Driely Meira 03/09/2015
Não sou muito fã de vampiros, mas algo em Construindo Victoria chamou a minha atenção, e eu sabia que iria gostar da história. O livro é narrado em primeira pessoa por Joana, no século XVIII e Deo, em 2013. Ela, uma moça brasileira que faz viagens ao exterior para comprar vestidos e aproveitar a companhia de pessoas importantes em Londres; ele, tentando descobrir quem foi o mestre que o transformou num vampiro.
"Não, eles nunca acreditariam. Eu nunca acreditaria. E no entanto aqui estou, faminto, olhando pela janela para corpos pulsantes com cheiro de sangue, a cerveja choca no copo."
Quando foi atacado, Deo não viu quem era seu agressor, nem mesmo sabia o que estava acontecendo, mas o homem que o atacou pediu que ele tomasse conta dela, e lhe deixara uma carta, porém o papel manchou-se de sangue e uma das poucas coisas legíveis nele era um nome: Victoria. Sem nem mesmo saber quem era Victoria ou o porquê daquele homem pedir para que ele cuidasse da tal moça, Deo tenta investigar e encontrar seu mestre, sem sucesso no início. Ele então conhece Carol, uma vampira mais experiente que o ensina a se alimentar sem matar sua presa.
Enquanto isso, Joana viajava para Londres pela primeira vez com seus pais, onde encontrou e se apaixonou por Hugh, quem veio a ser seu marido mais tarde. Ela é uma moça brasileira que teve o prazer de conhecer o Rei George III e a Rainha Charlotte, porém nem tudo em sua vida foi um mar de rosas. Ela e Hugh foram atacados durante a lua de mel, e Joana fora transformada por seu marido enquanto sangrava até a morte. Joana, ou Victoria, acorda em 2013, 113 anos após sua morte.
S"e os romances de minha ama ensinaram alguma coisa, eu estou completamente apaixonada."
Em certa parte da história, Hugh também passa a fazer relatos, desde o instante em que Joana virou uma vampira. Ele conta sobre as lutas e guerras travadas entre os clãs vampíricos inimigos e como foi sobreviver, conta também sua história e como se tornou um vampiro. Enquanto isso, Victoria se junta à Carol e Deo, e os três, juntos, tentam descobrir para onde foram as memórias da vampira anciã e o que acontecerá a seguir.
"Bela trupe nós formamos. Três desajustados juntos. Um louco inexperiente, uma louca ciumenta, e uma louca do século passado. Lindo. Tudo do que sempre fugi enquanto humano. É, vai ver realmente esse negócio muda a gente."
Não conseguia saber quem era o verdadeiro vilão da história, cheguei a desconfiar até mesmo de Guilherme, ou Guiga, o melhor amigo humano de Deo. Ele não aparece muito na história e fala de um jeito típico engraçado, mas ainda assim desconfiei em algum momento que ele era o cara mau a ser derrotado. Os personagens são marcantes, e a história que a autora criou muito interessante, principalmente quando um dos personagens narrava o passado e como tudo aconteceu. Disse no início que não sou fã de vampiros, mas abro uma exceção para Construindo Victoria, pois não é nem um pouco parecido com outras histórias de vampiros que eu já vi. Fiquei bastante curiosa para conhecer outras obras da autora.
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