Pawn

Pawn Aimée Carter




Resenhas - Pawn


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Ivy (De repente, no último livro) 19/08/2016

Gostei bastante...
Kitty Doe é um Extra. Os "Extra" são o segundo filho de um casal. Cada casal tem direito a ter apenas um filho. Se ainda assim ocorrer uma segunda gestação, o casal deverá pagar uma quota por esse filho extra que teve e a criança é enviada à um Orfanato, para viver com outras crianças. Se o casal não puder pagar esta taxa, o filho extra que teve é então enviado à um lugar longínquo, desconhecido e misterioso chamado "Outro Lugar", um território aonde todos os que foram jamais retornaram. A mesma situação ocorre com os maiores de 60 anos de idade, que por sua avançada idade já não podem contribuir para a sociedade, e também com as castas número 1, pessoas consideradas incapazes de produzir, com perfis classificados como criminosos ou afins. Ao completar 17 anos, todos os jovens são enviados para a prova. A prova classifica os jovens de acordo com o seu desempenho e, à partir disso, determina à que casta eles deverão pertencer. Embora seja uma garota preparada e inteligente, Kitty acaba não se saindo bem no seu teste e recebe um frustrante casta III como futuro. Ela deverá viver longe de seus amigos e de seu namorado, ser enviada para outra cidade para servir trabalhando nos esgotos do local.
Devastada por essa nova condição, Kitty decide então aceitar a oferta de uma amiga e ir trabalhar em um bordel na cidade. Alí, por causa da cor de seus olhos, bastante incomum, Kitty recebe uma proposta tentadora, vinda diretamente do primeiro ministro Daxton Hart, o homem mais poderoso da nação.
Kitty deverá se esquecer de seu passado, mudar seu nome e modificar alguns traços de seu rosto, tudo isso para tornar-se Lila Hart, a sobrinha do primeiro ministro.
Kitty na verdade nem tem muita opção: ou ela aceita a proposta do primeiro ministro, ou será enviada a "Outro Lugar". Encurralada e em parte também seduzida pela possibilidade de mudar de casta e se tornar um VII, a casta mais alta, Kitty acaba aceitando, sem saber exatamente em que consiste a sua missão.
Na verdade, a missão de Kitty é muito maior do que ela esperava já que além de viver na pele de Lila Hart, ela também deverá sufocar uma revolução que ameaça tomar toda a nação e da qual Lila era a grande porta voz. Kitty deverá aceitar as condições da família Hart, especialmente as da malévola Augusta, a líder do clã, e deverá casar-se com o antigo noivo da verdadeira Lila, Knox Creed.
Kitty logo se dá conta de que é uma pequena peça em um grande jogo de xadrez, cheio de conspirações e manipulação, sem saber quem é quem ou em quem deveria ela confiar e com as pessoas que ama morrendo por conta de suas decisões erradas.

Resumindo, essa é a premissa de Pawn, uma distopia gostosa de ler, que realmente prende o leitor, com uma narrativa bastante simples de entender e ao mesmo tempo envolvente.
Nesta primeira parte a autora nos imerge no mundo distorcido da família Hart e por muitos momentos o leitor consegue se colocar um pouco na pele de Kitty, sentindo uma mistura de compaixão e medo, tudo ao mesmo tempo.
Em quanto aos personagens, temos Kitty, a protagonista, que apesar de eu ter gostado, ainda não consegue me convencer completamente. Me pareceu muito assustada com tudo e muito prudente para uma protagonista de distopia. Kitty do nada aceita fazer parte de um jogo que nem sabe exatamente até aonde vai e por muitos momentos parece que o que realmente lhe importa é apenas as vantagens que pode conseguir. Kitty é um personagem que não se importa em admitir ao leitor o quanto ela desfruta em ser uma VII, o quanto foi bom deixar a vida dura e o quanto muitas vezes ela conclui que ser Lila Hart ao final nem é tão ruim. Houveram momentos em que tudo isso me soava muito injusto, especialmente com relação ao seu namorado, Benjy. Por se tratar de uma trilogia, estou quase segura que veremos aqui mais um triângulo amoroso entre Kitty / Benjy / Knox.
Knox é o noivo de Lila Hart. Ele conhece a verdadeira identidade de Kitty e se apresenta como alguém disposto a ensinar Kitty como se comportar exatamente como Lila. Knox é um VI, um garoto privilegiado, filho de um ministro bastante influente, e que obviamente também oculta muitos segredos. Simpatizei bastante com Knox, esse é um personagem que me pareceu bastante carismático e interessante.
Além deste trio principal de personagens, também conheceremos Celia, a mãe de Lila, que para mim é um mistério e uma surpresa. Não sei dizer se terminei gostando dela ou se ainda não me caiu bem, creio que senti ambas as coisas em muitos momentos. E também vale destacar o personagem de Greyson, o filho o Primeiro Ministro, um garoto inteligente, calado e tímido que revela-se muito mais do que parecia e acredito pode alcançar bastante destaque nas continuações que seguem.
Apesar de Kitty não ser exatamente a minha protagonista feminina favorita pois me pareceu um pouquinho fraca, injusta e ambiciosa, a trama em si funciona bem e a autora demonstra segurança desenvolvendo cada personagem. Veremos se na continuação Kitty consegue me convencer pra valer...

Resumindo, Pawn é um princípio de saga que é bastante interessante e que me surpreendeu bem. Com uma escrita simples e envolvente, Aimee Carter nos imerge em um mundo de injustiças e conspirações. Um jogo de gato e rato, cheio de momentos duros e de perdas que deixarão o coração do leitor em pedaços durante muitos momentos.

site: http://aliceandthebooks.blogspot.com.br/2016/08/review-88-pawn.html
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