Ane Elyse Fernandes 24/04/2020
Nos faz refletir sobre a vida.
Hoje tirei a tarde para fazer essa leitura e a encarei, inicialmente, de forma bem despretenciosa. Mas a verdade é que ela mexeu muito comigo, pois, com a sua escrita fluida e fácil, me cativou e me fez refletir sobre vários pontos mencionados pelo autor relativos às pessoas em situação de rua. É preciso enxergá-los, deixar de transformá-los como seres invisíveis e reconhecê-los como nossos irmãos, que possuem suas histórias, vivências, medos, sonhos, alegrias e arrependimentos. As vezes, não pensamos muito quando, de repente, nos deparamos com eles durante o nosso dia a dia, mas a verdade é que o fazemos porque, além de focarmos só em nossos afazeres e quereres, já convertemos nossos olhares em um espectro de invisibilidade e negação perante a realidade deles. Fazer tal leitura hoje, no contexto que vivenciamos, toca ainda mais meu coração e me enche de questionamentos sobre como eles estão sendo cuidados, orientados e resguardados frente a essa pandemia. Ou então, como é importante trabalhos desenvolvidos junto à eles, que verdadeiramente se traduzem em um meio de reconhecimento e acolhimento, seja através da entrega de uma refeição numa noite fria, a doação de roupas e cobertores, bem como, a escuta ativa e interessada de seus causos e contos. Espero que essa leitura cative tantas outras pessoas e que assim, possamos de fato, desconstruir nossos pré-conceitos sobre suas vidas.