Lud 20/06/2018
Série promissora
Primeira coisa dessa série com títulos de pecados capitais é que ela se mostra boa desde o primeiro livro, Vain (vaidade), cuja protagonista é Sophie, uma garota mimada e sem nenhum propósito além de roubar os namorados das amigas. Sim, ela é nada menos que uma megera.
E sim, se o primeiro livro foi bom mesmo com uma protagonista que parece xexelenta, a coisa só melhora em Greed (ganância) embora eu tenha dado a mesma nota 4?. Aqui, você já conheceu o rapaz doce mas contraditório desde o primeiro livro, já imagina seu potencial. E ainda assim, sua história me surpreendeu pois Mesmo sendo um young, você percebe que autora tem notória preocupação com o pano de fundo onde se situa o enredo.
A série tem livros isolados, seus protagonistas até onde entendi aparecem nas histórias dos demais, são apresentados como coadjuvantes para depois, no seguinte, serem os principais, mas de forma independente. No primeiro livro, um orfanato em Uganda é descrito detalhadamente e a autora não foge de componentes básicos, não pincela, ela realmente pinta todo o quadro de um povo massacrado. Já em Greed ela traz o universo de uma fazenda típica dos americanos, com muita cena de cavalo e gado pra ninguém botar defeito, com aquele ambiente familiar unido pra caramba. Em ambos livros, os protagonistas são retirados de seus nichos de luxo e círculo social fútil de grandes cidades pra serem lançados em realidades mais duras, por assim dizer. E é exatamente essa parte que eu mais amo nas histórias de Fisher Amelie. Os romances são bons também, faltando um ou outro detalhe pra serem primorosos, mas a capacidade de emergir o leitor, a apartir do PoV de seu protagonista, em uma realidade oposta é sua melhor característica. Ela faz isso tão bem que você se pega amando mais o desenrolar do que o deslinde do enredo. E nesse momento, estou torcendo para que o livro três Fury (fúria) seja ainda melhor.