vortexcultural 07/08/2016
Por Thiago Augusto Corrêa
A potência musical da banda The Beatles é uma afirmativa constante mantida pelo tempo. Naturalmente, aliados à sua excelência, há a força como produto cultural que movimenta o mercado. Mesmo após mais de 40 anos do final da banda, ainda há consumidores de informações sobre o grupo lançadas em obras fonográficas de releitura, shows comemorativos e lançamentos literários que apresentam a história do quarteto de Liverpool sob diferentes pontos de vista. Um fato impressionante sobre a potência da música em si.
Lançado pela Novo Século, Here, There and Everywhere – Minha Vida Gravando os Beatles poderia ser mais um relato jornalístico de pesquisa formal com entrevista e depoimentos sobre a banda. Não fosse seu autor, Geoff Emerick, um dos profissionais que acompanharam boa parte da trajetória musical do FabFour e ainda foi responsável por intensificar a gama sonora produzida em diversos álbuns da banda.
Em 480 páginas, o livro feito em parceria com o jornalista Howard Massey apresenta ao leitor uma breve biografia de Emerick e seu primeiro contato com a música através de uma coleção de vinis de música clássica e de como, aos 15 anos, já apaixonado por sonoridades, conseguiu um emprego na EMI como assistente de engenheiro de som, um cargo conhecido popularmente como aquele responsável por mexer os botões (oficialmente, é quem ajuda o engenheiro a calibrar o som para as gravações). Os primeiros capítulos pontuam seu amor pela música para compreendermos parte de sua criatividade quando, promovido a engenheiro de som dos Beatles, ele mergulha na função e vai além da sonoridade da época, sendo um precursor de novas texturas musicais.
Geoff foi convocado oficialmente para trabalhar como engenheiro de som da banda no álbum Revolver. No prefácio da obra, o autor desenvolve uma cena de impacto nos apresentando, de supetão, a primeira vez que John Lennon lhe pediu uma sonoridade específica. Criativo e técnico, o engenheiro conseguiu desenvolver um sistema para dar ao cantor a voz profunda e distante da canção Tomorrow Never Knows.
Leia a crítica completa no Vortex Cultural.
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