spoiler visualizarAna P. Maia 17/05/2015
Triângulo de 4 Lados - The Queen's Castle
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Sara é nossa protagonista, no auge de seus 17 anos, onde decididamente não é mais uma criança. E é isso que ela quer que seu primo, e paixão desde os 12 anos, Rodrigo, perceba. No entanto, a verdade é que ele aparenta ver apenas a criança com quem brincava. Ou será que não?
Rodrigo, 25 anos, lindo, guitarrista, musculoso e pegador de carteirinha. Em alguns momentos ele vê seus olhos presos pela prima que parece uma boneca.
E para fechar devidamente o nosso triângulo: Brent, irmão mais novo de Rodrigo, quase uma cópia do rapaz, só que frio, calculista e completamente apaixonado por Sara.
Vale lembrar que são primos de primeiro grau, e que em alguma colocação poderia causar certo descontentamentos paternos.
Alguns apontamentos: o primeiro amor tem o dom de ser aquele inalcançável e perfeito, idealizado e muitas vezes não vivido. Por ventura, foste um dos raros que conseguiste alcançar a dádiva? Ela realmente era tudo aquilo que esperavas ou no final viste apenas um humano como vós, que comete erros e lhe quebra o coração? E por outro lado, já foste capaz de abrir mão de vosso objeto de adoração por outrem? Triângulo de 4 lados mostra que em determinados momentos há algo mais importante que beijos e abraços: atenção. O fato de despertar a atenção de alguém vale mais a pena que o contato físico temporário. Beijar, vós podeis beijar quem quiserdes, em função do álcool, da loucura, da vontade passageira; já atenção, dispensa-a apenas àqueles que se deseja.
Sara sonha, como qualquer adolescente. Ela vive intensamente como qualquer garota de 17 anos viveria, a entrega é completa, honesta e pura.
Rodrigo se dá conta, após o acontecimento mais trágico de sua vida, que talvez a saída e solução para o que sente seja dar uma chance àquilo que já sente por sua prima. Afinal, ela o ama intensamente, ela é sua e não será de mais ninguém, por que então deixar passar a oportunidade? Mesmo que isso implique em passar diretamente por cima dos sentimentos que seu irmão nutre desde a infância. Esse é o problema de Rodrigo, ele se ama demais, ou tem medo demais das pessoas para se envolver com elas. Não há dúvidas sobre os seus sentimentos por Sara, eles estão ali, só que de forma errada. Rodrigo a magoará, Como sempre faz.
Há então o rompimento, aquelas dores incuráveis, as lágrimas eternas e as feridas que não há tempo que seja capaz de apagar. Sara é quebrada tantas vezes que não sei como permanece de pé. Há muita força nela, mas até mesmo essa força pode ser sobrepujada. O que imagino, é que Sara precisa de tempo, de paz, de algo apenas dela. Que sejam sorrisos fáceis – com covinhas talvez – e que não tenham toda aquela bagagem de sentimentos.
E é quando tudo desmorona que Brent está lá. Como sempre esteve e sempre estará. Porque por mais que se tente, certos sentimentos governam. O rapaz é sem dúvidas uma muralha de gelo, nem mesmo para si é capaz de admitir determinados sentimentos, e essa apatia e aparente distância pode ser o seu maior erro. Pode significar a sua maior perda, e por culpa inteiramente sua.
Eis que sem que esperemos, Matheus – vocalista de banda de Rodrigo – se embrenha nesse triângulo, e ele se encaixa ali. Simples assim, não alguém que esteja lutando bravamente, mas alguém que apenas esteve lá. Que pode ser o suporte e a paz que a Sara precisa.
São por tanto, quatro lados para se resolver. Quatro vidas entrelaçadas e pisoteadas pelas reviravoltas de diálogos, cartas, lágrimas e atitudes impensadas.
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