Rafaela Regis 03/07/2017Claro que te amo! - Tammy LucianoPois então meus queridos, o que falar sobre Claro que te amo!?!. Sem dúvida a Tammy Luciano soube fazer muito bem uma história tão bonita e com grandes coincidências no mundo das mulheres. Esse livro me instigou desde a capa, quando vi a sinopse e sua grande popularidade no Skoob, eu me interessei de cara, e não pensei muito para poder comprá-lo.
A história se baseia na vida conturbada (tanto no âmbito afetivo quanto familiar) da Piera, a mocinha da história. Ela tem 19 anos, foi criada apenas pelo pai, tendo sido abandonada pela mãe ainda bebê e que apesar de ter tido uma boa criação, a ausência da mãe lhe deixara grandes marcas, o que a fez amadurecer muito cedo.
O livro se inicia em umas das fases mais complicadas pela qual Piera passou, ela simplesmente inventa de ir ao casamento do ex-namorado para se autoflagelar, ficando à espreita, atrás de uma árvore a observar toda a festa, a noiva em seu lindo vestido, as famílias ali reunidas para comemorar uma festa pela qual ela se achava no direito de ter sido dela, afinal, ela nunca entendeu porque o seu ex, o André, nunca lhe propôs casamento durante os 6 anos em que mantiveram um relacionamento amoroso.
Após o choque de ter assistido “de camarote” o casamento do “idiota” do André, ela retoma a sua vida tentando esquecer a desilusão do antigo amor. As amigas fiéis e tão companheiras (Drê, Denise e Renata, adorei a presença dessas meninas no livro, deu um ar mais humorado) fazem de tudo pra dar um up na autoestima da amiga, porém aos poucos ela vai se reerguendo e com o passar do tempo se recuperando.
“Em alguns momentos, você só tem a si mesma. E mesmo assim, anda numa péssima companhia.”
- pág. 19 -
No ápice do livro, a surpresa da volta de sua mãe em sua cidade vem acompanhada com outro fator que ela nem esperava: um novo amor. Ao ficar informada que a sua mãe voltou e que está passando por alguns problemas psicológicos, estando internada em uma clínica psiquiátrica, Piera por sua vez, tenta se aproximar da mãe, conhecendo no processo o gatíssimo e encantador Marcelo, ele que é nada mais, nada menos o Dr. que cuidara do estado de sua mãe, por quem ela acaba se apaixonando.
Através dessas visitas diárias que ela se surpreende ao se pegar interessada por Marcelo, o que aos poucos ele também reconhece estar apaixonado por ela. E com todas essas novidades, Piera se pega em dúvida com todos esses sentimentos, como o perdão da mãe, dar uma nova chance para o amor e ainda saber lidar com o arrependimento do André (pois é, ele tinha que voltar para tentar atrapalhar os planos dela, afff...).
“Rumos novos na minha vida. Eu estava feliz por tê-lo encontrado quando menos esperava. Ou será que a felicidade chega quando mais esperamos?.”
- pág. 129 -
Enfim!!! Esse livro é muito bem escrito e narrado em primeira pessoa (eu particularmente adoro quando é nesse estilo). Por ser nacional e passar em uma cidade brasileira (a história se passa na cidade do Rio de Janeiro) tornou tudo mais familiar, gosto muito de ler o estilo de vida brasileiro retratado nos romances nacionais atuais.
A história por si só foi bem abordada, com questionamentos que coincidem com a realidade de grande parte das jovens mulheres deste país. Gostei da personagem principal, apesar de muitas vezes a sua insegurança ter me deixado bem furiosa. Também achei um pouco breve algumas cenas de romance, achei que faltou um maior aprofundamento nas cenas entre os personagens principais (Piera e Marcelo).
No mais, o livro é lindo, cheio de frases bonitas, a interessante abordagem sobre a lição do perdão com pessoas e fatos que passamos a encarar em nossas vidas. A questão da insegurança também foi muito bem retratada, através do modo da personagem principal encarar a vida após tantas perdas e decepções, mas que como o livro mostra, acreditar é sempre a melhor forma de esperar coisas boas no futuro.
A importância da amizade é retratada também na forma de companheirismo, o que é fundamental em qualquer momento da vida, principalmente naqueles em que nos sentimos perdidos, sem rumo e como dizem por aí: “Amizade vale mais do que dinheiro”, e realmente não há quem pague. E outra, acreditar sempre no amor, pois independente do quão ele pode ter machucado, como já dizia Clarice Lispector: “Existem sempre outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas”. Recomendadíssimo!
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http://dlivros.blogspot.com.br/2013/11/claro-que-te-amo-tammy-luciano.html