Natalia.Eiras 28/08/2013Resenha produzida para o blog Perdidas na BibliotecaRegina Finch sempre teve um sonho: tornar-se uma bibliotecária. Ela consegue uma vaga na incrível Biblioteca Pública de Nova York, mas apesar dele ter se formado com louvor na faculdade, ela terá que amargar o cargo de atendente na retirada dos livros.
Um dia, ela esta sentada nas escadarias da biblioteca fazendo um lanche, quando a tampa de sua garrafa térmica começa a descer escada abaixo. Quando ela começava a se levantar para correr atrás da tampa, ela se depara com um monumento grego em forma de carne e osso que lhe entrega a tampa e entra na biblioteca.
No final do expediente deste mesmo dia, ela decide percorrer algumas áreas da biblioteca, entre elas, uma ala que é fechada ao público e aos funcionários. Uma ala fechada ao público é compreensível, mas para os funcionários?
Cheia de curiosidade, ela entra na ala e encontra o homem que havia entregue sua tampinha, fazendo sexo com uma desconhecida. E o pior, ele olha diretamente para Regina.
Ela sai o mais depressa da ala, mas quando chega em casa uma mistura de desejo e raiva toma conta dela.
Desejo pois ela gostaria de estar no lugar daquela mulher, e raiva por achar que sua tão amada biblioteca foi denegrida. Afinal, ali não é lugar para isso!
No dia seguinte, ela participa de uma reunião com os membros do conselho da biblioteca e quem ela encontra lá? O bonitão que estava transando na ala privativa! Ele é simplesmente o presidente do conselho...
Ao final da reunião, ele pede que ela fique mais um pouco. Regina sente-se incomodada por estar perto daquele homem que profanou um local sagrado para ela, mas ao mesmo tempo, se sente atraída por ele. Quando Sebastian começa a jogar seu charme e pede para que ela aceite jantar com ele, ela se desarma um pouco, e apesar de aceitar o convite, fica apreensiva por achar que ele quer apenas se divertir com ela.
No jantar, Sebastian é bem claro com Regina. Ele a deseja, e depois que viu Regina na sala privativa da bliblioteca, ele fantasiou que a mulher que ele estava fazendo sexo era Regina!
No dia seguinte, um carro esta esperando por Regina para leva-la ao encontro de Sebastian no apartamento dele. Lá, ele afirma para Regina, que para a relação deles dar certo, ela precisa se entregar a ele. Mas o "se entregar", quer dizer que ele a dominará. Ele lhe dirá o que vestir, o que fazer e quando ele a chamar, ela deve sempre atender. Caso ela não cumpra com as regras, ela será castigada (com palmatórias ou chicotes).
Ou seja, ele é praticante do Bondage, e pretende introduzir Regina neste mundo. Só que...Regina...é virgem. Logo, ela não faz a menor ideia de como funciona essa coisa de bondage, mas esta disposta a ir até o fim para poder ter aquele homem fascinante para ela.
Afinal, a vida dela sempre foi com as caras enfiadas nos livros. Já que se mudou pra Nova York, tá na hora de começar a viver um pouco a vida, né? E por que não, começar com Sebastian?
Depois de introduzi-los ao livro, eu já vou começar com uma crítica.
Sabe Cinquenta Tons de Cinza? Pois é...esse livro é Cinquenta Tons de Cinza, só que bem mais...light.
Pelo menos, Sebastian não tenta enfiar grampos e outras coisas bizarras na genitália de Regina...
Comparações são inevitáveis. Se você gostou do estilo de Cinquenta Tons, vai gostar desse livro também, pois tratam do mesmo universo. Mas, conforme você vai lendo, vai tendo aquela sensação de déjà vu.
Homem lindo e bem sucedido, encontra garota que nunca deu a mínima pra si mesma e decide que vai mandar nela, através de jogos sexuais. A garota é virgem, não conhece esse universo do sadomazoquismo/bondage e se vê tendo novas experiências a cada página do livro, porém, com o tempo, ela passa a querer um relacionamento de verdade.
Não é igual ao enredo de Cinquenta Tons?
Qualquer livro que trate sobre esse assunto será comparado com o livro de E.L. James.
E por isso, ele deixou a desejar no quesito originalidade. Seria algo original se em vez de um homem dominando e introduzindo uma mulher virgem no bondage, fosse ao contrário! Que tal uma história sobre uma dominatrix que introduza um menino nesse mundo? Ou uma cinquentona divorciada, já com filhos, que de repente, encontra um parceiro que é praticante dessa modalidade?
Originalidade gente!!! É isso que faltou nesse livro!
Por isso, a nota foi 3. Ele é um livro bom, mas poderia ser muito melhor se não tivesse se baseado totalmente em outro livro.
Não posso negar que o casal é bem mais simpático e harmonioso do que Grey e Ana (Cinquenta), e por ser um livro mais light não me causou a repulsa que tive em certos momentos quando li o livro de E.L.James.
Duas coisas foram muito legais neste livro. A primeira foi a menção a Bettie Page, a eterna pin-up.
A segunda é o fato da personagem principal ser apaixonada por livros e bibliotecas, o que já no início da leitura cria uma simpatia imediata por ela (afinal, nós somos iguais a ela! Você não se sente bem quando entra naquelas bibliotecas monumentais e históricas, e fica admirando aquelas prateleiras abarrotadas de livros?)
Resumindo, as dicas são as seguintes...
Gosta de romances hots e esta curioso para saber mais sobre o bondage: Leia esse livro!
Não gostou de Cinquenta Tons, mas quer tirar a má impressão e esta disposto a se jogar no universo do bondage: Leia esse livro!
Leu Cinquenta e não gostou: Esse livro não é pra você.
Leu Cinquenta, mas esta procurando algo diferente: Procure um pouco mais.
Gosta de livros que abordem esse tema, mas achou que Cinquenta exagerou no tom: Leia esse livro!
Boa leitura!
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