jmrainho 05/11/2016
Os novos conceitos da história
Capítulos: A história vista de baixo; História as mulheres; História de além-mar; Sobre a micro história; História Oral; História da leitura; História as imagens; História do pensamento político;História do corpo; A história dos acontecimentos e o renascimento da narrativa.
Fala da Nova História, que surge como contraponto do paradigma tradicional, que pretende ser objetiva.
As dificuldades da narrativa história entre os acontecimentos e as estruturas.
TRECHOS
Não podemos evitar olhar o passado de um ponto de vista particular, Nossas mentes não refletem diretamente a realidade. Só percebemos o mundo através de uma estrutura de convenções, esquemas e estereótipos.
Como no estudo de Hitler, a importância relativa dos objetivos de curto e longo prazo de Hilter, presumiam a validade do modelo tradicional de explicação histórica em termos de intenções conscientes. Motivações conscientes e inconscientes.
Diferente do conceito de "regras", o hábito tem a grande vantagem de permitir que seus usuários reconheçam a extensão da liberdade individual dentro de certos limites estabelecidos pela cultura.
O subdesenvolvimento não é uma situação, mas um processo. O Terceiro Mundo não é subdesenvolvido, mas está sendo subdesenvolvido pelo Ocidente. O desenvolvimento do subdesenvolvimento.
"O dever do historiador é estudar as origens daquelas ideias que moldam nossas vidas, não escrever novelas". (Franco Venturi)
Parafraseando o antropólogo Geertz: "Os historiadores não estudam as aldeias, eles estudam em aldeias".
Memória seletiva.
"Os historiadores são pessoas perigosas. São capazes de transtornar tudo" (Nikita Khrusvhev)
Depois do império dos acontecimentos na escrita da História surge uma nova tendência que reinventa a narrativa. Peter Burke, professor emérito da Universidade de Cambridge sugere uma aproximação entre escrita literária e escrita histórica para alcançar mais facilmente os objetivos dos historiadores (CUNHA, 1992). Fala da Nova História, que surge como contraponto do paradigma tradicional, que pretende ser objetiva. Nem todas as técnicas de literatura podem ser transportas para o texto histórico, pondera Burke, principalmente a invenção ficcional, seja de fatos ou falas. Mesmo que existam os chamados romances históricos, visto pelo autor com muito cuidado. Falácias tendenciosas com o intuito de enaltecer ou depreciar pessoas ou povos são um jugo perigoso que o historiador deve saber se esquivar (MARQUES, 2013). A saída, segundo o autor, seria os historiadores desenvolverem suas próprias técnicas ficcionais para suas obras factuais. Tal técnica Burke chama de micronarrativa. Mas ele não oferece uma receita fácil. A função da micronarrativa parece ser a de estimular o historiador a tentar recriar a forma narrativa dentro dos trabalhos historiográficos (CUNHA, 1992).
“A história nova interessa-se por toda atividade humana, preocupa-se com a análise das estruturas, rejeita a história dos fatos, preocupa-se com mudanças em longo prazo, dá atenção às pessoas comuns, usa-se do relativismo cultural e interdisciplinaridade”, explica Vinicius Marques (2013).
Como bem definiu Nikita Khrusvhev, citado por Burke, “os historiadores são pessoas perigosas. São capazes de transtornar tudo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUNHA, Hugo de Araujo Gonçalves da. Resenha do livro A Escrita da História: novas perspectivas, de Peter Burke. Perseu, 2001. Site da Unig. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: < http://perseu.unig2001.com.br/cadernosdafael/Resenha%20Peter%20Burke,%20por%20Hugo%20de%20Araujo%20Goncalves%20da%20Cunha.pdf>. Acesso em 20 ago. 2018.
MARQUES, Vinicius. Resenha A Escrita da História de Peter Burke. Blog do Professor Vinícius, 2013. Disponível em: < http://profviniphill.blogspot.com/2013/03/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html>. Acesso em 21 ago. 2018.