Resenhas - Uma Lição de Vida

Carla.Parreira 04/10/2023

Uma lição de vida
O autor relata em sua biografia alguns exercícios que o auxiliou em sua cegueira. O primeiro deles chama-se ?palming?, um método para relaxar os músculos e nervos dos olhos. É praticado da seguinte forma: senta-se com os cotovelos confortavelmente fincados numa almofada firme e cobrem-se os olhos fechados com a palma das mãos, a fim de impedir que a luz chegue até eles. Depois disso imagina-se algo em movimento.
O segundo chama-se ?sunning?. Faz-se olhando o sol com os olhos fechados e virando a cabeça suavemente de um lado para outro. Depois de fazer isso por algum tempo, deve-se descansar praticando o ?palming?, para depois retornar ao ?sunning?.
O terceiro chama-se ?piscamento?. O nome já configura o exercício, ou seja, abrir e cerrar as pálpebras frequentemente, de modo relaxado. Isso alivia a pressão dos olhos, prevenindo o estrabismo, mantendo os olhos úmidos e aumentando o fluxo de sangue para os globos oculares. É desse modo que os olhos funcionam.
O quarto exercício chama-se ?shifting?. Este melhora a acuidade visual, ajuda a focalização de objetos específicos, além de controlar casos de nistagmo (tremor involuntário dos olhos que pode prejudicar seriamente a visão). É um aprendizado de divisar os pormenores de tudo o que a visão captar. Isso pode ser praticado desenvolvendo o hábito de procurar coisas especificas, ativando gradativamente os olhos e o cérebro para o processo da visão. Um exemplo prático: quando olhar para um prédio, ao invés de simplesmente constatar que ali têm uma alta construção, atentar-se também para os detalhes como o nome do edifício, a posição, o tamanho e a cor das janelas, quais os andares ou apartamentos com ar-condicionado expostos, qual o tipo de varanda, etc. Assim se deve fazer com tudo, obviamente sem ter de parar no meio de outras atividades com o intuito especifico de analisar os objetos. Isso também pode ser chamado de ?visão consciente?, ou seja, uma visão não apenas com os olhos, mas também com a mente. Além dos exercícios para a visão, o autor também relata a importância de estudar e praticar corretamente alguns movimentos do corpo, bem como cuidar da respiração, da coordenação e dos ritmos suaves do corpo. É bastante detectável na leitura que uma deficiência sempre auxilia o desenvolvimento de outras partes do corpo, ou seja, amplia outras capacidades pessoais. O autor, que descobre a autocura para sua cegueira, aprende também a definir a psicologia e a fisiologia da doença. É muito lógico saber que uma pessoa precisa querer recuperar-se a fim de superar suas limitações, sejam elas quais forem. Concordo totalmente com ele quando diz que na vida moderna, a maior parte das nossas atividades está rigidamente programada. Raramente temos tempo de nos relaxar e prestar atenção ao que sentimos e às necessidades do corpo. Ele explica que, como uma criança, o corpo exige atenção, sobretudo quando tentamos ignorá-lo. Sendo dominado por uma enfermidade, o corpo nos obriga a olhar para ele. Em sua maioria, as pessoas são passivas no que concerne à doença. A medicina moderna nos estimula a preocupar-nos com o tratamento dos sintomas e a permitir que nossos corpos sejam manipulados para funcionar como máquina, é demasiado obvio e assustador olhar com cuidado e tentar descobrir a causa do problema. Obviamente é difícil abrir mão de comportamentos arraigados, mas muitas vezes isso é fundamental para nossa saúde. É difícil tomar consciência dessas atitudes estranhas que, muitas vezes, contrastam com a razão e o bom senso. Também concordo que o estado de todo o mundo se reflete na vida de cada indivíduo e correspondentemente, o sofrimento de cada pessoa interessa ao mundo inteiro. Achei muito válido a explicação dada de que, ao reservarmos um tempo para tratar de nós mesmos, as tensões oriundas das pressões da vida e do trabalho se tornam muito mais fáceis de enfrentar. Elas não se vão, mas a pessoa exercerá muito melhor suas atividades se estiver relaxada e se sentir forte e capaz. Geralmente realiza mais e de maneira mais bem sucedida. O autor apresenta um paradoxo ao dizer que sacrificamos nossa vida a fim de ganhá-la. Escravizamos-nos á nossa ronda incessante de atividades, mas esquecemos que precisamos de tempo para encontrar e desenvolver os recursos interiores e, a seguir, trazê-los ao trabalho e à interação com outras pessoas. De tal modo, precisamos aprender que somos mais importantes que o trabalho, e os cuidados que dispensarmos ao corpo poderá treinar-nos nessa atitude. Não devemos permitir que nada nos deixe tensos. É preciso aprender a dar-nos valor desde a mais tenra idade, pois como diz o autor, é difícil um adulto modificar os hábitos de uma vida inteira. Além do mais, a qualidade de vida é tão importante quanto à própria vida. Realmente acredito que a mente limita a nossa capacidade de utilizar o cérebro, que aceita as limitações impostas pela mente e deixa-se programar para elas. Todo o corpo, incluindo o cérebro, é uma manifestação das idéias que a pessoa tem a respeito de si própria, o que equivale a dizer que a pessoa é uma criação da própria mente. Sendo assim, os músculos executam simplesmente o conceito da mente a respeito do que eles são capazes de fazer. A mente sofre a influência das circunstancias, especialmente daquelas que interessam às emoções. Daí a importância de mudar, em primeira instância, os conceitos mentais, os quais por si só, automaticamente, já influenciam as atitudes e a personalidade. Em conclusão, achei a história condizente com o título da obra, pois me pareceu realmente uma lição de vida.

Ana.Santos 11/07/2016

Mais que uma lição de vida
Conhecer um pouco do trabalho de Meir foi uma fonte de inspiração para aplicar o método da auto cura, através do relatos dos tratamentos, a lição que aprendi que quando começa um tratamento temos que buscar a calma interior, a confiança e ter persistência e disciplina.

Camila 12/03/2020

História Interessante
A história do livro é bem interessante, se trata de uma outra forma de tratamento para pessoas que precisam, e como encarar algumas doenças. Mas acho que o livro poderia ser mais sucinto, achei a narrativa muito redundante as vezes.