Um Século de Sabedoria

Um Século de Sabedoria Caroline Stoessinger




Resenhas - Um Século de Sabedoria


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KatiaMaba 23/06/2013

Um Século de Sabedoria - Memórias da longeva Alice Hernz-Sommer.
Bom dia,

Se alguém ainda tem dúvidas dos resultados positivos provenientes das diferentes formas de se ver a atual fase de suas vidas e a existência das inúmeras opções de lidar com elas, recomendo a leitura das memórias da mais longeva sobrevivente do holocausto a Sra. Alice Hernz-Sommer, sob título “Um Século de Sabedoria”.

O amor pela música, amor pela família e o seu senso de humor foram utilizados por Alice como ferramentas contra a insanidade do seu semelhante. Por sua essência humana e na condição de mãe passou por um golpe maior que o campo de concentração nazi, mas, não permitiu que tal desafio extinguisse de suas palavras e do seu sorriso a forma respeitosa e carinhosa como ainda recebe as pessoas.

Excelente domingo (23/06/2013) para você,
Abraços,
Kátia Regina Maba (FURB)
http://katiareginamaba.blogspot.com/
http://www.skoob.com.br/estante/livros/todos/17521
Blumenau (SC).
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Mi Cherubim 08/10/2013

Um século de sabedoria
Hi Angels!
Um Século de Sabedoria parou na minha mão de forma inusitada. Fui buscar um livro para a Eri na Editora Pensamento e conversando com a Gi, do marketing, eu falei que me interessava muito pelo tema de nazismo, visto que era lançamento do livro “O Carrasco de Hitler”, eu sou uma pessoa muito eclética e gosto muito de biografias. Falei isso para a Gi e ela me trouxe a história de Alice. Confesso que demorei para ler, o motivo? Bem...
Alice é uma pessoa maravilhosa. Ainda viva e com 110 anos está bem lúcida, ainda toca seu piano vertical com apenas quatro dedos por causa da artrite/artrose me encantou. A narrativa de Caroline é deliciosa. Presente e passado coexistindo junto de uma maneira leve e emocionante. Não procurei nada na internet antes de terminar a leitura, não gosto. Prefiro terminar de ler e fortificar uma opinião antes de ver o que já falaram ou mesmo sobre o que revela o livro, mas não consegui mesmo por que um dos tradutores é ninguém menos que Martha Argel uma querida autora nacional que me delicia com seus vampiros heheh Conversamos um tempinho no Fantasticon sobre o livro, ela assim como eu, nos apaixonamos por Alice. Martha me perguntou se vi os vídeos de Alice tocando, não. Neste caso esperei até agora na hora da resenha para me deliciar com Frau Sommer tocando.
O livro nos conta literalmente a vida de Alice Herz-Sommer uma pianista extraordinária e uma sobrevivente do massacre judeu. Nascida na antiga Tchecoslováquia casou-se com Leopold que era administrador e tocava violoncelo, teve um único filho Rafi que se tornou músico também.
A música salvou Alice e Rafi. Infelizmente Leopold morreu em Auschwitz. Eles estavam em um outro campo de concentração onde somente músicos, professores e filósofos eram mandados, Theresienstadt. Alice por tocar majestosamente foi poupada por um dos soldados, ele apareceu em uma noite após Alice estar treinando e só disse “sei que tem um filho, os dois estarão a salvo. Muito obrigado por essa música.” Nem preciso dizer que me emocionei várias vezes nesse livro.
Olha a minha surpresa quando vi que Alice conheceu Franz Kafka e o chamava carinhosamente de “Tio Franz”. É muito gostoso as partes da infância dela, mostrando como é aprender a tocar piano, a escolha do repertório. Os clássicos, os concertos de câmara, os encontros para conversar sobre literatura, artes e cultura... até mesmo política. As descrições dessa senhorinha é como se estivéssemos lá.
Postei uma foto no Instagram do capítulo que estava lendo e automaticamente posto no Facebook. O Thiago Wendling me questionou sobre o tema. Sou uma pessoa estranha, eu fico chocada ainda após anos e anos do acontecimento. Só que não consigo não ler nada a respeito. Hitler me fascina pela sua inteligência de estrategista e administrador. O erro dele foi matar milhares de pessoas inocentes para que ele tivesse a “raça ariana”, odeio isso na história. Ele poderia ter sido um ótimo governante sem o ódio. Nem tudo é perfeito.
Neste livro além de conhecer a história de Alice você aprende. Sim, aprende sobre filósofos, músicos, professores, políticos e a maior lição que tirei foi sobre o AMOR. Isso mesmo, você não leu errado não. Alice prega o amor. Ela sobreviveu ao Holocausto por causa do amor a música, ao amor ao seu filho, ao seus pais e ao seu marido. O amor pelo filho a fez criar Rafi no campo de concentração, o amor do soldado pela música tocada por ela fez eles sobreviverem, o amor é a causa dela sobreviver até hoje.
Alice se meteu no relacionamento do filho com a nora. Ela via os dois infelizes. Ela não suportava ver seu filho brigando com a esposa e falou “vocês não estão felizes, porque não se separam?”. Oi? Como assim? Uma senhora já com mais de 50 anos falando isso???? Mas para você entender Alice, tem que ler sobre ela. Tudo o que importa é o amor no final das contas.
Separei alguns trechos para vocês verem como é lindo, delicado, horrível, alegre, delicioso, triste e alegre. Sim, ele é tudo isso e mais um pouco.

É sábio aquele que não se lamenta pelas coisas que não tem, mas que se rejubila pelas que tem. (pág. 19) – Referindo-se a Epiteto, filosofo grego.

Kafka nunca soube onde era seu lugar, nunca teve certeza de sua identidade ou do caminho a tomar. Escolher significaria desapontar um dos seus pais. Este, acredito, era o âmago de seu problema. (pág. 30)

Muitos acreditavam que os alemães, civilizados, com consciência de classe e um enorme respeito pela educação universitária, jamais permitiram que esse impostor – um desistente do ensino médio que havia morado em pensões, sem falar que nunca frequentara a universidade – liderasse um país que reconhecia, como estadista ideia, o aristocrático e muito culto Otto Von Bismarck, unificador dos 39 estados alemães. (pág. 34)

Como esse pesadelo pode estar acontecendo conosco? (pág. 41)

De braços dados, contemplaram sua cidade iluminada. De repente, Alice informou que queria que ele soubesse que ambos se casariam ainda aquele ano. Obviamente isso também se passava pela cabeça de Leopold; ele não ficou espantado com aquele rompante, e só perguntou quando. (pág. 81)

O respeito leva ao amor. No casamento, o respeito é ainda mais importante que o amor romântico. (pág. 84)

Fora isso temos receita de sopa e bolo. Alice é uma mulher extraordinária. Recomendo essa leitura para aprender mais sobre o Holocausto. Sobre os sobreviventes. Sobre a música e a filosofia. E sobre o amor. Nossos problemas são tão pequenos em contrapartida com o que eles passaram em Theresienstadt.

site: http://memoriesoftheangel.blogspot.com.br/2013/10/um-seculo-de-sabedoria.html
Martha Argel 27/07/2014minha estante
Que linda resenha, minha amiga. Eu ainda me emociono ao pensar nesse livro, e no prazer que foi traduzi-lo. Meus olhos ficam úmidos ao lembrar que Alice morreu faz tão poucos meses.
Tanta, tanta gente deveria ler esse livro, conhecer a história de Alice, inspirar-se em sua compaixão e ternura, nestes tempos de tanta violência na Palestina, na Ucrânia, em tantos pontos da África, ao redor do mundo e, principalmente, em nossos corações.
Fico muito feliz em compartilhar com você esse carinho por essa pessoa que tanto tem a ensinar. O legado de Alice vive em nós, não é?
beijos!!!




Melina.mps 20/07/2020

Uma lição de vida
Parece clichê falar que as memórias de uma incrível senhora de 108 anos é uma lição de vida.
Mas não há melhor termo para definir esta experiência de leitura necessária para todos.
O otimismo pode salvar uma pessoa, mas a força de vontade necessária para superar o dia a dia é admirável.

Se este livro cruzar o seu caminho, leia.
Se este livro ainda não está na sua lista de "desejados", coloque-o e corra atrás.
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Christiane 24/07/2021

A vida de Alice Herz-Sommer, um século de vida. Ela tem atualmente 110 anos.

Alice nasceu em Praga em 1903, teve uma infância feliz. Conheceu Franz Kafka por quem tinha um imenso carinho e o chamava de Tio Franz, Max Brod que escreveria a biografia de Kafka e foi responsável pela publicação de sua obra, que Kafka queria destruir, além de através das amizades de sua mãe ter conhecido Gustav Mahler, Sigmund Freud e Rainer Maria Rilke.

Porém seu mundo iria mudar radicalmente com a ascensão de Hitler ao poder. Sua família era judia e Alice seria deportada junto com seu marido e filho para Theresienstadt. Suas duas irmãs, sendo que uma era gêmea de Alice conseguiram ir para a Palestina, mas Alice ficou para cuidar da mãe que também morreu no campo de concentração. Na época venderam a maior parte de suas propriedades para possibilitar a ida das irmãs. Os britânicos cobravam uma taxa de desembarque que equivale atualmente a US$ 100 mil para cada pessoa que entrasse na Palestina.

Alice e seu filho Rafi sobreviveram ao holocausto e retornaram à Praga onde encontraram seu apartamento ocupado por outras pessoas, o que ocorreu com muitos judeus que conseguiram sobreviver. Depois ela se mudará para a Palestina para ficar próxima às suas irmãs e onde será amiga de Golda Meir.

Alice é uma grande pianista, sua vida foi dedicada ao filho e à música, e foi isto que a salvou. No campo de concentração de Teresin ou Theresienstadt como era chamado pelos alemães ela continuou ensinando piano e até dando concertos, pois este campo era usado pelos nazistas como propaganda para ser apresentado ao mundo como um lugar muito bom onde os judeus eram bem tratados e estavam bem. Era aí que a Cruz Vermelha fez suas visitas de inspeção.

Seu filho também se tornou um músico, tocava violoncelo e como morava em Londres, Alice acabou se mudando para lá, mas sempre manteve sua independência vivendo sozinha e dando aulas de piano. O maior desafio de Alice foi quando seu filho faleceu prematuramente. Muitos temeram por ela e pensaram que não iria se recuperar, mas um dia ela voltou a tocar, devagar, e aos poucos foi retomando sua vida.

Alice também nos ensina sobre a velhice " Você não pode ver meu eu verdadeiro dentro desta pele enrugada, a vida que há em minhas emoções. O que enxerga é só a aparência externa de uma mulher muito velha." Aos 83 anos ela teve um câncer de mama, fez a cirurgia que o médico achava até desnecessário em função de sua idade, e continua entre nós mais de 20 anos depois. Em Londres foi estudar filosofia na Universidade da Terceira Idade.

Ela é uma fortaleza, um exemplo de vida, passou pelo século XX todo, sobreviveu a muitas perdas, ao holocausto e ao câncer e sempre se manteve otimista e sorridente. Rir é a melhor cura para a dor.

Como ela fez isto? vivendo para a música, a música a salvou. Se mantendo sempre ocupada e independente. "Aprecie as tarefas simples, elas ajudam a transpor os maiores desafios da vida". Vive em Londres até hoje.
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Nadia.Peroto 08/02/2022

Um seculo de sabedoria
Esse livro nos mostra o além dos horrores imediatos da guerra, permite nos imaginar o que passaram os descendentes de alemão no pós guerra fala tb sobre o sionismo.
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