Nu e As 1001 Nuccias 24/05/2015Resenha - Blog "As 1001 Nuccias"O livro é impecavelmente bem escrito. A Autora tem um jeito bem leve, a história é bem fluida, nem um pouco cansativa. Também não vi erros de gramática ou digitação. Mais uma revisão perfeita. Algumas Editoras estão sempre de parabéns.
Sobre a história: Anna, que não sabe que é uma bruxa, se muda para a cidade litorânea de Winter, na Inglaterra, e, durante uma noite com amigas, acaba lançando um feitiço de amarração no rapaz mais paquerado da escola, Seth Water. Os problemas começam mesmo quando ela tenta desfazer o feitiço, Seth continua afirmando amá-la. Ajudada por outros bruxos da cidade, Anna descobre que é uma bruxa poderosa e que está sob a mira e cobiça dos ‘bruxos-policiais’, os Ealdwitan.
É uma leitura envolvente, bem despretenciosa e até me deu vontade de terminar a trilogia (sim, é uma Coleção chamada "Winter"). De quebra, o primeiro volume ainda conta com uma pequena entrevista feita com a autora. Tá, não é um daqueles que você deseja devorar ou ir correndo na loja pra comprar a continuação, mas é legal. Os 'apesares' vão listados abaixo:
- O livro tem a trama principal centrada no tema universal da literatura jovem atual, o ‘amor apocalíptico que 2 adolescentes nunca poderiam ter, mas que desejam mais que tudo”. Neste caso, uma bruxa e um apartado (leia-se ser humano 'normal').
- A trama também trata de uma paixonite aguda à primeira vista, ou ao 1º suspiro, esbarrão, sorrisinho. Ninguém, se apaixona desse jeito. Nem sendo adolescente. Tá, ok. O garoto está sob efeito de um feitiço. Mas e quando o feitiço acaba e ele descobre que continua amando a fulana? Sem nunca nem ter trocado 2 palavras com ela? Forte e inverossímil. Mas, faz parte (entenda 'um não surge sem o o outro') do tema 'amor apocalíptico juvenil'.
- E, sua protagonista de 17 anos é tão enjoadinha. Chega a ser clichê demais, quase irritante, o fato da garota ser bem chatinha e fazer tudo de qualquer jeito, porque quer se livrar logo de alguma coisa. Ou o fato de que ela insiste, insiste e ferra tudo, sabendo que vai ferrar. Como disse, um tanto clichê demais. Mas, ok, afinal é literatura juvenil, tem que ter trama juvenil (Nessas horas, eu me pergunto se eu também era enjoadinha com 16-18 anos... Tenso!).
O único pecado cometido no livro (sim, nem estou contando os 'apesares' aqui), não sei se pela autora ou pela tradução, foi chamar MAGIA de MÁGICA, o que é imperdoável pra quem conhece bruxaria. Magia é um produto da INTENÇÃO e mudar o mundo, enquanto que o segundo é pura DIVERSÃO e para DISTRAÇÃO. Chamar magia de mágica é quase sacrilégio.
Mas, enfim, ainda recomendo a leitura. Juro que é legal!
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