O Vampiro da Mata Atlântica

O Vampiro da Mata Atlântica Martha Argel




Resenhas - O Vampiro da Mata Atlântica


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Leandro Wolf 15/03/2018

SEN - SA - CIO - NAL!
Sem palavras para descrever esse livro. Apenas leia que eu prometo que você não vai se arrepender!
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Kaya 25/02/2014

Livro incrível
Terminei de ler o livro "Vampiro da mata atlântica" há dois dias, e devo confessar que eu quase chorei quando chegou na última página. Ele é daqueles livros que te prendem tanto que você não consegue dizer adeus a ele. Se bem que eu me apego muito aos meus livros. Estive lendo uns livros ultimamente, e teve alguns que eu estava querendo jogar pela janela, de tão ruins que estavam, uns livros que eu decidi comprar porque a capa era bonita, então um conselho pra vocês, mais do que maravilhoso que todo mundo já conhece: Nunca julgue um livro pela capa.
Voltando ao foco, é um livro fantástico pra quem gosta da fauna maravilhosa do nosso país, ela fala também sobre vários animais e principalmente, tem aquele gosto de terror que eu adoro. E foi um dos únicos livros que me deixou realmente vidrada, eu não consegui parar de ler enquanto não vi o fim. E como eu adorei aquele final! E pra eu gostar de um livro... É a coisa mais difícil do mundo.
Enfim, lendo ele você entra em contato com a natureza, você se sente na pele dos pesquisadores ali, e da vontade de correr pra ajudar todo o tempo. Tirando que as tramas e idéias do Xavier me deixaram de boca aberta, é como um filme de terror passando na sua cabeça, só que um filme de terror com milhares de detalhes, e é realmente incrível.
Enfim, eu indico muito esse livro pra quem gosta de histórias de terror e pra quem gosta de florestas e temas assim, é maravilhoso mesmo, a Martha Argel fez um excelente trabalho com esse livro. E queria agradecer à ela por ter me dado o livro, fico muito muito agradecida mesmo, virou um dos meus tesouros, e com certeza ainda vou ler muitas e muitas vezes.
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Pandora 19/04/2011

Literatura brasileira SIM!
Mais resenhas em www.trocaletras.wordpress.com

Já conhecia a escrita de Martha Argel de um livro de contos de autores brasileiros e esse foi o primeiro livro só dela que eu li. O que antes era simpatia pela escritora, agora virou admiração, pela escritora e pela pessoa.

Explicando: Martha Argel é também bióloga, e destina metade dos direitos autorais provenientes da venda desse livro para a organização não-governamental WCS Brasil (Wildlife Conservation Society), que vai iniciar a implantação de um projeto de conservação de primatas na Mata Atlântica do sudeste do Brasil. O projeto terá como principal bandeira a proteção ao muriqui, ou mono-carvoeiro, o maior macaco das Américas. (texto da própria autora, modificado)
Isso é muito importante, tanto para o cenário literário brasileiro, como para quem lida com conservação.

Eu, como fã de vampiros e apaixonada pela natureza, sua conservação e sua fauna, dei pulos de alegria. Afinal, Argel misturou duas grandes paixões minhas em um livro.

Sobre o livro: dois biólogos, Júlio e Xavier são contratados para fazer o mapeamento de aves e mamíferos de uma região, para a criação de uma unidade de conservação no local.
Logo ao chegar, constatam que estranhos acontecimentos fizeram toda a população mudar-se das proximidades.
Com a época de chuvas, os dois rapazes estão presos em seu acampamento, esperando o sol secar a estrada para poderem sair. Isso não é problema para apaixonados pelo mato, certo? O único problema é o sádico vampiro que habita a região.

Nada de vampiros bonzinhos, aqui o vampiro é sanguinário, gosta de brincar com o "almoço" e não vai poupar esforços para satisfazer seus desejos de sangue e distração.

Uma obra imperdível, com a qualidade de uma grande escritora brasileira.





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Bruno Anselmi M 31/01/2011

O Vampiro e a Ornitóloga
"Peguei esse livro por acaso. Encontrei Martha no evento, ela comentou sobre o livro e me interessei. No dia seguinte comecei a ler e um dia depois havia terminado. Simples assim. Gosto de ler literatura infanto-juvenil, quebra a rotina de ler tanta coisa séria pela faculdade. Mas o surpreendente é que o livro da Martha não é tão juvenil como a classificação da livraria leva a crer... embora seja a leitura agradável que eu estava esperando...
O livro se trata da história de dois jovens pesquisadores – um ornitólogo e um mastozoólogo (biólogo especialista em mamíferos) – que partem para uma pesquisa de campo numa região serrana da Mata Atlântica onde acabam presos com um vampiro sádico com complexo de serial killer. Obviamente, não vou contar o que acontece depois, mas vou fazer alguns comentários sobre o que mais me chamou a atenção no livro..."

Leia a resenha completa em:

http://cerebro-casa.blogspot.com/2010/07/o-vampiro-e-ornitologa.html
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isa 07/12/2010

O vampiro da Mata Atlantica
A autora consegue transformar o leitor em personagem, fazendo-o sentir junto com Xavier e Júlio o cheiro da mata molhada, a expectativa de encontrar animais raros e (infelizmente) extintos, o imenso ódio de caçadores e o medo do inesperado durante todo o enrolar da história. Com uma linguagem popular, consegue ser engraçada sem perder o foco no suspense, o que já conta muitos pontos.
Vale a pena ler, também porque quebra esse novo padrão de "vampiro-bonzinho-e-bonito".
Aline Stechitti 20/04/2013minha estante
É tudo isso e só vale 2 estrelas? '-'




Meizer 14/08/2010

Ótimo, ótimo. Mil vezes ótimo!
A autora consegue transformar o leitor em personagem, fazendo-o sentir junto com Xavier e Júlio o cheiro da mata molhada, a expectativa de encontrar animais raros e (infelizmente) extintos, o imenso ódio de caçadores e o medo do inesperado durante todo o enrolar da história. Com uma linguagem popular, consegue ser engraçada sem perder o foco no suspense, o que já conta muitos pontos.
Vale a pena ler, também porque quebra esse novo padrão de "vampiro-bonzinho-e-bonito".
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Fimbrethil Call 05/08/2010

você sabia dos nós?
Eu só tenho uma coisa a dizer sobre esse livro: ele é sensacional!
Eu adorei, desde quando Xavier e Júlio partem de São Paulo e chegam ao Alto do Ribeira pra fazer suas pesquisas e tentar transformar uma área de mata atlântica em Unidade de Conservação, até a hora em que eles encontram o vampiro.

Eu tava com um pé atrás antes de ler esse livro porque vampiros não são o meu assunto preferido, eu gosto de bruxas, e gostei especialmente desse livro porque o vampiro não é o principal, ele é só mais um personagem, que dita o rumo da história, mas não é toda a história.
Na verdade é uma história riquíssima, que te dá uma aula, de biologia, de conservação e de vampirismo, sem ser pedante, você vai aprendendo com prazer.

Uma coisa que eu não sabia era que vampiros têm compulsão a desatar nós hahahahahahahahahahahahahaha e contar sementes hahahahahahahahaha aquela cena aterrorizante, e eu morrendo de rir com o vampiro contando grão de milho hahahahhahahahahahaha sensacional! Esse livro devia ser traduzido para vários idiomas pros coitados dos estrangeiros aprenderem alguma coisa.

Recomendo muito.
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Rafael 28/07/2010

De volta aos vampiros maus e selvagens.
Neste livro Martha Argel nos presenteia com uma história original, eletrizante e cativante.

O livro conta a história de dois pesquisadores: Xavier Damasceno e Júlio Levereaux. A trama se desenrola em cima de seus trabalhos para preservação de uma área no Alto dos Lacerdas e nas surpresas que eles encontram por lá. Além de nos mostrar como funciona o trabalho de campo de um Mastozoólogo e de um Ornitólogo o livro desmistifica muito dos mitos criados em torno dos vampiros e acrescenta outros não tão difundidos, mas certamente pesquisados.

Não esperem por vampiros galãs, sedutores e refinados, aqui ou melhor, no Alto dos Lacerdas vocês encontrarão o selvagem, instintivo e malandro Chico Justo, ser das trevas na conotação real da palavra e bem cômico as vezes. A Autora não nos privou da realidade, brindando com um palavrão necessário quando a cena requeria e da mesma forma o livro não desce o padrão e se mantém ao menos em minha modesta opinião nas alturas.

Com um final irreverente e ousado a autora fecha o livro com maestria.

Estou muito orgulhoso de ver livro de fantasia nacional feito com tanto cuidado, desde a capa ao apêndice. Parabéns a autora pela maravilhosa estória e também meus cumprimentos a Editora Idea que produziu o livro com um carinho perceptível aos olhos. =)
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Martha Argel 09/06/2010

Leitores de O Vampiro da Mata Atlântica ajudam a proteger a natureza!
A escritora e bióloga Martha Argel decidiu destinar metade dos direitos autorais provenientes da venda de seu romance O Vampiro da Mata Atlântica (Idea Editora, 2009) para a conservação da natureza.

A doação vai ajudar a organização não-governamental WCS Brasil (Wildlife Conservation Society) a iniciar a implantação de um projeto de conservação de primatas na Mata Atlântica do sudeste do Brasil. O projeto terá como principal bandeira a proteção ao muriqui, ou mono-carvoeiro, o maior macaco das Américas. A coordenação do projeto será do Dr. Jean Boubli, biólogo com pós-doutorado em ecologia de primatas, e diretor da WCS Brasil.

No dia 6 de maio de 2010, durante uma reunião da WCS Brasil, realizada no Rio de Janeiro, a escritora entregou a Jean Boubli um primeiro cheque referente aos direitos autorais do livro. Novas doações serão feitas, cada vez que houver acerto dos direitos por parte da editora Idea.

Martha Argel agradece a todos que estão adquirindo, divulgando e recomendando a leitura de O Vampiro da Mata Atlântica. São os leitores e divulgadores que possibilitam esta primeira doação e as seguintes.


Sobre O Vampiro da Mata Atlântica

O romance O Vampiro da Mata Atlântica traz as aventuras de dois jovens pesquisadores, Xavier Damasceno e Júlio Levereaux, nas matas do Alto Ribeira, no estado de São Paulo. Durante seus estudos eles se deparam com uma natureza exuberante e intacta, espécies animais raras e uma beleza ímpar. Mas de repente topam com uma criatura aterrorizante, e acabam passando por situações que jamais sonhariam enfrentar. O livro combina a trama e a ação ficcional com a experiência de mais de trinta anos da autora em Ecologia de Campo. O Vampiro da Mata Atlântica está à venda nas livrarias de todo o Brasil e também pela internet.
Saiba mais sobre a autora e seu trabalho científico e literário: www.marthaargel.com.br

Sobre a WCS Brasil

A WCS Brasil é uma organização brasileira sem fins lucrativos, fundada em 2003 e com sede no Rio de Janeiro. Sua estratégia de ação é identificar problemas críticos de conservação e desenvolver soluções científicas, que beneficiem ambientes naturais, fauna nativa e comunidades humanas. Desde sua fundação, a organização conduz projetos de conservação no Pantanal e Amazônia, e desenvolve o Projeto Aves do Brasil, visando conservação do patrimônio natural por meio do fomento ao turismo de observação de aves. Participa, ainda, do projeto internacional Um Mundo, Uma Saúde.
A WCS Brasil está ligada à Wildlife Conservation Society (WCS), organização não-governamental de conservação sediada em Nova York (EUA), que atua em mais de 50 países no mundo todo. Fundada em 1896, sua missão é conservar a fauna silvestre e os ecossistemas, utilizando bases científicas e pesquisas de campo.
Saiba mais sobre a WCS Brasil e seus projetos: http://www.wcs.org.br

Karine Coelho 09/06/2010minha estante
Parabéns pela iniciativa, Martha! Assim que eu puder também vou adquirir o meu e ajudar! Mas, por enquanto, vou divulgar! (modo merchanzeira ON Rsrsrs) Beijos.


Giovanna 28/12/2022minha estante
Esse é um dos livros mais legais que eu já li na vida




Leandro Radrak 10/05/2010

Excelente Leitura
“É muito bom!”, esta era a afirmação que faziam para mim, cada vez que devolviam este livro do empréstimo. Minha esposa, sogra, cunhados, todos leitores assíduos, devolviam o livro com um sorriso no rosto que indicava aquilo que todo o escritor deseja: Missão Cumprida!

Pois bem galera, preciso dizer: “É muito bom!”.

Esta obra é cativante do começo ao fim. A história possui uma medida certa, com suas 164 páginas, mantendo um ritmo capaz de prender leitores, de infantos à idosos, a uma aventura original e divertida.
O livro possui basicamente três personagens.

A dupla de biólogos Xavier Damasceno e Júlio Levereaux, que são responsáveis por nos apresentar a vida em campo desta profissão. Os detalhes neste ponto são tão ricos, que nos transportam à mata atlântica e enchem nosso peito de vontade de fugir da civilização, nem que por um final de semana. Não é para menos, Martha é bióloga, mais precisamente uma ornitóloga: estudiosa de pássaros, e sua vivência profissional e paixão pela natureza fazem desta obra um depoimento sincero.

O terceiro personagem é o Chico Justo, o Vampiro da Mata Atlântica, que chuta para o espaço toda a repetição que os vampiros atuais tem trazido aos livros e cinemas. A autora recorre a velhas crenças sobre esta criatura mitológica e, tirando proveito disto, escreve uma das histórias de vampiro mais divertidas que já li. Entendam que não desmereço as outras. Sou fã de Entrevista com Vampiro e não abro mão. Mas esta história almeja outros patamares e, com seu próprio estilo, a autora ganhou seu espaço na minha prateleira de livros permanentes.

Para os professores, fica a dica deste livro. Didático quanto à questões ambientais, com história e tamanho perfeitos para o publico infanto-juvenil, este é um livro que pode ser utilizado em sala de aula sem problema algum. E o livro ainda conta com um rico apêndice que descreve a mata atlântica, zonas de proteção e animais ameaçados de extinção, que são citados no livro.

Parabéns à colega de editora por nos presentear com este causo. É um excelente trabalho que indico com um sorriso no rosto.
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Idea 25/03/2010

Xavier Damasceno e Júlio Levereaux, dois jovens pesquisadores, são contratados para estudar a fauna de um grande trecho da Mata Atlântica onde será criada uma área de preservação.

Depois de uma viagem debaixo de chuva, eles chegam a seu destino, na ainda bem preservada região do Alto Ribeira, sul do estado de São Paulo. O acesso ao local é ruim e só poderão sair de lá após alguns dias de sol. Mas para eles, bem equipados, com comida suficiente e apaixonados pelo mato, aquilo não é uma catástrofe.

À medida que realizam seu trabalho, constatam que a área, belíssima, é perfeita para a conservação. Fascinados com suas descobertas sucessivas, porém, não se dão conta de estarem sendo espreitados por um monstruoso ser noturno.

Quando se confrontam com a criatura, os dois rapazes devem lutar para salvar suas vidas, e os únicos recursos a que podem recorrer são o equipamento de trabalho de campo, seu conhecimento e sua criatividade.
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Antonio Luiz 14/03/2010

Considero "O Vampiro da Mata Atlântica", de Martha Argel, o melhor e mais original romance brasileiro sobre vampiros de 2009. Foge completamente aos moldes românticos da epidemia gerada por "Crepúsculo".

Nem galã, nem femme fatale, sem nenhum traço de charme e sedução, o vampiro desse romance surge inexplicavelmente de do assassinato desprezível criminoso comum e caçador clandestino, pobre, feio e bruto. À imagem e semelhança de seus remotos ancestrais do folclore balcânico e com muitas de suas curiosas e pouco conhecidas limitações, que se prestam a criar situações inusitadas.

O vampiro surge nas matas do Vale do Ribeira e encurrala na floresta uma dupla de cientistas encarregada de fazer um estudo sobre a viabilidade de criar ali uma reserva natural. A engenhosa trama oscila entre o horror mais sinistro e o humor mais desbragado com habilidade surpreendente.

O fantástico se alterna com descrições minuciosas e realistas das dificuldades e emoções do trabalho de campo de um biólogo na vida real, Além disso, o romance fornece muita informação sobre a fauna, a flora e os problemas ecológicos da Mata Atlântica. Tendo sido concebida como paradidática, a obra é complementada por onze páginas de anexos sobre esse ecossistema e suas espécies e indicações bibliográficas para aprofundamento do tema, mas igualmente pode ser lida como pura diversão.

Deve-se ressalvar que algumas dessas passagens adotam um tom demasiado didático. Deveria ser possível transmitir as mesmas informações sem dar a impressão de interromper a história para dar uma aula.

Também senti a falta de uma tentativa de explicação, por fantasiosa e especulativa que fosse, da origem, do "paciente zero". Se todo mau-caráter que sofre morte violenta fosse afetado de vampirismo, certamente a síndrome seria muito comum. Não seria necessário em uma obra com caráter e personagens menos científicos, mas sendo os protagonistas biólogos, seria de se esperar que se perguntassem sobre o mistério nesses termos.
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Gil 24/01/2010

E-mail para a autora
De: Gil Cardoso
Para: marthaargel
Data: 6 de novembro de 2009 02:33
Assunto: O Vampiro da Mata-Atlântica - Impressões.


Fechei o livro. Olhei para o teto sobre a cama. Notei as paredes a minha volta. Notei os prédios bloqueando o céu noturno. Tudo fechado. Numa caixa. De súbito, um desejo por um café quente, para tentar clarear a mente recém abalada pela leitura. Alguns minutos vegetando enquanto a água não fervia. O campo. O desejo persistente pelo campo. O café desceu redondo e, a cada gole, uma lembrança do que havia lido. Sorriso. Incrível.

E aí, Martha? hehe... demorei para redigir este e-mail, mas é que estava consternado demais com Justo e sua malvadeza. Leitura fantástica. Simplesmente formidável. Logo no dia seguinte ao da discussão na Saraiva do Rio Sul, devorei o meu exemplar devidamente autografado. Puxa. Sem palavras adequadas para elogiar o trabalho. Demais mesmo. No bom linguajar popular: "fodão"!

Fiquei barbarizado em ver como conseguiu inserir a rotina de campo e conceitos ambientais de maneira tão sutil e sublime numa linguagem agradabilíssima e sem "blábláblá científico" - como costumamos ouvir de parentes ou amigos reclamarem depois de questionarem demais sobre nossa metodologia. Outra coisa que me cativou bastante foi, logo na primeira cena da história, você citar o Sick. O Sick é uma figura bastante recorrente no meu cotidiano acadêmico, pois um de meus professores (Luiz Pedreira Gonzaga), que talvez você conheça, foi aluno dele e em muitos momentos, o Sick surge protagonizando uma história de campo ou de rotina de laboratório. Bem, "ver" o Sick ali me bateu pela primeira vez o que aconteceu várias vezes durante o restante da história: aquela sensação de "E não é que é verdade?!". Afinal, é sempre bom reconhecer os pontos de familiaridade com a história.

Então, caso não tenha ficado subentendido: Meus parabéns e muito obrigado pela obra. Cada vez melhor. Demais mesmo. Eu escrevi uma folhinha com uma errata de pequenos erros de digitação ou edição que detectei, mas não lembro onde deixei, hehehe, fico devendo.

Ironicamente, demorei a redigir o e-mail, pois nos últimos dois finais de semana estive em campo. Nada de paredes, nada de teto, nada de prédios. Somente o verde infinito. O que acontecerá a seguir? O que observarei? Uma maravilhosa e angustiante infinitude de coisas que você não notará, por mais que seus sentidos estejam completamente alerta. Sem falar da fascinante estupidez que a mata lhe provoca: você nunca será capaz de dizer com precisão o que é cada uma das coisas que você olha. Acho que entende o que quero dizer. Mas enfim consegui. =D

Por ora é isso.
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Lucas Rocha 12/12/2009

Martha Argel é bióloga com doutorado em ecologia das aves, e escreve, entre outras coisas, sobre vampiros. Meu primeiro contato com a autora foi daqueles por acaso, na prateleira de literatura brasileira – onde geralmente vislumbro os livros mas nunca os compro, com medo de me decepcionar. Li, entre Nelsons Magrinis e Andrés Viancos, um livro fino e de capa preta chamado “Relações de Sangue”. Isso foi em 2007, muito antes de vampiros voltarem a ser tema de mesas redondas. O livro me chamou a atenção: dei uma folheada, li o primeiro capítulo, achei-o simpático, mas – medo bobo de sovina – não o comprei.

Então o tempo passou e li que Martha Argel publicaria outro livro, dessa vez intitulado “O Vampiro da Mata Atlântica”.

O livro “O Vampiro da Mata Atlântica” (Idea Editora, 176 págs) é simpático em todos os seus aspectos estéticos. Desde a orelha brilhantemente escrita por Silvio Alexandre, passando pela capa chamativa e com um interessante efeito de movimento, até os seus apêndices sobre a Mata Atlântica e suas particularidades. A diagramação do livro é fantástica e cuidadosa, com pouquíssimos erros. Ponto para a Idea Editora.

Mas vamos ao livro em si. A história gira em torno de dois jovens pesquisadores, Xavier Damasceno e Júlio Levereaux (nome belíssimo, por sinal). Quando Levereaux recebe uma proposta para pesquisar e estudar uma área da Mata Atlântica com potencial para se tornar uma reserva ambiental, não pensa duas vezes antes de chamar o amigo Xavier Damasceno. Juntos, os dois partem em uma expedição que visa encontrar animais ameaçados de extinção.

Já no prólogo, o livro mostra a que veio. Ele é eletrizante. Começa com velocidade, prendendo a atenção do leitor e gerando a curiosidade necessária para que ele vire a próxima página.

Um dos pontos positivos do livro foi optar por um vampiro selvagem, longe dos moldes cavalheirescos de Stoker, Rice e Cia. Aqui, o vampiro é um animal da selva – sem, contudo, ser necessariamente selvagem –, sedento por sangue. Os trechos dos capítulos narrados pela ótica do Vampiro são ótimos, pois mostram que ele, apesar de toda a sede e necessidade de sangue, não é uma criatura desenfreada e irracional. Ao contrário, o texto o mostra como um ser pensante e digno de nota pelos pensamentos que tem. Dentre tantos vampiros educados e bonzinhos, o Da Mata Atlântica se destaca por seu egoísmo e necessidades eminentes acima de qualquer outra coisa.

Partindo para os dois personagens principais: a escolha de dois é significativa. Pelo ritmo do livro, percebe-se que, se mais alguém estivesse ali no meio, talvez a história se tornasse enfadonha. Dois, nessa situação, foi mais do que satisfatório. Aqui, o romance entre homem e mulher foi deixado de lado, dando lugar à amizade entre os personagens centrais – sem, contudo, parecer uma coisa homoerótica ao estilo ‘Lestat e Louis’.

A humanização dos dois é muito bem construída: eles passam longe de serem personagens superficiais ou mesmo sem graça. Ao contrário, mostram sempre com sinceridades seus pontos de vista, que passam pela inicial desconfiança de Xavier acerca dos propósitos de Levereaux até o medo dos dois pelo Vampiro – que não chega a se configurar em pânico, mas mais em dúvida e assombro para a nova situação com uma criatura até então fantasiosa.

O conhecimento de Martha Argel acerca de ambiente, fauna e flora é inegável. Ela mesma o relata no prefácio, falando sobre suas experiências pessoais e da forma como elas influenciaram algumas das passagens do livro. As descrições das matas, grutas e animais é nada mais que perfeita, dando credibilidade para o texto ao mesmo tempo em que nos faz emergir na história. No entanto, senti que esse conhecimento, às vezes, pode ser prejudicial. É claro que não afeta completamente a leitura, mas o excesso de termos técnicos e nomes que, para a biologia, podem parecer corriqueiros, em certas horas se tornam cansativos para os leigos e não-simpatizantes das ciências biológicas.

Outro ponto bem interessante – e do qual vou falar rápido, pra não soltar nenhum spoiler – é o final. A ideia usada foi muito bem feita e utilizada. Mas paro por aqui, ok?

O livro não cativa só por seu cuidado editorial. Ele é, sem sombra de dúvidas, uma das grandes estreias da literatura fantástica do ano. Martha Argel sabe o que está fazendo quando escreve, e é capaz de passar essa segurança ao leitor, que – tenho certeza – devorará o livro da mesma forma que o Vampiro da Mata Atlântica suga o sangue de suas vítimas: deliciosa e desenfreadamente.
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