Mel 09/04/2013Não deixa de ser uma história bastante criativa, mas concordo com algumas resenhas que li por aqui: aborda temas demais dentro da condição da invisibilidade.
Começa com o personagem principal percebendo algo de estranho no seu reflexo ao se olhar no espelho, e com o passar do tempo ele vê que o espelho deixou de refletí-lo. Julgando ser um problema com o objeto, ele o leva à loja onde foi comprado, e repara que ninguém o está enxergando, apesar dele próprio se enxergar ao olhar para o próprio corpo.
Inicialmente intrigado, ele passa a fazer algumas experiências em sua condição, comparecendo à festa de seus amigos para ouvir o que falam a seu respeito, observando e acompanhando a vida de pessoas que antes eram desconhecidas, interferindo na vida dessas pessoas de forma a direcioná-las ao que ele julga ser o correto, observando as intimidades dos casais, entre outras coisas. Até que, de repente, ele encontra uma menina que é como ele - invisível - e os dois começam a se aproximar.
Entra então uma questão do passado dele envolvendo o irmão dele e as teorias que ambos tentaram desenvolver sobre as coisas acontecerem por acaso ou destino, uma explicação mirabolante, e ao mesmo tempo ele quer investigar o passado dela e no fim tudo vira uma confusão, pois descobre-se que uma psiquiatra tem analisado seus corpos e eles são apenas os reflexos perdidos, e que o corpo tem uma história de vida, mas o reflexo tem outra.
É confuso, mas criativo.