Noite

Noite Erico Verissimo




Resenhas - Noite


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Milla Carvalho 29/11/2015

Um belo presente!
Eu poderia discorrer sobre a narrativa, os personagens, as descrições... a lista é longa e eu só tenho dois pedidos: Leia. E leia a noite.

Noite me foi um presente em dois sentidos: o material, que me foi dado por uma amiga querida (uma gêmea gaúcha que jamais imaginei ter); e sensitivo, por ser um thriller muito bem escrito e de nos angustiar com o passar das páginas, apesar de ter sido escrito em 1954.

Falar da história é dar bons spoilers. Mas posso contar das sensações? Veríssimo tem uma escrita forte. E neste livro ele realmente nos leva em suas palavras. Eu percebi que a "maldição" deste livro não está apenas no seu final, mas nas sensações que ele nos traz. É terrivelmente viciante, malditamente instigador.

Como foi me pedido, eu "degustei" o livro a noite. Quando os sons noturnos são mais calmos e misteriosos. O resultado foi o aumento na percepção da leitura e o grande trabalho descritivo de Veríssimo que nos leva a ter sensações tão intensas com esta leitura. Chegando ao ponto de sentir cheiros e ouvir sons.Sinceramente é um dos livros que me teve desde o início da leitura.

Portanto, faça isso. Aproveite Noite a noite e conheça a história do homem de gris, o Desconhecido que tem sua alma torturada pela angústia de não saber o que se passou no dia anterior. Suas dúvidas, medos e receios. E seus encontros com personagens dúbios, sinceros e misteriosos.

#DesafioDeLeitura2015 #item28 #UmLivroQueVocêDeveriaTerLidoNaEscolaMasNãoOFez #Recomendo
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Braguinha 25/05/2015

Sonífero dos ruins.
Romance pretensamente misterioso, mas apenas enfadonho como uma chuva em Porto Alegre. Uma bola fora deste grande autor. A capa não deixa dúvidas: tão sóbria quanto o conteúdo.
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Heloisa e João 01/08/2013

Onde sua mente pode te levar?

A escrita de Érico Verrissimo me laçou desde a leitura de seu primeiro livro, Olhai os Lírios do Campo. É uma escrita sútil, sem pretensão que envolve e cativa. Tornei-me um admiradora.
Então tornei e lê-lo. Li, 1, 2, 3, 4 livros e não pretendo parar. Posso afirmar sem hesitar que Érico Verissimo está entre os meus três escritores brasileiros prediletos.
Decidi Ler Noite após saber que na época em que foi lançado, os críticos e setores públicos os consideraram uma ofensa a moral.
O livro começa ao final da tarde e termina no começo da Manhã... Noite.
O Desconhecido ou o 'homem de gris' vaga pela cidade. Não reconhece o lugar, não lembra do nome, de onde veio, o que fez. Carrega no pulso um relógio e no bolso um lenço com perfume feminino e uma carteira recheada de dinheiro. Sente culpa e medo. Culpa por acreditar ter furtado os objetos, ter cometido algum crime e medo que o reconhecessem, que o castigassem... Medo de que alguém o questionasse.
Caminha desnorteado pela cidade até encontrar figuras populares da noite. Duas aves noturnas: Um anão corcunda caricaturista e encrenqueiro e seu protetor, o 'homem do cravo', um sujeito charmoso com aparência distinta que ganha a vida se aproveitando de sua facilidade em conquistar a confiança das pessoas. Ao perceberem que o homem de gris possui muito dinheiro, o convidam para conhecer a noite, sem esperar, é claro, que ele aceite. O carregam e então acontecem as mais curiosas situações. Situações essas comuns para as pessoas acotumadas à vida noturna. Érico revela sem pudor o mundo além do conhecido do seu público comum. O mundo dos artistas, poetas, bêbados, figurões e prostítutas. A noite é um universo paralelo, em que tudo pode acontecer.
Ao mesmo tempo em que passa a perna em alguém, o homem do cravo nos aconselha sobre a vida, sobre as pessoas.
Os personagens de Verissimo em Noite não são de forma alguma bons ou ruins. São humanos. Para o Desconhecido, o anão é um monstro, o homem do cravo, um crápula. Ele mesmo sente-se culpado por um crime.
Veríssimo descreve detalhadamente como a noite e a agonia perseguem o homem de gris. Posso assim definir o livro como romance ou thriller psicologico em que a leitura é quase impossivel de ser interrompida. Há ímpeto para saber como se dá o desfecho daquela intrigante noite.
Aconselho à leitura aos que estão acostumados aos personagens altruístas de Clarissa ou Olhai os Lírios do Campo. Aos admiradores da vida.
Todos se surpreenderão com o enredo e o desfecho de Noite, o livro "maldito" de Érico Veríssimo.
Renata CCS 17/10/2013minha estante
Uma bela resenha! Instigante e, sem dúvida, um convite à leitura deste livro.




Samuca 15/06/2011

Surpreendente história do Erico
Surpreendente história do Erico. Pode-se desprender dessa parábola um sem número de possibilidades interpretativas - da crise da modernidade a uma descrição da noite, ou simplesmente deleitar-se com a capacidade criativa e narrativa de Veríssimo (o que eu particularmente prefiro), como, por exemplo, a descrição de uma embriaguez.
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Adriana 08/07/2010

Um homem que se vê diante de uma esquina movimentada na grande cidade, não se lembra do seu nome, de onde vem, a única certeza que possui é que algo de terrível aconteceu.

Ao mesmo tempo em que essa novela nos mostra um retrato da noite da época, também nos demonstra a angústia de um homem que tenta descobrir quem é, e um sentido para o que lhe acontece.

Embora o início pareça um pouco monótono, mais tarde, quando o protagonista encontra outros personagens, o livro vai mostrando seus contornos e nos envolvendo nessa história sombria e nebulosa.

Muito bom.
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MK 21/09/2009

Acendendo as luzes
A primeira vez que li este livro acho que ainda não tinha elementos suficientes para sua plena digestão. Depois de muito procurar em livrarias, encontrei um exemplar em ótimas condições numa banca de saldos da Feira do Livro. Reli num fôlego só e confirmei a impressão original com acréscimos de intensidade. É uma novela incrível que disseca o desconforto de um homem atormentado com a cidade e a falta de rumo, lidando com suas culpas de endereço incerto e se deixando manipular por sujeitos sorturnos, simbólicos de sua própria impressão da noite.
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Ana 23/05/2010minha estante
pois! um tempo atrás vi essa sua resenha e fiquei com vontade. Estou em Santa Maria, passando a semana por aqui (esse ano tentei escapar do frio) e catei esse livro lá naquela velha estante da sala - lembra das obras completas do Érico, que mora lá há anos? - e lá vou eu ...


Ana 23/05/2010minha estante
pois! um tempo atrás vi essa sua resenha e fiquei com vontade. Estou em Santa Maria, passando a semana por aqui (esse ano tentei escapar do frio) e catei esse livro lá naquela velha estante da sala - lembra das obras completas do Érico, que mora lá há anos? - e lá vou eu ...




Jeane 13/04/2009

Faz tempo que li este livro e lembro de pouca coisa. Não tenho certeza, mas acredito que os personagens não têm nomes. A história acontece em apenas uma noite e o personagem principal se vê desmemoriado, perdido na grande cidade. Neste curto período de tempo, este homem busca sua identidade perambulando pela cidade, visitando lugares bizarros e sórdidos. Achei estranho o personagem principal aceitar com naturalidade a possibilidade de ser um assassino... É um livro sombrio, onde o autor consegue criar um clima sufocante, dando uma sensação de solidão, desamparo, perda e incerteza.
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