O queijo e os vermes

O queijo e os vermes Carlo Ginzburg




Resenhas - O Queijo e os Vermes


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Diogo 22/01/2023

Menocchio
Excelente leitura, recomendo pra quem gosta de história e inquisição. Menocchio foi uma grande figura, pensava diferente e por isso foi executado. ?Suas palavras são um protesto, são a recusa desse horror. Sua curiosidade, opiniões e destino fazem dele um desses homens para quem dizer o pensam é tão importante que, por isso, arriscam a própria vida.?
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Will 09/01/2023

Leitura extremamente interessante, a História popular em seu ponto máximo!

O queijo e os vermes é um relato histórico de um personagem comum extremamente incomum: um moleiro autodidata questionador do século XVI, que desenvolve seu próprio pensamento sobre religião, estrutura hierárquica da Igreja e se aventura também pela metafísica, criando um ponto de vista original num tempo de uma Igreja extremamente poderosa e autoritária, mas ao mesmo tempo ferida pelos primeiros movimentos maiores de dissensão.
Acompanhar Menocchio é delicioso, a forma como ele interpreta suas leituras e acaba fundindo leituras diferentes criando um material (ainda que inusitado em alguns pontos) único. Uma pesquisa espetacular pra um período sem uma imensidão de registros históricos, ainda mais sendo sobre um simples moleiro indagador e com um espírito corajoso. Carlo Ginzburg fez um trabalho muito bom, ótima leitura do começo ao fim. Recomendo.
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Júpiter.69 09/11/2022

PERFEITO!!
De forma simples e até em forma de fofoca, Carlo Ginzburg traz a história de Menocchio, um moleiro que bem á frente de seu tempo é perseguido pela Inquisição, que julgava seus pensamentos pecaminosos. Um Texto perfeito para quem gosta do tema. No mais, indico a leitura.

Com amor, Júpiter. ?
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Felipe1503 06/11/2022

Historiografia essencial!
O livro de história que me inspira a ser um historiador. A análise, a narrativa e o estudo das fontes feita por Ginzburg é abissal de tão incrível!
Simplesmente sem palavras!
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Laura Finesso 23/10/2022

Um mártir da palavra
Estava curiosa para ler esse livro, desde que ele foi citado milhares de vezes nas minhas aulas de História, seja em relação ao Menocchio e sua morte em decorrência do Santo Ofício, seja em análises sobre como a cultura oral influencia drasticamente a leitura/cultura escrita. Ainda assim, não esperava que fosse gostar tanto desse livro.
Normalmente, livros de História e historiografia são densos e me tomam muito tempo. Mas esse fluiu tão bem, tão naturalmente, que li rapidíssimo. O "quê" romanceado do autor favoreceu essa leitura mais dinâmica, um ponto fortíssimo em comparação com quaisquer outros livros do mesmo tipo que eu tenha lida.
Enfim, creio que todos, até mesmo não sendo historiadores ou da área de humanas em geral, deveriam ler esse livro. É excepcional a forma como o Ginzburg disseca o pensamento e o processo da construção deste do Menocchio, e nos faz refletir sobre como as pessoas à época liam as coisas de sua forma; além, é claro, de nos fazer pensar sobre o poder coercitivo da Igreja sobre aqueles que pensavam minimamente diferente do que o estabelecido pelo Concílio de Trento.
Leiam! Vale cada página.
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leuu_lima 04/10/2022

Ideias perigosas são as únicas que ficam na história humana
Eu me peguei triste e sem fôlego em vários capítulos, só pensando em quanta gente - ordinária e extraordinária - foi torturada, morta e roubada de sua própria crença por culpa da Igreja. A religião assassinou pessoas e subjetividades ao longo de séculos e essas são perdas que não consigo assimilar.

Menocchio foi um moleiro que viveu em meados do século XVI no que hoje é a Itália e, como tantos outros, ele era fruto de seu tempo e seu tempo foi fruto dele. Menocchio tinha uma certeza fundamental, ao mesmo tempo que simples e complexa: Deus, o criador do céu e da terra, era igual a um dos muitos vermes que surgem quando queijo apodrece. E, surpresa, a Igreja Católica ao saber que essa ideia se espalhava, odiou a heresia e a Santa Inquisição foi acionada. O que se desenrola a partir daí é ouro histórico, sociológico e teológico. Confesso que já estou sentindo uma falta enorme de ler e pensar as ideias do Menocchio, tão óbvias e revolucionárias. Conheci sobre esse livro em um episódio do podcast Passadorama (amo de paixão), e que bom que aceitei a sugestão deles! O trabalho de pesquisa e estudo do Ginzburg é primoroso! E se eu precisasse apontar algo negativo, talvez falaria da narrativa bastante repetitiva, com vais e vens constantes que dão a impressão de que a história está girando em falso. Mas não, nem isso me atrapalhou, pelo contrário, fiquei mais confiante com meu entendimento do que estava lendo.

Que tenhamos todos um pouco de Menocchio em nós!
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Marcone989 04/10/2022

Com quem compartilhar ?
Em O queijo e os vermes temos um retrato complexo e profundo sobre um período onde as instituições religiosas se comportavam de forma obscura. Talvez o pior castigo que o personagem central tenha sofrido não tenha sido as torturas, a humilhação pública e a morte, mas sim não ter como partilhar suas idéias, não ter com quem debater sobre o que tinha para ofercer ao debate público. A censura comunitária da indiferença e ignorância. Muitos talvez pensassem como ele, mas não tiveram a vontade que Menocchio teve de externar suas indagações. Ele o fez não por malícia ou por deboche, ou por descuido, o fez pois existe algo além, mesmo depois de ter sido preso e julgado, nada disso foi capaz de apagar essa vontade do pensar, do partilhar, da discussão pública sobre algo que está além da contenção maquiada. Um livro sobre um herói desconhecido, um morador de uma vila, que graças a literatura se tornou perpétuo.
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natalia 23/04/2022

Um livro que meu professor de teoria da História cansou de indicar pra turma, apesar do medo inicial eu aproveitei muito essa leitura, é muito interessante pra quem gosta da área de micro-história e também ajuda a refletir o papel investigavo que um historiador precisa exercer. Genial.
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Gabriela 14/04/2022

História e Caos
“O Queijo e os vermes” de Carlo Ginzburg é uma leitura obrigatória pra todo e qualquer historiador, sobretudo, saborear o seu prefácio e refletir o quão coeso Ginzburg consegue ser na sua proposta e em seu ofício enquanto historiador.
Entretanto, o livro também ultrapassa as barreiras do meio acadêmico, pode ser lido como um romance literário e imersivo. Por diversas vezes consegui imaginar Menocchio e todo o seu percurso analisado, quase como se o conhecesse - aqui eu preciso evidenciar que o estou conhecendo pelos olhos de Ginzburg, e isso é maravilhoso!
Por vezes eu costumo enxergar a História como um caleidoscópio desordenado de espelhos, mas o mundo Ocidental tenta controlar tudo que vê, enxergamos o tempo como algo linear e coeso, mas na verdade é como se tudo estivesse embaralhado e cada pedacinho do passado/presente/futuro pudesse estar aqui (seja o que quer que seja o “aqui’). Um imenso Caos, seja o que quer que seja isso… Menocchio tentou nos dizer sobre Caos, cultura…
E a cultura é uma das coisas que fura a linearidade do tempo. Ginzburg nos demonstra a sua circularidade e influência em tantas camadas a partir de sua mutabilidade, transformando-se e ressignificando-se a partir de visões de mundo. É muito importante a sua magnitude, sua capacidade de unir e contextualizar nós enquanto humanos.
E Menocchio sabia da sua importância. Sabia tanto que não ousou ser silenciado, mesmo que as forças dos aparatos instrumentais o fizessem constantemente. É quase como se ele fosse um representante, mas sobretudo um sujeito do seu próprio tempo. Um agente ativo nascido em 1532 que chegou até a mim no aqui e agora.
Como é interessante o oficio da história…

"Assim como a língua, a cultura oferece ao indivíduo um horizonte de possibilidades latentes – uma jaula flexível e invisível dentro da qual se exercita a liberdade condicionada de cada um.” - GINZBURG, Carlo
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Camargo 04/03/2022

Li como leitura obrigatória da faculdade. Tema bom, desenvolvimento bom e a pesquisa nominativa impecável.
Porém o Menocchio não para de fazer cagada oq me deu uma certa agonia e o fato de o Ginzburg falar demais sobre tudo faz parecer que o livro não tem fim.
Apesar de tudo, muito importante no debate sobre a Cultura Popular e não acho que uma pessoa simplesmente interessada por história gostaria desse livro (se não fosse pela faculdade, talvez eu não gostasse).
Guilherme 28/07/2022minha estante
Eu sou só uma pessoa interessada por história e gostei kkk.
Acabei lendo esse livro de uma forma aleatória e achei bem interessante.

Ps. Comprei pela capa, nunca tinha ouvido falar
ps2. ainda bem que julguei o livro pela capa




Lenon, André Lenon 17/02/2022

?Nem toda confissão é uma vitória da tortura, porque às vezes a pior tortura é ter a voz silenciada?
A história de um pobre coitado em anos de inquisição e que pensava à frente de seu tempo, porém foi condenado à morte por isso.
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lulu 02/02/2022

Incrível
"Assim como a língua, a cultura oferece ao indivíduo um horizonte de possibilidades latentes ? uma jaula flexível e invisível dentro da qual se exercita a liberdade condicionada de cada um.?

E Menocchio sabia o poder da cultura na sociedade, sua curiosidade era insaciável e ele queria compartilhar suas ideias com todos - especialmente com os mais poderosos - mesmo que isso custasse sua vida.

Carlo Ginzburg faz um belo trabalho de micro história apresentando essa figura excêntrica e investigando como suas crenças surgiram a partir de uma mistura entre literatura e tradição oral, cultura dominante e cultura subalterna.
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Mariana 05/12/2021

O queijo e o os vermes, de Carlo Ginzburg.
O autor nos apresenta Domenico Scandella, o moleiro Menocchio, através de documentação sobre seu julgamento pela Inquisição. Menocchio foi condenado por suas ideias singulares, como sua cosmologia, que dá o título do livro. Suas ideias e opiniões lhe eram muito caras, mesmo com a perseguição e a solidão. Uma leitura muita rica, um relato histórico que pode ser lido como um bom livro de literatura, assim considerei. Vale muito a leitura.
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Mel 01/12/2021

Livro para faculdade, não gostei muito da tradução diagramação da editora. Leitura cansativa. Mais tem relatório interessante.
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grazi. 17/10/2021

A escrita desse livro é surreal, capaz de prender o leitor por horas sem ao menos perceber. A história de Menocchio é triste e instigante, e acompanhar as ideias e sua tentativa de expressar sua extrema curiosidade sobre o mundo, expor e retratar seus pensamentos fez desse um dos meus livros favoritos. Perfeito!
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