See Me

See Me Wendy Higgins




Resenhas - See Me


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Deyse 30/12/2014

Robyn tem dezessete anos e ao contrário da maior parte das garotas da sua idade ela não está sonhando com seus dias na faculdade, em conhecer garotos e ir em festas mas sim no seu noivo. Isso mesmo Robyn esta noiva desde que era um bebê, além disso nunca conheceu o garoto com quem vai se casar e que seu noivo é na realidade um… Leprechaun. Agora ela e sua família partem em uma viagem para a Irlanda para conhecer o clã do noivo, e essa união precisa dar certo ou as fadas iram descontar em todos os membros da família de Robin, e fazer McKale gostar dela pode não ser tão simples – ainda mais quando uma fada parece tão engajada em seduzi-lo.

Esse livro tinha um potencial para ser tão bom, existem fadas malvadas e manipuladoras, humanos com sangue mágico que conseguem praticar magia e fazem parte de uma seção super secreta do exercito, e Leprechauns que tem uma mitologia riquíssima que poderia ter sido explorada, mas a autora resolveu ignorar tudo isso e jogar pela janela qualquer trama possível e focar em uma coisa: o casamento de Robyn e McKale, o romance entre os dois e o futuro dos dois – que é basicamente reproduzir igual coelhos.

Esse livro é narrado em primeira pessoa, pela nossa personagem principal Robyn e a voz dela soa exatamente igual a da minha avó que ainda pensa que vivemos nos anos 1950. A vida todo Robyn sonhou com o casamento seu com um cara desconhecido, ela nunca questionou isso, pelo contrário ela acha especial o fato dela ser obrigada a se casar com alguém para sua família não morrer na mão de fadas, ela está empolgada para conhecer seu noivo e quando o conhece faz de tudo para esse noivado dar certo. E poderia ser ok sabe, ela gosta por algum motivo obscuro da ideia de um casamento arranjado, mas essa é toda a personalidade dela, nos não conhecemos nenhum sonho, nada da vida dela antes de ir para a Irlanda além do que é relacionado ao casamento.

E o relacionamento (cof cof instalove cof cof) de Robyn com McKale me irritou ainda mais com esse livro, Robyn vê ele pela primeira vez e ela já não para mais de pensar nele, tem ciúmes dele, fica insegura se ele gosta dela… Argh, metade do livro McKale passa sem quase nem falar, mas isso não impede Robyn de já estar apaixonada por ele. Sem nem ter tido uma conversa com ele. Terrível.

Esse livro também fez o feminismo regredir uns 50 (ou mais) com suas ideias de que passar a mão na bunda de mulheres sem elas nem conhecerem os caras (ou Leprechauns) é ok, de que caras não seriam educados se eles vivessem sem convívio feminino, de que assim que uma mulher termina o ensino médio só o que ela tem que fazer é se casar e ter filhos, de que se uma mulher beijar mais de um cara ela merece que ele a use, de que divisão sexual no trabalho é correto.

Enfim não recomendo esse livro nem para o meu pior inimigo, ele apresenta ideias completamente atrasadas de como uma sociedade deve funcionar, uma história sem nenhum drama ou emoção e personagens tão profundos quanto uma colher de chá. O livro foi auto publicado pela autora na edição digital em março desse ano.

Agora sendo honesta é difícil para c*cete escolher uma música para um livro que tu odiou ler, sério mesmo, eu realmente não quero escolher uma música que eu goste para esse livro e como eu vou decidir uma música que eu não gosto se eu só ouço músicas que eu gosto? Argh. Acabei por escolher Love Story – Taylor Swift, não sou fã dessa música e descreve um instalove no seu mais puro estado, perfeito para essa história.

site: deysediztudo.wordpress.com
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