jhonatas_nilson 29/12/2013Muito bom!Após um tempo enlouquecendo com as recuperações(Quem manda não estudar?), estou de volta com a resenha de um livro muito legal e que já entrou para os favoritos de 2013.
Vamos á resenha:
Eu gostava de ler livros históricos até que comecei a pegar um pior que o outro em sequência. Depois de tantas decepções, decidi parar por um momento com esse tipo de história e agora retomei com “Retorno do cavalheiro”. Não consigo imaginar livro melhor para fazer as pazes com essa vertente do romance. Vou ser sincero, não me animo muito com os Históricos da Harlequin (Apesar de ter a assinatura. Vai entender!) por inúmeros motivos, mas o principal deles é que eles dão a quantidade mínima de palavras e as autoras tem que rebolar para conseguir atingir aquele limite, o que pode acabar tornando a história chata e com “barriga”.
Como disse no início, fiquei um bom tempo sem ler esse tipo de romance e, como tenho a assinatura, os livros foram empilhando. Isso é meio desesperador e por isso decidi dar uma chance.
A história gira em torno da princesa Sorcha, uma das protagonistas de livro de banca mais fortes que já tive o prazer de “conhecer”. A visão que tenho de princesas em livros é a de mimada ou chata ou revoltada, porém essa foge um pouco da linha convencional. (Detalhe: Já escrevi livro com princesa e estou aqui detonando as coitadas.) A personagem em questão é revoltada sim, mas tem os seus motivos e foi isso que me agradou tanto no desenvolver do enredo. Ela reclama? Reclama, mas não fica sentada esperando que alguém tente resolver.
Sorcha é uma mulher que aprendeu a criar barreiras ao redor de si após tantas decepções. Fora atraída por um homem que se dizia honroso, casou-se com ele contra a vontade de seu pai e entregou-lhe o coração para logo em seguida saber que o casamento não passava de uma farsa, que o homem que amava partira deixando-a só e, ainda, ficara grávida dele. Obviamente que o rei, seu pai, não gostara nada disso e por isso a colocou exilada fora do grande castelo para viver com o filho num pequeno chalé na mata. Percebam que nem por isso ela tornou-se melodramática e chorona, muito pelo contrário, sua atitude corajosa e altiva esteve presente em todo o livro.
Temos também o guerreiro Hugh, outro personagem que me agradou muito. A forma como a autora levou, lentamente, a construção do relacionamento dos dois foi mais um diferencial na história. Não foi algo do tipo “Te conheço agora, mas já te amo”. O Hugh entendia Sorcha, a tratava com carinho e demonstrava afeto pelo filho dela. E esse também tinha grandes motivos para fazer drama como muitos protagonistas fazem, mas não o fez.
Hugh acordou sem memória na casa de desconhecidos, sem saber quem era ou como chegara ali. Só lembrava-se do seu primeiro nome. Decidido a descobrir suas origens, pegou algumas informações e partiu rumo ao reino do pai de Sorcha e lá recebeu a missão de proteger a princesa fingindo corteja-la.
Não vou falar muito mais que isso, pois tenho medo de soltar spoiler, mas posso assegurar que essa foi uma ótima e emocionante história. Joanne Rock, a autora, conseguiu unir o que tem de melhor num livro: ação, suspense e romance. Outra coisa que me chamou a atenção foram as cenas de sexo descritas por ela. São muito bem escritas, permitindo que você imagine cada respiração, cada suspiro. Fui pesquisar e descobri que Joanne na verdade faz parte da série Blaze e que de vez em quando se aventura nos históricos. Para ter cenas assim tão bem escritas, só podia ser mesmo.
Não me sai da cabeça que esse livro tem continuação, pois alguns detalhes da irmã de Sorcha ficaram em aberto como se em um aviso que teríamos um livro só para ela, mas ainda não consegui encontrar nada falando a respeito. O jeito é esperar.
Enfim, recomendo muito. Este é um lançamento de Dezembro/2013 e muito fácil de encontrar.
NOTA: 4.5/5
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