Fernanda 17/10/2013Resenha: O Dom
Resenha: É inegável dizer que “O Dom”, continuação de Bruxos e Bruxas, possui uma narrativa dinâmica e irreverente, da mesma maneira como o primeiro volume seguiu. Porém também é fato que alguns acontecimentos/personagens soaram em diversos momentos como desnecessários, ocasionando alguns erros da sequência.
O fato é que independente de acontecerem certos episódios marcantes e inesperados, a trama apresentada faz com que o leitor fique atento apenas nos próprios protagonistas: Whit e Wisty. Por esse motivo que há o destaque sobre cenas supérfluas, ou seja é como se as outras apresentações não envolvessem o leitor de nenhuma maneira.
A escrita do livro é semelhante ao primeiro, com capítulos muito curtos e alternados entre os irmãos Allgood. Por um lado é muito interessante poder acompanhar esse compartilhamento de expressões, porém ainda assim passa uma sensação de correria e pouco caso dos pensamentos e opiniões dos narradores.
Wisty e Whit tem poderes mágicos e depois de passarem por tantos eventos conturbados, ainda estão lutando pela resistência contra a N.O (Nova Ordem). Esta que causou uma grande mudança nos cidadãos, contrariando todas as opiniões e proibindo muitas coisas. E agora eles se vêem frente a uma execução. Whit precisa salvar Wisty de qualquer maneira, mas o problema é que para todos eles ainda são considerados assassinos.
Será que Wisty morreu? Primeiro você fica meio em dúvida: vai saber de que maneira os autores querem surpreender, não é mesmo?! Mas é óbvio que ela não morreu. O Único que é o Único matou outra pessoa que supostamente deveria ser ela. Então porque será que ele estava fingindo que estava sacrificando ela?
Célia, a namorada de Whit, entra em cena e confunde a cabeça de todos com suas atitudes estranhas e inesperadas, porque de qualquer maneira é notável o quanto ela está fora de controle – ou melhor, como está sendo controlada, e confesso que também não esperava por isso. Será que a N.O capturou Célia?
O enredo nos remete a vários mistérios e cenas intrigantes, mas mesmo assim não consegue envolver o bastante. O bom é que pelo menos é uma leitura rápida e consegue fazer com que o leitor tenha dúvidas e até curioso sobre a próxima aventura desta série.
“Então, me transformo numa tocha humana, como já tinha feito antes. Mas, desta vez, deixo todo o cuidado de lado. De repente, línguas de fogo de três, seis, dez metros de altura estão se alastrando ao meu redor, rasgando o até então fresco ar da tarde.” Pg.19
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