Onde a Lua Não Está

Onde a Lua Não Está Nathan Filer




Resenhas - Onde A Lua Não Está


51 encontrados | exibindo 46 a 51
1 | 2 | 3 | 4


Portal Caneca 25/06/2014

A ESTRÉIA ARREBATADORA NATHAN FILER
O nome misterioso que batiza o livro é explicado logo nas primeiras páginas, mas isso não torna as coisas menos interessantes. Narrado em primeira pessoa, somos conduzidos por Matthew, um jovem menino. O livro começa com uma narrativa muito diferente de tudo que já li no que diz respeito ao modo de escrever. Isso pode ser uma surpresa ruim para algumas pessoas. Eu particularmente fiquei instigado em saber mais.

A narrativa atemporal causa um grande nó na cabeça no começo da leitura, mas, no fim, isso faz todo sentido e já explico porque. Resumindo em miúdos, a história é a seguinte: Matthew tem um irmão com Síndrome de Down. Em certa viagem de férias com a família, o irmão dele morre (fique tranquilo, não é spoiler!), a perda é traumatizante para Matt e, após o ocorrido, nem ele – nem o irmão – foram os mesmos.

Confira a resenha completa:

site: http://goo.gl/WKcWXW
comentários(0)comente



tiagoodesouza 07/06/2014

Onde a lua não está | @blogocapitulo
É engraçado como imaginamos uma história só pelo título que a obra apresenta. A ideia que eu tinha a respeito de Onde a lua não está era de um personagem em busca de uma resposta inalcançável ou tão distante quanto a própria lua. De fato, eu não me enganei e me surpreendi com o que encontrei nessas páginas.

"(...) A maior parte da vida não é nada. A maior parte da vida é só o tempo passando, e nós dormimos durante um pedaço considerável dela."
Página 26.

Através da narrativa em primeira pessoa, Nathan Filer nos apresenta Matthew, um jovem de dezenove anos perturbado pelas lembranças da perda do irmão mais velho, na infância, quando os dois saíram para uma brincadeira à noite e somente um voltou vivo. Matthew sempre teve um certo ciúme do irmão, porque as pessoas da família normalmente lhe davam mais atenção e cuidado. Isso ocorria porque Simon era portador da Síndrome de Down. A culpa corrói Matthew nos anos que se seguem à perda do irmão, fazendo com que ele passe por tratamento psiquiátricos por causa da esquizofrenia; ele alega ouvir a voz de Simon.

Peço licença para dizer que este é um livro um pouco perturbador, porque o autor nos insere na cabeça de Matthew de forma magnífica. Não é uma temática que eu normalmente leria, mas eu me pegava fixado na leitura querendo saber o que mais Matthew faria a seguir. Ele não narra os acontecimentos de forma linear e não segue um padrão de escrita muito preciso, porque isso reflete a confusão de ideias e lembranças que povoam sua mente. Até mesmo o texto é diferente, algumas vezes narrado como se fora escrito em uma máquina de escrever e outras vezes representado em forma de desenhos.

É um livro muito bem escrito por alguém com propriedade no assunto. Nathan é enfermeiro na área de saúde mental. Peguem esse livro e fujam do convencional. Será uma experiência bem interessante, garanto para vocês.

"Eu tenho uma doença, uma doença com a forma e o som de uma serpente. Sempre que eu aprendo alguma coisa nova, ela aprende também."
Página 67.

site: http://ocapitulodolivro.blogspot.com.br/2014/05/resenha-onde-lua-nao-esta.html
comentários(0)comente



Renata (@renatac.arruda) 04/06/2014

Sem apelação
"Eu tenho uma doença, uma doença com a forma e o som de uma serpente. Sempre que aprendo alguma coisa nova, ela aprende também", declara a certa altura Matthew Homes, narrador-protagonista de Onde a Lua Não Está, primeiro romance do enfermeiro e poeta performático Nathan Filer, vencedor do Costa Book Awards 2013 na categoria Livro de Estreia. Aos 19 anos, Matthew se encontra em uma luta para conviver com a esquizofrenia e lidar com o luto e a culpa pela morte do irmão mais velho, ocorrida dez anos antes.

Escrito como um longo monólogo de Matt em uma narrativa não linear (em um momento Matt pode estar com 9 anos; em outro, com 19 e em alguns, com 17) repleta de desenhos, enumerações, cronogramas, bilhetes, mudanças de tipografia e brincadeiras com a disposição do texto, o livro é a tentativa de Matt de se abrir sobre a dor que carrega durante todo o tempo. Falando diretamente com o leitor, ele começa nos contando uma história ocorrida no mesmo dia e local da morte do irmão, que mesmo sofrendo de uma doença enfraquecedora de seus músculos, o carrega até o trailer onde estão acampados após um acidente onde fere o joelho. Logo na primeira frase, já fica claro todo o sentimento de culpa que Matt irá levar consigo até então: "eu devia dizer que não sou uma pessoa boa. Às vezes procuro ser, mas em geral não sou".

Simon Homes tinha 11 anos quando morreu em uma queda durante um acampamento com a família. Portador de síndrome de down - o que em momento algum é tratado apelativamente no livro; na verdade, Simon poderia também não o ser que não interferiria em nada nem construção do personagem nem na trama -, ele é inocente e deposita enorme confiança no irmão, com quem sai pra brincar em uma noite e acaba não retornando. Até que cheguemos próximos ao fim,

Leia mais no Prosa Espontânea

site: http://mardemarmore.blogspot.com.br/2014/06/onde-lua-nao-esta-nathan-filer.html
comentários(0)comente



Ana 13/05/2014

Tocante. Uma lição de amor e de esperança, em meio a um turbilhão de problemas.
Um livro que nos ensina a ter esperança e a amar em meio as maiores e mais turbulentas adversidades.
Essa história mostra a dor de uma família que tem um filho com problemas mentais, e que faz de tudo para protegê-lo e tornar a vida dele um pouco melhor (mesmo cada um tendo sua cota de sofrimento, não tem tempo para sofrer suas próprias dores, pq precisam cuidar do filho). Nos mostra a doença de dentro, da ótica do doente. Um livro que nos humaniza, nos mostra a luta e a esperança de pessoas doentes, mas que não desistem de lutar.
Lindo e emocionante! Esse livro tocante, nos faz enxergar melhor o ser humano por trás da doença, por trás do que os olhos enxergam.
Simplesmente maravilhoso!!
comentários(0)comente



Camille 19/03/2014

Complexo, mas original.
Quando comecei a ler Onde a Lua Não Está, imaginei um tipo de livro. O que encontrei, entretanto, foi tão diferente que acabei demorando para ler. Isto não foi uma coisa ruim, como talvez tenha parecido, e o livro me conquistou aos poucos.

A escrita de Nathan Filer pode ser até simples, de fácil comunicação com o leitor, mas a história e a forma como é narrada não segue a mesma linha. É um livro intenso, sobre morte, doenças e até tem certo suspense - não sabemos as coisas com tanta clareza até o final, o que, claro, faz parte da narrativa.

Perdi-a me entre as fazes pelas quais Matthew passa e descreve, mas com certeza conheci Simon, seu irmão mais velho, em muitas de suas vertentes. Viciado em drogas, Matthew tenta descobrir o que de fato aconteceu naquela noite. Ele era pequeno demais, novo o bastante para não entender a gravidade das situações e deixá-las passar com facilidade.

Mas, com o tempo, Simon volta. Não em pessoa, claro, mas no pensamento de um garoto que também tem seus problemas, e que se culpa por algo que mal se recorda. Ele nos conta sua história através do computador do lugar onde está ou da máquina de escrever que sua avó lhe deu. Cada capítulo é sobre um assunto, sempre com foco nele e sua família - a que se foi e a que ainda está presente.

Aos poucos vamos entendendo o que se passa. Continuamos nos perdendo, mas apenas para nos achar em outras linhas e divisórias. Ao final, uma história completa, emocionante, diferente e original se forma e nossa cabeça exige um tempo para se acostumar à ela e entender suas entrelinhas.

Não foi uma leitura que me conquistou de imediato. Mas, sem dúvida, é uma das quais eu vou passar adiante, indicando até que se cansem de ouvir e finalmente leiam. Não tem como se arrepender.

site: http://beletristas.com/resenha-onde-a-lua-nao-esta-de-nathan-filer/#.UympFk2wXwg
comentários(0)comente



51 encontrados | exibindo 46 a 51
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR