Eli Coelho 07/03/2017Apenas regular, faltou ousadiaO que avalio em um livro de cronicas além é claro da clareza da narrativa (essencialmente deve ser um texto despretensioso), a quantidade de boas sacadas (ideias interessantes), graça e se vier de alguma forma algum conhecimento disfarçado melhor ainda o que a meu ver mostra que o autor não subestima a inteligencia do leitor e pode sim trazer temas complexos com uma linguagem mais acessível. Não sei se nesse ponto me fiz claro, mas por exemplo se um autor faz uma história cotidiana e fala sobre o quadro "A ultima ceia" de Leonardo da Vinci vejo com bons olhos.
Procuro nas cronicas acima de tudo inspiração, visto que também escrevo e valorizo alguém que consegue colocar um olhar inusitado sobre determinadas situações do dia-a-dia, portanto pra mim uma cronica deve ser inspiradora capaz de questionamentos como: Como nunca pensei nisso antes? As vezes isso acontece pelo que tá escrito e outras pelo que não está, as entrelinhas de uma história.
Tendo explicado a minha relação com um livro de cronicas, devo dizer que dos 28 textos gostei de apenas 8, ou seja 1/3. De modo geral achei algumas cronicas de casais (Amor) um pouco repetitivas em sua formula, assim como a sessão de "Cartas" que finalizam o livro. Apreciei "Quem diria?" (uma relação que supera as probabilidades negativas) "Revelação" (uma mulher vendo o esposo com novos olhos), "Um dia de mãe", "Um dia de pai", "Quando o telefone toca" (a inexistência de uma história para a personagem), entre outras.
É uma autora que pretendo acompanhar e dar novas chances de me seduzir.
RECOMENDO!