendo uma paixão polêmica e proibida, que acaba resultando em uma gravidez. Desolada, ela resolve abortar porém é flagrada e se nega a revelar quem é o pai da criança e os médicos envolvidos no procedimento sendo assim condenada a 30 dias em uma cela onde é vigiada por câmeras que transmitem ao vivo para mundo todos os seus movimentos e como será sua nova pele vermelha.

Resenha completa em:

site: https://sheisabookaholic.blogspot.com.br/2017/12/resenha-quando-ela-acordou.html
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Dressa Oficial 10/06/2014

Resenha Quando Ela Acordou
Olá, tudo bem com você?

Quando vi as resenhas que saíram desse livro em alguns blogs fiquei literalmente maluca para ler o livro, tentei comprar logo que saiu porém o valor ainda estava muito alto, então em uma promoção na internet nem pensei em comprar , já pedi sem pensar.

Minha primeira surpresa foi a capa, ela é um estilo "emborrachado" não sei o nome do material exatamente , e as letras são em alto relevo, as letras são maiores do que os livros convecionais e eu amei o livro logo de cara só pela capa e o trabalho bem feito que a editora Bertrand teve com esse livro é digno de aplausos.

Esse livro é o primeiro da autora Hillary Jordan aqui no Brasil e se trata de uma distopia onde temos uma personagem que me cativou desde o começo Hannah Payne, o livro já começa daquela forma que não queremos mais parar de ler, pois Hannah acorda em um sala totalmente branca e cheia de espelhos, quando ela se olha ela percebe que esta toda vermelha.

Os capítulos vão se alternando com que o houve com ela para se tornar uma vermelha e como ela esta lidando com a situação disso no presente e logo nas primeiras páginas Hannah é condenada a 30 dias de regime fechado na ala Cromo de uma prisão estadual e mais 16 anos como Vermelha.

Página 22
-Hannah Elizabeth Payne, tendo sido considerada culpada do crime de assassinato em segundo grau, eu a condeno, por isso, a passar pela ,melacromagem, pelo Departamento de Justiça Criminal do Texas, a passar trinta dias na ala Cromo da Prisão Estadual Crawford e a permanecer Vermelha por um período de dezesseis anos.


No livro não é informado o ano que é passado mas é uma mistura de alta tecnologia pois pessoas podem trocar e-mails por chamada de vídeo ou áudio e também localizar as pessoas.

Por outro lado temos o fato da religião ainda tratar as mulheres como no século passado, apenas existem para procriar e dar assistência aos seus maridos.

Hannah é criada exatamente dessa forma porém ao contrário de sua irmã que aceita e acata tudo que sua mãe lhe diz, Hannah sempre se questiona de algumas coisas até mesmo da existência de Deus, porém em um mundo completamente dominado pela religião ela se cala.

Hannah se vê apaixonada por seu pastor, uma pessoa totalmente fluente na igreja onde fiéis se espelham em seu comportamento para ser uma pessoa melhor, onde o mesmo faz orações em rede nacional para todo o país e já escreveu diversos livros e é casado.

Hannah no começo não acredita que o pastor possa estar interessado nela mas no decorrer da leitura vemos que a paixão entre os dois é arrebatadora de ambas as partes.

Hannah então se vê apaixonada e grávida, mesmo com alguns preceitos da bíblia e do que toda sua família acredita, o aborto é a primeira opção que passa em sua cabeça.

Página 61
- Acreditamos que só Deus pode dar a vida e apenas Ele tem o direito de tirá-la.


Então Hannah comete o aborto e é pega em flagrante por esse ato e condenada a cromagem, ainda leva mais 3 anos por não revelar a identidade do pai da criança e de quem fez o aborto.

Dentro da prisão ela chega a beirar a loucura sem nada para fazer e nem com quem conversar o único livro que lhe é permitido ler é a biblia e sem alternativas ela acaba aceitando a biblia como sua companhia.

Logo que sai da prisão Hannah não vê muita saída pois no mundo em que vive existem diversos cromados, Verde, Azul, Amarelo e Vermelhos , todos são presos na ala Cromo por um curto período onde é passado na televisão para que todos vejam e depois são soltos na rua e de quatro em quatro meses precisam tomar a injeção que muda a pigmentação da pele.

Sua família já não aceita mais como cromada, e muitas mulheres cromadas sem verem nenhuma saída cometem suícidios, são abusadas sexualmente ou até mesmo vendidas para outros países.

Hannah acaba indo para uma casa de fiéis que abrigam apenas mulheres e lá se vê mais presa do que no presídio, pois existem regras e a primeira delas é criar uma boneca como um filho, o filho que abortou para que Deus possa perdoa-la.

O livro aborda temas diversos como aborto, religião, fé, violência doméstica, preconceito e Hannah não se deixa levar pela fé que cega as pessoas e confundem fé com lavagem cerebral, nessa casa algumas mulheres consideram as bonecas que criaram como seus filhos e o tratam como tal, porém no dia de uma delas sairem da casa o pastor pede que deixe a boneca com ele e a moça vai a beira da loucura pois ela se apegou ao boneco como se fosse seu filho que foi abortado .

Página 182
- É assim que Deus se sente, quando vocês abortam uma das suas amadas crianças.


Hannah não aguenta essa demonstração de ameaça e resolve se rebelar contra o pastor falando tudo que pensa.

Página 182
- Que tipo de monstro é você, para ameaça-la desse jeito? - gritou.- Pensa, honestamente, que Deus aprovaria o que você acabou de fazer? Acha que Ele está lá em cima no céu, agora mesmo, dizendo: "Bom trabalho, o jeito como você torturou essa pobre mulher?"


Depois dessa atitude impessada Hannah é expulsa de onde estava e ao tentar pedir abrigo para sua irmã ela se depara que o marido dela faz parte de um grupo chamado Punho onde abominam todos os cromados e odeiam quem pratica o aborto eles até matam os cromados em nome de uma religião usando Deus como salvação.

Por outro lado também existe os Novembristas um grupo que luta pelo direito da mulher fazer o que achar melhor e é a favor do aborto.

Hannah precisa de um lugar para viver e não pode ficar abandonada nas ruas contando apenas com a sorte e ai começa toda a aventura de Hannah por um abrigo, em quem deve confiar o que deve fazer.

É um livro de tirar o folêgo, que da hora que começa a ler não sente mais vontade de parar e com um final digno de filme.

Eu sei que não gosto de trilogias nem livros que tem continuação mas esse eu pediria muito mais pois de tão bom dá vontade de ler tudo de novo :)

Beijos

Até mais...


site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/02/resenha-quando-ela-acordou.html
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